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BUENOS AIRES -  Província de Buenos Aires -  parte 1/5 - Argentina  -

Obelisco 9 de Julio

Congresso

Porto Madero - Ponte da Mulher

A cidade de Buenos Aires estava dividida em 48 bairros e cada um tinha sua personalidade e estilo. O chamado Microcentro de Buenos Aires, era uma região não-oficial, que compreendia grande parte do bairro San Nicolás e uma pequena parte do bairro Monserrat, área onde ficava grande parte do comércio porteño e dos prédios governamentais. San Telmo era uma zona mais alternativa, um bairro antigo tomado pela arte e a boemia, com suas  feiras, mercados, bares e cafés. O bairro de La Boca era famoso pelas casas coloridas em El Caminito e por sediar a La Bombonera, lar do Boca Junior e também pelos restaurantes que ofereciam tango, danças, comidas e bebidas não tão  honestas como seria  o desejado. A Recoleta, era um bairro charmoso e exclusivo, onde se encontravam os melhores cafés da cidade e atmosfera européia era sentida em passeios por suas ruas e agradáveis praças.

Melhor cidade para viver

O jornal britânico The Economist realizara uma pesquisa para indicar qual as melhores cidades no mundo para viver. E a capital argentina ficara com o primeiro lugar na pesquisa de 2023. Ainda assim, uma agradável surpresa!

Política

Os argentinos continuam insistindo em escolher dirigentes que comungam com as idiotices políticas do tempo do peronismo e agora, do que eles chamavam de kirchnerismo. Por conta disso, estavam amargando a pior crise social dos ultimos 50 anos. Esperamos que desta vez aprendam a escolher melhor seus dirigentes, para conseguir sair do fundo do poço onde hoje se encontram. Já estavam catando comida no lixo... E em se tratando de má escolha, o povinho brasileiro também era chegado a um mau político, mau caráter e ladrão...

Agora com a chegada de Javier Milei à Casa Rosada, vamos torcer e orar para que ele consiga tirar a Argentina do fundo do poço

Informações importantes

Celular

Tenha muito cuidado  ao usar seu smartphone em áreas públicas, porque atualmente havia  hackers especializados em aproveitar o uso do Wi-fi público para acessar e clonar os celulares dos visitantes. A recomendação era para utilizar uma rede móvel de celular ou a rede privada VPN.  

Táxi - Era uma ótima opção para circular pela capital. Eram baratos e havia aos montes. Todos eram pretos e amarelos, mas prefira os que pertencem a empresas cujo nome vem pintado na porta. Cuidado para não cair no golpe das notas falsas, devolvidas pelo taxista como troco. Leve dinheiro miúdo para pagar as corridas. Os Remises eram os táxis especiais, geralmente mais caros e cobravam um valor fechado para cada trajeto.

 

Ônibus - (chamado de micro ou coletivo) também era uma alternativa interessante fora do horário de pico. A passagem devia ser paga em moeda, diretamente ao motorista e o valor variava de acordo com o trajeton percorrido.

Metrô – conhecido como Subte, de subterráneo – era eficiente e cobria boa parte da cidade, com uma tarifa que não chegava a R$ 10,00. 

 

Bus Turístico - Percorria a cidade em 3.15 minutos, com 20 paradas pelos principais pontos turísticos da capital. O ticket custava 100 pesos. Crianças de 4 a 12 anos pagavam a metade. Grátis para menores de 3 anos e pessoas portadoras de necessidades especiais.

Do Aeroporto ao Centro

Existiam dois aeroportos na cidade. A maioria dos voos brasileiros descia no Aeroporto de Ezeiza, a 45 minutos do centro. A corrida para o centro, comprando no guichê oficial que ficava dentro do saguão de desembarque, era em torno de 250 pesos. Já quem descia no Aeroparque Jorge Newbery estava a 15 minutos e 30 pesos (de táxi) do centro da cidade. O Shuttle da empresa Manuel Tienda León, levava de Ezeiza até o centro por 100 pesos. Se estiver acompanhado, compensava dividir um táxi. A linha 8 do ônibus coletivo fazia o mesmo percurso e custava somente 20 pesos. O trajeto demorava 2 horas e funcionava sómente até as 23.00h.

