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CÓRDOBA  - Andaluzia  - Espanha - 2/2

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Os Museus e afins

Alcázar dos Reis Cristãos - Plaza Campo Santo de los Mártires -

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Casa Andaluz – Calle Judios, 12 –

Situada junto à Sinagoga, no centro da Judiaria, encontrava-se esta pequena jóia engastada no tempo, anexada ao  parapeito  da antiga  muralha, e ao atravessar a porta de entrada mergulhava-se num ambiente tipicamente mourisco. Em suas diferentes salas  e  pátios apreciava-se  coleções  de  moedas antigas  e uma  maquete  das  primeiras  máquinas de papel  que chegaram ao Ocidente. Um passeio pela casa mostrava como as relações entre o espaço público, a rua e o espaço privado se estabeleciam na sociedade hispânica e muçulmana. Depois do corredor seguia-se para o pátio com pórtico, no centro do qual estava uma fonte e de um lado o poço. O pátio era o espaço de distribuição da passagem para toda a casa e, por sua vez, o centro da vida na casa islâmica.  Uma das características mais marcantes desta casa-museu era a sua proximidade à muralha da Medina.

Casa de Sepharad – Calle Judios  esquina Calle Averóis -

A Casa de la Memoria  nascera em  Córdoba  na primavera de 2004, com o objetivo de resgatar do esquecimento um legado judaico que, desde sua expulsão do país em 1492 pelos Reis Católicos, tinha sido relegado ao longo dos anos. Sebastián de la Obra, bibliotecário da casa, sublinhara pouco antes da inauguração que viera saldar uma dívida histórica ​​que a cidade tinha há muitos anos com o seu passado, por ter sido a capital de Sepharad, possuir o melhor Bairro judeu preservado na Europa, e a maior porcentagem de poetas, filósofos e escritores judeus. O prédio, que datava do século XIV, era um típico cordobês durante o século XIX, sendo reformado há alguns anos para adaptá-lo a museu. Os quartos eram dedicados à vida doméstica, às mulheres do  Al-Andalus, aos ciclos festivos. A casa não se destinava exclusivamente à visitação, mas também promovia o estudo da cultura, manifestando-se na sua completa biblioteca. 

Casa Museu de Guadamecí Omeya –  Plaza Agrupación de Cofradías, 2 -

Quando a civilização islâmica se estabelecera na Península Ibérica, atingira seu máximo esplendor na cidade de Córdoba, que chegou a ser o centro cultural ocidental. A conquista do Al-Andaluz acontecera sem qualquer resistência por parte da população local. Assim, a terra da Andaluzia passara a fazer parte do Império do Islã, que trouxera sua própria cultura. Fora quando surgira uma forma particular de trabalhar o couro, que a cultura árabe mostrara seu apelo e refinamento artístico, o gosto residual pelo desenho e o prazer pela cor. A mais bela adaptação do couro à decoração exterior era, então, empregada nos painéis de pele de ovelha guarnecidos de ferro, dourados e poli-cromados. Essas suntuosas obras de arte receberam o nome de guadamecies. 

Centro de Arte Contemporânea Rafael Boti - Calle Manríquez, 5 -  

Era um espaço expositivo e local de criação, reflexão, divulgação e debate em torno das manifestações artísticas contemporâneas, estruturado em torno das artes plásticas e visuais. Localizado no coração da Judiaria, possuia duas grandes salas para exposições temporárias, uma sala dedicada à exposição permanente da obra de Rafael Botí e vários espaços polivalentes como o pátio e o terraço. Neste centro de arte preservavam-se valiosas coleções documentais e bibliográficas, bem como uma coleção de obras plásticas e audiovisuais.

Centro de Criação Contemporânea de Andaluzía – Calle Carmen Olmedo Checa –

Era um museu e centro de criação artística dedicado à arte contemporânea. A Junta de Andaluzía promovera um concurso internacional de idéias para a construção do centro, que fora ganho pelos arquitetos Fuensanta Nieto e Enrique Sobejano.

