CIDADE do CABO - A Montanha da Mesa -
África do Sul - parte 1/2
A cidade e a Montanha da Mesa
As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta agradável e bela cidade sul-africana. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...
Quando visitar a Cidade do Cabo, considerada a Cidade Mãe da África do Sul, explorará períodos da história que vão do colonial ao surgimento da Nação Arco-Íris. Com um cotidiano vibrante e um ambiente de mar e montanhas, não era difícil encantar-se pela cidade mais antiga do país. Era a capital legislativa.
Fundada em 1652, Cape Town era o coração cultural e histórico da África do Sul, era também o local onde as embarcações da Companhia Holandesa das Índias Orientais se reabasteciam no século XVII. Era uma cidade cosmopolita, com influência das culturas holandesa, francesa e malaia. O centro da cidade era um lugar que devia ser apreciado com muita calma. A área era segura durante o dia, com vários pontos turísticos interessantes, entre eles o The Company's Garden, o Castelo da Boa Esperança, o Planetário, e a Catedral de São Jorge. Entretanto, a noite o fator segurança deveria ser considerado. Caminhando pelo centro, encontrava-se a Long Street, uma de suas principais ruas. O lugar era bastante movimentado durante o dia: pela manhã, era um ótimo local para fazer compras, porque tinha uma razoável quantidade de lojas; à noite, a atração corria por conta dos bares e boates. Também era considerada o melhor lugar no Cabo para curtir a noite.
Lugares turísticos e referências históricas
Antiga Casa da Cidade –
Construída em 1755, foi originalmente sede da Polícia e mais tarde passou à Prefeitura. Continha a Coleção Michaelis, de pinturas holandesas e flamencas, do século XVII. A coleção abrigava obras de Frans Hals, Jan Steen, Jan van Goyen, Albert Cuip e Abraham van Beyeren.
Artscape Theatre Centre - D.F. Malan Street - Foreshore -
Anteriormente chamado Nico Malan Theatre Centre, era o principal centro de artes cênicas da Cidade do Cabo. Foi inaugurado em 1971 e estava localizado em terras recuperadas, na área de Foreshore. A apresentação inaugural estava programada para ser Aida, de Giuseppe Verdi, mas a doença atingiu a cantora Emma Renzi e a produção foi substituída por Sylvia, do CAPAB Ballet. O teatro tinha capacidade para 540 lugares e a Arena, para 140 lugares.
Bairro Malaio –
Era a área residencial da população malaia, onde muitas das casas datavam do século XVII. Limitada pelas ruas Rose, Wale, Chiappini e Shortmarket, era considerada monumento nacional. O Museu Bokaap, ficava no alto da Wale Street. Abria diariamente das 10.00 as 16.00h.
Biblioteca Pública Sul Africana – Queen Victoria Street, 5 - Centro -
Era considerada a Biblioteca Pública Nacional, para referências e pesquisas. Reunia obras importantes e históricas, como o primeiro e o segundo trabalho de Shakespeare. Abria de segunda a sexta, das 9.00 as 19.00h.
Bo-Kaap -
Era outro bairro Malaio, formado por uma grande maioria de descendentes de escravos da Malásia, da Indonésia e de outros países africanos, que chegaram a África do Sul nos séculos XVI e XVII. Aproveite e conheça o Museu Bo-Kaap e, se estiver na hora do almoço, experimente algo da culinária típica cabo-malaia.
Bolder Beach -
Esta praia era o lar de milhares de pinguins africanos, que circulavam livremente por suas areias brancas e para melhor observá-los, use uma trilha suspensa de madeira. Estava localizada em Simon`s Town, a 45 km da Cidade do Cabo. Para visitá-la pagava-se uma taxa.
Cabo da Boa Esperança -
Localizado no extremo sul da cidade e do continente africano, o famoso Cabo da Boa Esperança, fazia parte do Parque Nacional da Montanha da Mesa, com suas paisagens impressionantes, suas praias desertas, desfiladeiros que avançavam sobre o Oceano, ventos fortes e a constante presença abusiva dos macacos babuínos, contrastando com as tranquilas avestruzes. Para chegar, era preciso rodar cerca de 80 km ao longo da Chapman`s Peak Drive, considerada uma das estradas mais bonitas do mundo, encravada nas encostas à beira mar. Era uma península que foi contornada pela primeira vez em 1488, pelo português Bartolomeu Dias, e também era conhecida como Cabo das Tormentas, devido à grande quantidade de tormentas e ventos, presentes na região. Aqui estava Cape Point, o ponto mais a sudoeste da África. Ao conhecê-lo, verá dois picos e, em um deles, mais ao alto, estava um belo Farol datado de 1860. Não deixe de subir até o Farol e apreciar a vista que se tinha lá de cima, que era espetacular - o local podia ser conhecido por meio de caminhadas (cerca de 15/20 minutos por escadas) ou a partir de um Funicular.
