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Český Krumlov - Pequena e encantadora -
                 República Tcheca - 1/2

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Um pouco de história

Situada às margens do Rio Vltava, Český Krumlov fora surgindo ao redor de um castelo do século XIII, com elementos góticos, renascentistas e barrocos. Era exemplo de uma pequena cidade medieval do leste europeu, cujo patrimônio arquitetônico permanecia intacto, graças a sua evolução pacífica por mais de cinco séculos. ​Desde sua criação, até os anos 1900, a cidade pertencera praticamente a apenas três famílias nobres, famosas pela capacidade comercial e também pelo amor à arte e à arquitetura: Rosenberg, os Eggenberg e os Schwarzenberg. Foram elas que garantiram o desenvolvimento econômico, arquitetônico, cultural e social da cidade, ajudados pelas conexões fortíssimas com a nobreza da vizinha Áustria e pelas rotas comerciais das quais Český Krumlov fazia parte.

 

Com pouco mais de 14.600 mil habitantes, essa pequena cidade a três de horas de Praga, parecia saída direta de alguma história de contos de fadas. Seu centro histórico mesclava arquitetura barroca e renascentista, enquanto o Rio Vitava circundava o pequeno centro, como se fosse meticulosamente desenhado, por algum designer turístico. Grandes campos gramados e chalés coloridos cercavam as imediações, enquanto no alto de um morro, o Castelo, considerado um dos maiores da Europa, dominava o cenário. Em 1992, fora incluída na lista de Patrimônio Histórico da Unesco. ​​Com o fim da União Soviética em 1991 e dos regimes comunistas, acontecera de forma pacífica, em 1993,  a separação da Tchecoslováquia, com a chamada Revolução de Veludo, resultando em República Tcheca e a Eslováquia. Após a Guerra Fria, por volta de 1991, o fluxo de turistas aumentara e até hoje era um destino bastante procurado. Era a segunda cidade mais visitada do país, perdendo somente para a capital Praga. 

 

O que visitar
 

Apesar de pequena, tinha vários pontos turísticos. Mas com exceção de poucos lugares, a recomendação era apenas uma: caminhar e bastante. Aproveite quando estiver no centro histórico, que  já  era uma atração por si só, e livre-se da obrigação turística de entrar em qualquer lugar. Caminhe por suas ruelas, entre em portões que pareciam não serem locais públicos, atravesse passagens estreitas entre as ruelas. Caminhe para o outro lado do rio, e chegue até a outra ponte. Procure outro ângulo, para registrar as melhores imagens. Caminhe por onde os turistas não circulavam, siga   até o final da rua e retorne ao ponto inicial.

Na área central, pequenas ruelas levavam ora para um restaurante, ora para uma ponte, que terminava em um bosque. Os veículos estavam proibidos de circular pelo centro histórico, e a única alternativa era mesmo caminhar. Ainda fora da rota turística, para maioria dos brasileiros que se aventurava pelo leste europeu, Cesky Krumlov era considerada a praia dos tchecos durante o verão, quando empresas de rafting, caiaques e boias, exploravam as agitadas águas do Rio Vitava, para amenizar o calor do verão.  

Avenida Naplavka -

A cidade era bastante fotogênica, mas caminhar pela avenida beira-rio era era o direncial. Aqui, havia um conjunto de pequenas vias, decoradas com flores e obras de arte moderna, que se encontravam na beira do rio, onde lojinhas de artesanato completavam o clima bucólico do lugar. 

Buraco dos ratos – Rua Horni –

Era um lugar interessante para observar ângulos diferentes da cidade – e, apesar do nome, não tinha nenhum rato circulando. Ficava embaixo da ponte da Rua Horní. Era uma fenda criada na pedra como proteção, já que a ponte de madeira que existia antigamente poderia ser derrubada em caso de ataque. Chegava-se pela escadaria da rua Rooseveltova  - ao lado do Hotel Garni Myší dirá - ou passando por baixo do Hotel Mlýn, na rua Parkán.

