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 HAVANA  -  O "paraíso" socialista  - Cuba - 1/2

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Em Havana faça como Ernest Hemingway, peça um Daiquiri no El Floridita  ou um mojito em La Bodeguita del Medio . O restaurante do El Floridita era muito bom, parecia que estávamos nos anos 1950, a comida era ótima e os drinques melhores ainda. Ao lado do El Floridita ficava a famosa fábrica de charutos ( puros! ) da Partagás, que proporcionava visitas guiadas para o visitante conhecer todo o processo de fabricação dos puros mais incensados do planeta. Não sei qual seu interesse nos puros, mas não compre charutos que sejam oferecidos nas ruas. Eram falsificados, e alguns até eram feitos com folha de bananeira. O hostess se chamava Kiki e poderia colocá-los numa sala vip, onde eram oferecidos vários drinques e experiência com os legítimos puros.​

A Ilha de Cuba ainda era considerada o paraíso dos socialistas/comunistas de plantão pelo mundo à fora, só que nenhum deles se candidatava a vir morar aqui, e o ruim era que nem eles sabiam justificar o porque dessa negativa. Ainda assim, continuavam apaixonados pelo regime democrático castrista. Em julho/agosto de 2021, a população saira às ruas para protestar contra o alto custo de vida, a falta de alimentos e, principalmente, contra a falta de vacinas para combater o Corona virus. Para manter a tradição, dera em nada... e vários manifestantes foram convidados a ir para a prisão! E alguns até tiveram  o RG baixado...coisas de regime democrático...
 

Câmbio

Eram duas as moedas oficias, CUP (moeda nacional, ou Peso Nacional Cubano) e CUC ( Peso Cubano Convertivel ). A moeda nacional (CUP) era, como regra geral, a moeda usada pelos cubanos nos estabelecimentos comerciais. O Peso Convertivel (CUC) era a moeda utilizada principalmente pelos turistas. Era possível comprar as duas moedas nas casas de câmbio e usar cada uma conforme o local e a necessidade, mas nem todos os locais aceitavam as duas moedas – o melhor era perguntar antes de gastar.

O Peso Convertivel (CUC) tinha sua cotação diária regulada pelo dólar americano, ou seja: 1 CUC equivale a 1 USD. Já 1 CUC equivalia a 25 CUP. A sugestão era levar o dinheiro em Euros e não em Dólar, porque na troca a partir de dólares, era cobrada uma taxa extra. Nem todos os cartões internacionais eram aceitos nos caixas automáticos, então era melhor levar dinheiro. Ao chegar, deve  trocar o dinheiro num Banco ou na Cadeca, uma espécie de casa de câmbio. As filas eram enormes e era preciso apresentar o Passaporte para fazer a troca.

Os passeios

 

Algumas dicas culturais: Uma visita ao Museu da Revolução, ao Capitólio, ao Teatro Nacional e a Praça da Revolução. Uma caminhada pelo Malecón, onde a Declaração dos Direitos do Homem estava tapada por bandeiras negras na Embaixada Americana. O Cemitério de Havana era uma preciosidade. Outra caminhada interessante era em Habana Vieja, pela calle Obispo. Lá havia uma botica (farmácia), parecia que se estava no início do século. Além disso, era imperdível uma visita ao Hotel Ambos Mundos, onde o Hemingway morara. Um pouco mais afastado do centro, existia o bairro Vedado e o Setor das Embaixadas. Era interessante conhecer a Marina Hemingway, onde existia o Club Havana, e onde o Sr. Mons atendia (simplesmente um dos maiores conhecedores de puros do mundo). Valia a pena o passeio pela Marina, onde o turista tinha acesso, sem problemas.

 

Outro passeio fora de Havana era em Cojímar, que ficava uns 40 minutos do Centro de Havana. Era uma vila de pescadores. Tinha um restaurante La Terraza, muito bom. Em 1997, conhecemos Gregório Fuentes, com 99 anos (fora o personagem Santiago, de O Velho e o mar ). Neste lugar, durante o período que a ex-URSS deixara de contribuir financeiramente, os cubanos se atiravam de balsas ( balseiros ) para Miami. Outro passeio que ficava na mesma distância era Finca Vigia, onde estava o Pilar (iate do famoso escritor norte-americano), o Cemitério dos seus animais de estimação e a casa em que ele vivera.

