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BUENOS AIRES - Os museus porteños - 5/5

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Centro Cultural Recoleta – Calle Junin, 1930 –

Este prédio abrigava o Convento dos Monges Recoletos, que dava nome ao bairro. Fora construído em 1732 no terreno doado por Dom Fernando de Valdez e Inclán e sua esposa, com um design dos arquitetos jesuítas Juan Kraus e Juan Wolf. Em 1859 funcionava um Asilo de Mendigos, e mais tarde um hospital, um quartel e um lar de anciãos. Contava com 27 salas de exposições, um pequeno cinema, um auditório e um anfiteatro.  Promovia exposições de artes plásticas, recitais, concertos, representações teatrais e eventos sociais.

Colón Fábrica –  Av. Pedro de Mendoza, 2163 - La Boca -

Era um dos poucos teatros no mundo que possuia oficinas próprias nas quais se realizavam de forma integral, os cenários, figurinos (fantasias, perucas e sapatos) e efeitos especiais para as produções monumentais. Aqui conviviam a arte e o patrimônio, a produção de nível internacional e os ofícios teatrais ancestrais. Poderá fazer uma visita guiada com o pessoal do teatro, que durava cerca de 40 minutos, ou optar por uma visita gratuita, com uma duração máxima de 1 hora. Para comprar os ingressos virtualmente e com cartão de crédito ou débito, acesse o site do teatro ou compre diretamente na bilheteira Colón Fábrica.  Abria para  visitas aos sábados, domingos e feriados das 12.00 as 18.00h.

Espaço Memória e Direitos Humanos – Avenida del Libertador, 8151 –

A ESMA foi o mais importante centros de detenção, tortura e extermínio de opositores aos governos militares na Argentina, entre 1976 e 1983. Hoje era um espaço aberto à comunidade, que busca preservar memória, promover e defender os direitos humanos. Se o assunto lhe interessa, nas proximidades poderá visitar o Arquivo Nacional da Memória e o Museu das Malvinas. Para chegar, use o táxi ou os ônibus  número 15, 28, 117 ou 130.

Museu Argentinos Junior – Calle Gavilan, 2151 –

Inaugurado em 2009, possuia recordações e objetos deste clube de futebol. A exposição estava instalada no interior do estádio, no bairro La Paternal, e possuia grande parte dos objetos doados pelos torcedores do clube.

Museu Benito Quinquela Martin – Av. Pedro de Mendoza, 1843/35 -

Abrigava a casa-ateliê do artista que ajudara a renovar o bairro La Boca, além de obras de importantes pintores argentinos. Oferecia visitas guiadas nos fins de semana. O Museu de Belas Artes de la Boca, de Artistas Argentinos Benito Quinquela Martín, reabrira suas portas exibindo parte de seu magnífico patrimônio, em un âmbito de recreação, expressão e comunicação socio cultural. Funcionava das 10.00 as 18.00h.

Museu Bernardino Rivadavia de Ciências Naturais – Av. Angel Gallardo, 470 –

Era o mais antigo museu da Argentina, fundado em 1823. Seu acervo era um dos mais completos da América Latina, com destaque para as salas temáticas de paleontologia, geologia, anfíbios, répteis e artrópodes, entre outros. Atraia muitas crianças, pois suas salas incluiam desde esqueletos completos de dinossauros até grandes coleções de insetos.

Museu Casa de Rogélio Yrurtia – Calle O`Higgins, 2390 -

Era um casarão de estilo neo-colonial que fora moradia e ateliê do escultor argentino Rogelio Yrurtia e de sua esposa, a pintora Lía Correa Morales. O casal doara a casa e sua coleção de arte à cidade, em 1942. Yrurtia fora autor de importantes monumentos, como Canto al Trabajo, que estava na Avenida Paseo Colón 800; o monumento a Manuel Dorrego, na Rua Suipacha esquina com Rua Tucumán; o Mausoléu de Bernardino Rivadavia, na Plaza Miserere, e a obra La Justicia, no hall central do Palácio da Justiça. O museu exibia esboços e estudos, obras de bronze e gesso, pinturas e mobiliário do artista.

Museu Corveta Uruguay -  Gorriti Juana Manuela, 600 - Puerto Madero -

Era a nave argentina mais antiga que ainda se mantinha flutuando. Fora construída na Inglaterra em 1874, com casco de aço revestido de madeira. Entre 1877 e 1880 fora Navio Escola da Armada Argentina, onde se formaram as três primeiras turmas da Escola Naval criada por Domingo Faustino Sarmiento. Integrava a expedição do Comodoro Py, que reafirmou a soberania argentina na Patagônia. Sua façanha, de renome mundial, ocorreu em 1903, quando sob as ordens do capitão Julián Irízar e enfrentando terríveis temporais, resgatou os integrantes da expedição sueca liderada por Otto Nordenskjöld, cujo navio, o Antartic, havia naufragado nas geleiras do Pólo Sul.