Embora o Farol estivesse localizado no pico mais alto de Cape Point, e ser um dos símbolos do lugar, não estava mais em funcionamento, pois as nuvens acabavam por cobri-lo frequentemente, tornando-o ineficiente para ajudar a navegação. Um novo Farol foi construído, em um nível mais próximo do mar. Não deixe de ir até a placa do Cabo da Boa Esperança, onde todos faziam uma parada para registrar fotos e apreciar melhor a praia. Ao visita-lo, era importante tomar cuidado com os babuínos, que eram agressivos e assustavam as pessoas. Eles aprenderam a abrir carros e a roubar bolsas e tudo que encontrassem pela frente, em busca de comidas. Mantenha-se muito atento, principalmente com a máquina fotográfica e o celular e não dê chance para os símios. Mantenha as portas do carro travadas e os vidros fechados. Não caminhe pelo parque enquanto come, porque comida chamava a atenção desses animais e eles avançavam sobre as pessoas.
Depois, prossiga pela estrada da Costa do Atlântico, rumo ao Vale Hout Bay, com o seu movimentado porto de pesca, e uma bela praia de areia branca. Continue pela Chapman’s Peak Drive, até chegar a Reserva Natural do Cabo da Boa Esperança, um dos pontos turísticos mais importantes do país, surpreendia tanto pela belíssima paisagem como pela diversidade de animais e lindas flores Proteas – o símbolo do país. Suba pelo funicular até o Flying Dutchman, para observar o encontro das correntes dos oceanos Atlântico e Índico.
Continue o passeio com destino a Boulders Beach, onde grande parte das pessoas que visitavam a praia o faziam através da entrada do Parque Table Mountain (R45). Entrando por esse parque, siga por passarelas de madeira que levavam até a área onde ficavam os pinguins ao sol. Os visitantes ficavam restritos apenas à área da passarela e era de lá que se via os animais. A praia era super bonita e, com a presença dos pinguins, o cenário ficava ainda mais surpreendente. Aqui era hora de uma parada para almoçar, então vamos às dicas: Seaforth Restaurant e ou no Neptune`s Galley, que ficava na False Bay Yacht Club. No retorno a Cidade do Cabo, visite o Kirstenbosch – o National Botanical Garden, recentemente eleito um dos dez melhores jardins do mundo pela Curadoria do Kew Gardens, de Londres, onde um Guia local garantia a aprendizagem sobre alguns dos aspectos mais fascinantes dos jardins.
Camps Bay -
Era a praia mais badalada do Cabo. Não bastasse a água cristalina e o fato de ser um ponto ótimo para admirar o pôr do sol, era também o local perfeito para registrar fotos dos Doze Apóstolos, formação rochosa que fazia parte da Table Mountain. Quem visitava a praia quase não entrava no mar, pois nessa região as águas eram geladas. Outro fator que não contribui para o acesso de pessoas, eram os tubarões - no sul da África onde havia muitos tubarões no mar, porém existia sinalização com bandeiras e pessoas vigiando as praias para evitar acidentes. Apesar do mar ser um pouco arredio, muitos acabavam ficando só na areia, mas dava para aproveitar uma piscina artificial ao lado direito, que não oferecia os mesmos riscos de um mergulho no mar.
Canal Walk - Fica no Century Place Boulevard - Century City -
Era o maior Shopping, e contava com mais de 400 lojas das mais renomadas grifes internacionais e outras, dedicadas ao artesanato sul-africano.
Casa Koopmans-de-Wet – Strand Street, 35 - Centro -
Era considerada monumento nacional, contendo uma bela coleção de mobiliário colonial holandês e antiguidades. Datava de 170, e sua bonita fachada foi construída no final do século XVIII por Louis Thibault. A família De Wet habitou o prédio durante mais de 100 anos, e grande partes dos seus bens faziam parte do acervo.