Passeando por Havana - ​ Na hora de se locomover por Havana, a enorme quantidade de táxis na cidade facilitava a vida do turista. Além disso, se poderia ver de perto carros antigos circulando, independentemente do estado de conservação, era uma também das atrações do país.

Bicitáxis - Como sugeria o nome eram veículos movidos por uma bicicleta acoplada em uma estrutura, que carregava até duas pessoas sentadas, eram veículos credenciados pelo Governo. Era uma maneira mais barata e diferente de fazer pequenos trajetos, especialmente por Havana Vieja e o Centro, naqueles momentos em que se sentir cansado e quiser fugir do calor. Esse mesmo tipo de transporte na Ásia ganhavam o apelido de TukTuk.

Caminhada - Quando estiver visitando Havana Centro e Havana Vieja, use um calçado confortável e saia para explorar a pé toda a magia que reservava esta cidade histórica. Ao atravessar as ruas, fique atento! Uma boa parte dos motoristas não respeitavam os pedestres.  Cuidado: atropelamentos aconteciam com frequência e nada acontecia em defesa do atropelado...

Carro - ​Alugar um carro era dispensável para quem pretendia conhecer Havana. A variedade de transportes era boa, permitindo ao turista se locomover com bastante facilidade. Poderá alugar um carro na saída do Aeroporto ou em alguns hotéis, mas as diárias não eram convidativas, então só era aconselhável alugar carro, caso queira explorar os arredores de Havana ou cidades próximas. 

Cocotáxis - Funcionavam como os táxis comuns, mas faziam apenas pequenas corridas. Apesar de os trajetos serem um pouco mais caros, era um charme poder andar num veículo completamente diferente do que se conhecia. Existiam carros particulares (de placa amarela) que muitas vezes eram utilizados como táxi ou lotação. As corridas nesses veículos eram bem mais baratas, mas essa não era uma maneira muito indicada para transitar pela cidade, por uma questão de  segurança. Não se sabia quem era o motorista e nem se ele pertencia a uma empresa registrada ou autorizada. 

Ônibus - ​Circular de ônibus aqui não era indicado para o turista, a não ser que o ônibus em questão fosse turístico. Os ônibus populares eram muito baratos, mas estaam sempre lotados. Pague mais nos táxis ou no ônibus turístico - valia mais a pena. No caso de conhecer outras cidades de Cuba, aí sim utilizar os ônibus era uma boa opção. A empresa Viazul mantinha um ótimo padrão, com ônibus confortáveis e com ar-condicionado. 

Ônibus Turísticos -  Era uma maneira mais econômica e eficiente para andar pela cidade. Eles circulavam até as 18h e possuiam três linhas: as duas mais utilizadas rodavam pelos pontos centrais da cidade e a última ia para a parte leste da capital, incluindo a região praiana. Ele funcionava no sistema hop on/hop off, em que o turista pode descer e subir quantas vezes quiser no mesmo dia.

Táxis - Eram uma atração da cidade, porque a maioria foi fabricada nos anos 50/60, o que tornava a corrida ainda mais charmosa e interessante. Não significava, no entanto, que os táxis fossem todos antigos; havia também táxis de modelos mais novos, mas no geral, os veículo eram muito antigos. Nos principais hotéis e em diversos locais do centro da cidade havia pontos de táxis. Os táxis amarelos e pretos costumavam ter bons preços, mas com frequência as corridas saiam por valores similares, independentemente da empresa que se utilizasse. Havia diversas empresas de táxi, onde os carros eram do Governo e o motorista trabalhava para o Governo, ganhando um percentual da viagem em pesos cubanos. Quase nenhum taxista utilizava o taxímetro, entretanto em várias empresas o valor era tabelado.

Trem - ​​Para conhecer diferentes partes da ilha de Cuba, os trens também eram uma das opções para turistas. Apesar de parecerem confortáveis, eles sofriam constantes atrasos e muitas vezes quebravam pelo caminho, trazendo transtorno e deixando de ser um meio de transporte confiável e mais recomendado.