Museu de Carlos Gardel - Calle  Jean Jaures, 735 -

Quem visitava Buenos Aires já deveria ter ouvido falar de Carlos Gardel, mas poucos sabiam porque ele era famoso e sobre sua vida. Era músico, compositor, intérprete e ator. Deixou 11 filmes e mais de 800 discos gravados. Sua voz era considerada, desde 2003, Patrimônio da Humanidade pelo Unesco. ​Recentemente encontraram a Certidão de Nascimento de Charles Romuald Gardès, que não era Argentino e nascera em 11 de dezembro de 1890 em Toulouse, na França. Uma boa oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a voz que conectava Buenos Aires ao mundo, era visitar o Museu Carlos Gardel, a casa onde o artista morora com sua mãe, no bairro do Abasto, que reabrira suas portas após meses de reformas. A casa ficara com um aspecto muito diferente do original e com um bonito astral. A casa da Rua Jean Jaurès 735, era uma casa chorizo, como se dizia na Argentina a este tipo de edificação muito comum em Buenos Aires. Levava este nome porque todas as habitações estavam enfileiradas e conectadas entre si, como se fosse uma tira de salsichas. A casa guardava as principais relíquias do cantor e foi um presente que ele dera à mãe em 1926, quando estava no auge de sua carreira. A casa onde vivera Doña Berta Gardès fora transformada em Museu em 2003.

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Foram digitalizadas as 893 canções gravadas por Gardel, ordenadas de maneira cronológica ate 1935. O visitante poderia escutá-lo cantar em diferentes etapas da carreira, apreciando os matizes de sua voz ao longo dos anos. Carlos Gardel voava de Bogotá para Cali, na Colômbia, onde se apresentaria na mesma noite do dia 24 de junho de 1935. Quando recebeu a autorização para decolar, as asas do avião em que estava se chocaram com outra aeronave, resultando numa violenta explosão e um incêndio, que deixou dez mortos. No mesmo vôo estava o brasileiro Alfredo Le Pera, parceiro de Gardel e autor dos tangos mais clássicos do artista, como Volver, Por Una Cabeza e Mi Buenos Aires Querido. Abria para visitas de segunda, quarta, quinta e sexta, das 11.00 as 18.00h, e sábados, domingos e feriados das 10.00 as 19.00h. A entrada custava 50 pesos e às quartas era grátis. ​Copyright: Blog Aqui me Quedo – Buenos Aires.

 

Museu Casa Ricardo Rojas –  Calle Charcas, 2837 -

Ricardo Rojas era escritor, jornalista, poeta e ensaísta e seus escritos foram alimentados no diálogo do europeu com o americano e em particular com a América indígena. O Museu invocava seu legado: propunha diversas experiências para conhecer e refletir sobre sua obra e sobre a literatura argentina e latino-americana. A casa de Rojas e sua esposa Julieta Quinteros - transformada em Museu em 1958 - era um manifesto estético das idéias fundamentais do escritor e a materialização do conceito Eurindia, neologismo por ele inventado, que propunha a existência de indígenas e euro influências Leer menoservilhas sobre a identidade argentina e o ser nacional. A Eurindia representava assim a fusão harmoniosa das raças e culturas européias e americanas.
 

Museu da Casa Rosada – Avenida Passeo Colon, 100 -

Ocupava o espaço onde existia o Forte de Buenos Aires e a Aduana Taylor, no princípio do século XVIII, preservando os muros de tijolos da construção original de 1855. A proposta incluia um percurso por 200 anos da história da Argentina e também uma área artística que exibia peças importantes do patrimônio do país, onde a peça central era o mural Exercício Plástico, do artista mexicano David Alfaro Siqueiros.

 

Museu da Cidade –  Calle Defensa, 187 -

Criado em 1968, seu objetivo era preservar, investigar e divulgar o patrimônio cultural e os costumes da Cidade de Buenos Aires. Suas coleções estavam integradas pelos mais variados objetos, desde fotografias, elementos de arquitetura, móveis, planos, cartões postais, revistas e acessórios da vida cotidiana. A biblioteca do museu possuia uma ampla coleção de conteúdos especializados sobre assuntos da capital porteña.