Castelo  – Rua Zámek, 59 –

Embora remontasse ao ano de 1253, muito do que se via hoje fora construído no século XVII, incluindo o belo Rosenberg Ballroom, a esplêndida Capela de São Jorge, o Renaissance Hall e os apartamentos Reais. Outro destaque era o maravilhoso teatro barroco do Castelo, construído em 1682 e com equipamento de palco ainda em funcionamento e acessórios do século XVIII. ​O Complexo do Castelo, com seus quase 800 anos de história, tinha 40 prédios e palácios, distribuídos em cinco pátios. Seus interiores históricos conservavam a decoração renascentista, os palácios e os prédios barrocos e o belíssimo jardim do castelo, tinham precioso valor histórico e arquitetônico.

 

Para conhecer a história do Castelo, era possível acompanhar os tours guiados que  levavam a visitar as notáveis salas dos séculos passados, a área principal da adega e o espaço do lapidário, onde as estátuas originais dos jardins do Castelo e da Cloak Bridge  estavam guardadas. ​Para completar, visite os jardins,  criados no século XVII em estilo gótico, cobrindo cerca de onze hectares.  Depois da entrada nas dependências do prédo, havia um fosso com ursos, cuja presença era uma tradição iniciada há séculos, pelos Rosenberg. Finalizando a visita, reserve uma atenção especial para um dos locais mais preciosos: o Teatro Barroco, considerado um dos teatros barrocos mais bem preservados da Europa e o Museu, para conhecer fatos importantes relacionados aos proprietários do Castelo ao longo do tempo, as famílias Rosenberg, Eggenberg e Schwarzenberg.

 

Castelo de Hluboká - Hluboká nad Vltavou -

O palácio muitas vezes descrito como o mais bonito da República Tcheca, devia sua aparência atual aos nobres de Schwarzenberg.  O palácio tinha 140 quartos, 11 torres e oferecia vários percursos. Ao visitá-lo, poderia admirar os aposentos reais e as luxuosas salas de representação, com paredes folheadas e entalhadas, tetos em caixotões, móveis elegantes, lustres de cristal e grandes coleções de pinturas, objetos de prata, porcelanas e tapetes gobelins. ​Suba até a torre de observação e dê uma olhada na cozinha do palácio, que exibia muitas amostras de panelas, preservadas do final do século XIX e início do século XX. No salão de equitação, admire as exposições de arte gótica da Boêmia do Sul e dos mestres holandeses, na Galeria Aleš, da Boêmia do Sul. Ficava distante 30 minutos de táxi ou carro e a 1.30 minutos pelo trem.

Centro de Arte Egon Schiele -  ESAC - Široká, 71 –

Egon Schiele era um pintor austríaco que vivera algum tempo em Český Krumlov, que era a cidade natal de sua mãe. Schiele – que fora aluno do consagrado pintor Gustav Klimt, que pintara o famoso quadro chamado O beijo, em 1908 – pintava geralmente jovens nuas e por causa disso tinha alguns problemas com a sociedade da época. Uma sugestão para saber mais sobre a vida do artista era assistir ao filme do austríaco Egon Schiele: Death and the Maiden, produção de  2016. No espaço do ESAC, que antes abrigava a antiga Cervejaria municipal, do século XVI, encontrava-se uma mostra simultânea de arte clássica e contemporânea internacional e arte tcheca, em uma área de exposição de 4.000 metros. ​Conheça o mobiliário desenhado pelo próprio Schiele, sua única escultura, uma exposição permanente de aquarelas e desenhos e uma sala dedicada à vida e obra do artista. Para os artistas, fotográfos e escritores, o ESAC oferecia aluguel de estúdios completos para trabalhar e morar, por longos ou curtos períodos, com o bônus de serem espaços que inspiravam o artista Egon Schiele. O espaço também dispunha de uma Cafeteria.