Galeria da Inquisição de Córdoba - Calle Manríquez, 1 - 

Exibia instrumentos de tortura usados ​​pelos tribunais penais dos séculos XIII ao XIX, para interrogar e executar suspeitos de heresia. No coração do bairro judeu de estava a Galeria da Inquisição, também conhecida como Galeria da Tortura. Era uma coleção particular que exibia todos os tipos de instrumentos de tortura, usados ​​por 700 anos para interrogar e executar cidadãos perseguidos por heresia. Os trituradores de cabeças, gaiolas de exibição, chicotes ou cadeiras pontiagudas eram alguns dos engenhosos artefatos com os quais os tribunais da Inquisição realizavam julgamentos, do século XIII ao século XIX. Aqui se poderia ver um rack de tortura, o instrumento mais difundido, além de mecanismos específicos de cada país, como a Donzela de ferro de Nuremberg. O museu reunia estes engenhos em várias salas, juntamente com painéis explicativos sobre a sua utilização e o crime que acompanharam. Os crimes mais processados ​​eram heresia, feitiçaria, homossexualidade, blasfêmia ou bigamia.

Museu Arqueológico – Plaza de Jerónimo Paez, 7 -

Contava com uma coleção que abrangia desde a Pré-História até a Idade Média e uma significativa coleção dedicada à Pré-História e arqueologia local, com elementos das culturas ibérica, romana e visigoda. Eram interessantes as peças islâmicas, mudéjares, góticas e renascentistas. Por seu valor histórico-artístico, merecia destaque o Leão Ibérico de Nueva Carteya e a escultura romana do Deus Mithra. As recentes obras de ampliação do museu revelaram o maior teatro da Hispânia romana, que agora estava integrado na visita.

 

Museu da Alquimia – Al-Iksir –  Calle Judios, 14 -

Era uma porta aberta para um mundo fascinante. A alquimia, a antiga arte de transmutar a matéria, era também uma arte de transformação espiritual. Situado em plena  Judiaria, numa casa do século XIII totalmente recuperada, oferecia diversos objetos como pedras de alquimia, elixires e remédios, bem como vários vídeos explicativos e a reprodução de uma Rota (roda móvel com o símbolo do Zodíaco). No piso superior encontrava-se um laboratório alquímico, alambiques, um lapidário e ainda um pequeno Observatório. 

 

 

 

 

 

Museu da História Local – Plaza de Andaluzia –

Estava instalado numa antiga Estação Ferroviária, num prédio construído em 1907. O destino desta linha, que ligava Peñarroya a Puertollano, era o transporte de materiais mineiros e também era utilizada para o translado de passageiros. A linha férrea encerrara as atividades em agosto de 1970. Hoje se poderia observar no prédio os traços característicos das cabinas dos comboios, tais como: amplas paredes de pedra caiada de branco, vergas e caixilharia de portas e janelas com tijolo, e os beirais que cobriam a parte destinada às mercadorias.

Museu da Tourada – Plaza de Maimonides -

Como o próprio nome sugeria, era dedicado à arte tradicional da tourada andaluza. Abrigado por uma mansão do século XVI, conhecida como Casa de las Bulas, adquirida pela cidade na década de 1950 e inaugurada como museu do artesanato, e de acordo com a importância da tauromaquia na época, fora mudando o seu foco para o mundo das touradas. Não demorara muito até que a exposição fosse exclusivamente dedicada a tudo o que tinha a ver com esta controversa tradição. 

