BUENOS AIRES - Basílicas e Igrejas - parte 6/6
Basílica Maria Auxiliadora e San Carlos
Basílicas e Igrejas
Basílica de Nossa Senhora do Pilar – Avenida Junin, 1898 -
Era também uma das mais antigas igrejas da cidade e uma das mais bonitas obras da arquitetura colonial portenha. A primeira capela fora construída em 1732, e pertencera à Ordem dos Franciscanos Recoletos. Os Freis foram expulsos em 1821, pelo Governador Martín Rodriguez e o Convento fora fechado. No terreno onde havia uma horta, construíram o Cemitério da Recoleta e em outro prédio da Ordem, instalaram o Centro Cultural Recoleta.
Basílica de Santa Rosa de Lima – Avenida Belgrano, 2216 - Balvanera -
Santa Rosa de Lima era a padroeira da Independência da Argentina. Em 1926 decidiram a construção de um Santuário Nacional para sua figura. O projeto, concluído em 1928, estivera a cargo do arquiteto Alejandro Christophersen, que lhe dera um estilo por ele classificado de Românico Bizantino de Perigord, por ser esta a vontade dos principais doadores.
Basílica de São Francisco de Assis – Calle Alsina esquina Defensa – Montserrat
Depois de sete anos em obras, reabriu no final de 2024 uma das igrejas mais bonitas e antigas da cidade portenha. Seu interior era maravilhoso e um destaque era sua porta principal toda em negro. Abria de segundas a sábados das 8.00 às 15.00h. Aos domingos abria das 13.00 às 20.00h. Aproveite conhecer o Museu Franciscano que ficava ao lado e abria a visitas de segundas a sextas das 10.00 às 16.00h. Cobravam ingresso para o museu.
Basílica do Santíssimo Sacramento – Calle San Martin – Retiro –
Nesta imponente estrutura viveram os monges Beneditinos até os anos 70 e hoje se tornara um Centro de Arte e Estudos Latino-Americanos. Além de ser, uma das mais luxuosas da cidade, estava ricamente adornada com elementos de mármore, granito azul, bronze, mosaico veneziano e belos vitrais. Formada por uma mistura de estilos arquitetônicos, Era uma das mais belas igrejas em Buenos Aires.
Do lado externo, dominava a austeridade, com um revestimento de tijolo aparente, sem excessos de ornamentação. Na parte interior, belas colunas de 15 metros de altura, escadas de mármore, uma enorme quantidade de altares, um pé direito de grande altura e o predomínio do vermelho e do dourado criavam um ambiente festivo e requintado. Nessa igreja fora batizado o menino Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco. Era também conhecida como Abadia de San Benito de Palermo.
Basílica Maria Auxiliadora e São Carlos - Avenida Hipólito Yrigoyen, 3999 –
O templo religioso mais espetacular da cidade de Buenos Aires, estava localizado no bairro Almagro Esta monumental construção datava de 1910 era a mistura de estilos e cores tornavam este espaço único. As luminárias eram de vidro Murano e o enorme Órgão com 2.546, era oriundo d da cidade de Turim. Carlos Gardel também cantara em um Coral infantil e Ceferino Namuncurá fizera sua primeira comunhão em 1898, na Igreja San Carlos, localizada no mesmo local antes da construção atual. Abria pela manhã de terça a sexta das 8.00 às 12.00h e sábados das 9.00. às 12.00h e aos domingos das 8.00 às 11.30h. À tarde, de segunda a sábado, das 16.00 às 19.30h. e no domingo das 17.00 até às 20.00 h.
Igreja de Santa Felicitás – Calle Isabel a Católica, 520 -
Felicitas Guerrero era uma jovem viúva rica, considerada uma das mulheres mais bonitas de Buenos Aires. Em 1872 fora assassinada por um pretendente não correspondido. Em memória da filha, os pais de Felicitas Guerrero, construíram este templo, em 1875. Localizado no bairro de Barracas, o prédio apresentava um estilo eclético com influência gótica. Era a única igreja de Buenos Aires com estátuas de leigos que, esculpidas em mármore de Carrara, representavam Doña Felicitas junto com seus filhos e seu marido, Martín de Álzaga, neto do dono dessas terras na época colonial.
Igreja de San Inácio - Montserrat
Construída pelos Jesuítas entre 1686 e 1722, tinha um dado interessante que em seu subsolo havia túneis construídos na época colonial, utilizados tanto para defesa quanto para atividades de contrabando. Fora declarada Monumento Histórico Nacional, em 1942.
Igreja de San Pedro de Telmo – Calle Humberto I -
Era conhecida também com Nossa Senhora de Belém. O apelido vinha do início do século XVIII, quando começaram a construir no bairro Alto de São Pedro, mais tarde chamado de San Telmo. Construíram um templo para San Pedro González Telmo, santo muito venerado de imigrantes e marinheiros que fora também patrono do antigo Convento de Santo Domingo.
