CADIZ - A velha - Espanha
Baia de Toruños
ETIAS 2025 - Autorização para entrar na Europa
Anunciado em 2016, o European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir de 2025 mas ainda sem data para início do procedimento. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisarem de Visto Consular para visitar a Europa.
As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta bela cidade hispânica. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui ...
Um pouco de sua história
Cádiz era considerada a cidade mais antiga do país, e um lugar incrível, cheio de tradições, cultura, belezas e ainda banhada pelo Oceano Atlântico. Não havia uma melhor época para visitá-la, já que era uma região agradável o ano inteiro e com muitas opções para passeios turísticos. Mas nas estações mais quentes, como primavera e verão, dava para aproveitar mais a praia e a cultura, ao ar livre. Situada a 1.30h desde Sevilha, era o destino perfeito para uma viagem de um dia, durante um tour pela Andaluzia! Na área central, procure um estacionamento subterrâneo, e saia à pé para descobrir a cidade.
Cádiz fora alvo de assédios e ataques ao longo dos séculos. Isso obrigava seus governantes a construir muralhas e fortificações para protege-la dos ataques vindos do mar. Algumas das antigas fortificações foram conservadas, estavam em um ótimo estado e podiam ser contempladas ao longo dos passeios. Antes da chegada dos romanos, fora importante cidade fenícia, povo oriundo da região hoje ocupada pelo Líbano e Síria, expandiram-se pelo Mediterrâneo chegando até Cádiz, onde se estabeleceram e fundaram a Colônia Gadir. O melhor lugar para ficar sabendo mais sobre o importante passado fenício da cidade, era ao visitar o Yacimiento Arqueológico Gadir.
Gadir, a antiga Cádiz, fora fundada pelos fenícios, no ano 1104 a. C. No ano 206 a. C., Gadir tornara-se uma cidade federada de Roma, começando um período de crescimento e desenvolvimento. O Teatro Romano, era a lembrança mais importante do passado romano da cidade. O Centro de Interpretación del Theatrum Balbi, oferecia uma excelente oportunidade de percorrer os restos do teatro e entendê-los no seu contexto histórico.
Atrações históricas e turísticas
Bairro do Pópulo -
Era o bairro mais antigo da cidade e seu nome tinha origem numa pintura da Virgem, que adornava um dos portões do século XVI. Em latim lia-se Oro pro populo, que significava rezar pelo povo. Um passeio por aqui, era uma jornada através de ruas cheias de desfiladeiros, com lojas e bares, onde muito pouca luz solar chegava ao nível do solo, durante o dia.
Baluarte da Candelária – Alameda Apodaca -
Em um canto de terreno, em 1672, fora construído este baluarte, que tinha uma posição estratégica, entre San Felipe e as fortificações perto de La Caleta, e que representava uma grande melhoria para a proteção da frente ocidental da cidade. Este era o empreendimento defensivo mais ambicioso realizado em Cádiz na segunda metade do século XVII, e o melhor exemplo do gênero, preservado na cidade. Uma série de casamatas estavam dispostas ao lado das paredes externas, e o recinto era delimitado por dois pavilhões do século XIX e no final desse século, foram realizadas obras de restauro para adequar o prédio ao seu uso cultural atual, entre as quais se destacavam a área expositiva e musical. Abria durante as exposições e horário de visitas a consultar.
Castelo de Santa Catarina -
Era uma Fortaleza localizada no outro extremo da praia de La Caleta, que fazia parte das infra estruturas de defesa da cidade. Após o saque de Cádiz, pelas tropas holandesas, Anglo - o Rei da Espanha, decidira construir a Fortaleza para guarnecer um dos pontos mais vulneráveis da cidade. O prédio era em forma de estrela, com vários bastiões defensivos. A obra era cercada por diferentes pavilhões e uma capela dedicada a Santa Catarina. Poderia ser visitado e abrigava diversas exposições de arte e pintura. Proporcionava também um excelente panorama da cidade, bastando caminhar pelas muralhas e apreciar a vista sobre a praia de La Caleta e a Fortaleza de San Sebastián.