Museu das Crianças – Av. Corrientes, 3247 – segundo piso – Shopping  Abasto -

Era um museu interativo onde as crianças podiam jogar e experimentar ser pedreiros, médicos, enfermeiros, cinegrafistas, capitães e marinheiros de um barco, empregados de banco e supermercado, cozinheiros, locutores, jornalistas, atores e até pais. O museu, pensado para crianças de até 12 anos, tinha um espaço dedicado especialmente para os menores de 3 anos com duas salas brandas para estimular a sua mobilidade. Abria de terças a domingos e feriados das 13.00 as 20.00h. 

 

Museu da Imigração e Centro de Arte Contemporânea – MUNTREF – Av. Antártica Argentina, 1355 -

A história dos imigrantes que chegaram à Argentina da Europa, Ásia e África no século XIX e a história dos que continuavam chegando de toda a América do Sul até hoje, tinha lugar no Hotel dos Imigrantes, que funcionara  entre 1911 e 1953. O hotel abrigava o Museu da Imigração, criado em 1974, e o Centro de Arte Contemporânea, inaugurado em 2012. O primeiro destacava a importância histórica, cultural, social e econômica da imigração. Expunha documentação histórica, fotografias, filmes, testemunhos contemporâneos e relíquias, onde uma das peças mais marcantes do seu patrimônio eram os livros de registro de todos os imigrantes que chegavam ao país. Desde a sua inauguração, já recebera artistas internacionais como o francês Christian Boltanski, que desenvolveu uma intervenção visitada por mais de 300 mil pessoas, a italiana Rosa Barba, o alemão Ito Steyerl, entre outros.


Museu da Paixão Boquense – Calle Brandsen, 805 -

Instalado debaixo de uma das arquibancadas do Clube Atlético Boca Junior,  proporcionava a oportunidade de reviver a história de mais de 100 anos do clube e percorrer o famoso estádio conhecido mundialmente como La Bombonera. A visita acontecia num âmbito interativo onde o visitante, além de contemplar as camisetas de todas as épocas do clube e os troféus, poderia se sentir ator e protagonista da paixão boquense, graças às avançadas técnicas de exibição e truques cênicos oferecidos pelas exibições multimídia. Havia uma seção especialmente dedicada a Diego Armando Maradona, com fotografias das turnês mundiais, além de três estátuas gigantes em homenagem aos ídolos do clube Diego Armando Maradona, Juan Román Riquelme e Martín Palermo.


Museu das Armas da Nação General Pablo Richeri – Av.enidaSanta Fé, 702 -

Utilizando grandes vitrines de vidro exibia centenas de pistolas, revólveres, metralhadoras, morteiros, revólveres e muito mais. Além das armas, as 18 salas também exibiam muitas armas brancas, como espadas centenárias, espadas, sabres junto com bestas, armaduras e lanças. 


Museu de Arquitetura e Design – Avenida do Libertador, 999 -

Criado pela Associação Central de Arquitetos no ano 2000 estava instalado em uma antiga Caixa d'água que fazia parte do Complexo Ferroviário do Retiro. O prédio de cinco andares, construído em 1915, era um belo exemplo da arquitetura ferroviária argentina. O museu fazia parte da Museum Mile. Abria de terças a domingos.

Museu de Buenos Aires  - MACBA -  Avenida San Juan, 328 -

Fundado em setembro de 2012 com o propósito de divulgar expressões artísticas atuais do cenário nacional e internacional, sua ampla coleção explorava propostas e possibilidades de novas linguagens visuais, entre elas a vanguarda da abstração geométrica, principalmente latino-americana. Tinha como meta impulsionar o dinamismo cultural argentino sobre a arte contemporânea, em um espaço de encontro entre artistas, curadores, investigadores, estudantes e entusiastas, unidos pelo mesmo interesse, as artes visuais.

 

Museu de Arte Latino Americana – MALBA – Avenida Presidente Figueiroa  Alcorta,  3415 -

Abrigava a coleção de arte da Fundação Costantini, com aproximadamente 400 obras  com pinturas, esculturas, gravados, fotografias e objetos, de grandes artistas latino-americanos do século XX. O moderno prédio que abrigava o MALBA, revestido de calcário com amplas superfícies de vidro e aço, fora criado em 1997 pelo estúdio do Estado de Córdoba, Atelman-Fourcade-Tapia, ganhadores de um concurso internacional.
 

