ALENTEJO e ALGARVE - parte 2/2

ÉVORA
Antiga Universidade - A universidade do século XVI, fechada em 1759, só foi reaberta em 1973. O interior do prédio, muito bem conservado, permite entrever o claustro e as salas de aula. Os painéis azulejados na parede de cada sala têm como tema a disciplina que era ali ensinada. O prédio abriga uma instituição de ensino e não é exatamente uma atração turística aberta à visitação. Comportamento discreto e silencioso é recomendado ali dentro. Fica no Largo dos Colegiais.
Igreja de São Francisco - A igreja parece um conjunto de massas que se amontoaram com outras construções pequenas coladas nos flancos. Tem uma fachada com uma galilé coberta, com sete amplos arcos, de volta completa. A fachada é coroada por coruchéus e merlões, com um aspecto gótico e mourisco. Com planta de cruz latina, tem uma só nave, em cujas paredes se alojam capelas renascentistas, barrocas e rococó.
Capelas da Ordem Terceira - são revestidas de azulejos e telas com cenas históricas. Na Capela dos Ossos, estão centenas de esqueletos formando motivos decorativos, o que pode ser fascinante ou repelente consoante a sensibilidade de cada um. É uma capela particularmente macabra que, no século 17, servia para os frades franciscanos meditarem. Na entrada está escrito: “ Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”. Fica na Praça 1º. de Maio.
Catedral da Sé - É um prédio grandioso e de volumetria apreciável, dos começos do século XIII, que marca a transição do românico para o gótico. Aparenta ainda um aspecto de fortificação típica daquele estilo. A fachada principal apresenta um fundo portal, protegido por duas enormes torres medievais. O portal é ladeado por magníficas esculturas dos apóstolos, debaixo de capitéis com folhagens, e assentes em mísulas com humanos e animais fantásticos. Estes apóstolos, são o melhor da escultura medieval portuguesa, comparáveis aos do Mosteiro da Batalha.
No interior, embora a planta seja de inspiração românica, a decoração e acabamentos são de estilo gótico. A nave central é imponente, tendo altas abóbadas e belos arcos ogivais. Há mais duas naves laterais, com um comprimento máximo de 70 m que faz dela a maior do país. Além de muitas capelas, incluindo a Capela-mór, que é dos tempos de D. João V, o que impressiona em seu interior é o espaço em flecha para o alto. Possui ainda um claustro de estilo gótico do século XIV grandioso e bonito, por onde passou a patina do tempo. Na torre da catedral, funciona um pequeno museu de arte sacra. Sua peça mais interessante é a Virgem do século XIII, esculpida em marfim. Seu manto se abre sobre delicadas miniaturas entalhadas.
Palácio dos Condes de Basto - Misturado com a antiga muralha romana, absorvendo e conservando a Torre de Sertório, há lindas janelas múdejares geminadas, de arco de ferradura, e também galerias renascenças. No interior, possui bem executadas pinturas murais, de 1578, representando combates navais e episódios mitológicos.
Palácio dos Duques do Cadaval - Fez parte do chamado Castelo Velho, de 1384, mandado erigir pelos reis cristãos na época da Dinastia dos Avis. Tem um corpo horizontal branco ladeado por duas torres remanescentes do antigo castelo, o que lhe dá um aspecto híbrido de castelo e de habitação civil. Em seu interior, está a Igreja de São João Evangelista e um relicário de madeira, que teria pedaços da cruz de Jesus Cristo.
Praça do Giraldo - É a praça central, alongada, com vários prédios importantes de Évora, esplanadas e lojas, e com uma fonte central, construída em 1571 em mármore branco e rematada por uma coroa de bronze. As fachadas dos prédios têm por baixo arcadas que são particularmente agradáveis no verão e que circundam a quase totalidade da praça. É uma homenagem ao infante português Geraldo Sempayor que a reconquistou de forma brilhante, tornando-se um herói nacional.
15º dia – ÉVORA
Continuação das visitas pela cidade de Évora...