Castelo de São Sebastião -
Uma caminhada ao longo do Campo del Sur, levaria diretamente a entrada do Paseo Fernando Quiñones, o caminho que conduzia ao Castelo. Ligado à cidade por este Cais, o Castelo de São Sebastião ou Forte, estava localizado em uma pequena ilha. A lenda dizia que na antiguidade era aqui que ficava o templo de Cronos. Foram os venezianos que a chamaram de San Sebastian, invocando sua proteção.
Constava que no século XV, marinheiros de um navio veneziano contaminado pela epidemia de peste, foram autorizados a se estabelecer na ilha, onde construíram uma Ermida. Uma torre de Vigia foi erguida para ajudar a conter qualquer ataque. Em 1706, o Castelo foi construído para fortalecer as defesas da cidade. Era uma oportunidade para um belo passeio ao longo do Oceano, e para admirar uma excelente vista sobre a costa de Cádiz. Em seu interior, havia exposições gratuitas.
Catedral e Igrejas -
A Igreja Nuestra Señora del Rosario, fora construída no século XVII, por Bartolome Ruiz e Anton Maria. Era uma das igrejas mais bonitas e que obrigava os turistas a visitá-la. A Igreja de San Felipe, também fora construída no século XVII e segundo os registros, quando os franceses ocuparam a cidade, as reuniões parlamentares aconteciam nessa igreja, o que era possível confirmar pelos escritos exibidos nas paredes.
Catedral – Praça da Catedral -
A Catedral de Cádiz Santa Cruz sobre el mar, era também conhecida como a Catedral Nova, em oposição à Antiga, construída no século XVI sobre a antiga Catedral Gótica ordenada a ser construída por Alfonso X. A Catedral Gótica durara depois de algumas reformas realizadas no século XV e XVI até ser queimada pela esquadra anglo-holandesa comandada pelo Almirante Howard e pelo Conde de Essex, que atacaram, invadiram e saquearam Cádiz, em 1596, até ser abandonada já queimada, em meados de julho daquele ano.
Fora necessária a construção da atual igreja de Ordem Toscana, e estilo maneirista, obra conjunta do engenheiro militar Cristóbal de Rojas e do mestre-chefe do Bispado Ginés Martín de Aranda, consagrada em 15 de junho de 1602. O século XVII trouxera o enriquecimento da Catedral de Santa Cruz, com o retábulo-mor de Alejandro de Saavedra, as capelas do Genovês e da Biscaia, a capela das relíquias e quadros e imagens, devidos ao mecenato do Bispo P. Alonso Vázquez de Toledo e o portal lateral de mármores genoveses, de Andreoli. O Padre Gerônimo de la Concepción descrevira uma Catedral dotada de dignidade, de acordo com a sua condição de primeiro templo da Diocese.
Mercado -
Depois de visitar a Catedral, siga até o Mercado de Cádiz pela Calle Compania, até a Plaza de las Flores. Chegará então a Plaza Libertad e ao Mercado Central. Ao contrário de outros mercados na Andaluzia, não era grande, mas com certeza era um ótimo lugar para saborear produtos locais frescos e outros tantos, bem preparados e servidos na hora, até mesmo um simples e hermoso sanduíche de jamón y queso!
Museu da Oficina Litográfica – Palácio de Congressos –
Tinha sua origem na antiga Litografia Alemã, de Cádiz, instalada em 1861 e que funcionara como tipografia, até finais do século XX. Era um dos poucos museus desse tipo na Espanha, além de ser o mais completo. Possuia um importante acervo composto por mais de mil pedras litográficas, oriundas de pedreiras da Baviera, de grande qualidade; entre estes alguns são verdadeiras obras de arte, sobretudo no que se referia a gravuras e desenhos antigos. Estas pedras estavam bem preservadas e expostas ao público. Entre as peças mais interessantes do Museu, estava uma grande pedra de mais de 300 kg e uma prensa manual, feita em Paris, em 1850, entre as poucas que ainda existiam no mundo. Também guardava memórias que ainda hoje funcionavam nas mãos de habilidosos gravadores e especialistas. Abria de terça a sexta das 9.00 as 18.00h. e aos sábados e domingos das 9.00 a 14.00h. A entrada era livre.