Aeropuerto Internacional de Ezeiza
Autopista Tte. Gral. Ricchieri Km 33,5
Distância do centro de Buenos Aires:  23 km

Aeroparque Internacional Jorge Newbery
Av. Rafael Obligado s/n°
Distância do centro de Buenos Aires: 3 km

 

Segurança

Os batedores de carteiras estão  em qualquer lugar do mundo. E turistas sempre são alvos fáceis, porque geralmente estão distraídos com as novidades de cada lugar. Regra nº 01: não leve muito dinheiro vivo. Carregue apenas o que pretende gastar em cada dia. Regra nº 2: coloque as notas maiores e todos os documentos importantes – Passaporte e cartões de crédito – em um money port, aquelas pochetes/bolsinhas que são feitas para usar debaixo da roupa. Evite andar nas ruas centrais à noite. Ou seja, todas aquelas medidas de segurança, que tomaria em qualquer grande cidade brasileira.

​Ônibus - ​O ônibus (coletivo) era a forma mais barata de se chegar ao centro de Buenos Aires. A linha 8 fazia o trajeto Ezeiza  – Plaza de Mayo. O trajeto durava aproximadamente 2 horas. O valor do bilhete ficava em 50 AR$ e a compra era feita a bordo do ônibus através de máquinas que só aceitavam moedas.  O parada do Semi Rápido, da linha 8 ficava em frente ao Terminal C do Aeroporto. Se o sentido fosse do centro para o Ezeiza, o  ponto do Semi Rápido ficava na esquina da Avenida de Mayo com Rua Chacabuco. (procure um cartaz branco de 50×30cm que indicava Aeroporto x Autopista).

​Importante: Para fazer este trajeto do Aeroporto para o centro, quem descia em Ezeiza devia ter um cartão SUBE, ou comprar o seu no Quiosque, no hall de embarque. (o cartão Sube custava 150 pesos). Não era possível carregar o SUBE nesse Quiosque, mas havia uma máquina de auto-serviço logo ao lado, com instruções em espanhol.

​​Remís - ​Era um carro com motorista, que podia levar até quatro passageiros. Dra a versão VIP do táxi e sua principal diferença, além do conforto, era o fato de cobrar um preço fixo pela corrida. Uma confiável companhia de remises era a Manuel Tienda León. O preço vigente em janeiro/2020 era de 1.200 pesos argentinos.

​​Shuttle - ​Uma ótima opção de transfer até o centro da cidade era o ônibus Executivo da companhia Manuel Tienda León. O trajeto era Ezeiza-Terminal Madero, percorrido em 45 minutos. A Hostel Shutle também fazia esse trajeto a diversos Albergues de Buenos Aires. Valor por pessoas em janeiro/2019: era de 450 pesos argentinos.

​​Táxi - ​O trajeto ao centro da cidade levava um pouco menos de 1 hora. Uma companhia confiável de táxi em Ezeiza era a Taxi Ezeiza, e era possível solicitar o serviço direto no balcão da companhia, no aeroporto ou reservar por internet. Valor para traslado de até 4 pessoas: era de 1.500 pesos argentinos.

​Táxi Uber - O traslado até um hotel no centro da cidade, dependendo do horário, ficava entre 450 e 600 pesos argentinos.

​Táxi Cabify - ​O traslado até um hotel no centro da cidade, utilizando um veículo econômico, ficava em torno de 1.200 pesos argentinos.

​Carro - ​ Era ótimo passear por Buenos Aires de carro. A opção oferecia conforto e flexibilidade para os viajantes. Contudo, como em qualquer grande cidade, havia dificuldade de encontrar vagas de estacionamento, principalmente no centro. No Aeroporto encontravam-se lojas da Alamo, Avis, Localiza e Hertz.

​Traslados particulares - Para quem viajava com a familia ou em grupo, a melhor opção para chegar ao hotel no centro, era reservar um traslado particular. A empresa Transfer Lubre, tinha veículos para atender qualquer demanda. Reservas pelo site: info@transferlubre.com.ar

​Lembretes

Tomadas elétricas - A voltagem elétrica na Argentina era de 220V, mas não era esse o maior problema, e sim o formato das tomadas! Havia dois tipos de tomadas: uma delas era bem diferente do Brasil, três pinos chatos, dois deles tortos, na diagonal, do tipo padrão asiático. Alguns hotéis emprestavam adaptadores, mas era fácil de encontrá-los para comprar, nas lojinhas de conveniência. Acesse as Dicas & Orientações deste site e veja as informações sobre tomadas elétricas.