Centro histórico

Era onde estava a Náměstí Svornosti, uma praça calçada por paralelepípedos, emoldurada por grandes residências burguesas. Caminhe pelo labirinto de vias estreitas até pontos de referência, que incluiam a Igreja de São Vito e a Casa Jakoubek. Mergulhe em séculos de história local no Muzeum Vltavinu (Museu Moldavita), no Museu de Instrumentos de Tortura e no Museu Regional. Aprecie as obras do artista vienense Egon Schiele, no Centro de Arte Egon SchieleOs artistas de ruas do Bairro Histórico proporcionavam entretenimento em quase todas as esquinas, as Cafeterias invadiam as calçadas e os bares  ofereciam provas das cervejas artesanais produzida na cidade.

Atravesse uma ponte para pedestres na extremidade norte do Bairro Antigo, para chegar ao Castelo de Český Krumlov, do século XIII. Visite suas salas resplandecentes, o bonito jardim barroco e um fosso, que desde o século XVIII era usado para abrigar ursos. Caminhe ao longo da atraente Rua Latrán e visite as exposições do Museu de Marionetes. Defronte ao Bairro Histórico, do outro lado do rio, estava o Parque Městský, um ótimo lugar para relaxar num dia ensolarado. Visite nas proximidades, o Museu e Fotoatelier Seidel, e a Igreja de São Vito. ​Aproveite para visitar a cidade durante um de seus festivais, como o Festival de Artes Barrocas, que acontecia sempre no mês de setembro. Veja as encenações de eventos medievais, nas Celebrações da Rosa de Cinco Pétalas, em junho. Assista a concertos de música de Câmara, Ópera e orquestras filarmônicas, durante o Festival Internacional de Música, realizado no mês de julho.

Cervejaria Eggenberg - Rua Pivovarská, 27 –

A tradição de produzir a bebida desta Cervejaria,  começara junto com a fundação da cidade, no século XIII. Mais tarde, ganhara impulso sob o reinado do último dos Rosenberg.  Em 1662, toda a cidade e a Cervejaria, passaram a pertencer a outra família nobre, os Eggenbergs. ​Mais recentemente, em 1945, a Cervejaria passara para o Estado e juntamente com a marca Budweiser Budvar, que ficava na cidade vizinha de České Budějovice, incorporara-se às cervejarias estatais  e nacionais da região da Boêmia do Sul. Em 1991, depois da privatização, a marca investira em tecnologia, para aumentar a capacidade de produção. E, assim, tornara-se mais conhecida e popular. Era possível fazer um tour pela Cervejaria, em horários disponíveis diariamente, a partir das 11.00h. Aproveite para almoçar ou jantar no restaurante do local ou simplesmente provar suas cervejas, um tipo de cerveja lager clara, um tipo de lager escura, uma lager não filtrada ou uma cerveja especial feita de levedura não filtrada.

Igreja de São Vito -  Rua Horni, 381 -

Reunia o legado artístico e arquitetônico que remontavam a quase 700 anos.  Admire a mistura de designs construtivos, veja uma coleção interessante de arte sacra e as tumbas de homens nobres famosos. A igreja fora construída por Peter I von Rosenberg, no início do século XIV. Desde então, novas estruturas foram construídas por  aristocratas e membros de famílias reais. Ficava em um promontório, sobre o sinuoso rio Vltava e era uma das atrações mais visitadas. Admire os elementos góticos e barrocos da fachada da igreja. Observe as grandes janelas, que tinham a mesma altura das paredes externas da igreja. Olhe para cima para ver a torre neo-gótica, com seus oito lados, construída no século XIX.