Museu de Cádiz -
No final da Alameda Apocada, vire à direita na Calle Zorrilla para chegar à Plaza Mina. Se tiver tempo para visitar um museu, recomendamos o Museu de Cádiz, que ficava nesta Praça. Funcionava em três andares, um para cada período da história: No térreo encontravam-se restos arqueológicos fenícios e romanos. No primeiro andar, os pintores espanhóis do século XVI ao século XX, eram homenageados. Havia uma surpreendente coleção de arte renascentista e barroca de Peter Paul Rubens, Francisco de Zurbarán e Murillo, que atingira o auge no início do século XX.
No segundo andar, estavam os costumes populares de Cádiz, incluindo os famosos bonecos de Tia Norica, que atingira o auge no início do século XX, quando Falla escrevera uma música para acompanhar os shows e Picasso, até pintara o cenário para uma de suas apresentações e também reunia várias obras mais contemporâneas. Esta atração oferecia um curso intensivo sobre a história, a arte e as tradições folclóricas da cidade. O piso térreo era indicado para os fãs de arqueologia antiga, já que havia alguns sarcófagos e todos os melhores achados do porto romano, encontraram aqui um lar permanente.
Museu das Cortes - Calle Santa Inês, 9 –
O Museu dos Tribunais de Cádiz, nascera como uma referência para as iniciativas que se realizavam na cidade, para celebrar o primeiro centenário da Constituição de 1812, o primeiro da história de Espanha. O então Prefeito de Cádiz, Cayetano del Toro, em 1909 promovera a compra de dois lotes dentro do núcleo urbano, para a criação do Museu Iconográfico e Histórico dos Tribunais e Sítio de Cádiz, que fora inaugurado em 5 de outubro de 1912. O prédio era obra do arquiteto Juan Cabrera Latorre, que concebera uma fachada de inspiração neoclássica, com uma varanda ao centro, ladeada por gigantescas colunas jônicas. No interior, foram utilizados elementos de arquitetura em ferro, em que se destacava a escada, de Ordem Imperial, que servia para unir as duas salas principais.
O Museu abrigava inúmeros objetos dos séculos XVIII e XIX, muitos dos quais estavam ligados ao cerco à cidade por tropas napoleônicas, entre 1810 e 1812 e à promulgação da Constituição de 1812: armas, cópias das constituições, medalhas, bandeiras. Entre suas melhores peças, destacava-se a maquete da cidade de Cádiz, em mogno e marfim, criada pelo engenheiro militar Alfonso Jimenez, em 1777, a pedido de Carlos III. A grande maquete era de inestimável valor para o conhecimento urbano e histórico da cidade, bem como para confirmar que o traçado de Cádiz, no século XVIII, se mantivera praticamente inalterado. Também era importante destacar a grande tela que representava a promulgação da Constituição de 1812, obra de Salvador Viniegra.
Museu de Marionetes – Palácio de Congressos -
Imerso em um lugar privilegiado e símbolo da cidade de Cádiz, como as Portas de Terra, e respeitando a aparência e a distribuição do prédio original, encontrava-se o Museu das Marionetes: um espaço cujo principal objetivo era expor, documentar e preservar a memória da atividade de marionetistas, empresas, artesãos e criadores de Espanha e do resto do mundo. Ocupava cerca de 1.500 metros de espaço expositivo e contava com 18 abóbadas recuperadas, distribuídas entre o primeiro andar e o térreo deste atrativo espaço arquitetônico. A entrada era pelo pátio do antigo Quartel dos Bombeiros, que se encontrava junto à torre Portas de Terra. O museu concentrava o seu conteúdo através da exposição permanente de Marionettes of the World, com mais de 500 peças de coleção adquirida pela Câmara Municipal de Cádiz, a Ismael Peña, em 2008, das quais cerca de 350 eram de origens internacionais. Abria a visitas de terça a domingo das 10.00 as 21.00h. A entrada era gratuita.