​​Cubierto - Era uma taxa cobrada pelos restaurantes e não se relacionava aos 10% do garçom. Essa taxa era um mistério para muita gente e se referia um serviço de mesa. Em espanhol cubierto significava o conjunto de talheres e o guardanapo ( servilleta ). Até poderia parecer estranho, mas muitos lugares justificavam a taxa pela utilização dos talheres. Outros restaurantes creditavam a taxa pelo cestinho de pães e a manteiga que acompanhava a comida. Então, mesmo se não comer os pãezinhos, a taxa seria cobrada. Hoje em dia, muitos restaurantes já deixaram de cobrar essa taxa, mas não se surpreenda quando ela vier na conta.

​​O que ver pela cidade

​Avenida Alvear –  Datada de 1885, era a avenida mais elegante da cidade! Ao longo do trajeto, além de lojas de grife havia uma série de prédios famosos, como o Palácio Pereda ( atual residência do Embaixador brasileiro), o Palácio Ortiz Basualdo (Embaixada da França), a mansão Concepción Unzué de Casares (sede do Jockey Club), o Palácio Álzaga Unzué (Four Seasons Hotel) e a residência Duhau (Park Hyatt Hotel). Na esquina com a Ayacucho, ficava o sofisticado Alvear Palace Hotel, que era um verdadeiro palácio! Imperadores, reis, presidentes e artistas ficaram nesse que era o hotel mais famoso da cidade, onde estava instalado o L’Orangerie, um dos melhores restaurantes da cidade.

Avenida Quintana – Era Era uma das avenidas mais famosas do bairro Recoleta, com lojas, confeitarias e restaurantes de alta classe. Fora a área preferida de intelectuais, como Jorge Luis Borges, Adolfo Bioy Casares, Silvina Ocampo e atletas de renome internacional como Froilán González e Charly Menditeguy.

​​Bairro da Recoleta

​​O bairro traduzia na íntegra como a capital portenha se comportava como a Europa. Com construções no estilo belle époque, avenidas arborizadas e um conglomerado de lojas de grifes internacionais, acabara se transformando num dos bairros mais agradáveis para caminhar sem nenhuma obrigação turística. A região mais aristocrática da cidade estava numa área estratégica. A Recoleta era um bairro central, mas estava longe da histeria do Obelisco da Av. 9 de Julio. Ficava a 30 minutos de caminhada (ou a 10 de táxi) da Casa Rosada. ​​Apesar de ser um bairro sofisticado, estava longe de ser arrogante. A Recoleta oferecia opções de restaurantes que iam dos estrelados às bodegas que serviam as tradicionais empanadas. Até a pracinha mais famosa do bairro se transformava em um encontro com a feira de artesanato, nos fins de semana.

Basílica Nossa Senhora do Pilar – Calle Junin, 1892  -

Era uma igreja de 1732, bonita e elegante e estava localizada ao lado do Cemitério La Recoleta. Era famosa por ter acolhido várias celebridades argentinas, que aqui  se casarami, e era parte de um Convento dos Franciscanos Recoletos.

​Centro Cultural Recoleta Calle Junin, 1930 -

Abrigava originalmente o Convento dos Monges Franciscanos Recoletos, que deram nome ao bairro. Depois fora utilizado para diversos fins, e hoje contava com 27 salas de exposições, um micro-cinema, um auditório e um anfiteatro. Promoviam inúmeras atividades, como exposições de artes plásticas, recitais, concertos e apresentações teatrais.

Principais atrativos -  Centro Cultural Recoleta, Museu Participativo de Ciências , Museu Nacional de Belas Artes, El Ateneo Grand Splendid - 

A gigantesca escultura em aço em forma de flor, que abria e fechava suas pétalas dependendo da hora do dia, e a Avenida Alvear com seu comércio atrativo.  A Estação Las Heras (linha H, amarela)  inaugurada em dezembro de 2015, ficava na esquina da Avenida Las Heras com a Avenida Pueyrredon,  perto do Cemitério da Recoleta, ​o primeiro Cemitério público da cidade, que acabarau se tornando exclusivo para famílias ricas e poderosas e fizeram dos mausoléus, meio de ostentação de luxo e riqueza. Era onde estavam sepultados heróis, políticos, militares, cientistas, artistas e celebridades, entre eles Eva Perón, que recebia vista de apaixonados admiradores.  O Cemitério era uma visão de cúpulas, panteões e esculturas em estilos que variavam de art noveau a neo gótico, muitas delas obras de importantes arquitetos e declaradas Patrimônio Nacional.