Fórum Eugênio de Almedia - Espaço multidisciplinar com de exposições, auditório, cafeterias, lojas e uma Enoteca que comercializa os vinhos da Adega da Cartuxa - Rua Vasco da Gama, 13. Experimente o Pera Manca tinto, com cortes de cepas Aragonês e Trincadeira, típicas do Alentejo. Aproveite e vá até a Praça Joaquim Antonio de Aguiar - para provar os vinhos da Adega Herdade das Aldeias. O recomendável é uma permanência mínima de 2 dias, para que se tenha uma idéia mais completa da cidade para poder apreciar a riqueza da gastronomia alentejana, que se vale dos azeites, vinhos e queijos, bem como das receitas clássicas de acordas, migas, carnes de caça e seus famosos doces conventuais: o Fidalgo, o pão de rala, a Siricaia, a Encharcada, o Toucinho do céu e a Trouxa de ovos.
Mosteiro dos Loios - Esse encantador Mosteiro do século XV, em estilo gótico-manuelino é hoje um hotel de charme, pertencente à rede Pousadas de Portugal. Para visitá-lo por dentro, solicite autorização na portaria, tome um café ou vá ao bar ou, melhor ainda, se puder, almoce ou venha jantar no restaurante da pousada, que funciona sob as arcadas do claustro central. Largo do Conde Vila-Flor.
Museu de Évora - Instalado num belo palácio do século XVI, o museu possui aproximadamente 20 mil peças, divididas em seções de arqueologia, escultura, pinturas flamencas e portuguesas. A extinção das Ordens religiosas também ajudou a enriquecer as coleções do Museu, para onde foram transferidas as peças em cerâmica, ourivesaria, mobiliário e tapeçarias acumuladas nos conventos. Fica no Largo do Mário Chico. Quando a fome apertar, busque o restaurante Fialho – Travessa dos Mascarenhas, 16 - que há mais de 60 anos domina a gastronomia da região do Alentejo. Seus atuais concorrentes no mesmo nível de qualidade e atendimento são os restaurantes Dom Joaquim, a Tasquinha do Oliveira e o restaurante do Hotel Convento do Espinheiro.
Templo Romano - Conhecido também como Templo de Diana, na realidade é uma obra edificada em honra do Imperador Augusto. É um dos templos desta civilização clássica, mais completos da Península Ibéria. São catorze colunas de granito, que ainda se mantêm em pé e várias delas conservam seus capitéis coríntios. Fica no Largo do Conde Vila-Flor.
Dicas de vinhos - Aqui se concentra o melhor dos vinhos do Alentejo. Se quiser provar ou comprar, vá até uma destas lojas: Divinus Gourmet – Praça Primeiro de Maio; Alforge – rua 25 de Outubro; ou na loja da Adega Cartuxa. Sugestões - Casa dos Zagalos / Esporão / Herdade das Servas / Escalacheli / Poliphonia Reserva / Marquês de Borba Reserva, 23 Barricas e o lendário Pera Manca, produzido pela Vinícola Cartuxa a partir da combinação das uvas Aragonês e Trincadeira.
16º dia – ÉVORA
Retornando à estrada, seguimos no caminho de Évoramonte, um minúsculo vilarejo amuralhado, situado no alto de um morro, onde vivem pouco mais de 500 pessoas. Aqui se tem a melhor vista alentejana: um mar a perder de vista, sobreiros e oliveiras. Chegar lá acima, pode ser um desafio à pé, mas essa vontade instala-se nos mais ousados quando se vê o Castelo, desde a estrada, para quem vem de Évora. Se decidir subir de carro, deixe-o fora das muralhas, na Porta de São Sebastião, para poder entrar na vila como fizeram os portugueses ao longo da maioria dos séculos. A vila é pequena, bonita e singular. O seu tamanho é um bom motivo para percorrer todas as ruas e recantos com atenção aos detalhes. Eles surgem por todo o lado, seja um ornamento, uma porta ou janela tipicamente alentejanas, ou uma inscrição na parede. Por onde quer que caminhe em Évoramonte, encontrará simples casas brancas tradicionalmente pintadas com cal branca e, muitas vezes, com os coloridos rodapés, contornos de portas, janelas e frisos amarelos ou azuis típicos do Alentejo.