Parque Genovés -
Localizada cerca de cem metros do Castelo de Santa Catalina, encontrava-se a entrada para o Parque Genovês, o maior jardim público da cidade. Ao longo do Oceano, continha espécies botânicas de diferentes países e vários pequenos monumentos, incluindo as populares crianças de guarda-chuva sob uma fonte. Havia também uma pequena caverna, lago artificial, uma cachoeira e patos e marrecos se refestelando sobre as águas.
Praça de Espanha -
Depois de visitar o Museu, faça uma parada na Plaza de España para admirar o famoso Monumento à Constituição de 1812 ou Monument a las Cortes. O monumento fora construído em 1912, para comemorar o 100º aniversário da Constituição espanhola. A parte mais baixa, representava um semicírculo e uma cadeira presidencial vazia. Várias silhuetas seguravam textos da constituição e nos lados, figuras de cavalos simbolizavam a paz e a guerra.
Praça de San Juan de Dios -
Em seus passeios inclua a Plaza de San Juan de Dios, construída no século XVI e que durante muito tempo fora o coração da cidade. Muitos produtos exóticos da Índia, eram aqui negociados e disseminados pela Europa em geral. Aqui estavam dois belos prédios: a Prefeitura e a igreja de San Juan De Dios. A Plaza, toda decorada com fontes e jatos de águas, era rodeada por Cafés e restaurantes, e um lugar muito agradável para os pedestres, principalmente para os visitantes.
Praia da Cortadura
Estava localizada ao longo da Rodovia CA-33, que ligava Cádiz a San Fernando, era um local ideal para desfrutar de um dia descontraído, numa praia sem grande afluência de público, e com uma bela paisagem que culminava na Cordilheira das Dunas. Entretanto, nos fins de semana costumava apresentar uma grande movimentação e dificuldade para estacionar o veículo. Destaque para o Forte da Cortadura, do século XIX, a última grande fortificação construída para defender a cidade durante a Guerra da Independência contra os franceses (1808-1814) e Ventorrillo El Chato, antigo posto do Correio, do século XVIII, onde uma bateria de canhões fora instalada durante o cerco da cidade de Cádiz, em 1812, para atacar ou atirar desde El Trocadero e, atualmente era onde funcionava um restaurante.
Praia da Vitoria
Era a praia urbana, localizada entre o passeio marítimo da Praia de Santa María do Mar e o início da Praia de Cortadura. Era uma grande praia com um amplo passeio marítimo, com uma boa oferta de restaurantes onde se poderia saborear a gastronomia local. Dispunha de serviços e equipamentos náuticos para os usuários.
Praia La Caleta
Cádiz não tinha falta de praias, e esta pequena praia era uma jóia, situada entre duas extensões de um paredão semelhantes a um castelo, era uma curva de areia com alguns pequenos barcos de pesca na baía. O Café Quilla, no calçadão acima da praia, era um lugar movimentado e atraente para saborear uns petiscos e uma bebida. Possuia duas fortificações: o Castelo de Santa Catarina e o Castelo de São Sebastião, cada um em uma extremidade fechando a enseada.
Sítio Arqueológico Gadir - Calle San Miguel, 15 -
A cidade fora um dos assentamentos fenícios mais antigos do Ocidente, chamado originalmente de Gadir. No primeiro quarto do primeiro milênio a C, ocorreram as primeiras chegadas experimentais dos fenícios de Tiro, que fundaram uma colônia estável em data conhecida graças à descoberta dos restos, encontrados sob o Teatro de Marionetes. Os poucos vestígios arquitetônicos dos assentamentos fenícios no Mediterrâneo, faziam do sítio arqueológico de Gadir, um local essencial para descobrir os modos de vida da cultura fenícia desaparecida. A jazida estava localizada no ponto mais alto da antiga ilha de Erythéia, a menor do antigo arquipélago gaditano, que se tornara um importante ponto de referência, devido às diferentes interpretações sobre a possível localização do assentamento urbano de Gadir.