Referências  históricas e turísticas

Bairro San Isidro -

Com seus bares na cobertura, sombrios bares de salsa e um sistema de som em cada esquina: San Isidro tinha de tudo, e fervilhava após o anoitecer ao som de cumbias e rumbas... Entretanto, graças ao regime democrático cubano, o local tinha servido para palco de manifestações contrárias a situação em que o Governo impunha ao povo do país. Embora pacíficas, eram alvo das atrocidades cometidas pela Gendarmeria.

Calle Obispo -

Era uma das principais ruas da cidade. Caminhar por aqui, onde os carros não transitavam, era a certeza de ver de perto como viviam os moradores  e sentir a atmosfera movimentada da capital. Lojas de recuerdos, restaurantes, bares e estabelecimentos do comércio local, estavam ao longo da rua que estava sempre movimentada. 

Callejon de Hamel 

A cor e a música cativavam os visitantes desta ruela no centro de Havana, cheia de obras de Salvador González Escalona, bem como de outros artistas cubanos. Passeie ao longo da Callejón de Hamel para ver coloridos os murais afro-cubanos. Retorne em um domingo para ouvir a frenética rumba. A área era uma das mais procuradas entre residentes locais e turistas que desejavam desfrutar da eclética arte da classe trabalhadora local. No momento em que passar pelos arcos de entrada, de pedras coloridas pintadas, olhe de um lado ao outro e para cima e para baixo para apreciar esta área de obras de arte aqui excepcionalmente concentradas. Cada parte de parede disponível, parecia estar coberta com desenhos coloridos. Salvador González Escalona, a partir de 1990, criou grande parte da arte. Ele se inspirava nas divindades iorubá da religião Santería. Procure sua oficina perto do centro da ruela, onde poderá conversar com o artista ou comprar originais de suas obras de aquarela ou carvão vegetal.

A arte era uma mistura interessante de africano, espanhol e asiático. Observe como Salvador incorporava objetos encontrados, com sobras de tinta dos residentes e salpicava em algumas partes de textos inspiradores, para criar uma arte única com uma grande variedade de temas. Uma seção famosa da ruela continha várias banheiras de porcelana, montadas verticalmente e caprichosamente decoradas com trechos e imagens de O Pequeno Príncipe. Ao todo, era pura arte e folclóre!

Capitólio Nacional Calle La Industria, 422  - Centro -

Era a construção mais imponente de Havana e, com certeza, a que mais chamava a atenção dos turistas. O custo absurdo da construção, que se iniciou em 1926 e foi inaugurada 3 anos depois, garantia ainda hoje olhares surpresos para o prédio. O Capitólio de Havana era quase uma cópia do Capitólio de Washington, mas era bem  maior. Já servira de sede do Governo de Cuba e hoje funcionava como Biblioteca Nacional e Academia Cubana de Ciências. 

Catedral de San Cristóbal de Habana - Praça da Catedral - Empedrado -

A construção demorara quase 30 anos para ser concluída e guardava uma curiosidade muito interessante: ao olhar sua fachada, dava para perceber que as duas torres possuiam formas completamente diferentes. Havia missas aos domingos de manhã, momento em que a Catedral acolhia seu maior público. 

Fabrica de Arte Cubano - Calle 26 -

Era um projeto artístico, que tinha como finalidade resgatar e promover o trabalho dos artistas cubanos de todos os setores, como cinema, música, dança, fotografia, moda, etc, e ao mesmo tempo era uma das casas noturnas mais procuradas. O espaço possuia três salas multi-uso, onde eram apresentados concertos ao vivo, peças teatrais, apresentações de dança, palestras, oficinas, entre outros. Estava instalado na antiga Estação Eletric Power Company de Cuba, que mais tarde servira de sede do Ministério da Pesca e atualmente pertencia ao Ministério da Cultura. Além de salas de eventos, a Fábrica de Arte Cubano também tinha um bar e um museu, que estavam instalados no primeiro andar. Já no segundo piso estava a casa noturna mais badalada de Havana. Era um lugar de visita obrigatória!