Seu interior era adornado com elementos artísticos. No altar em estilo barroco do século XVII, admire a pintura da coroação da Virgem Maria. Procure as esculturas de São Venceslau, o santo padroeiro da República Tcheca, e também de ícones de santos como São Francisco Xavier. Conheça o interior da Capela de São João Nepomuceno, construída em 1725, por membros da Casa de Schwarzenberg. Na entrada da capela, estavam tumbas de William de Rosenberg e sua esposa Anna Maria de Baden. Confira os afrescos do século XV que representavam cenas religiosas e decoravam uma das paredes adjacentes à capela. Na Capela da Ressurreição, havia obras do pintor tcheco František Jakub Prokys. Este era um local ativo, de culto e adoração; portanto, seja respeitoso com os fiéis durante sua visita. Não era permitido registrar fotos no interior da igreja e muito menos atacar de selfie! Abria diariamente e a entrada era grátis.

Mina de Grafite –  Grafitový důl Chvalšinská ulica -

Não eram apenas ouro e prata que foram extraídos em Český Krumlov e seus arredores, mas também outros minerais, incluindo o grafite. Supostamente, as batidas dos martelos de mineração podiam ser ouvidas do subsolo, diretamente no centro da cidade! Ao visitar, receberia roupas especiais, incluindo lâmpadas de mineração. Um trem da mina o levaria a uma profundidade de 70m abaixo do solo e o Guia o acompanharia pelos túneis subterrâneos, onde poderia ver máquinas de época e modernas, além de outros equipamentos interessantes. O passeio pela mina de grafite levava cerca de uma hora e meia. O passeio tinha 1.200m de trem e 800m a pé, durando cerca de 70 minutos. As instalações ofereciam lanches, estacionamento e loja de souvenirs. Em abril e outubro, os passeios eram possíveis mediante acordo por telefone. Dispunha de textos em tcheco, alemão, inglês, francês, espanhol, holandês.

Monastério Medieval - Klášterní Dvůr, 97 -

Na visita poderia conhecer alguns salões originais e suas pinturas detalhistas, o templo e outros ambientes. O Complexo fora fundado em 1350, por Pedro I de Rosenberg e sua esposa Kateřina e hoje pertencia a Ordem dos Cavaleiros da Cruz da Estrela Vermelha. O Mosteiro passara por uma reconstrução barroca, entre os anos de 1649 a 1681, tornando o interior da igreja uma galeria única das artes barrocas. Localizado próximo do castelo e da Cervejaria Eggenberg, o passeio valia pelo valor histórico e arquitetônico das construções e também para entender a perspectiva religiosa das famílias nobres que comandaram Český Krumlov.

 

Mosteiro Cisterciense

Ficava às margens do Rio Vltava, a cerca de 30 km de da cidade. No século XIII, o magnata tcheco Peter Vok I, da Rosenberg criara este Mosteiro. Segundo a lenda, esse ato era a expressão de agradecimento a Deus, depois de Vok sobrevivera a um naufrágio no Rio Vltava. A Igreja Mosteiro da Assunção de Nossa Senhora, do século XIII, era a parte mais valiosa. A comunidade cisterciense tinha colaborado com  o Mosteiro, buscando reconstruir o passo a passo dos objetos e demais pertences. A igreja, a Sala do Capítulo Quadrado, a Biblioteca - terceira maior da Bohêmia, com seus 70.000 livros, a Galeria de Imagens e do Museu Postal, eram  acessíveis ao público.

Mosteiro da Minoria -  Latrán, 50 –

Atualmente era conhecido como o Grande Complexo do Mosteiro da Ordem dos Cavaleiros da Cruz com uma Estrela Vermelha ou da Ordem Militar dos Cruzados da Estrela Vermelha. Era uma Ordem Religiosa, proveniente da Bohêmia, dedicada principalmente a oferecer cuidados médicos e assistência aos necessitados. Os seus membros, usavam as iniciais pós-nominais de OMCRS, que ao longo de sua história estavam acostumados ao uso de armas, uma postura que fora confirmada em 1292, por Embaixador do Papa Nicolau IV.