O terreno estava dividido em diferentes cotas, correspondentes aos diferentes períodos de ocupação do povoado, onde se distinguiam o traçado das ruas, as casas e os utensílios do século IX a.c. sendo oito casas distribuídas em dois terraços e organizadas em torno duas ruas de paralelepípedos. Todas essas construções foram erguidas seguindo o que se definira como arquitetura de terra, feitas principalmente com barro. As ruas foram pavimentadas com barro, ao mesmo tempo em que os primeiros prédios estavam sendo construídos. O eixo da visita girava em torno da figura de Mattan, um fenício que morrera durante um grande incêndio ocorrido na cidade no século VI a.c., e do qual alguns vestígios constituiam parte importante do tema do itinerário. Para além destes vestígios fenícios, conservavam-se também os prédios de uma fábrica romana de processamento de pescados, com seus tanques de conservação de peixes em salmouras. As visitas podiam ser feitas de terça a sábado das 11.00 as 14.00 e das 16.00 as 20.00h. Aos domingos das 11.00 as 14.00h. A entrada era gratuita.
Teatro Falla - Plaza Fragela, s/n -
Era uma sala de concertos do século XIX, de estilo neo-mudéjar. Havia interessantes programações ao longo do ano, e no Carnaval, ocorria uma peculiar competição: Os Comparsas – grupos musicais que se vestiam com roupas extravagantes – cantavam músicas satíricas sobre qualquer coisa, desde cultura popular até política. E faziam muito sucesso !
Teatro Romano -
Caminhando pela Calle San Juan de Dios, siga até o Teatro Romano, datado do final do século I a.c, descoberto por acaso em 1980. Era o mais antigo da Espanha e um dos maiores, com capacidade para 20 mil pessoas. Hoje, a proximidade dos prédios circundantes impedia novas escavações. A entrada era livre.
Torre de Tavira - Calle Marqués del Real Tesoro, 10 -
Caminhe até a Torre Tavira, que remetia ao século XVIII e de onde era possível se ter uma linda e ampla vista da cidade, que no passado fora a Torre Oficial de Vigia. Hoje, contava com uma câmera que projetava imagens de movimento de toda a cidade, então não deixe de visitar e dar uma espiada por essa câmera incrível. Ficava perto do Mercado, primeiro indo para a Rua Alcala Galiano e depois virando à esquerda na rua Sacramento, para encontrar com a Torre de Tavira, uma das 126 torres existentes na cidade. Era isso mesmo!
Gastronomia
A cultura das tapas
Quando se chegava na Espanha, uma das motivações mais comuns era a gastronomia, onde um dos destaques eram as tapas, que estavam associadas à Espanha, assim como a massa à Itália e o curry à Índia. As tapas eram pequenos pratos típicos da culinária do país, com combinações de ingredientes infinitos e uma variedade de tipos. Comer tapas, fazia parte da cultura espanhola e uma forma de se relacionar socialmente com os outros. Existiam tapas fantásticas desde o norte, na Galícia, até o ponto mais ao sul, nas Ilhas Canárias. A cultura da tapa em Cádiz, com uma extensa variedade de pratos e ingredientes, era uma das mais conhecidas e admiradas da Espanha.
Os gaditanos adoravam salir de tapas, um ingrediente essencial da vida na cidade. O tapear era um ritual social, mas muito informal. Por isso os bares normalmente ficavam lotados, com gente tendo que comer em pé ou ao redor de pequenas mesas. Os bares de tapas em geral eram barulhentos, viviam lotados e com uma atmosfera própria. Quando o tempo permitia, muitos bares colocavam mesas nas calçadas e nas praças ( criando as terrazas ) onde era possível sentar, comer, beber e, ao mesmo tempo contemplar a vida da cidade. Na primavera, no verão e no outono, as ruas do centro histórico de Cádiz se transformavam.
Café da manhã
Na Espanha, o café da manhã não era grande coisa, quando comparado com o padrão brasileiro. A maioria dos espanhóis, sobrevivia com um café simples e um docinho. Na Andaluzia, porém, o café da manhã era considerado como uma refeição muito importante, que seguia um ritual bem característico. Na Andaluzia, os gaditanos não eram uma exceção. Eles normalmente beliscavam alguma coisa de manhã cedo, por volta das 7.30h, para tomar o café da manhã em um bar, por volta das 10.00h. O café da manhã, era então um compromisso diário que os locais curtiam, tomando um café e comendo uma típica tostada.