Castelo da Boa Esperança - Darling Street & Buitenkant Street
Era considerado o prédio intacto mais antigo da África do Sul. Foi centro da vida civil e administrativa do Cabo, até a cidade se desenvolver e começar a se expandir para fora do Castelo. Atualmente, abrigava um museu e era sede de unidades das Forças Militares. Contava com uma área de museu repleta de objetos e artigos utilizados pelos colonizadores da Colônia do Cabo, no passado. O topo do prédio proporcionava uma vista de 360º de toda a Cidade do Cabo. Inicialmente servindo como uma Fortaleza, o Castelo da Boa Esperança foi construído pelos holandeses no século XVII, entre 1666 e 1679, para defender a Cidade do Cabo. Atualmente, abrigava um museu e era sede das Forças militares, com pinturas e moveis que falavam do passado da cidade.
Aqui se mantinha a tradição da cerimônia do canhão, um momento em que era ensinado aos visitantes como se utilizava um canhão nos tempos antigos. O Forte abria diariamente das 9.00 as 16.00h (última entrada era as 15:45h) e o ingresso custava 50 rands. Havia visitas guiadas as 11.00, 12.00, 14.00, 15.00 e 16.00h. A Cerimônia da chave - acontecia as10.0 e 12.00h - Abertura da entrada Van der Stel do Castelo, pelos Guardas Cerimoniais. Era uma tradição passada que ainda era realizada, o disparo do canhão - as 10.0, 11.00 e 12.00h - Antigamente, o canhão era disparado para indicar que um navio havia sido avistado no mar e para transmitir a mensagem para as pessoas dentro do Forte.
Catedral de São Jorge – Wale Street, 5 -
Da religião anglicana, fora projetado por Sir Herbert Baker, era um dos templos religiosos mais importantes do Cabo. O local chamava a atenção por sua imponência e pelo estilo gótico. Na área interna, o destaque ficava por conta do pé direito alto e dos enormes vitrais coloridos. Ao visita-lo, não deixe também de passar na parte conhecida como The Crypt, onde havia um restaurante e uma pequena exposição com fotos de momentos vividos durante o período do apartheid.
Chapman's Peak Drive -
Era uma rota de 9 km, que contornava o Chapman's Peak, um lugar não podia deixar de ser visitado por quem dava a volta na península e proporciona uma visão espetacular. O Cabo era muito conhecido por seus morros e estradas à beira-mar, e para observar um dos cenários mais lindos dessa região, circular por essa estrada era obrigatório. Não se esqueça de parar nos Mirantes, para registrar a vista e se deliciar com a paisagem, com as flores do parque e a vista para Hout Bay.
Craft Market - Long Street, 207 -
Se quiser comprar artesanato, não precisava sair do Waterfront porque o Craft Market estava instalado dentro de um galpão no Waterfront, vendendo vários tipos de produtos como quadros, objetos esculpidos em madeira, jogos de mágica, pinturas, sabonetes artesanais, roupas e outros produtos de criação regional. Anexo ao Mercado ficava o Wellness Centre, uma área em que trabalhavam massagistas, cabeleireiros, e pessoas que jogavam cartas e leem a mão, fazendo previsões futuras para os crédulos passantes.
Estátua de Bartolomeu Dias –
Era uma homenagem em bronze ao navegador português que descobrira a rota marítima ao redor do Cabo, em 1488, depois conhecida como o Caminho das Índias. Fora uma oferta do Governo português em 1952.
Galeria Nacional Sul-Africana – Government Avenue -
Reunia objetos predominantemente de origem sul-africana e coleções suplementares da Alemanha, Bélgica, França. Grã-Bretanha e Holanda. Abria das 13.00 as 17.30h e aos sábados e domingos das 10.00 as 17.00h.
Green Market Square - Burg Street -
Para quem gostasse de comprar artesanatos, a recomendação era visitar o Green Market Square, um mercado ao ar livre. O local tinha pouca estrutura, era formado apenas por barracas de vendedores, em uma praça do centro da cidade, mas era aqui onde se praticavam os melhores preços de artesanato na cidade. Ao se interessar por algo, não deixe de pechinchar o preço informado. Como essa era uma área de grande interesse turístico, os vendedores acabavam colocando o preço lá em cima. Por isso, pechinchar, era a melhor forma de garantir uma boa compra.