Igreja Dinamarquesa – Calle Carlos Calvo, 257 –
Na fachada da construção de estilo neogótico notava-se os traços típicos da arquitetura nórdica, como o acabamento em tijolo aparente, a torre quadrada e o contraste com detalhes abstratos em branco. Nos flancos da torre e no topo, podia-se observar um motivo rítmico escalonado, simbolizando a escada do sonho de Jacó, mencionada na Bíblia, pela qual ele vira os anjos subirem e descerem do céu à terra. Na nave da igreja encontravam-se elementos característicos da confissão evangélico-luterana. Por exemplo, um altar fixado à parede onde se destacava uma cruz nua, sem a imagem de Cristo. Nossa centralidade seria o Jesus ressuscitado e vivo, não o Jesus crucificado.
Havia os antigos bancos, nos quais estava gravada a cruz nórdica (que partilhava características com a cruz celta), a cruz unida a um círculo. As culturas nórdicas converteram-se ao cristianismo, mas nunca foram capazes de aceitar a imagem divina exposta na sua faceta humana e humilhada, como Deus feito homem e crucificado. Preferiram mostrar na cruz a essência do divino, que era a perfeição. E essa perfeição estava simbolizada na imagem do círculo. Havia robustas portas de madeira, um Órgão de tubos, da Dinamarca, e um púlpito. E em frente ao altar, uma pequena pia batismal, para cumprimento de um dos dois únicos sacramentos que o culto luterano mantinha. A outra vinha da Eucaristia; isto era o da Santa Ceia.
A maior curiosidade da Igreja dinamarquesa estava quase no centro do templo, pendurada no teto e apontando para o altar. Era uma réplica em escala, de um famoso veleiro dinamarquês, chamado København, navio que na época era considerado um dos mais belos do mundo, um veleiro de madeira de 5 mastros. Fora o navio-escola das Forças navais dinamarquesas. Depois de partilhar vários dias com os membros da nossa comunidade, o København partira de Buenos Aires em julho de 1928, transportando muitos jovens, filhos das melhores famílias da Dinamarca. Depois de navegar cerca de 1.500 milhas, cruzara com um navio norueguês na costa das Ilhas Malvinas. Fora a última vez que o viram. Seus restos e nenhum membro da tripulação nunca foram encontrados. A foto e as assinaturas da tripulação perdida estavam em uma vitrine na biblioteca da igreja.
Todas as igrejas dinamarquesas do mundo tinham uma réplica de um navio pendurada na nave. Deveria ser uma réplica de um barco com significado para a comunidade. Era uma herança Viking, pois para eles os seus navios tinham uma importância ritual vital. Ao se tornarem cristãos, os navios adotaram uma nova simbologia: representavam a alma do fiel, navegando durante toda a vida em direção ao bom porto, que era Deus, representado no altar. No âmbito das Reuniões Congregacionais de Abril de 1984, o Presidente da Sociedade Protestante do Sul entregara à Igreja a réplica do navio escola, feita pelos artesãos Holger Buus e Henry Pedersen. Os vitrais da abside (acima do altar) foram instalados em setembro de 1951 e eram obra do artista dinamarquês Christian Iversen. Representavam o momento da multiplicação dos pães. Os vitrais originais eram abstratos e idênticos aos que hoje podem ser vistos ao longo da nave.
Igreja Ortodoxa Russa da Santíssima Trindade – Calle Brasil, 315 –
Era um pedacinho da Rússia em Buenos Aires, a igreja era muito particular pelo seu estilo moscovita do século XVII, embora tenha sido inaugurada em outubro de 1901. De cada uma das cúpulas azuis erguia-se uma cruz voltada para Oeste, apoiada em correntes, como era usada na Rússia. A fachada apresentava três vitrais que ilustravam diferentes cenas bíblicas e, no frontispício, havia um mosaico feito em São Petersburgo, representando a Santíssima Trindade. Seu interior era de uma impressionante riqueza de detalhes e adornado com peças de grande valor. Vitrais multicoloridos, mosaicos venezianos e o uso de veludo, mármore e peças em dourado formam um ambiente imponente e de muita beleza.
Igreja Sueca – Calle Azopardo, 1422 –
Era um templo religioso Evangélico Luterano, pertencente às igrejas da Suécia, Noruega e Finlândia. Era conhecida como Igreja Sueca porque fora originalmente a sede daquela congregação. Somente em 1945 este prédio fora inaugurado e alguns tesouros foram escondidos embaixo: exemplares dos jornais La Prensa e La Nación com publicações da Igreja Sueca, as plantas do prédio e moedas suecas e argentinas e uma Bíblia de 1540. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Igreja tornara-se um refúgio para os marinheiros suecos e um centro de apoio onde as informações podiam ser obtidas diretamente da Suécia.
Fora decorado com motivos náuticos e seu interior apresentava um maravilhoso Órgão e vitrais do pintor Jorge Beristayn. A pintura do altar representava Jesus convocando os primeiros apóstolos, todos pescadores. Fora pintado em Estocolmo e concluído na década de 1980 pelo artista sueco Kuno Haglund. A partir da década de 1970 as atividades diminuíram, então a missão dos marinheiros fora encerrada e hoje a Igreja era frequentada por pastores da Igreja Evangélica Luterana Unida.
Catedral