Era um espaço cultural dinâmico e participativo, em que exposições temporárias de diversas índoles (em muitas ocasiões junto a outros museus ao redor do mundo, coleções internacionais e fundações afins) e mostras de arte contemporânea argentina e latino-americana eram apresentadas. Tinha uma área de literatura através da qual realizava encontros com escritores, cursos, seminários, palestras literárias e apresentações de livros. Na Coleção Costantini destacavam-se as obras de: Frida Kahlo, Roberto Matta, Diego Rivera, Joaquín Torres-García, Antonio Berni, Jorge de la Vega, Tarsila do Amaral, Pedro Figari, Lygia Clark e Guillermo Kuitca.
 

Museu de Arte Espanhola e Teatro Enrique Larreta – Avenida Juramento, 2291 – Belgrano -

Abrigava uma coleção de arte espanhola, que pertencera ao escritor argentino Enrique Larreta, há mais de 150 anos. Possuia uma importante coleção de obras que abrangiam desde a Idade Média até o século XX, móveis, cerâmicas, armaduras e armas do século XVI, livros antigos e outros objetos de decoração. O Jardim Andaluz, único em seu tipo na América do Sul, possuia uma glicínia centenária e na primavera era utilizado para a realização de concertos e exposições de arte ao ar livre. Enrique Larreta era um pintor, escultor, eminente escritor e um grande atleta. No começo de 1900 fizera trabalhos diplomáticos na França e Espanha e ali conhecera os jardins de estilo hispano-islâmico, como a Alhambra, de Granada. Em 1896 publicara sua primeira obra literária, Artemis, ambientada na Grécia antiga. Mais tarde lançaria La Gloria de Don Ramiro, cuja tradução francesa o tornara-se um bestseller internacional.
 

Escrevera também as obras de teatro La que buscaba Don Juan, Santa María del Buen Aire, Pasión de Roma, Las Dos Fundaciones de Buenos Aires e El Linyera. Esta última o tornara o primeiro escritor que tentou fazer cinema argentino ao dirigir o filme de nome homônimo, que estreou no dia 12 de setembro de 1933. o Museu Larreta fora um presente de casamento que Josefina Anchorena recebera por parte de sua mãe ao se casar com o escritor Enrique Larreta.


Museu de Artes Hispanoamericano Isaac Fernandez Blanco – Calle Suipacha, 1422 -

Instalado no antigo Palácio Noel, no bairro do Retiro, fora construído em estilo neocolonial, na década de 1920, pelo arquiteto Martín Noel para sua residência. Inspirado em elementos barrocos da Espanha, como seus jardins andaluzes, e do Peru, como as Varandas de Observação e fachadas como retábulos. Em 1921, Fernández Blanco havia criado um pequeno museu particular em sua residência e em 1922 vendera o prédio  para a Prefeitura, doando seu acervo.

Em 1943, um Decreto municipal determinara a junção dos acervos do Museu Fernández Blanco e do Museu Colonial (acervo de Martín Noel), e o Palácio Noel foi escolhido para abrigá-los como espaço único, devido ao seu conceito arquitetônico e capacidade. A coleção reunia prataria, mobiliário e imaginário ibero-americano dos séculos XVI-XIX, além de documentos, livros, ornamentos religiosos, gravuras, cerâmicas, roupas civis e acessórios femininos. A coleção de ourivesaria do Vice-reino era a maior da América do Sul. A coleção de pintura colonial incluia um importante espectro de pinturas de Cuzco, bem como exemplos da Escola de Potosí e da escola do Vice-rei mexicano. Entre as imagens religiosas coloniais em madeira, alabastro e marfim, destacavam-se as das Missões Jesuítas Guarani, do Peru, de Quito, do altiplano boliviano, do Brasil, da Espanha, das Filipinas e, em particular, as de Buenos Aires.


Museu de Arte Moderna –  El Moderno - Avenida San Juan, 350 –

Este prédio, fiel expoente das construções inglesas da era industrial do século XIX, com estrutura de ferro, grandes aberturas e fachada de tijolo à vista, era um depósito da empresa e tabacaria Nobleza Piccardo. Em 1980, fora adquirido pela Municipalidade de Buenos Aires e em 1989, trasladada para este lugar, a sede do Museu de Arte Moderna, que até então funcionava no Teatro General San Martin. O museu possuia em seu acervo obras permanentes de artistas argentinos das décadas dos anos 40, 50 e 60, e tinhha uma importante coleção dos mais reconhecidos artistas internacionais, como os espanhóis Salvador Dalí, Pablo Picasso, Kenneth Kemble, Ana Gallardo, Emilio Renart, Joan Miró, e o francês Henri Matisse, dentre outros. Também oferecia exposições itinerantes, e contava com uma biblioteca com documentação de artistas locais e estrangeiros. Seu patrimônio abrangia a produção de arte contemporânea desde a década de 1940 até o século XXI.