​Bairro de La Boca

​A rua mais famosa do bairro de La Boca era El Caminito, onde diversos artistas e pintores expunham seus trabalhos e era visitada por centenas de turistas. Originalmente fora um bairro portuário, os imigrantes italianos que ali se estabeleceram construíram suas casas, conhecidas como Conventillos, com chapas de ferro corrugado e uso de muitas cores das sobras das tintas do porto, o que deu identidade ao bairro. Caminhe pela Calle Magallanes, uma quadra  cheia de lojas que vendiam recuerdos portenhos. Considerado um museu a céu aberto, El Caminito era uma área segura, mas o bairro de La Boca podia ser considerado perigoso. Portanto, não era recomendável andar pelas ruas do bairro nem visitá-lo à noite.

La Bombonera  - Calle Brandsen, 805 - 

​O Estádio Alberto J. Armando fora batizado popularmente como La Bombonera, por sua forma e pertencia a um dos clubes mais populares do país, o Boca Juniors, time do controvertido Diego Maradona. Os poucos metros que separavam o campo das arquibancadas, permitia uma grande proximidade entre o público e o jogo, somados ao calor do torcedor argentino, tornando inesquecível a experiência de assistir uma partida, principalmente se for o superclássico, com o rival River Plate. Junto ao estádio, o Museo de la Pasión Boquense, era um deleite para os fãs de futebol, com sua coleção de objetos relacionados ao time e uma produção audiovisual interativa que contava a história do clube e seus atores.

Bairro San Telmo - Plaza Dorrego

​O bairro era famoso por sua feira de antiguidades, que acontecia todos os domingos, das 10.00 as 17.00h, na Plaza Dorrego. Um dos bairros mais antigos, San Telmo era uma das áreas mais bem preservadas da cidade, com seu casario colonial e ruas de pedra, como foram nos anos 40/50. A área era conhecida por seus Cafés e antiquários, conservando a essência da antiga Buenos Aires. A feira dominical tinha ares festivo, com artista de rua tocando e dançando o tango. O bairro apresentava uma atmosfera boêmia e era o lugar escolhido por artistas. Existia cerca de 500 antiquários — pequenos museus com entrada franca — vendendo toda a sorte de móveis, objetos de decoração e quinquilharias mil.

​Mesmo para quem não gostasse de antiguidades ou do movimento tangueiro, era uma opção charmosa para um passeio ou uma hospedagem mais econômica e tranquila. Por aqui vivera Quino, o célebre cartunista argentino, criador da sapeca e boca-dura Mafalda recentemente falecido. Na esquina da Calle Defensa com a Chile, era possível registrar uma selfie ao lado da escultura da famosa personagem. Ficava próximo de Puerto Madero, região de restaurantes e também da Estação de Embarque fluvial  para Colonia del Sacramento e Montevidéu, no Uruguai. ​Principais atrativos - A Feira de San Telmo, Calle Defensa, Igreja Ortodoxa Russa, Casa Mínima, Distrito de Balcarce e El Zanjón de Granados entre outros...

Centro Histórico

Era onde se encontravam os principais pontos históricos da capital argentina, com suas ruas e avenidas inspiradas na urbanização de Paris. No Microcentro, a Calle Florida, fechada para o tráfego, era muito visitada por turistas e possuía um comércio intenso. Terminava junto a Praça San Martin, uma das mais bonitas da cidade, com monumentos a San Martin e aos mortos na Guerra das Malvinas e cercada por prédios importantes, como o Círculo Militar, Palácio San Martín, Hotel Plaza e o edifício Kavanagh. A Avenida Corrientes era uma das ruas mais representativas da Buenos Aires tradicional, testemunha da época de ouro do tango, com bares e Cafés, pizzarias, teatros e livrarias que permaneciam movimentadas até a madrugada e chegou a integrar a letra de um famoso tango.

​Centro e Montserrat

​Com fácil acesso aos principais pontos turísticos, o centro estavva coalhado de lugares para comidas e compras. A área central era formada por micro bairros (Monserrat, San Nicolás e Congresso) que se aglutinavam formando a parte mais ruidosa da cidade. O coração político da cidade ficava em Montserrat. Aqui ficava a tradicional Plaza de Mayo, onde mães ( hoje avós ) há mais de 30 anos saiam em protesto contra o Governo, exigindo a volta de seus filhos desaparecidos nos porões da ditadura militar. Em frente à Plaza  ficava a Casa Rosada. 

Calle Florida e Galerias Pacífico

As Galerias Pacífico, eram um shopping instalado num prédio antigo, na Calle Florida esquina Avenida Córdoba, com belíssimo teto com vitrôs. Era uma rua para pedestres, com várias lojas especializadas na venda de artigos de couros. Na Gallerias ficava o Centro Cultural Borges, onde se podia assistir apresentações públicas de tango. Para quem gostasse de alfajores, havia uma lojinha da Abuela Goye, que oferecia um dos melhores da cidade.