Ao percorrer a pé a zona entre as muralhas, verá a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição ( perto do Cemitério dos Combatentes). Na Rua da Misericórdia, mais ampla e onde está o acesso às cisternas, alguns bancos convidam ao descanso. Mais à frente está a pequena Igreja da Misericórdia e o adjacente Hospital da Misericórdia. Os destaques em Évoramonte são a Torre, e o Paço Ducal, no ponto mais alto da colina.Na rua principal, a Rua de Santa Maria, fica o lugar de onde poderá registrar a recordação desta visita: é o Celeiro Comum, que remonta a 1642, quando foi fundado por Alvará de Dom João IV, para que nele fossem depositadas as reservas de cereais. Hoje é uma loja de artesanato de extremo bom gosto. Continuaremos para a capital portuguesa fazendo um pít stop na pequena e agradável.
Montemor-o-Novo
No regresso a Lisboa faça uma parada aqui para almoçar no restaurante O Escondidinho – Rua 1º de Maio, 10 – um ambiente pequeno mais acolhedor e com uma excelente cozinha e ótimo atendimento. Se tiver tempo aproveite para conhecer a Gruta do Escoural, a Igreja do Calvário e as piscinas municipais. Depois é pegar a estrada para dormir em Lisboa.
17º - dia - LISBOA
Como que repartindo a cidade em leste e oeste, existe um eixo imaginário, que partindo do rio, atravessa a Cidade Baixa, segue pela Rua Augusta, Praça do Rossio, Av. da Liberdade e chega à Praça do Marques do Pombal. Com cerca de quatro quilômetros, este eixo imaginário divide a cidade em leste, onde estão os bairros de Estefânia, Alfama e Graça e a oeste os bairros Alto, Amoreiras e Lapa.
Por onde começar a visitar à Cidade das Sete Colinas: Sempre que possível, ter uma visão completa do lugar e em Lisboa, nada seria mais fácil. Basta ir ao Castelo de São Jorge, que tem localização privilegiada, pois permite ver toda cidade a seus pés. Não é difícil se orientar em Lisboa. O centro, região que concentra as principais atrações turísticas tem ao sul as águas do Tejo. Como que repartindo a cidade em leste e oeste existe um eixo imaginário, que partindo do rio, atravessa a Cidade Baixa, segue pela Rua Augusta, Praça do Rossio, Av. da Liberdade e chega à Praça do Marques do Pombal.
Um dos monumentos mais importantes de Lisboa, a Torre de Belém não pode ficar de fora de nenhum roteiro turístico. Está situada à oeste do centro, e a forma mais divertida de chegar é pegar um dos bondes (elétricos) que passam pela Cidade Baixa. Sua origem remonta ao século 15, quando integrava o projeto defensivo da cidade, construído ao longo do Tejo, mas a construção só foi efetivamente iniciada em 1514, sob o reinado de D. Manuel I. Com o tempo a torre deixou de ter função defensiva e desempenhou diferentes atribuições, como posto telegráfico, farol de sinalização, prisão e alfândega. O estilo da torre é nitidamente oriental e reflete a influência da dominação moura na península ibérica, acrescida de elementos arquitetônicos característicos do período Manuelino. A Torre de Belém está aberta para visitação em determinados horários, em seu interior podem ser apreciados a Sala do Governador, dos Reis, de Audiências, Capela e o Terraço.
O bairro de Alfama, é talvez o mais famoso e tradicional da cidade. Existem ruas e estreitas vielas em labirinto, escadarias que se perdem entre prédios antigos, balcões, residências, restaurantes, casas de fado, roupas pendurada em varais, mercearias, tabernas e sacadas por onde transitam moradores, comerciantes e turistas, estes últimos em grupos ou solitários, mas sempre surpreendidos com a magia do lugar. O bairro está situado logo aos pés do Castelo de São Jorge. Sugerimos visitá-lo na descida, porque será menos cansativo. O nome do bairro tem origem na palavra árabe al-hamma, a qual designava as fontes que existiam na época nesta parte da cidade. Não deixe de conhecer também a feira, que se realiza aqui duas vezes por semana: a Feira da Ladra, no Campo de Santa Clara.