Museu de Artes Plásticas Eduardo Sivori -  Avenida Infanta Isabel, 555 -

Inaugurado em 1938, era dedicado à arte argentina. Seu nome homenageava o artista Eduardo Sívori, um dos grandes mestres do Realismo. A coleção do museu era composta por mais de 4.000 obras do século XIX até o presente, expostas em mostras temporárias, juntamente com obras de artistas contemporâneos. A coleção incluia os Prêmios Aquisição do Salão Belgrano de Pintura, Escultura e Gravura, que era organizado anualmente, pelos Sívori, juntamente com o Ministério da Cultura, desde 1945.
 

Museu de Arte Popular José Hernández – Avenida do Libertador, 2373 –

Seu patrimônio compreendia principalmente, artesanato histórico e contemporâneo, representativos das tradições criollas e das comunidades indígenas da Argentina. A coleção possuia aproximadamente 8.000 objetos, incluindo peças nos itens de prataria, chifre, osso, madeira, couro, ferro, olaria em argila, cestos, têxteis, vidro e instrumentos musicais. A exposição permanente era de prataria rural do século XIX. No mesmo prédio também  estava a Biblioteca do Folclore Nacional.


Museu de Belas Artes Quinquela Martin – Avenida Don Pedro de Mendoza, 1835 -

Contava com a mais ampla coleção de óleos e água-forte de Benito Quinquela Martín, realizada entre 1922 e 1967; além de obras das correntes figurativas da arte argentina a partir do século XIX e de artistas boquenses. Mostrava uma coleção de carrancas de proas, realizadas por artesãos anônimos, com técnicas transmitidas oralmente. No terraço se destacavam esculturas figurativas de artistas argentinos do final do século XIX até meados do século XX.  


Museu de Ciências Naturais Bernardino Rivadávia - Avenida Angel Gallardo, 490 - Caballito –

Fundado em 1823 por Bernardino Rivadavia, era o museu mais antigo da Argentina e sua coleção era uma das mais completas da América Latina, destacando-se as salas temáticas de Paleontologia, Geologia, anfíbios, répteis e artrópodes.

Museu do Holocausto – Calle Montevideo, 919 –

Através de objetos, imagens e palavras, contava a vida dos judeus na Argentina e na Europa, antes e durante a Segunda Guerra Mundial. Havia uma coleção de fotografias do alemão Heinz Just, de 1941, no Gueto de Varsóvia. O prédio onde funcionava o Museu da Shoá, foi construído originariamente para a Companhia Ítalo Argentina de Eletricidade. A Fundação Memória do Holocausto realizava uma vasta tarefa educativa, orientada a conscientizar à sociedade sobre as graves conseqüências do racismo e da xenofobia.


Museu do Humor – Avenida dos Italianos com Villaflor – Azucena – Porto Madero -

Localizado na sede da Direção Geral de Museus, no ex-prédio da Confeitaría Munich, inaugurada em 1927 e ícone da gastronomia e da cultura. Reunia as obras dos grandes mestres da ilustração e da caricatura, bem como as primeiras tirinhas em quadrinhos e os trabalhos das novas gerações, formando uma valiosa coleção patrimonial do humor gráfico argentino e estrangeiro. No século passado, quando ainda existia a Cervejaria Munich, era um lugar requintado escolhido por quem caminhava pela Costanera Sur e por várias personalidades como a poetisa Alfonsina Storni, Leopoldo Lugones e Juan Manuel Fangio. Era um  prédio emblemático da cidade, inaugurado em 1927, que preservava as características arquitetônicas originais: no exterior eramos recebidos por estátuas de meninas com choppe de cerveja, grandes e coloridos vitrais e no interior alguns belos pisos e mesas, o bar com Caixa Registradora da Cervejaria. Funcionava de segunda a sexta-feira, das 11.00 as 18.00h. aos sábados, domingos e feriados, das 10.00 as 20.00h.

Museu do Tango - Avenida de Mayo, 833 -

Instalado justamente  ao lado do Café Tortoni , era um lugar turístico que  deveria ser visitado por todos os turistas que chegavam a capital portenha.  Abriga uma grande quantidade de recuerdos de momentos importantes da música argentina e de ídolos extraordinários que fizeram história na vida musical do país.

Museu do Uisque – Calle Monroe, 3982 - Vila Urquiza -

Era um espaço ideal para os amantes desta bebida, e para pessoas que desejassem se aventurar no Mundo do Whisky. Fundada por Miguel Angel Reigosa, detinham o Recorde Guinness de Maior Colecção de Whisky do Mundo, por isso era mesmo imperdível!  Abria a visitas de terça a sábado, das 19.00 às 2.00h. Entrando no Instagram deles para fazer suas reservas, veja também o menu, loja e o link para saber mais sobre suas atividades. 