O museu tinha seis salas que ofereciam uma visão completa da tradição taurina, incluindo informações abrangentes sobre o touro e sua vida. Os visitantes conheceriam tudo sobre a arte atual das touradas, a história dessa tradição em Córdoba, incluindo lugares onde as lutas foram realizadas no passado, bem como personalidades famosas. Os visitantes poderiam entrar em contato com os chamados Cinco Califas da Tourada, Rafael Molina "Lagartijo", Rafael Guerra "Guerrita", Rafael González "Machaquito", Manuel Laureano Rodríguez Sánchez "Manolete" e Manuel Benítez "El Cordobés". Trajes originais, inúmeras fotografias e muitos objetos pessoais de toureiros famosos completavam a exposição. Abria de 15 de junho a 15 de setembro, de terças a domingos das 8.45 as 15.15h.

Museu de Finas Artes – Plaza do Porto, 1 –

Era uma parada obrigatória para os amantes das artes plásticas. Suas seis salas expunham uma ampla coleção que abrangia desde o renascimento cordobês, do século XV até o vanguardismo do século XX. A grande maioria das pinturas expostas eram de artistas locais renomados, como Antonio del Castillo ou Pedro de Córdoba, que estabeleceram seus estúdios na cidade. O museu dedicava uma sala à escultura vanguardista do cordobês Mateo Inurria Lainosa. Desde sua inauguração em 1844, passara por várias sedes até se estabelecer definitivamente no antigo Hospital da Caridade, dos tempos dos Reis Católicos. Atualmente, compartilhava sede com o Museu de Julio Romero de Torre.

A coleção era formada por pinturas e desenhos de artistas andaluzes de vários, períodos, além de esculturas contemporâneas:

  • Arte medieval e renascentista (séculos XIV a XVI): A sala expunha obras dos primeiros artistas da escola cordobesa, como Baltasar del Águila ou Pedro Romana. A maioria dessas pinturas tinham caráter religioso;

  • Gótico e Renascimento (séculos XV e XVI): Nesse período, surgiram figuras como Alonso Martínez e Pedro de Córdoba, que estabeleceram suas oficinas em Córdoba, onde criaram muitas das obras expostas;

  • Maneirismo cordobês (segunda metade do século XVI): As obras expostas apresentavam cenas da vida dos santos, com grande realismo e o protagonismo da figura humana. Destacavam-se as pinturas de artistas locais como Juan de Peñalosa e Pablo de Céspedes;

  • Desenhos e estampas: Embora as obras mudem constantemente, é possível encontrar desenhos de Antonio del Castillo, Pedro de Campaña e José de Ribera;

  • Arte cordobesa dos séculos XVIII e XIX: Os artistas mais destacados desse período foram Bujalance e Antonio Palomino. A sala também abrigava telas de Julio Romero de Torres e de seu pai, Rafael Romero Barros;

  • Arte cordobesa do século XX: Desse período, destacava-se as obras cubistas e vanguardistas de artistas formados na Escola de Belas Artes de Córdoba. A sala dedicava um espaço exclusivo ao escultor vanguardista Mateo Inurria, original de Córdoba. Abrigava obras de pintores do barroco andaluz como Zurbarán, Antonio del Castillo, Valdés Leal e Palomino.

Museu Julio Romero  de Torre – Plaza del Potro, 1 –

Filho do pintor Rafael Romero Barros, desde pequeno Julio recebera uma educação artística e freqüentara a Escola Provincial de Belas Artes, que seu pai dirigia em Córdoba. Rapidamente se destacara por suas pinturas, centradas na paisagem de sua terra natal, Córdoba, e com mulheres morenas, como centro da composição. O amor por suas raízes, assim como seus interesses, influenciara na temática de seus quadros: o canto Jondo, flamenco e as touradas. Embora tenha passado sua maturidade artística rodeado por intelectuais como Valle-Inclán e Antonio Machado, a crítica o definira como controverso e provocador pelo erotismo de suas pinturas. Julio morrera em sua casa natal em Córdoba, em 1930, pouco depois de pintar uma de suas obras mais reconhecidas: La Chiquita Piconera.