​Conhecida também como Ordem Militar da Cruz Vermelha de Constantino,  era considerada por muitos maçons, como um dos objetivos alcançáveis na Maçonaria. A Ordem, na sua forma atual, fora fundada em 1865. O nome era derivado da lenda do Imperador romano Constantino. Em sua luta pelo poder com seu rival Maxêncio, recebera uma visão um pouco antes da Batalha de Saxa Rubra. Nesta visão, Deus lhe dera a ordem para guarnecer todos seus soldados com uma grande cruz vermelha, para garantir sua vitória na luta. Constantino fizera isso e ganhara e como resultado, se convertera ao cristianismo. A Ordem tinha três graus: Cavaleiro da Cruz Vermelha de Constantino, Cavaleiro do Santo Sepulcro e a de Cavaleiro de São João Evangelista.

Mosteiro Zlatá Koruna - Zlatá Koruna, 1  - Estava localizado a 8 km ao norte de Cesky Krumlov, na direção de Ceské Budëjovice.

Fora Přemysl Otakar II, o fundador do Mosteiro, quem dera a ele um suposto espinho da coroa de Cristo, que lhe fora doado pelo Rei francês Luís IX, o Santo. Por desejo de Přemysl, o Mosteiro recebera o nome dessa relíquia, como a Santa Coroa de Espinhos. No início do século XIV, o Mosteiro fora renomeado para Zlatá Koruna (coroa de ouro), provavelmente em razão da abundante fortuna ali existente. ​Segundo os registros, Přemysl Otakar II fundara Zlatá Koruna, para agradecer a Deus por abençoá-lo, em sua vitória sobre o Rei húngaro, Bela IV, na Batalha de Kressenbrunn. Uma grande tília no pátio do Mosteiro, estava conectada a uma lenda que explicava a forma de lágrima, de algumas de suas folhas. Era uma lembrança dos monges, que foram enforcados pelos hussitas, no século XV. As folhas em forma de lágrima surgiam nas tílias e a razão para isso era um tipo de doença do arbusto - um vírus que causa o endurecimento das partes superiores das folhas, criando um formato de colher. Ainda assim, afirmavam aqui que a idade dessa tília não correspondia a esses eventos, porque fora plantada há cerca de 200 anos.

Patio Italiano – Dlouhá, 32 -

Passeando pelas ruas da cidade e observando seus belos prédios históricos, encontraria o Pátio Italiano. A construção, do século XVI, surgiu da união de várias casas góticas, onde hoje predominava o estilo renascentista. A casa possuia três fachadas e cada uma delas estava em uma rua diferente. O prédio fora restaurado em 2009 e hoje abrigava um restaurante, um Café e uma sala para concertos.  

Parque Městský –

Seguindo direto pela Rua Rybářská, logo encontraria esse bonito Parque, com sua Capela de São Martinho e suas esculturas bem estranhas, considerando-se que estavam ao redor de uma capela. Caminhe  até a beira do rio para ver o Hotel Růže e a Igreja de São Vito de Baixo.

Praça da Concórdia  -  Náměstí Svornosti -

Localizada no coração do centro histórico, era a praça principal e merecia um tempo maior de permanência, para observar suas casas memoráveis e como  estavam distribuídas no formato quadrangular da praça, marcando bem sua origem medieval. ​​Um dos prédios que chamava a atenção, era a sede da Câmara Municipal, por sua fachada criada no início do século XVII, a partir da união de dois prédios góticos. Havia quatro brasões pintados na fachada: o primeiro da esquerda era da família Eggenberg, o segundo era o brasão da República Tcheca, seguido pelo da família Schwarzenberg e mais abaixo, está o brasão da cidade.  Na sala de entrada do prédio, no ano 2000, foram encontrados fragmentos de um mural da primeira metade do século XV, com imagens que, segundo especialistas, eram de adoração aos magos.
 