 

 

Museu Evita – Calle Lafinur, 2988 –

Era um importante passeio para quem quissese aprender mais sobre a história argentina e entender essa paixão do povo por Eva Duarte de Perón, mulher tão marcante para o país. Hoje o local era um dos principais atrativos turísticos da cidade e contava com um ótimo restaurante para quem já quiser emendar o passeio. A exposição permanente do Museu Evita, era composta por fotos, roupas, sapatos, móveis, cartas, documentos e objetos pessoais de Evita Perón, além de contar com a reprodução de alguns filmes que ela participara. No primeiro piso do museu o visitante conheceria a infância de Evita, sua família e o seu relacionamento com Juan Domingo Perón, Presidente da Argentina de 1946 a 1955 e de 1973 a 1974. No segundo piso, era possível conhecer mais da vida da personagem e dos acontecimentos que cercaram a sua vida e morte. Em uma sala, havvia um telão que contava todos os absurdos cometidos pelos militares para se livrar de seu corpo embalsamado, impedindo assim que seu cadáver fosse venerado e adorado pelo povo argentino. Seu corpo foi sequestrado, golpeado e enterrado na Itália com um nome falso. O museu contava com alguns altares e imagens de Evita, que estavam presentes em casas de antigos seguidores.

Museu Fotográfico Simik - Calle Federico Lacroze, 3901 -
Instalado num belo prédio do bairro Chacarita, era um museu pitoresco com um bar notável, criado pelo colecionador e amante da fotografia Alejandro Simik, em 2001. Abrigava objetos de coleção relacionados à fotografia com centenas de máquinas fotográficas antigas e fotos de livros que permitiam dar uma idéia da evolução que esta arte teve ao longo da história. Abria de Segunda a Quarta das 8.00 às 2100h; às Quintas, Sextas e Sábados das 8.00 às 23.00.

Museu Fortabat -  Calle Olga Cossettini, 141 -

Esta importante coleção de arte privada, que pertencia a Amalia Lacroze de Fortabat, possuia mais de 150 obras de artistas internacionais de renome, como Rodin, Warhol, Turner, Dalí e Blanes, além de artistas argentinos como Badii, Berni, Quinquela Martín, Noé, Pérez Celis, Fader, Soldi e Xul Solar, entre outros. Antes de entrar no museu, havia uma  Cafeteria que proporcionava, também uma bela vista da cidade.

 

Museu Fragata Sarmiento -  Gorriti Juana Manuela, 600 -

Esta fragata, lançada ao mar em1897, foirauma das mais modernas de sua época. Seu casco era de aço revestido de madeira e chapa de cobre; possui três mastros e uma imponente carranca na proa, com a esfinge da República Argentina. A nave foi batizada em homenagem ao fundador da Escola Naval Argentina, Domingo Faustino Sarmiento. Entre 1889 e 1938 fez 37 viagens ao redor do mundo e após funcionou como barco de práticas em águas nacionais até 1960. Dois anos mais tarde fora declarada Monumento Histórico Nacional e museu das viagens e missões oficiais realizadas. A Fragata Sarmiento representou a Argentina em numerosos eventos protocolares, tais como a coroação de Eduardo VII do Reino Unido, em 1902; as festividades do Centenário da Independência do México, em 1910; a abertura do Canal do Panamá, em 1914 e a inauguração da estátua do General San Martín, em Boulogne Sur Mer, França, em 1909.


Museu Histórico Nacional – Calle Defensa, 1600 -

Promovia um percurso pelas culturas dos povos originários, a época da conquista e o estabelecimento da Ordem Colonial, a Revolução de Mayo, a sociedade portenha em 1810 e a travessia dos Andes, entre outros episódios destacados da história da Argentina. Apresentava a histórica bandeira, que em 1812 acompanhara Manuel Belgrano, nas batalhas do Alto Peru, e que muitos anos depois fora descoberta atrás de um quadro, na Paróquia boliviana de Macha. Fora escondida pelo Exército de Belgrano para preservá-la dos inimigos - junto a outra de cor branca, com uma franja celeste denominada Bandeira de Sucre - e fora encontrada por um paroquiano enquanto limpavam sua capela. Em 1896, o governo boliviano cedera a Bandeira de Macha ao Museu Histórico Nacional argentino, onde estava exposta.
 