 

Casa Mínima – Calle San Lorenzo 380 -

Era uma curiosa construção, com a menor fachada residencial da cidade, com apenas 2,20m de frente. No passado era habitada por marinheiros e pescadores.  Era possível que quem caminhasse por ali deixaria a casa passar despercebido. Não se tratava, por exemplo, do Monumento Mafalda, havia poucos metros dali, e que todos os dias reúniam filas de turistas para tirar uma selfie de sua graça. Tratava-se, contudo, de uma construção no mínimo curiosa e interessante, que chamava muito a atenção por sua estrutura e dimensões.

Casa Rosada - Era sede do poder Executivo e tinha um museu com objetos de ex-presidentes. Havia troca de guarda de 2 em 2 horas, das 7.00 as 19.00h. A visita guiada (sáb. e dom. das 10.00 as 18.00h) fazia uma paradinha estratégica na célebre sacada, que imortalizara os discursos de Evita Duarte de Perón e de  seu marido Juan Domingos de Peron.

Catedral - Era uma espécie de Partenon, no centro de Buenos Aires. Sua fachada lembrava um templo grego, mas dentro funcionava uma igreja católica. Tinha púlpito talhado em prata e piso veneziano e ficava localizada  em frente a Plaza de Mayo.

​​​Centro Naval de Buenos Aires - Florida, 801 - 

​Inaugurado em 1914, o imponente prédio era frequentado somente por sócios, membros da Armada Argentina e de países convidados, mas há tempos atrás fora aberto ao público em geral, em visitas guiadas por historiadores da Fundação de Arquitetura e Engenharia Francisco Salamone, especialistas em patrimônio público. Depois de mais de 100 anos, um dos portões mais fotografados de Buenos Aires – feitos com o bronze da fundição dos canhões da Guerra da Independência Argentina – finalmente se abrira para visitação pública em 2016. ​Criado em maio de 1882, o Centro Naval Argentino tivera 13 sedes anteriores até se instalar definitivamente na Calle Florida, 801, na esquina da Avenida Córdoba. O Palácio era um projeto do suíço Jacques Funant e do francês Gastón Mallet, e fora construído exclusivamente para sede social da instituição. Ao contrário da maioria dos palácios portenhos do início do século XX, que usavam matéria-prima importada, este fora erguido com 90% dos materiais de origem nacional, o que permitira que ficasse pronto em apenas três anos. Entretanto,  a inspiração não poderia ser mais européia: o estilo barroco do Palácio de Versalhes estava presente em vários detalhes do prédio, e uma escadaria de mármore lembrava a Ópera Garnier, de Paris.

​Além do mítico portão e da escadaria Imperial, o prédio era cheio de esculturas, afrescos com simbologia marinha maçônica, obras de arte e luminárias maravilhosas, como a da entrada, que pesava mais de 300 quilos e fora presente do diretor do jornal La Prensa. Tinha andares conectados por elevadores circulares de madeira e ferro, com mais de um século de vida – mas ainda impecáveis e funcionando. Os salões tinha pé direito tão alto, que invadira o andar superior, por isso apenas os pisos pares tinham salões. Destaque para o Salão de Baile Almirante Brown, tão barroco que o tornava inesquecível. ​A Biblioteca do Centro Naval era outro espaço notável, não só pela beleza do salão, com paredes inteiramente revestidas de madeira, mas sobretudo pelo acervo, já que era considerada a biblioteca de temas navais mais completa da América Latina – entre seus tesouros, estava o Diário da Primeira Expedição à Antártida, totalmente artesanal. Havia um tour guiado que acontecia de segunda a sexta-feira, pontualmente as 11.00 e as 16.00h e o ingresso custava $300 pesos por pessoa.

Che Malbec – Avenida de Mayo, 777 – San Nicolás - Centro

Era um Emporio e um excelente local para degustar os melhores vinhos produzido na Argentina. Era recomendado para os apreciadores de vinhos e para quem quizesse comprar e levar para seu país. Ficava no térreo do Palácio Vera, um prédio inaugurado em 1910. 