Ainda na Praça da Concórdia, estava a Coluna da Peste,  construída entre 1714 e 1716, em memória dos mortos vítima da epidemia, que atingira a cidade durante os anos de 1680 a 1682.  Mais tarde, em 1843, uma fonte de seis lados fora construída ao redor da Coluna da Peste, para substituir uma antiga fonte, erguida no século XVI, para distribuir água pela cidade. ​​A fonte era decorada com esculturas de santos e protetores de cidade. Na fila superior ficavam as  esculturas de São Václav, de São Vito, de São João Evangelista e São Judas Tadeu. Na fila inferior, estão São Francisco Xavier, São Sebastião, São Kajetano e São Rocco. E no topo, ficava a escultura da Virgem Maria. Todas as esculturas eram obras do escultor praguense Matěj Václav Jäckel. Os artesões montavam diariamente,  uma alegre feirinha, oferecendo queijos caseiros, embutidos, licores, pães de gengibre,  souvenir e roupas, muitas vezes com os próprios donos produzindo na hora o que vendiam.

Quanto tempo ficar

A maioria das pessoas conhecia Český Krumlov em um bate-volta, desde Praga ou como uma parada, no caminho entre a Áustria e a capital tcheca. À noite, a cidade conseguia a proeza de ficar ainda mais linda e charmosa, com o castelo iluminado e as ruas calmas, sem os agitados vai e vem dos turistas. Além disso, com uma noite em um dos seus vários bons hotéis e pousadas, poderia aproveitar muito mais, caminhar muito mais e descobrir coisas diferentes que não encontraria com apenas algumas horas  de visitas pela cidade.

Rua Latrán

Essa única rua e também bairro homônimo, tinha uma história peculiar, pois no passado não pertencera à área onde a alta sociedade morava, porém ao mesmo tempo estava geograficamente ligado ao castelo. Isso porque nas casas de Latrán moravam os serviçais, que serviam a nobreza que vivia no castelo. Mais tarde, o engenheiro Josef Rosenauer (1735-1804), que era funcionário do escritório administrativo das propriedades dos Schwarzenberg, uma das famílias aristocratas que governaram Český Krumlov, mandara construir nessa rua, a casa de número 54. Isso abrira portas para que outras casas burguesas surgissem e entre elas, destacavam-se as casas 53 e 39, com um mural na fachada representando um cavalheiro Rožmberk, outra família Real que reinara nesta parte da Boêmia, desde o século XIII até o ano de 1611.

O passeio era interessante para observar a disposição das casas, os detalhes arquitetônicos e as referências às famílias nobres que ali viveram e tiveram seus reinados na cidade. O passeio começava na bonita ponte de madeira Lazebnický, que cruzava o rio e tinha uma cruz bem no meio, e terminava na torre de Budějovická. Tinha cerca de 2 km e valia muito caminhar até o final do trajeto, para conhecer a torre.

Rua Na Ostrově

Era uma rua da pequena ilha, embaixo do penhasco do castelo, um ótimo lugar para relaxar e curtir ainda mais a encantadora cidade.

Rua Rybářská

Atravesse uma das pontes, e veja como era a cidade pelo outro lado do rio. No final desta rua,  encontravam-se alguns  bons restaurantes.

Torre do Castelo  - Zámek, 59 -

Era o único lugar fechado, durante o passeio pelo castelo, oferecendo uma visão exclusiva da cidade. A torre mais imponente que se via no horizonte da cidade, tinha seis andares e 162 degraus.  Era considerada símbolo da cidade e valia a subida para apreciar belíssimas vistas. Pagava-se em torno de 150 Kč (6 EUR) para ter uma visão de 360º desta pérola da Boêmia, e ainda visitar o Museu do Castelo, para conhecer fatos importantes relacionados a seus antigos proprietários e sua história. ​Na torre do castelo, ficava o Hradni Museu, que merecia uma visita. Guardava centenas de artefatos que revelavam como era a vida dos nobres locais, nos séculos passados. Havia desde banheiros do século XV, até armaduras dos anos 1700. E, ainda, um esqueleto de santo, os ossos de São Reparatus, um dos evangelizadores da região. A entrada ao museu custava 100 coroas e se quiser visitar outros museus na cidade, compre o Cesky Krumlov Card. Por 300 coroas,   ganharia acesso a outros quatro museus, incluindo o Museu Regional, com seu belíssimo acervo de obras de arte, desde o período medieval até o gótico.