Outra peça de enorme valor histórico que estava no Museu era o piano de Mariquita Sánchez de Thompson, que executou pela primeira vez uma composição histórica que deu vida ao Hino Nacional Argentino. Também contava com o sabre corvo, de José de San Martín, considerado um símbolo da emancipação sul-americana já que acompanhara o Libertador nas lutas pelas Independências. Entre as coleções de pintura, se destacavam os quadros em óleo do pintor Candido López, que tinha um grande valor artístico e testemunhal, porque registravam as batalhas da Guerra da Triplice Aliança, em que o artista também fora soldado. O acervo se completava com diversos documentos, pinturas e objetos históricos entre os quais se destacavam uma cigarra que pertencera a Mariano Moreno, um escudo nacional pintado sobre ferro, que estava na porta da Assembléia, no século XIII.

Museu Histórico Sarmiento – Calle Cuba, 2079 –

Estava instalado em um prédio de estilo eclético, com fortes influência italiana, declarado Monumento Histórico Nacional. Continha objetos pessoais de Sarmiento, sua biblioteca, arquivo de jornais e arquivo de pertences pessoais do homenageado. Se propunha vivenciar as décadas mais importantes do século XIX argentino, na perspectiva de um de seus pais fundadores, Domingo F. Sarmiento. Abria diariamente, com entrada gratuita, nas quintas e sábados. 

Museu Margem do Mundo – Arenal Concepcion, 4865 -

Por iniciativa do jornalista Luis Majul, criara-se um museu dedicado exclusivamente ao jornalismo na Argentina. Composto por várias seções, tinha um primeiro setor envolvente, onde eram projetados vários vídeos em simultâneo para se conhecer muito da história argentina dos últimos 40 anos. O segundo setor era o das micro-biografias: Vidas de jornalistas. Um percurso audiovisual pelas biografias dos 40 jornalistas que os argentinos reconhecem como os mais influentes das últimas décadas e que foram escolhidos em pesquisa nacional. Os dez telões tácteis apresentavam resumo da vida e a obra dos jornalistas, com a voz do jornalista Mario Bertolini. No salão Múltiplos Espaços, os visitantes podiam experimentar  a atividade jornalisticas, lendo notícias através de um tele-prompter. Havia também uma biblioteca com os livros escolhidos por Curadores especializados considerados os melhores cinqüenta títulos de crônicas e reportagens jornalísticas, inclusive disponíveis para aquisição.


Museu Nacional de Belas Artes -  Avenida do Libertador, 1473 –

Inaugurado em 1896, era um dos mais importantes da América Latina e o que reunia a maior coleção de arte argentina do país. Dentro do patrimônio de arte internacional destacavam-se obras de El Greco, Goya, Rodin, Rembrandt, Rubens, Renoir, Degas, Cézanne, Chagall e Picasso. Entre os pintores argentinos mais importantes, estavam Cándido López, Lino Enea Spilimbergo, Prilidiano Pueyrredón, Fernando Fader, Benito Quinquela Martín, Xul Solar, Antonio Berni, Carlos Alonso e Antonio Seguí. Contava com uma sala de fotografia, uma de arte andina pré-colombiana, dois terraços de esculturas e uma biblioteca com mais de 150.000 exemplares.


Museu Nacional de Arte Decorativa – Avenida do Libertador, 1902 -

Localizado na mansão construída pelo arquiteto francês René Sergent, sua decoração era testemunho do modo de vida da aristocracia argentina, do princípio do século XX. A residência, que pertencia à família Errázuriz-Alvear, possuia diferentes salas ambientadas pelos mais prestigiados decoradores europeus: o Salão Renascimento, a sala de jantar Luis XIV, o Salão de Baile em estilo Regência, o Salão Luis XVI e a Escrivaninha. O patrimônio do museu incluia obras de El Greco, Fragonard, Corot, Manet, Boudin, e Fantin Latour; mobiliário europeu dos séculos XV a XIX, esculturas, porcelanas, cerâmicas, peças de olaria, tapetes e livros de coleção. Em suas instalações também funcionava o Museu de Arte Oriental.

Museu Nacional Ferroviário  Raul Scalabrini Ortiz – Avenida do Libertador, 405 –

Instalado no bairro de Retiro, recriava o mundo mágico dos trens. Além de composições antigas, guardava muitos objetos referentes ao assunto. Contava também com uma Biblioteca Ferroviária, uma Estação e ramais ferroviários. 