A Rua Augusta, principal via comercial da Cidade Baixa, que corresponde ao centro, liga o Arco do Triunfo à Praça do Rossio, e tem cerca de um quilômetro de extensão. Ao longo desta vibrante área comercial exclusiva de pedestres situam-se elegantes prédios abrigando lojas, cafés, confeitarias e também artistas de rua. Depois caminhe só mais um pouquinho até a Praça das Figueiras e às ruas Prata e Madalena para completar este passeio. Não deixe de visitar a Doceria Lua de Mel, onde estão quitutes verdadeiramente deliciosos. Inclua nesta caminhada a Praça do Rossio, considerada o coração da cidade e onde estão também muitos cafés e lojas. Na outra extremidade da Rua Augusta situa-se a Praça do Comércio e o cais do rio Tejo e este é um bom lugar para sentar e apreciar o movimento dos barcos e a dança das gaivotas.
Ao cair da noite, siga pela mesma Rua Augusta, dobre à direita e pegue o famoso Elevador de Santa Justa que liga a cidade baixa à cidade alta, este elevador é um dos marcos arquitetônicos mais conhecidos de Lisboa, e é conhecido também como Elevador do Carmo. Sua inauguração ocorreu em 1901, sendo que durante os dois primeiros anos ele era movimentado a vapor. Vencendo um desnível de cerca de trinta metros, sua plataforma superior fornece uma excelente vista das ruas centrais da cidade, o que o transformou mais em atração turística do que propriamente meio de transporte entre dois bairros da cidade.
18º - dia – LISBOA
Ao chegar na plataforma superior, depois de apreciar a linda vista da cidade, tem-se acesso ao Bairro Alto, uma região que até hoje parece preservar o esplendor da Lisboa tradicional. São praças e ruas tranquilas, prédios que ainda preservam sua arquitetura original, casas comerciais tradicionais, restaurantes, bares e um ambiente tão agradável que nos dá vontade de ficar caminhando por ali o resto do dia.
Se já estiver na hora do almoço pelo Bairro Alto, saiba que está no lugar certo para uma refeição inesquecível. Aqui há mais de 200 restaurantes servindo a deliciosa comida típica portuguesa. O Gambrinus é um dos mais renomados, e se quer uma sugestão peça o Bacalhau ao Chico Lage, servido ao forno com batatas assadas, ovo cozido cortado em rodelas, cebola e muito azeite. Outra opção é o Lagosta Real, na Rua Porta Santo Antão. E não se esqueça de se fazer acompanhar de um bom vinho. Ainda na Cidade Alta, e logo junto à saída do Elevador de Santa Justa, encontram-se as ruínas do Convento da Ordem do Carmo.
O Convento e a Igreja do Carmo, foram construídos entre os anos de 1389 e 1423, sendo que a igreja foi destruída no grande terremoto de 1755 e hoje somente parte de sua estrutura pode ser apreciada (foto ao lado), mas lá está também o Museu Arqueológico do Carmo, que com certeza vale uma visita. A Praça do Marquês de Pombal (também conhecida como Rotunda) situa-se num dos pontos nobres da cidade, entre a Avenida da Liberdade e o Parque Eduardo VII. Em destaque no centro da praça ergue-se um Monumento, inaugurado em 1934, em memória ao Marquês, um vulto decisivo na reconstrução da uma cidade quase completamente destruída pelo terremoto de 1755. Foi ele, como ministro do Rei D. José I, que liderou os esforços de reconstrução e reurbanização de Lisboa.
No topo de uma coluna de mármore encontra-se a figura do Marquês de Pombal, com a mão apoiada num leão simbolizando o poder, e na base do monumento estão representadas algumas de suas importantes realizações. No subsolo da praça há acesso à uma estação do metrô. A pouca distância do monumento encontra-se um dos principais centros comerciais da Europa, o Shopping Center da Amoreiras. O Monumento aos Descobrimentos, também conhecido como Padrão dos Descobrimentos, está situado às margens do rio Tejo em homenagem todos aqueles que enfrentaram os oceanos e deram a Portugal, na época, o controle de praticamente metade do mundo. Foi inaugurado em 1960, em referência aos quinhentos anos da morte do Infante D. Henrique, patrono das grandes conquistas marítimas de Portugal.