Fortaleza de San Carlos de Cabaña Parque Histórico Militar Morro Cabaña - 

Uma Fortaleza enorme, construída no século XVIII com o objetivo de proteger a cidade a partir de um ponto estratégico, o que garantia uma linda vista para a cidade, tanto durante o dia quanto à noite. Tinha diversos ambientes, salas e fossos. Na Fortaleza acontecia, todas as noites a cerimônia do cañonazo, uma tradição na cidade. Hoje em dia era feita uma encenação de como ocorria o momento em que os militares soltavam a bomba diária do canhão. Valia ir ao lugar no final da tarde e aproveitar tanto o visual da cidade quanto a cerimônia.

Igreja e Monastério de São Francisco de Assis - Praça de São Francisco de Assis -

Começou a ser construído a partir de 1719. Havia um passeio pago, por seu interior, que possibilitava conhecer objetos que foram utilizados ao longo dos anos nas mais importantes cerimônias. O passeio era recomendado para quem era religioso ou gostasse de apreciar pinturas e acervos religiosos antigos. 

Malecon -

A antiga Avenida de Maceo, hoje conhecida como Malecón, era um dos símbolos da cidade. Era a avenida que cortava a beira-mar e onde ficava um extenso calçadão que os havanos usavam para se exercitar e se divertir. Nesse calçadão muitos casais de namorados se encontravam, pescadores conseguiam seus peixes, esportistas corriam para se exercitar e pessoas de todas as idades apreciavavm o lindo pôr do sol. 

Memorial José Martí Calle Paseo e Avenida Independencia - Plaza de la Revolución 

Ficava em frente à Praça da Revolução o Memorial dedicado a José Martí, com uma grande estátua do homenageado em mármore, um Museu e um Observatório com quase 130m de altura. Para ter uma vista panorâmica da cidade, o lugar era o ponto mais alto de Havana. Era hora de subir e sacar mais fotos, por supuesto.

 

Paseo del Prado  -

Era uma espécie de calçadão urbano, por onde passavam turistas todos os dias a caminho do Capitólio Nacional. A caminhada era bonita e arborizada e esse era um dos lugares mais interessantes para começar os passeios. Caminhe pelo passeio observando os carros que passavam ao redor, as crianças que brincavam e os quadros de artistas que expunham suas obras ao ar livre diariamente. 

Plaza da Catedral -

Construída no século XVIII, era uma das áreas de que os turistas mais admiravam. Seu nome levava a característica mais marcante de suas adjacências, a Catedral de San Cristóbal de la Habana. No entorno da praça existiam várias construções de estilo barroco, senhoras que leiam a mão dos turistas, uns restaurantes e próximo estava a Bodeguita del Médio, o bar mais famoso da capital. 

Plaza de Armas -

Fora a primeira praça construída logo após a fundação de Havana. Era bastante arborizada e um bom lugar para um breve descanso das caminhadas. Aqui estavam vendedores de livros antigos e discos de vinil. Era comum artistas se apresentando em público para arrecadar algum dinheiro. Aqui ficava uma antiga casa dos capitães espanhóis, outro prédio interessante para ser visitado. 

 

Plaza da Revolución -

A enorme Praça da Revolução de Havana era bastante diferente das outras praças da cidade. Em seu redor ficavam altos prédios, ocupados por empresas e centros comerciais, e em duas das construções ao redor da praça estavam os murais com fotos de Che Guevara e Camilo Cienfuegos.

 

Plaza de San Francisco de Assís -

Esta praça, bem como as demais, tinha diversos prédios antigos, com especial destaque para a Basílica de San Francisco. A praça fora construída no século XV. Tinha algumas esculturas, uma fonte com pombos que faziam a alegria das crianças.