Green Point Common – Fritz Sonnenberg Road, 1 -
Era usado pela Companhia Holandesa das Índias Orientais, como ponto para pasto de gado. Tornara-se o primeiro Hipódromo da África do Sul durante a ocupação britânica no tempo do Lord Charles Somerset. Depois, fora transformado numa Reserva de Caça. Durante a guerra Anglo-Boer, era um campo de passagem de prisioneiros que eram enviados ao então Ceilão.
Green Point -
Era um dos bairros litorâneos de Cape Town próximo do Waterfront e onde estava localizado o Estádio da Cidade, utilizado nos jogos da Copa do Mundo de 2010. Era um bairro residencial, que contava com a oferta de alguns hotéis. Ficava em frente ao mar, mas não tinha faixa de areia. Havia um calçadão para caminhadas e uma grande área gramada, onde as pessoas pegavm sol e passeavam com seus cachorros, nos dias em que a temperatura estava agradável. Um dos símbolos de Green Point era seu Farol, construído em 1824.
Hout Bay -
Era uma pequena e encantadora cidade, distante 20 km do centro da Cidade do Cabo, debruçada sobre uma baía muito visitada pelos turistas, com seus restaurantes e embarcações ancoradas, e de onde saiam os passeios para a Seal Island (ilha das focas, que ficava a cerca de 20 minutos de navegação de Hout Bay). Era um porto de pesca de lagostas. Se passar pela Chapman's Peak Drive, pare em algum dos Mirantes para observar Hout Bay lá de cima, porque a vista era muito bonita.
Igreja Mãe –
Fora construída na local onde existiam duas antigas igrejas, uma delas construída em 1678, e considerada a primeira igreja do país. A torre do relógio, fazia parte da segunda igreja e data de 1703.
Igreja de Santo Estefânio –
Era a única igreja reformada holandesa, que ostentava um nome de Santo. Fora construída em 1800, para prover assistência religiosa aos integrantes da guarnição britânica estacionada na cidade. Na década de 1830, fora transformada em escola semanal para os escravos libertos, e em igreja aos domingos.
Igreja Luterana e a Casa Martin Melck – Strand Street, 96 -
Eram prédios adjacentes situados na Rua Strand. A igreja fora construída em 1776 e chamava a atenção por sua torre do relógio e o púlpito entalhado, feito por Anton Anreith. A Casa Martin Melck, era um antigo Presbitério, construído em 1781.
Jardins da Companhia - Rhodes Drive -
Era um parque originalmente administrado por Jan van Riebeeck, tinha estufas e orquidário, aviários, roseiral e um jardim aromático para a visita de pessoas cegas, um salão de chá e um relógio de sol, datado de 1781.
Maboneng - Washington Street - Langa -
Eraa o reduto artsy da cidade. Pelas ruas do bairro, encontravam-se Galerias e lojinhas bem atraentes, que vendiam de tudo. Outro point bem movimentado, era no Distrito de Braamfontein, aonde, aos sábados, acontecia a Neighbourgoods Market, uma concorrida feirinha gastronômica.
Victoria & Albert Waterfront - Fica na Albert Road, 375 - Woodstock
Situado a beira mar, o Mercado de Artesanato vendia de tudo, desde ovos de avestruz pintados à mão, artesanatos em pedra e madeira e peles de animais. Na mesma área estava o Victoria Wharf Mall, com várias lojas de grifes famosas.
Montanha da Mesa
Era o ponto turístico que ninguém deveria deixar de visitar. Tinha pouco mais de 1.000 m de altura e cerca de 3 km extensão, era considerada uma das sete novas maravilhas do mundo e podia ser vista de diversos pontos da cidade. Além de chamar a atenção pela sua aparência externa desigual, o local apresentava vasta flora e mirantes para diversas áreas da cidade, que proporcionavam paisagens espetaculares. Mesmo sendo um símbolo que podia ser observado de vários locais, fazer a subida e conhecer a Table Mountain, era imperdível. O topo da montanha era plano e com trilhas, possibilitando caminhar e observar a cidade a partir dos vários mirantes. Eram tantos ângulos diferentes e todos com vistas tão bonitas, que a vontade de curtir o visual e tirar fotos justificava a subida.
A chegada podia ser feita de duas formas: através das trilhas ou pelo teleférico. O tempo gasto para subir pelas trilhas, dependia da condição física de cada visitante - poderia levar de 60 minutos a 3 horas. O bondinho transportava até 60 pessoas de cada vez, era rápido, circulava a uma velocidade de 10 m/s e eram apenas 700 m. entre cada Estação. O bondinho fazia uma volta de 360º, em seu próprio eixo, o que possibilitava a que todos pudessem ter uma visão panorâmica da subida. Na parte superior da Table Mountain, havia um restaurante, que servia lanches e almoço.