Em sua lateral estão representados marinheiros, navegadores, cartógrafos, estudiosos e todos aqueles que contribuíram para o que passou a ser conhecido como Era dos Descobrimentos. Visto de longe o monumento tem a forma de uma gigantesca caravela com o escudo de Portugal nas laterais, tendo à frente uma figura do próprio D. Henrique, e em destaque o poeta Camões, segurando um exemplar de Os Lusíadas. Mas o melhor de tudo é a vista que se tem de sua plataforma superior, assim não esqueça e pegar o elevador e ir até a cobertura para apreciar de cima uma vista magnífica de Lisboa.
Ninguém pode ir a Lisboa e deixar de visitar o belíssimo Mosteiro dos Jerônimos. Sua construção teve início em 1501 e as obras duraram aproximadamente um século. Considerado como o apogeu da arquitetura Manuelina, o mosteiro é sem dúvida o mais belo conjunto monástico de Portugal. Está situado a uma caminhada do Monumento aos Descobrimentos. Destacam-se em seu interior o Claustro e os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher, D. Maria, D. Henrique e ainda os de Vasco da Gama e Camões. O nome Mosteiro dos Jerônimos deve-se ao fato de o prédio ter sido entregue à Ordem dos Jerônimos, aqui estabelecida no ano de 1834.
Quase ao lado do Mosteiro dos Jerônimos fica o Museu Nacional dos Coches. Tendo começado como escola de equitação, em 1905 foi transformado em Museu. Nele estão carruagens e cabriolés de diversas épocas, feitas não somente em Portugal, mas também na Itália, França, Espanha e Áustria. As peças cobrem um período de três séculos e fornecem um painel muito interessante sobre transportes e costumes de diferentes épocas. Carruagens utilizadas pela realeza e pelos nobres, desde as ricamente ornamentadas destinadas aos eventos importantes até as discretíssimas e totalmente cobertas, destinadas a levar seus ocupantes para encontros amorosos com o máximo possível de discrição. Não deixe de ver a carruagem especialmente encomendada por D. João VI, quando regressou do Brasil das carruagens do século 16 e 17 para a globalização do século 21.
Em 1998 Lisboa sediou a Expo 98, que teve como motivo "Os oceanos: um patrimônio para o futuro". Nada mais lógico para homenagear as conquistas marítimas portuguesas. Após o evento, o local recebeu o nome de Parque das Nações e esta é uma das visitas imperdíveis de qualquer turista. Situado às margens do Tejo o local abriga diversas atrações, com destaque para o Oceanário, maior aquário do mundo, onde estão reproduzidos os cinco oceanos com suas respectivas variedades de peixes e mamíferos. Outras atrações do local incluem ainda o Pavilhão do Conhecimento, teleférico, diversos restaurantes, área de shopping e o grande salão de eventos e shows, o Pavilhão Atlântico.
Cascais e Estoril são balneários renomados pelo clima agradável, onde os ricos e famosos de nossos dias tem suas residências de verão. Mas mesmo quem está somente a passeio com certeza vai aproveitar não somente as belas praias (Praia dos Pescadores, dos Carcavelos, do Guincho), mas também outras atrações da região, como o Palácio e Quinta da Marquesa de Pombal, Igreja Santo António do Estoril, Forte do Bugio, Museu Municipal, Museu do Mar e o Cassino do Estoril, considerado o maior da Europa.
Os tradicionais bondes - ou elétricos - de Lisboa são para o turista muito mais que um meio de transporte. Embora a cidade disponha de um eficiente e moderno sistema de transporte coletivo, com destaque para o metrô, passear nestes elétricos é a maneira mais prazerosa de percorrer os bairros mais antigos de Lisboa.