 

Plaza Vieja - 

Possuia prédios interessantes, além de bares e restaurantes charmosos e de qualidade. Nas construções ao redor era possível observar diferentes estilos arquitetônicos e, bem no centro, uma fonte construída em mármore, servia de motivação para as fotos dos visitantes. Aqui ficava uma agradável Cervejaria, a Câmara Oscura, localizada no último andar do eclético prédio Gómez Vila, do início do século XX, a 35 metros do chão, a Cámara Oscura oferecia uma visão panorâmica de 360 ​​graus de grande parte da Havana Velha. Era um presente do Conselho de Cádiz, na Espanha, através do Escritório do Historiador da Cidade. Era o único desse tipo na América Latina e no Caribe, e atualmente já era um dos 74 similares espalhados pelo mundo. 

Sua operação era baseada nos princípios da reflexão da luz, através do uso de duas lentes e um espelho localizado em um periscópio. A imagem captada por esse periscópio era projetada em uma plataforma côncava, com 1,8 m de diâmetro, localizada dentro de uma sala escura. A luz ambiente durante a projeção contribuia para obter imagens nítidas e, portanto, era melhor observada em dias claros e sem nuvens. Na sua rotação, esta ótima lente era capaz de capturar belas cenas incomuns da cidade que, como espectadores passivos, desconheciamos - telhados, cúpulas, torres, varandas, praças; pessoas caminhando para cima e para baixo ruas movimentadas, ou pendurando as roupas lavadas; crianças brincando em parques e jardins; visitantes que descobriam as intimidades da cidade; copas das árvores, o mar, o céu; pescadores e amantes, no emblemático muro de Havana, o Malecón.

As Praias

Como boa ilha caribenha que era, Cuba não poderia deixar de ter belíssimas praias. O visitante poderia esperar do país águas cristalinas, quentes, dignas daquele azul caribenho que conquistava corações e olhares para toda a vida. A areia era fina e clara, e todo esse conjunto não poderia deixar de render muitas fotos. A chamada parte central de Havana, apesar de ser cercada pelo mar por longos trechos de costa, estava completamente tomada por pedras, sendo uma área utilizada apenas para pesca e não para mergulho. Isso não significava que não tivesse praias. Quando um habano queria curtir um dia de sol junto ao mar, não precisava recorrer a Varadero, Cayo Largo ou Cayo Coco, bastava ir às Playas del Este. 

A região ficava a pouco mais de 20 km de Havana e não desfrutava de todo o glamour das praias famosas do país. Era uma região simples, mal cuidada e que fervia na temporada de verão. As Playas del Este não tinham nada a ver com um balneário bem cuidado, cheio de hotéis grandiosos, mas funcionava muito bem para aqueles que quizessem dar um mergulho no mar, apreciar um belo visual e curtir um dia de muito calor, da forma mais gostosa possível. Entre as praias de Playa del Este, não precisava nem pensar muito e ir para Santa Maria del Mar. Nessa região a estrutura da praia era melhor, o trecho de areia era bom e não havia muitas pedras. O acesso até a região de Playa del Este podia ser feito por meio do ônibus turístico que saia do Parque Central. Para quem quizesse algo mais sofisticado, nada como um dia em Varadero. 

Hotelaria e gastronomia

 

Em Havana, recomendo o Hotel Meliá Cohiba e o Hotel Nacional (estilo Copacabana Pálace). Acho interessante um jantar ou um drinque no terraço do Hotel Nacional, de onde se apreciaria um Forte construído pelos espanhóis. Outra dica era um jantar no último andar do Hotel Sevilla, que ficava na praça em frente a Partagás. Proporcionava uma vista belíssima de Havana. Outro restaurante imperdível era o Castropol (Sociedade Asturiana). Ficava em frente ao Malecon. Sugerimos também um almoço no Club Havana, onde havia uma praia particular. Era também onde o pessoal das Embaixadas costumava se reunir para almoçar ou jantar.

 

Em Varadero, o Meliá Las Americas, tinha all inclusive. Em Varadero, era recomendado um jantar ou um almoço na Maison Xanadú, antiga residência da família S.T. Dupont (ficava na área do hotel). O bar ficava no último andar e a vista era muito bonita. Neste hotel tinha campo de golfe. Caso não esteja hospedado no hotel, era possível jantar ou almoçar na Maison Xanadú. Recomendava-se reservar com antecedência, algumas horas ou um dia antes. 