Estação inferior do Teleférico –
Era onde começam as viagens do bondinho que conduzia os visitantes até o topo da Montanha da Mesa, a 1.067 metros. Eram 1.244 metros de cabos de aço que conduziam o bondinho até o alto, em 6 minutos a cada meia hora.
Museu Bo-Kaap -Wale Street, 71 -
Considerado um museu pequeno, interessante e charmoso, podia ser facilmente encontrado no colorido bairro Bo Kaap. Neste espaço, era possível compreender um pouco do desenvolvimento da cidade e a cultura local, examinar alguns objetos e artigos de tempos remotos e até passear pelas casinhas coloridas. Como um satélite do Museu Cultural de África do Sul, este museu oferecia exibições sobre a comunidade muçulmana de Cape Town, e um olhar histórico sobre os diversos habitantes da cidade. O museu estava situado em uma casa restaurada do estilo histórico Bo Kaap, cercada por outros prédios típicos holandeses de Cape.
Museu da África do Sul e o Planetário - Fica no número 25 da Queen Victoria Street, bem no centro.
Junto do The Company's Garden, na área central da cidade, estava o Iziko South African Museum, onde também funcionava o Planetário. Dentro do Museu, que era um dos mais antigos da África, dava para conhecer mais a fundo a história natural do continente, através de fósseis de animais e pinturas rupestres. No Planetário, em sessões que aconteciam as 13.00 e as 14.00h dava para conferir as belezas do espaço.
Museu da Ilha Robben -
Localizada na entrada da Table Bay, a Robben Island era um museu que recontava os horrores do apartheid, o regime de segregação racial que a África do Sul vivenciou durante 46 anos, a partir da década de 40. Nesta pequena ilha do Oceano Atlântico, o maior símbolo de resistência ao regime racista sul-africano ficou preso, cumprindo pena de prisão perpétua. Aqui, Nelson Mandela ocupava uma pequena cela de pouco mais de quatro metros quadrados, onde havia apenas uma pequena janela, uma cama improvisada, um banquinho e uma botija de água. Incomunicável, ele era proibido de ter contato até com outros presos. Isso porque as autoridades temiam que pudesse tramar algum plano contra o regime. Depois de uma forte pressão internacional, Mandela fora libertado em fevereiro de 1990. Em 1994, fora eleito o primeiro Presidente negro do país. Após sua liberdade e de todos os outros presos políticos, a Robben Island ainda era usada para manter presos comuns, até ser fechada em 1996. Três anos mais tarde, a ilha era classificada como Patrimônio Mundial da Humanidade, pela Unesco, e hoje abrigava o Robben Island Museum.
Museu do Coração - Groote Schuur Hospital - Main Road – Observatory -
Estava instalado no antigo prédio principal do Hospital Groote Schuur, nas salas onde ocorreu a primeira cirurgia de transplante de coração, em dezembro de 1967, quando Denise Darwal e sua mãe, foram levadas às pressas para o hospital após serem atropeladas por um veículo. O receptor do coração de Darval foi Louis Washkansky, de 54 anos, dono de uma Mercearia, que sofria de diabetes e doença cardíaca incurável. Uma visita guiada de duas horas fornecia uma visão sobre o doador do coração, o receptor, as questões éticas e religiosas relacionadas ao momento da morte. A visita guiada ao museu começava com uma representação do acidente de carro, até o laboratório de animais aonde Dr. Christian Barnard conduzia experimentos em mais de 50 cães para aperfeiçoar a técnica de transplante de coração. De lá, podia-se visitar uma maquete do quarto de Denise Darvall e o escritório de Barnard, antes de assistirr uma recriação da cirurgia nas próprias salas de operação onde isto ocorreu. Finalmente, os visitantes viam uma recriação da sala de recuperação de Louis Washkansky, após a qual poderiam ser assistidos por Guias turísticos para se registrar como doadores de órgãos. O museu também possuia um longo corredor repleto de cartas de aclamação e críticas a Barnard, mostrando a reação ética e a atenção internacional que a cirurgia recebeu.