As torradas eram muito mais que um simples pedaço de pão com manteiga e geléia. Havia muitos ingredientes que podiam ser colocados na torrada, apresentadas em dois tamanhos diferentes, a media (que era a metade aberta de um pãozinho) e a entera (que era o pãozinho inteiro, aberto ao meio). A maioria dos bares oferecia pão branco e pão integral. Os pães mais saborosos eram os molletes, de forma arredondada, macio por dentro e crocante por fora, e a andaluza, que se parecia com um pãozinho dos servidos aqui no Brasil, mas muito mais crocante.
Pratos típicos
Além das tapas, entre os muitos pratos típicos de Cádiz, havia quatro delícias que se devia conhecer.
Atúm - Um dos reis da culinária local era o atum, presente em diversos pratos elaborados e preparado de formas diferentes. Entre todos os tipos de atum, o que mais sobressaia era o atúm de almadraba, um atum que era pescado nas águas da Costa de Cádiz, usando métodos tradicionais. O atúm rojo (vermelho) era a espécie mais valorizada.
Cação marinado – Era o cação cortado em cubos, temperado e frito. Era um prato muito popular na Andaluzia. Aqui era servido tradicionalmente nas freidurias da cidade, e em muitos bares e restaurantes. Além do cazón, as freidurias serviam muitas outras espécies de peixe preparadas de uma forma similar.
Papas aliñás - Era o prato perfeito, quando chegava o calor. Eram batatas cozidas e temperadas com cebola e salsinha, podendo ser acompanhadas por patê de atum. O preparado era servido frio e era uma delícia...
Tortilhas de camarão - Era o tira-gosto mais famoso, com mais de 500 anos de existência. Tratava-se de uma massa frita elaborada com farinha de trigo e de grão de bico, salsinha, cebolinha e camarões miúdos. Pura delícia !
Restaurantes
Casa Rafael Viños y Tapas – Calle Corneta Sotto Guerrero, 7 -
Fora criado por Rafael Montero e Gloria Saborido. Estava localizado no local que ocupava a lanchonete Aduana. As instalações tinham cerca de 80 metros quadrados, estavam distribuídas em um espaço localizado na entrada com mesas à direita e a barra à esquerda. Junto a ele pendurava uma seleção impressionante de paletas, presuntos e outras delícias da cozinha ibérica.
Taberna Casa Manteca – Calle Corralon de los carros, 66 –
Era um lugar único onde se poderia desfrutar da essência do lendário bairro de La Viña, no fascinante centro da cidade de Cádiz. Aberto desde 1953 por Lorenzo Ruiz Manteca dispunha de serviço de mercearia e de uma taberna, onde poderá saborear carnes curadas, queijos e vinhos. Era um autêntico bar de tapas espanholas, popular entre moradores e turistas. Procure chegar antes das 14.00h, a menos que queira esperar uma hora no calor escaldante! Tente chegar lá no horário de abertura, às 12.00h.
La Taberna de Romero – Calle Uruguay, 1 -
Funcionava há pouco tempo, mas seu dono, Rafael Romero, já era bem conhecido na cidade. Primeiro criara o La Bellota, no bairro de La Laguna, que se tornara famosa pela qualidade de sua matéria prima - cordeiro e bacalhau-, cozidos da maneira tradicional. Ele deixara o local para assumir a gerência do restaurante Zona Franca, mas depois tentara recuperar a marca com o La Nueva Bellota, um estabelecimento localizado em Fernández Ballesteros. A La Taberna de Rafael, era a nova proposta do proprietário.
Siempre Di Vino – Calle Calderon de La Barra esquina Calle Zorrila -
Criado pela dupla Edith Macías e María Cafa, ficava num ponto localizado na Praça Central de Mina, onde antigamente se encontrava a Bodeguita de Fabiola. Funcionava como bar com mesas altas, onde oferecia uma boa variedade de vinhos - muitos deles em taças - e comida tradicional com um ar inovador e que era servida em formato de meia porção, e também algumas tapas. Entre as elaborações, a beterraba salmorejo, um mar e montanha (um wok chamado Pleamar uma wok ibérica que levava jabugo de linguiça e lagarto ibérico, tártaro de atum ou perna de polvo.