Clube Espanhol - Bernardo de Irigoyen, 172 -

Atrás de uma bela fachada, no centro da cidade, estava um dos espaços mais surpreendentes da Argentina. Os espaços do Clube eram múltiplos, mas sem dúvida a sala Alhambra era a mais surpreendente. A arte árabe e as reproduções da Alhambra de Granada, eram espetaculares. A construção distribuia-se por quatro pisos, cada um deles decorado com estuques, mármores, bronzes e enormes lustres. No primeiro andar, encontrava-se uma grande sala de estilo imperial com tecidos pintados que cobriam tanto as paredes como o teto. A biblioteca, com mais de 20 mil volumes, também surpreendia pelas estantes repletas de história. As visitas precisavam ser agendadas e se tiver oportunidade de conhece-lo aproveite para almoçar no restaurante Espanhol, que ficava no mesmo prédio.

 

Congresso Estava instalado num prédio bonito e imponente, com uma enorme cúpula de cobre, que lembrava um pouco o prédio do Congresso americano. Abrigava uma Biblioteca com 3 milhões de livros. Oferecia visitas guiadas grátis.

Distrito Balcarce - Era um dos pedaços mais típicos de San Telmo, com ruas de pedra e luminárias antigas. Ficava no quadrilátero entre as Calles Belgrano e Independência.

El Ateneo Grand Splendid - Avenida Santa Fé,1860 -

A livraria que já fora teatro e cinema,, oferecia um dos ambientes mais agradáveis da cidade, para tomar um café (montado no antigo palco) folheando os clássicos da literatura argentina. O ambiente interno era muito bonito e sempre muito movimentado. Era uma visita obrigatória!

​Florallis Genérica Plaza de las Naciones Unidas -

Este monumento de metal, criado pelo arquiteto Eduardo Catalano, chamava a atenção mesmo de longe! Era uma enorme flor de metal, cujas pétalas abriam durante o dia e fechavam à noite. Também valia caminhar até a Faculdade de Direito, atravessar a avenida sobre a ponte e apreciar a vista, e depois passear pela Plaza República Federativa do Brasil.  Ao lado dele estava o novo Centro de Convenções.

Fundação Proa  - Av. Pedro de Mendoza, 1929 -

Era  um centro de arte contemporânea que ficava exatamente ao lado do Caminito. O prédio – todo branco e envidraçado – fora restaurado, ampliado e há pouco mais de dois anos se transformra em uma das grandes referências culturais de Buenos Aires. Além das exposições, aprecie o Café Proa – com ótima vista para o Rio Riachuelo. Não era exatamente um museu, por isso não tinha coleção ou acervo permanente.  No mesmo prédio, havia uma enorme livraria com títulos e revistas especializados – onde uma escada flutuante dava o tom do lugar

​Galeria Guemes – Era uma passagem coberta para pedestres, com mais de 100 metros de comprimento unindo as ruas Florida e San Martín e possuia um grande valor cultural e histórico. A arquitetura européia do final do século XIX, com seu estilo Art Nouveau, era preservada e cativava os visitantes. Havia um mirante localizado no 14º andar, com 87 metros de altura, e que fora por muitos anos o ponto urbano mais alto da Argentina.

Galeria Solar de French – Defensa, 1066 -

Mais um segredo bem guardado pelos portenhos, essa antiga construção do início do século XX, abrigava lojas e restaurantes. No pavimento superior, havia um restaurante com uma bela vista para a Plaza Dorrego. Na entrada, havia uma pintura em cerâmica maiólica, que ilustrava a participação de Domingo French (antigo dono da casa) e Antonio Luis Beruti, durante os eventos que levaram à Revolução de Maio, de 1810. Ao olhar para o alto,  apareciam os guarda-chuvas coloridos.

​Igreja Ortodoxa Russa da Santíssima Trindade – Calle Brasil, 315 –

Era um pedacinho da Rússia em Buenos Aires, a igreja era muito particular pelo seu estilo moscovita do século XVII, embora tenha sido inaugurada em 1904. De cada uma das cúpulas azuis erguia-se uma cruz voltada para o leste, apoiada em correntes, como era usada na Rússia. A fachada apresentava três vitrais que ilustravam diferentes cenas bíblicas e, no frontispício, havia um mosaico feito em São Petersburgo, representando a Santíssima Trindade.

Manzana de las Luces Conhecido como Quarteirão das Luzes, por receber pensadores do Iluminismo. A Igreja San Ignacio (1675) – a mais antiga de Buenos Aires – fazia parte do Complexo. O pátio era um antigo Claustro Jesuíta do século XVIII para armazenar mercadorias das Missões. Sob o pátio era possível vislumbrar algumas partes dos túneis coloniais que conectavam a construção com a Catedral e o Cabildo. Para conhecer a parte interna,  somente com visitas guiadas. A quadra compreendia as ruas Alsina, Moreno, Bolívar e Peru. Havia enigmáticos túneis subterrâneos, que conectavam igrejas e prédios públicos.