Museu do Sexto Distrito - Buitenkant Street, 25-A - Zonnebloem --
Estava instalado em um prédio de 170 anos, que contava a história de mais de 60 mil moradores do Distrito Seis, onde o visitante poderiam entender um pouco como era essa comunidade no período da Apartheid, através de ilustrações, vídeos, objetos e outros. A District Six Foundation fora fundada em 1989 e o museu em 1994, como um Memorial para o movimento forçado de 60.000 habitantes de várias raças no Distrito Seis, durante o Apartheid, na década de 1970. O piso do museu era coberto com um grande mapa do bairro, com anotações à mão, dos antigos moradores, que indicavam onde suas casas eram localizadas. Um ex-morador era um músico de jazz, Abdullah Ibrahim, mais conhecido pelo nome Dollar Brand. Outras peças do museu eram velhos sinais de tráfego, exposições de momentos históricos e a vida das famílias da área, relatos orais e exposições sobre a demolição. O museu também oferecia programas para os atuais habitantes para ajudar a desenvolver o distrito. O museu era dedicado à construção de habitação, planejamento ambiental e organização da música, da literatura, e atividades de arte, com a participação ativa do público. O objetivo do museu era juntar as pessoas em uma comunidade onde havia respeito à dignidade, a identidade e a co-existência de diferentes raças.
Museu Judaico – Hatfield Street, 88-
Estava situado na Sinagoga mais antiga do país. Continha uma coleção de arte cerimonial judaica e objetos que retratavam a história judaica, na África do Sul. Abria de terça a quinta, das 14.00 as 17.00h e aos domingos, das 10.00 as 12.30h.
Museu Sul Africano de História Cultural –
Estava instalado no antigo prédio do Supremo Tribunal, onde funcionava, desde 1809. O prédio original datava de 1679, quando era usado como albergue para os escravos da Companhia Holandesa das índias Orientais. Abria de segunda a sábado das 10.00 as 17.00h.
Os Doze Apóstolos -
Na parte sul da cordilheira, a sequência de picos, chamada de Doze Apóstolos compunha com a praia de Camps Bay, um dos cenários mais bonitos da região. A trilha que levava até o alto da Lion`s Head, tinha um morro com formato de cabeça de leão, que proporcionava ao longo do caminho, vistas incríveis da cidade, em 360".
Parque De Waal - Molteno Road -
Fora proclamado Parque em 1895, em homenagem a antigo Prefeito da Cidade do Cabo. Suas gigantescas e encantadoras árvores tinham mais de 100 anos.
Prefeitura –
O prédio construído em estilo da Renascença italiana, no início do século passado, também sediava os concertos da Orquestra Sinfônica da cidade.
The View Point –
Ficava em Signal Hill, a 346 metros de altura. O Mirante proporcionava uma excelente visão da cidade e do porto da Baia da Mesa.
Two Oceans Aquarium - Dock Road - Victoria & Alfred Waterfront -
Tinha esse nome devido ao encontro dos oceanos Atlântico e Índico, que ocorria na esquina da África do Sul. O lugar reunia mais de cinco mil espécies de seres, entre peixes, pinguins, moluscos e tubarões. O Aquário era interessante para ser visitado por pessoas de todas as idades, que se entretinham com a enorme quantidade de peixes e animais marinhos. Visite o último andar, onde estavam os pinguins, e o Aquário dos Nemos.
World of Birds e Monkey Park - Valley Road - Hout Bay -
Como o próprio nome dizia, era o Mundo dos Pássaros, sendo considerado o maior parque com pássaros da África. Reunia mais de 3.000 espécies de aves, sendo um passeio interessante para pessoas de todas as idades, principalmente as crianças, que poderiam circular pelos viveiros, onde estavam passarinhos, corujas, gaviões, cisnes, pavões, patos, marrecos, macacos e porquinhos da Índia.
Dicas:
A Estação do bondinho e a Table Mountain, ficavam fechadas quando ventava muito ou quando havia grande quantidade de nuvens e pouca visibilidade. Não era incomum ela estar fechada, assim, na primeira oportunidade em que o tempo estiver bom, suba! Quando estiver lá em cima e ouvir uma sirene, era o aviso de que a Estação fecharia. Se estiver de carro, prepare-se para estacionar distante da Estação do bondinho. Apesar de haver estacionamento, nos dias em que o parque ficava cheio a quantidade de carros era muito grande e não havia espaço para todos. Utilizar o ônibus City Sightseeing, era a melhor maneira para visitá-la. Não se esqueça de levar um agasalho para se proteger dos ventos e do frio que sentirá ,quando estiver lá em cima.