Um passeio agradável ao circular pela Cidade Alta é embarcar num destes bondinhos, que ligam a região ao bairro mais baixo, às margens do Tejo. Existem diversos semelhantes a este em Lisboa, e um dos mais conhecidos é o Elevador da Bica, inaugurado em 1892, ligando o Largo do Calhariz à Rua de São Paulo. O trajeto é rápido, cerca de três minutos, mas é tão agradável que não dá para esquecer. O nome deve-se à rua por onde ele faz seu percurso, chamada Rua Bica Duarte Belo.
O jantar em Lisboa é um evento especial, e sua única dificuldade será escolher onde e qual o prato, porque a variedade de opções é infinita. A cozinha portuguesa, com certeza, é um capítulo à parte em qualquer roteiro turístico. Algumas sugestões: Bacalhau ao Chico Laje, Mariscos na Cataplana, Cherne à Portuguesa, Amêijoas à Bulhões, Pato à Moda de Braga, Fava com Chouriço, Cozido à Portuguesa, Frango na Púcara, Batatas ao Murro, Rojões do Porto, Carapaus do Algarve, Fava Guisada, Matrafões, Salada de Polvo, Arroz de Sarrabulho e Pataniscas de Bacalhau. E como sobremesa? Imperdível é o Pastel de Santa Clara ou então o Pastel de Natas, conhecido também como pastelzinho de Belém. Experimente também Toucinho do Céu, Trouxa de Ovos, Fatias Douradas, Queijinho do Céu ou Lampreia de Ovos, ou ainda os Ovos Moles de Aveiro.
19º - dia – LISBOA
Não saia de Lisboa sem experimentar os cafés e confeitarias que a cidade tem para oferecer, além das diferentes iguarias e o café expresso em locais por onde passaram algumas das mais importantes figuras da cultura portuguesa. O Marquês de Pombal queria que Lisboa se tornasse francesa em alguns costumes, ideia que levou a que os cafés fossem um ponto de encontro privilegiado nos séculos XVIII e XIX. A tradição foi-se perdendo com o tempo e, mesmo que hoje se beba café como nunca, os lisboetas não fazem a “vida de café” de outrora. Os mais emblemáticos cafés lisboetas são, sobretudo, espaços frequentados por turistas.
O mais antigo da capital conta já 220 anos e era uma das paragens obrigatórias do poeta Fernando Pessoa. O Martinho da Arcada começou por vender gelados e refrescos, depois serviços de chá e torradas a carvão. Popular pelo café – e também local de eleição de Pessoa – é A Brasileira, que começou por ser uma espécie de mercearia onde se oferecia café até se tornar num ponto de encontro de artistas e revolucionários. Para provar as docerias destes e de outros tempos, não pode faltar a Confeitaria Nacional, que ainda hoje mantém em segredo a receita do famoso Bolo-Rei. Secreta é também a receita dos pastéis de Belém, que se diz ser a mesma que os monges do Mosteiro dos Jerônimos utilizavam no início do século XIX. Os lisboetas têm por hábito sair à rua a partir das 9.h para jantar com os amigos e seguir para uma saída que se pode prolongar até ao amanhecer. O Bairro Alto é um bom ponto de partida, já que, além dos restaurantes, tem vários bares para todos os gostos e gerações, que leva as ruas estreitas a transformarem-se num mar de gente. Na zona do Cais do Sodré existem o histórico Jamaica, o Europa e o Music Box, que a par dos bares irlandeses vieram reabilitar esta parte da cidade.
Na Avenida 24 de Julho fervilham as propostas de bares e discotecas, que se estendem para lá da linha do comboio, da Rocha do Conde d’Óbidos até às Docas de Alcântara. Na parte oriental encontra-se o Parque das Nações, uma Zona recuperada para a Expo'98, e tem também grande oferta de restaurantes, bares e discotecas, que animam as noites lisboetas. Falar de noite lisboeta é, obviamente, falar de fado. Há diversas casas, com vários preços e muitas vozes. O Clube de Fado, em Alfama, é a mais conhecida, mas também a mais cara. Se não quiser pagar tanto, encontrará várias opções no Alfama ou no Bairro Alto.