Onde dormir
A melhor área para se hospedar, era na parte antiga da cidade. Assim, ficaria próximo das principais atrações, da Playa de la Caleta e da vida noturna.
Cadiz Inn Backpackers - $$ - Calle Botica, 2 -
Era um hostel localizado a 10 minutos a pé da Catedral, com dormitório que começavam a 20 € por noite. Os pontos fortes: os quartos, seu terraço e a equipe acolhedora. Diária em quartos duplos ou sextuplos, eram a partir de 160 reais.
Hostal Bahia - $$$ - Plocia, 5 -
Era uma boa opção para jovens mochileiros que queiram privacidade. Tinha bons quartos. A rua do hostal tinha vários restaurantes, com excelentes opções de tapas e refeições de qualidade.
Hotel Argantonio - $$$ - Calle Argantonio, 3 -
O hotel ocupava uma casa palácio do século XIX, elegante e com localização no centro histórico. Os quartos eram típicos, assumindo um dos vários estilos apresentados pelo hotel, e cada um fora batizado com o nome de uma das culturas que se assentaram na cidade. A decoração interior fora selecionada com cuidado e continha arcos artesanais de estilo marroquino, depósitos de água convertidos em mesas e estruturas com mosaicos. Entretanto nada comprometia as comodidades modernas, como acesso à internet e televisores LCD. A cozinha era especializada em pratos das cozinhas mediterrânea e árabe.
Hotel La Catedral – $$$ - Praça da Catedral, 9 -
Estava situado no charmoso centro histórico, ao lado da Catedral. Dispunha de WiFi gratuito, quartos modernos e elegantes, com ar-condicionado ou aquecimento, TV via satélite e frigobar. O restaurante durante a semana, oferecia de um menu fixo para o almoço. Havia também um bar, com mesas ao ar livre, na praça. A diária incluia café da manhã continental. No terraço tinha uma pequena piscina ao ar livre, com jatos de água e uma vista da Catedral e para o Oceano Atlântico.
Hotel Las Cortes de Cádiz – $$$ - Calle San Francisco, 9 -
Situado num elegante prédio do século XIX, também estava localizado no centro histórico, a apenas a 3 minutos a pé do Porto. Os quartos climatizados tinham TV HD e frigobar. Os hóspedes podiam desfrutar de comida tradicional andaluza e de tapas, no almôço ou jantar em seu restaurante. O café da manhã estava incluído na diária.
Hotel Patagonia Sur – $$$ - Calle Cobbos, 1 -
Os quartos eram modernos e coloridos, incluiam Wi-Fi gratuito e TV HD a cabo, frigobar e banheiros com secador de cabelos e amenities. Estava localizado a 200m da Catedral e da Torre de Tavira, no centro histórico. A diária incluia café da manhã.
Hotel Régio Cádiz –$$$ - Avenida Ana de Viya, 11 -
Ficava numa das principais avenidas, a 200m da Praia Victoria e era cercado por lojas. Os quartos dispunham de ar-condicionado, TV HD via satélite e WiFi gratuito. e estavam equipados com isolamento acústico e banheiro com secador de cabelo e amenidades. A maioria dos quartos incluia uma varanda privativa, com portas de vidro duplo. As acomodações situavam-se de frente para a Avenida Ana de Viya ou para os jardins da Plaza Drago. O Café Drago recebia os hóspedes com um café da manhã saboroso e serviços de lanchonete.
Parador de Cádiz - $$$$$ -– Av. Duque de Nájera, 9 -
Estava localizado em frente ao mar e a 5 minutos a pé da praia de La Caleta. Os quartos eram modernos e bem iluminados e a diária girava em torno de 180 €, com café da manhã. Era recomendado como o melhor hotel da cidade, perfeito para uma estadia extremamente agradável.
A Siesta
Era a mais genuína tradição e o comércio fechava, a vida fazia um pit stop. Então, almoce antes, saque dinheiro ou qualquer outra coisa que prezasse fazer, entre 14.30 e 17.30 h, sobretudo nas cidades menores, quando a turma ia para casa descansar e tirar uma soneca... até porque ninguém era de ferro!