Onde e o que comer

​A culinária tcheca era  farta e muito saborosa, assim destacamos como entradas alguns de seus pratos principais: o presunto de Praga, que é uma variedade de embutidos recheados com nata batida; o fígado de ganso com; a salada com pepinos e tomates, salpicada com queijo balcânico ralado; queijo empanado frito, seja ele o holandês Eidam ou Camembert tcheco Hermelin, acompanhado de molho tártaro e poucos vegetais; linguiça grelhada servida com pão/chléb; fatias de sanduíche aberto com cobertura de diferentes sabores, normalmente queijo, patê, atum, presunto ou verduras.

​As mais tradicionais sopas eram: sopa de cayos (Drstková); sopa de repolho com bacon (zelňačka); caldo de carne com almôndegas de fígado (Hovězí vývar s játrovými knedlíčky); sopa de alho com croutons e queijo ralado (Česnečka); e, a mais tradicional, a sopa tcheca ou sopa nacional (česká bramborová), com batatas, cenouras e cogumelos. Os pratos principais tchecos eram as carnes ensopadas ou à milanesa (Řízek), principalmente de boi, pato e porco, mas não faltam bons peixes nos cardápios, sobretudo a carpa, servida no Natal, com nozes e ameixas secas. Qualquer que seja o prato principal costumava vir com fartos acompanhamentos (bramborák, que são pães de batata temperados com manjericão; knedlíky, que consistia em pão sem casca e cozido no vapor, feito com ovos, farinha e levedura e utilizado para degustar no molho das carnes). Dentre as melhores pedidas da culinária: Svíčková na smetaně (carne bovina assada com frutos do bosque/cranberry, nata batida e molho cremoso de vegetais); Španělský ptáček (carne bovina enrolada com ovos, pepino, bacon, picles e cebola), servida com o próprio molho e vegetais e o nosso conhecido goulash, mas aqui consumido com outros ingredientes; carne bovina em pedaços, ensopada com o próprio caldo, servido com pimentões, cebolas, batatas e pimenta;  e porco com chucrute e knedlíky.

Hospoda Na Louži - Rua Kájovská, 66 –

Era um grande boteco, com paredes revestidas de madeira, mesas pesadas e clima retrô. Servia excelentes pratos típicos, uma cerveja maravilhosa e a Zon Cola, uma bebida tipo Coca-Cola, produzida na República Tcheca e embalada em garrafinhas de vidro.

Katakomby Grill Restaurant - Námestí Svornosti, 15 –

Era um dos restaurantes mais recomendados, servia fartos e saborosos pratos típicos, numa Taverna localizada no subsolo, no maior estilo medieval. Ficava em uma das esquinas da praça principal, perto do Museu da Tortura e do prédio da Prefeitura.

Krcma Satlava -  Šatlavská, 157 -

Era outro restaurante típico, que funcionava em um prédio renascentista reconstruído. Sua decoração contribuia para dar uma idéia de que se estava em uma Taberna medieval. A oferta do menú era à base de muita carne variadas. Recomendava-se fazer reserva.

Le Jardin – Rua Latrán, 77 –

Servia comida francesa e tcheca. Aparecia como segundo colocado no ranking do TripAdvisor e estava localizado entre a Rodoviária Spicák e o Castelo.

Papa`s Living Restaurant – Rua Latrán, 13 –

Oferecia massas e carnes excelentes, era muito elogiado também pela bela vista da cidade,  que proporcionava a seus clientes. Ficava próximo da igreja de torre verde.