​Mercado de San Nicolás -  Era um antigo Mercado, criado em 1905 e que agora apresentava um toque moderno, com lojas e uma grande oferta gastronômica. Valia uma visita.

Obelisco Avenida 9 de Julio com Av. Corrientes -

Era a famosa referência física da cidade, com seus 67 metros de altura. Servia até para manifestações públicas de toda a ordem...e desordem!

​​Palácio das Águas Corrientes - Riobamba,  750 -

​Quem passava por sua frente e deparava com aquela pomposa fachada, podia pensar tratar-se da sede de uma antiga Estação, um museu histórico ou mesmo a residência de um personagem do passado. O Palácio de las Águas Corrientes fora criado para isso mesmo: para o armazenamento e distribuição de água potável na cidade de Buenos Aires – o tratamento era feito no prédio onde hoje estava o Museu de Bellas Artes, num terreno mais baixo e mais próximo do Rio da Prata. Em 1871, a cidade fora vítima de uma epidemia brutal de febre amarela, que dizimara quase 10% de toda sua população, incluindo o então vice-presidente. Chegaram a contabilizar mais de 500 mortos em um só dia – surgira então a necessidade de se construir o Cemitério da Chacarita, o maior da América Latina.

Buenos Aires era  a primeira cidade das Américas a ter um sistema de água filtrada, inaugurado em 1869, mas insuficiente para atender uma cidade em pleno crescimento. Até 1877, o único depósito era um tanque de 2.700 metros cúbicos. Além dele, havia ainda os poços artesanais para coleta de água das chuvas. Quem não tivesse um em casa, precisava recorrer ao serviço dos aguateros, que tiravam água do Rio da Prata para vendê-la de porta em porta em grandes tonéis, mas a água não era exatamente própria para beber.

 

Por isso, a construção do Palácio de Águas Corrientes, fora um grande marco para a capital portenha. Prova disso era que apenas um ano após ser inaugurada, a taxa de mortalidade de Buenos Aires caira em 90%. A visita ao Palácio era muito esclarecedora, principalmente porque o Guia era o arquiteto Jorge Tartarini, diretor do Museu da Água e da História Sanitária, autor de vários livros e grande estudioso do patrimônio argentino. A visita durava cerca de 40 minutos e todas as plaquinhas informativas tinham tradução ao português. Além de ficar por dentro do contexto histórico da construção do Palácio, um dos pontos altos da visita era a insólita coleção de vasos sanitários, bidês e outros artefatos sanitários. As peças passavam por testes até serem aprovadas para uso, e algumas delas estavam em exibição neste que devia ser o maior (talvez o único!) museu de privadas do mundo. O Guia comentava que a fixação dos argentinos pelo bidê, descoberto em viagens à França e rapidamente incorporado à vida portenha, tornara-se um hábito que continuava até hoje, enquanto se tornava  obsoleto, nos banheiros franceses.

​Palácio Barolo – Av. de Mayo, 1370 -

Situado a poucos passos do Congresso, o prédio tinha um irmão gêmeo do outro lado do Rio da Prata!: o Palácio Salvo, construído pelo mesmo arquiteto em Montevidéu, Uruguai. No prédio, havia referências à Divina Comédia, como a divisão geral do projeto em três partes, que correspondiam ao inferno, purgatório e céu. O prédio era uma reminiscência da arquitetura indiana.

​Parque Lezama – Era um belo e importante parque da cidade, que possuia esculturas, monumentos, um anfiteatro, um mirante e uma fonte. Aqui poderá visitar o Museu Histórico Nacional, a bela Igreja Ortodoxa Russa (Calle Brasil 315) e dois bares notáveis ​​da cidade: El Británico e El Hipopótamo. Alguns historiadores afirmavam que neste lugar fora realizada a primeira fundação da cidade de Buenos Aires, por Pedro de Mendoza, em 1536.

​Plaza de Mayo e Casa Rosada - Existia desde o século XVI e cujo nome se referia ao mês da Declaração da Independência da Espanha, era o centro histórico e coração político da cidade, onde o povo fazia tanto celebrações quanto protestos. Testemunhava eventos históricos do país, desde a época da fundação da cidade, ainda era o ponto de encontro semanal das Madres da Plaza de Mayo, grupo das mães dos desaparecidos do período da ditadura militar, entre 1976 e 1983. Em uma lateral estava localizada a imponente neoclássica Catedral Metropolitana, fundada em 1822, onde se encontrava o Mausoléu do General José de San Martín, libertador da Argentina.