 

Em Varadero, a proposta era praia, mojitos e daiquiris. O centro era uma vila bem pequena. Existia também um pequeno centro comercial na zona hoteleira, onde se poderia comprar alguns recuerdos, na Casa Del Habano. Decidir onde se hospedar era uma das partes que mais merecia atenção ao planejar uma viagem a Havana. Isso porque, diferentemente de grande parte de destinos famosos, não era fácil fazer uma reserva num hotel em Cuba. A internet não era tão difundida como em outros países, o que ainda dificultava um pouco na hora de escolher onde ficar. Esperamos que tenha melhorado...

Hotéis não eram as únicas opções de acomodação em Cuba. Uma alternativa popular eram as casas particulares, utilizadas por viajantes individuais e casais. Havia bastante diferença entre se hospedar num hotel ou numa casa particular. O hotel tinha um ambiente padronizado, enquanto as casas eram mais intimistas e pessoais. As casas particulares eram inúmeras, e eram inspecionadas pelo Governo de tempos em tempos, o que também garantia um mínimo de qualidade  e segurança. Essas casas pertenciam a cubanos, além de ser uma opção barata e que permitia vivenciar a realidade do povo cubano. Apesar desses padrões mínimos de qualidade, ficar numa casa particular não significava ter o conforto esperado - a higiene e a estrutura podiam deixar a desejar, e o banheiro poderia não ficar dentro do quarto.

Antes de fazer uma reserva, certifique-se de que o quarto atenderia suas necessidades. Normalmente, as casas particulares ofereciam um valor fixo e o dono da casa cobrava alguns CUC a mais pelo café da manhã. Às vezes era mais vantajoso ficar numa casa particular boa, do que num um hotel ruim. Em relação à localização, era preciso saber que uma boa parte dos hotéis ficava em três áreas: Habana Vieja, Centro Habana e Vedado. Habana Vieja era onde se concentravam prédios e monumentos antigos. Centro Habana era também uma parte antiga, onde estavam o Capitólio Nacional e o Paseo del Prado. A região de Vedado era mais moderna, com boa vida noturna, e onde estava o Hotel Nacional.

Em Havana os hotéis eram classificados com estrelas, como no resto do mundo; lembre-se apenas de não criar tantas expectativas com essa classificação. Como em Havana muitas coisas ainda eram rústicas e de difícil acesso, a qualidade de toalhas, lençóis, higiene e limpeza podiam não chegar ao desejado. Não raramente os hotéis da cidade possuiam pouca qualidade, mesmo nas grandes redes hoteleiras, tornando as casas particulares uma alternativa a ser considerada. Provavelmente uma casa com diárias de 45 CUC seria mais confortável do que um hotel de mesmo valor. 


Para fazer sua reserva de hotel pela internet, utilize o  Cuba Hotel Booking, que ajudaria a conhecer as alternativas de hospedagem em cada cidade. Após saber os nomes dos hotéis, recomendamos pesquisar o site próprio de cada um deles e fazer a reserva por e-mail, ou pelo sistema do hotel. Tratava-se de um país muito peculiar, por isso é mais garantido fazer a reserva diretamente com o hotel.

Alto Luxo

Um dos últimos representantes do comunismo no mundo, Cuba vinha passando por um processo lento de abertura econômica. Um bom exemplo desta nova fase, fora inaugurado em fins de 2017, no centro de Havana. Era o Grand Hotel Manzana Kempinski La Habana, primeiro empreendimento de super luxo na ilha. O antigo prédio La Manzana de Gomes, que durante anos abrigava um centro comercial, fora totalmente restaurando para garantir conforto aos hóspedes do hotel. Desde o terraço, era possível avistar o Parque Central e o Gran Teatro de Habana Alicia Alonso. O hotel administrado pelo grupo suíço Kempinski, possuia 246 quartos, três bares, dois restaurantes, piscina aquecida, Spa, ginásio e um lounge exclusivo para fumantes de charutos. O Grupo Kempinsky fora criado em Berlim e hoje sua sede geral ficava em Genebra. Administrava 75 hotéis 5 estrelas espalhados por 30 países.  Conhecemos alguns desses  hotéis e o que mais nos chamou a atenção era o Emirates Pálace, em Abu Dhabi.