O prédio do atual Museu era um antigo hospital quando os Reis Católicos viveram na cidade, e hoje em dia compartilhava espaço com o Museu de Belas Artes. Autores de coplas, touradas, flamenco ou cenas da vida cotidiana  eram sua principal inspiração. O museu se dividia em seis salas, em função da temática. O térreo reunia telas e esculturas de seu entorno familiar e pinturas da sua primeira etapa. No andar superior se reuniam suas obras mais místicas e aquelas relacionadas com Córdoba e o espírito flamenco da região. A sala Semblanzas abrigava os numerosos retratos de mulheres que caracterizaram a pintura de Julio. Alguns dos quadros mais famosos eram Fuensanta, El Pecado, La Chiquita Piconera, La musa gitana e Nuestra Señora de Andalucía.

Museu Vivo Al-Andaluz – Torre da Calahorra –

Uma antiga fortaleza muçulmana era a sede do museu que revivia os momentos de esplendor desta cidade da Andaluzia. Estava instalado na Torre da Calahorra, em frente à Mesquita, no final da Ponte Romana. Propunha evocar o período cordobês, compreendido entre os séculos IX e XIII, uma época de esplendor cultural, artístico e científico. As modernas instalações incluiam um sistema de fones e infravermelhos que guiavam o visitante através de oito salas temáticas com dioramas. Demonstrava através do uso de vídeo e áudio, como pessoas de três culturas, Cristianismo, Muçulmano e Judaísmo viviam pacificamente lado a lado durante o século X.

Nem todos sabiam que os árabes eram excelentes marinheiros e provavelmente foram eles que inventaram a vela de canapé, em embarcações no Mar Vermelho e o design, semelhante à vela latina de uma felucca moderna, teria sido copiado por outros marinheiros no Egito, Iraque e outros lugares. Enquanto os fenícios estavam ativos no Mediterrâneo, os árabes negociavam silenciosamente entre a Índia, o Egito e a costa leste da África, usando os ventos das monções para ir e voltar, levando um ano inteiro para a viagem de ida e volta. Essas viagens incluíam longos trechos em águas abertas fora da vista da terra e, difíceis viagens para o norte e para o sul, o que significava mudanças na latitude. No Mediterrâneo, as viagens em águas abertas eram basicamente de leste a oeste. O museu tinha uma cópia de um mapa que mostrava o início do mundo árabe em navegação.

Real Círculo da Amizade – Calle Alfonso XIII, 14 -

Desde a sua fundação, em maio de 1854, tinha sido o mais destacado paradigma de Letras e Artes de Córdoba. Atualmente, contava com um quadro social de mais de oito mil membros. Ocupava uma área de 4.210 m2 e possuia um patrimônio constituído pela própria propriedade, uma biblioteca decorada pelo escultor Mateo Inurria, com cerca de 25.000 volumes e um valioso acervo pictórico com telas de Julio Romero de Torres, Ángel Díaz Huertas, José María Rodríguez de los Ríos Losada, José Fernández Alvarado, Ginés Liébana e uma interessante coleção de arte contemporânea.

Torre de Calahorra – Ponte Romano  - 

Fora construída pelos muçulmanos no extremo sul da  Ponte Romana. Em sua origem, essa torre fortaleza era composta por duas torres e tinha um caráter meramente defensivo. No século XIV, já com a chegada dos cristãos a Córdoba, o Rei Enrique de Trastamara decidira levantar uma terceira torre que desse a Calahorra uma forma de cruz de três braços. Os monarcas cristãos mantiveram a austeridade característica do exterior e do interior da torre. A torre mantivera seu caráter defensivo até o século XVIII, quando passara a ser usada como prisão. No século XIX, abrigara uma escola de meninas, até que em 1931 fora declarada Bem de Interesse Cultural. Abrigava o Museu Vivo de Al Andaluz, uma exposição dedicada à divulgação da Córdoba das três culturas, ressaltando o papel de cristãos, judeus e muçulmanos. A entrada ao museu permitia o acesso ao piso superior da torre, de onde era possível ver uma panorâmica única da Ponte Romana, Alcazar e a Mesquita-Catedral.

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