Restaurante Eggenberg – Rua Pivovarská, 27 –

Era o restaurante que ficava na fábrica da Cervejaria Eggenberg. Também tinha um clima de Taverna, e servia excelentes  pratos da culinária tcheca. Era uma boa e recomendada escolha.

Svejk – Rua Latrán, 12 -

Era uma cadeia de restaurantes espalhadas pelas principais cidades tchecas, e o nome vinha de um personagem da história em quadrinhos tchecoslovaca, que era um bom soldado.

U dwau Maryi - ( Taverna Duas Marias ) -  Parkán, 104 -

Era um restaurante típico tcheco, que servia pratos inspirados na antiga maneira de cozinhar nas terras da Boêmia. A começar pelo prédio, onde o restaurante funcionva,  que era uma casa originária da Idade Média. Proporcionava um visual magnífico. Servia comidas típicas do leste europeu, e uma das melhores vistas da cidade. Estava localizado perto da Ponte Lazebnický, a ponte de madeira que levava até a Rua Latrán, próximo do Castelo.

Onde dormir

Alt Straninger – $$$ -  Široká, 49 –

Era uma encantadora Pousada, situada no centro histórico, do outro lado da rua do Centro de Artes Egon Schiele. O prédio fora projetado pela primeira vez no ano de 1370 e submetido a uma reconstrução em estilo barroco, por volta de 1660, por seu proprietário, o Vereador Straninger. Oferecia quartos com decoração tradicional, alguns com tetos esculpidos em madeira originais. No piso térreo, havia uma Galeria de Arte e Artesanato, que oferecia cerâmicas feitas à mão e outros objetos de arte. Acesso grátis a internet.

Hotel Bellevue - $$$$ -  Latrán, 77 –

Estava instalado num prédio do século XVI, em uma área de pedestres no centro histórico,  apenas 2 minutos de caminhada do Castelo Krumlov. Tinha quartos espaçosos, e também para famílias, com excelentes camas, TV via satélite, mesinha auxiliar, cofre e acesso grátis a internet. O café da manhã era incluído e seu Restaurante e Bar Le Jardin, servia pratos de inspiração francesa e uma seleção de especialidades tchecas. Havia também uma adega e um restaurante no jardim, que abria a partir da primavera, até o início do outono. Dispunha de sauna gratuita.

Hotel OLDINN - $$$$ -  Namesti Svornosti -

Com uma localização central, oferecia restaurante e Recepção 24 horas. Os quartos tinham ar-condicionado, área de estar, TV HD via satélite, cofre e banheiro privativo com chuveiro, secador de cabelo e produtos de banho de cortesia. Um buffet de café da manhã fazia parte da diária. O estacionamento privativo estava disponível por um custo extra. A localização era perfeita.

Pension Na Kovárné – $$$ -  Kaplická, 25 –

Situado em prédio com fachada do século XVI, ficava a 100 metros do Teatro da Cidade e do Museu Regional. Dispunha de Wi-Fi gratuito e quartos com banheiro privativo e canais de TV. Oferecia secadores de cabelo  e uma área de computador junto a Recepção, com acesso à internet.

Pension Zámecká  Apartmá  -  $$$ -  Zámek, 57 –

Situada na área da entrada principal do Complexo histórico do Castelo, oferecia acomodações modernas e de vários tamanhos, instaladas em três prédios,  banheiro privativo e amenidades. O centro da cidade fica a 5 minutos a pé.

 

Pension Wok - $$$ - Rybářská, 2  -

Estava situada na margem do Rio Vltava, em um prédio do Século XVI, no coração da cidade, oferecia quartos com banheiro privativo e TV por satélite e WiFi gratuito. Estava a 500 metros do Castelo e ficava em frente a Igreja de San Vito, à beira rio e ao lado da ponte que levava para a região mais bonita da cidade..

















 

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