Agora em 2024 em Canela, no Rio Grande do Sul, o Grupo Kempinsky assumiu o prédio do antigo Hotel Laje de Pedra e anunciava para 2026 a abertura do primeiro hotel cinco estrelas na região da Serra gaúcha. A propósito: não confundir Hotel com Pousadas que se auto denominam de quatro ou cinco estrelas. A propósito do Laje de Pedra, fora o hotel mais mal concebido que conheci em toda minha vida como Agente de Turismo... tradicionalmente os quartos cheiravam a môfo!

 

Onde Comer

A cozinha tradicional cubana era influenciada predominantemente pela chamada cocina criolla e se parecia com a comida brasileira. Para a felicidade dos que não eram muito favoráveis a inovações, seria fácil encontrar no país pratos como feijão-preto, arroz, carne de porco ou carne bovina desfiada, misturada com vegetais. Para além do tradicional, havia também bons restaurantes para comer peixes, camarões, lagostas, massas e pizzas. Uma das grandes vantagens de Havana quando o assunto era gastronomia, era poder encontrar bons restaurantes a preços baixos.

 

Comer no país não era caro, mesmo nos estabelecimentos mais famosos. Entretanto, apesar dos bons preços, era recomendável saber onde comer antes de viajar – e não eram todos os restaurantes que tinha uma boa estrutura, higiene e qualidade. Além de restaurantes tradicionais, havia outra opção para almoço e jantar: os paladares. Eram pequenos restaurantes particulares, administrados pelo próprio dono da casa, e com limite de pessoas. Essa era uma maneira muito curiosa e interessante de experimentar a cozinha tradicional cubana.

Não deixe de passar pela Bodeguita del Médio, o bar mais famoso da cidade, para tomar um mojito. Além de ser sensação entre turistas, Fidel e Hemingway estavam entre as figuras que deram preferência ao bar. Para tomar um Daiquiri e ouvir um pouco de música, El Floridita era o lugar certo - simplesmente o berço da bebida cubana. Na hora das refeições, vá ao Los Nardos, onde havia muita variedade, fartura e preços excelentes. Não adiantava levar cartão de crédito para a rua; os restaurantes eram pagos, normalmente, em CUC.  Quem era fã da Coca-Cola só encontraria a bebida em alguns Supermercados, mercearias e nos cardápios dos melhores restaurantes. Na grande parte dos lugares, não havia oferta da bebida.

Café Taberna  - Calle Mercaderes, 531 -

Era um animado restaurante fundado em 1772 e recentemente restaurado, localizado na esquina da Plaza Vieja, era dedicado à música e ao cantor Benny Moré, um dos mais famosos do país. Era onde se apresentavam as melhores bandas cubanas, como Son del Tropico, Sonido Son, Septeto Matamoros, além do legendário grupo Buena Vista Social Club. Eram duas as opções de ingressos: Uma opção de jantar + shows, com direito a dois drinques, e outra para os que quizesse apenas assistir aos shows, que tinham direito a três drinques. Para garantir o seu acesso ao show, era recomendável fazer reserva com antecedência.

A origem dos bons puros

Se o interesse maior for pelos puros, acho que uma visita a Pinar del Rio (180 km) de Havana sempre seria interessante, pois era considerado o melhor terroir do mundo para os puros. Com sorte, poderia visitar o sítio de Don Alejandro Robaina, que era  considerado o Embaixador de Cuba, no mundo. Ele era de uma simplicidade fantástica. Adorava os brasileiros e cobrava sempre que o Antônio Fagundes (Rei del Ganado) lhe prometera uma vaca e nunca a entregara. Na TV cubana, as novelas brasileiras eram famosas.

Observação

Visitando a ilha de Cuba e vendo a felicidade de seu povo, em viver sob um regime comunista,  não entendo porque os ditos comunistas brasileiros e os esquerdistas de plantão, nunca pensaram em se mudar para lá. Contrariando a lógica vermelha e o bom senso, quando querem passear ou deixar o país,  o destino deles era sempre a Flórida ou Paris. Dava para explicar : faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço! 

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