​Em um extremo da praça estava o Cabildo, sede do Governo até 1821, e no extremo oposto, estava a Casa Rosada, atual sede do Executivo do Governo, com sua famosa varanda, onde inúmeros políticos discursavam para o povo, como fazia Eva Duarte de Perón e seu marido Juan D. Peron. Com sua pintura na cor rosa, especulava-se que sua cor advinha da combinação das cores de dois partidos políticos: vermelho e branco. Seguindo pela Avenida de Mayo, no extremo oposto da Casa Rosada, se encontrava o Palácio do Congresso, inspirado no prédio do Congresso Americano, em Washington. Na área do Congresso, o Palácio Barolo era um dos prédios mais emblemáticos da cidade.

Teatro Colón - Calle Cerrito,  628 - 

Era um marco na arquitetura da cidade. Fora todo restaurado para comemorar o bicentenário da Independência. Era possível assistir a óperas, balé e concertos variados. Tinha capacidade para mais de 3 mil pessoas. Valia a visita guiada. (Aliás, só era possível visitá-lo acompanhado com Monitores) todos os dias (inclusive feriados), de hora em hora. O último passeio começava as 15.45h. A enorme escadaria de mármore e o candelabro central de sete metros impressionavam. Tinha uma orquestra e filarmônica e  já recebera de Maria Callas a Stravinsky.

​Usina da Arte – Agustín R. Caffarena, 1 -

Era outro centro cultural com entrada gratuita, que encantava pela arquitetura. Sua construção em estilo florentino com tijolos expostos, datava de 1916 e era obra do arquiteto italiano Juan Chiogna. Por muitos anos, a antiga Companhia Italo-argentina de Eletricidade funcionara aqui. Em 2012, fora restaurado e ganhara uma sala sinfônica e diferentes espaços para apresentações de dança, exposições de artes plásticas, mostras e exposições. Promovia atividades constantemente, especialmente para crianças, e eram todas gratuitas.

Homenagens

Puerto Madero tinha dois monumentos bem diferentes, o Monumento a Fangio (Calle Juana Manso esq. Azucena Villaflor), uma escultura em homenagem ao lendário automobilista argentino Juan Manuel Fangio, realizada pelo artista catalão Joaquim Ros Sabaté. E depois o Monumento ao Tango (Calle Azucena Villaflor esq. Av. Calabria), uma obra abstrata, em homenagem ao ritmo portenho, inspirado no fole do bandoneón. Media 3,5 metros de altura e fora realizada em 2007, por Estela Trebino e Alejandro Coria.

 

Cassino

Embora os Cassinos fossem legalizados na Argentina, não era o caso da cidade de Buenos Aires. Por isso o único Cassino da capital ficava fora do seu território físico, em um barco antigo ancorado em Puerto Madero. O lugar permanecia aberto 24 horas por dia, todos os dias do ano, e funcionava em um navio de três andares ancorado em um dos diques do porto. Mantinha 130 mesas de jogos de mesa (Poker, Texas Hold’em, Roletas, etc.) e mais de 1.700 slots (Jackpots e outros jogos eletrônicos). O Cassino funcionava em sua maioria com Pesos Argentinos. A entrada era gratuita.

​Outlets​

Distrito Arcos Premium Outlets

​Localizado no bairro de Palermo, o Distrito Arcos Premium Outlets abrigava um conjunto de lojas majoritariamente da Argentina. A proposta do outlet foi reformar a antiga Estação Ferroviária e criar um novo conceito de compras ao ar livre. Existiam 10 lugares para comer. Essa era uma ótima opção, já que todas as lojas estavam concentradas em um único lugar, diferente da Villa Crespo. Abria diariamente das 10.00 as 21.00 h.

Villa Crespo

​​O bairro era onde se concentravam  cerca de 100 Outlets e em cada rua tinha sua coleção de outlets de marcas famosas. Na Calle Aguirre estavam os da Puma, da Brooksfield, da Lacoste e da Timberland. Os outlets da Converse e da Tommy Hilfinger ficavam na Calle Loyola, e na Avenida Córdoba, estavam as marcas como Nike, Levi's e Adidas. ​Para quem se interesasse por couro, a Calle Murilo tinha um grande número de lojas que vendiam roupas de couro diretamente da fábrica e por preços muito bons. Nesses outlets as peças geralmente eram de coleções passadas, e os descontos podiam chegar a mais de 50%. Aproveite quando andar por aqui e conheça a Confiteria Malvon -  Calle Serrano, 789.

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