 

Museu Participativo de Ciência – Calle Junin, 1930 –

Fundado em 1988, era dedicado à divulgação das ciências de forma lúdica e participativa, com foco maior no público infantil, porque despertava a curiosidade natural por descobrir e conhecer a ciência. Funcionava dentro do Centro Cultural Recoleta e oferecia exibições interativas que incentivavam a aprendizagem lúdica. Possuia várias salas temáticas: Percepção Visual (relacionada com as ilusões óticas), Mecânica (leis e princípios que regiam o mundo mecânico), Tech (tudo relacionado com a tecnologia), Forças da Natureza (ventos, água e outros fenômenos naturais), E se fez a luz (o universo da luz), Não siga a corrente (eletricidade), Arte (dedicada à história da arte), A mesa está servida (origem e utilidade dos alimentos), Não mate a matemática e Música -  focando ondas e sons.


Museu River Plate –  Avenida Pres. Figueroa Alcorta 7509 -

Fundado em novembro de 2009, abrigava os tesouros mais preciosos da história do Club Atlético River Plate. Em seus mais de 120 anos, o Clube vivera momentos gloriosos tanto no esporte quanto institucionalmente.  Os ídolos, objetos e lugares estavam no coração do Estádio Monumental. O Museu do River cobria mais de 3.500 metros quadrados de superfície. Os seus ambientes refletiam diferentes áreas temáticas que dividiam o percurso, referenciadas em datas emblemáticas para a história do clube. Através do Túnel do Tempo, os turistas poderiam conhecer cronologicamente as principais personalidades do River Plate, os times que engrandeceram o Clube, os melhores gols, as vitórias marcantes e os troféus mais valiosos.

 

Museu Roca – Instituto de Investigação  Histórica – Calle Vicente Lopez, 2220 –

Foi fundado pelo cirurgião, político e diplomata José Arce, em 1961. Atualmente, o Museu desenvolvia diversas propostas educativas e culturais, com o objetivo de convidar os visitantes a refletir e compartilhar experiências em torno da história argentina, do período de 1880 a 1914, em diálogo com a figura de Julio A. Roca. Durante o mês de maio de 2019, após mais de um ano de planejamento e árduo trabalho de equipes de Pesquisas, Restauração e Museologia, foi inaugurada a exposição  As Faces da Argentina Moderna  (1880-1914) ,  que convidava os visitantes a refletir sobre  a Argentina, no final do século XIX e início do século XX, através dos rostos e vozes de seus protagonistas.  Faziam um percurso por vários núcleos temáticos da época, como economia, trabalhadores, educação, debates e fronteiras, em diálogo com a figura de Julio Argentino Roca, líder do Partido Nacional Autonomista e Presidente da Nação entre 1880 e 1886 e entre 1898 e 1904.


Museu Xul Solar – Calle Laprida, 1212 -

Fora instalado na casa do artista plástico Xul Solar, e construído sob as diretrizes que ele havia deixado e tinha que ser transformado em um lugar de encontros culturais. O projeto de remodelação e ampliação fora concebido interpretando a visão de mundo pictórico particular do artista. Existia uma sala para múltiplas atividades culturais, a Sala Pan Klub, complementada por três salas expositivas, que circundam a sala principal, e ao mesmo tempo funcionavam como mirantes.  A arquitetura participava da cena artística e sua forma definia como os objetos eram vistos. As fissuras, planos, paredes antigas e escadas criavam uma rica composição espacial. Suas condições de iluminação enriqueciam a espacialidade. A luz conferia efeitos estéticos ao local visto de cima, para não prejudicar as obras expostas. No interior, o tratamento das superfícies enriquecia o espaço. Eram encontradas texturas como concreto, gesso, granito, madeira e bronze, onde ferro, pedra natural e vidro acabavam de dar forma à remodelação do museu.

 

Zanjon de Granados  - Calle Defensa e Passaje San Lourenço -

Um antigo casarão  restaurado que permitia um mergulho no passado histórico de Buenos Aires. O local era um achado arqueológico que ficara adormecido por mais de 400 anos. Túneis subterrâneos, cisternas, paredes originais podiam ser observados durante a visita guiada. Foi aqui que o destino permitiu que fosse descoberto, acidentalmente, uma parte do antigo Zanjón de Granados, uma depressão natural onde escorria as águas das chuvas desde a parte alta da cidade até o Rio da Prata. Durante muito tempo esteve abandonada e tapada, com quase 4 metros de de escombros em seu interior. Construída em 1830, fora convertida em 1985 como o pórtico de entrada para o descobrimento desse subsolo arqueológico. Esse terreno cedido em 1580 a Juan González pelo fundador da cidade, pertencera a uma importante família da sociedade de Buenos Aires. A residência, que tinha 6 escravos, por volta de 1860, fora convertida no início do século XX em Convento e Adega.

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