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BUDAPESTE -  Os Museus - Hungria - 3/3

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Centro Memorial do Holocausto – Pávau, 39 -

A exposição permanente deste museu que levava o nome de Da Privação de Direitos ao Genocídio, recordava os mais de meio milhão de judeus húngaros, que morreram nas mãos dos  nazistas. A  coleção permanente  refletia a história do povo judeu na Hungria e o Holocausto. A partir de 1938, o Estado húngaro gradualmente começara a despojar a comunidade judaica de suas propriedades, riquezas e direitos humanos básicos. Após a ocupação alemã em 1944, o Estado tomara as terras, casas e negócios dos judeus e os trancara em guetos e campos de trabalho, de onde eram deportados para os campos de extermínio. Graças aos rótulos, telas e apresentações interativas do museu, os visitantes teriamo uma noção real de como começara a perseguição à comunidade judaica e como ela evoluirau até serem condenados à morte, em vários campos de extermínio. Uma bela Sinagoga que fora meticulosamente restaurada graças a fotografias do século XIX, era a última atração que os visitantes podiam explorar ao longo da visita.
 

Galeria Nacional Húngara - Szent György ter, 2 - Castelo de Buda - 

Também conhecida como Museu Nacional de Arte, era uma das atrações localizadas dentro do Castelo de Buda. A maior coleção pública de arte húngara do país ocupava três grandes andares, com aproximadamente 100 mil obras. Inaugurada em 1957, com o objetivo de apresentar a arte húngara desde o  inicio no século XI. Em 1975 mud-se para sua localização atual, dentro do Palácio Real, que ficava no Castelo Buda. Abria de terça a domingo das 10.00 as 18.00h e o ingresso custava 2.000 forints húngaros.
 

Memorial 25 de outubro de 1956 –

O dia 25 de outubro de 1956, dia das rajadas mais sangrentas da Revolução e luta pela liberdade, entrara para a memória nacional como a Quinta feira Sangrenta. Neste dia, sob circunstâncias ainda não esclarecidas, os militares soviéticos e as forças armadas húngaras abriram fogo contra os manifestantes pacíficos, reunidos na Praça Kossuth. Em homenagem às vítimas, um Memorial e exposição fora inaugurado em 25 de outubro de 2014, no antigo túnel de ventilação de Kossuth Lajos tér, que fora reformado como parte do Programa Steindl Imre. Um filme também estava disponível, com legendas em húngaro e inglês. Abria diariamente de terças  a domingos das 10.00 as 14.00h e das 14.45 até as 18.00h. 

 

Kunsthalle de Budapeste –  Dózsa György ut, 37 -

Era um museu de arte contemporânea localizado na Praça dos Heróis, em frente ao  Museu de Belas Artes. Fora construído em 1895, pelos planos de Albert Schickedanz e Herczog Fülöp, em estilo neoclássico eclético. Como o Salão era a maior exposição na  Hungria, exibia obras representativas da arte húngara, bem como outros artistas e organizava regularmente exposições temáticas.
 

Museu Aeropark – Aeroporto Liszt Ferenc -

A história do Aeroparque remontava a 1988, quando István Veress e Tamás Erdei anunciaram a criação do museu ao ar livre do Aeroporto. Inaugurado em 1991, quando o radar de pouso Tesla e os contêineres de controle foram exibidos. Em 2003, a BA Zrt. alienara-se de ramos de negócios que não estavam intimamente relacionados com a operação do aeroporto, incluindo o museu. A fim de salvar as memórias da história da aviação, fora sugerido que o antigo Aeroparque continuasse a operar como uma Fundação, para a qual a BA Zrt forneceria uma quantidade significativa de apoio a partir de 2004. Em 2014, uma entidade local assumia a operação do parque e, desde então, continuava a operar com o nome de Aeropark.  Mudaram em 2017 e o Aeroparque ganhara uma nova parada de ônibus, um passeio peatonal de acesso ao parque e estacionamento gratuito para visitantes. No museu, havia um prédio leve completamente novo que fora instalado para os hóspedes, onde foram colocados simuladores, um Café e uma loja de artesanato e souvenir. 
 

Museu Casa do Terror – Andrássy ut, 60 - 

Inaugurado em 2002, exibia exposições relacionadas aos regimes fascistas e comunistas, na Hungria do século XX e também funcionava como um Memorial às vítimas desses regimes, incluindo aqueles que foram detidos, interrogados, torturados ou mortos. O museu estava abrigado em um belo prédio de esquina, construído em 1880, que testemunhou muitas atrocidades e fora uma verdadeira casa do terror. Em 1944, a Hungria era dominada pelo Partido Húngaro da Cruz Flechada, um partido de extrema-direita. O prédio que abrigava o museu era conhecido como Casa da Lealdade e funcionava como a sede dos nazistas húngaros, desde 1937.
 

Era divido em quatro pavimentos. A ordem de visitação era a seguinte: andar térreo, 1º andar, 2º andar e subsolo:


Subsolo

Esta área ficara famosa durante o regime dominado pelo Partido Arrow Cross, cujos membros transportavam pessoas que haviam sido presas e as levavam até o porão da sede do partido, onde eram brutalmente espancados. Em seguida, confira o que encontraria neste andar;

Sala 01 Celas dos prisioneiros - Esse espaço reconstruído mostrava não somente como eram as celas tradicionais de prisioneiros, mas as celas de castigo, cela dos  condenados e o local de execuções;

Sala 02 – Campos de Internação - A polícia política montou campos de internação em Recsk, Kistarcsa, Tiszalök e Kazincbarcika. Um carro de mineiros e pedras de Recsk eram exposto nesta área, bem como itens feitos no campo (um acendedor de cigarros, óculos, uma cruz, uma caixa de cigarros, notícias escritas em papel de cigarro). Clipes de filmes podiam ser vistos e ouvidos, apresentando as lembranças de ex-internados;

Sala 03 – Sala da Revolução de 1956 - Mostrava os eventos da Revolução de 1956 e fazia uma homenagem àqueles que dela participaram. Havia  itens como o casaco de couro de Gergely Pongrátz, o casaco de uma das vítimas do fuzilamento Mosonmagyaróvár, um rifle automático, um coquetel molotov, entre outros;

Sala 04 – Retaliação - Mostrava registros de execuções e recursos rejeitados de clemência. Os nomes daqueles que sofreram durante o regime podiam ser ouvidos nos alto-falantes;

Sala 05 – Emigração - Constava que cerca de 200 mil pessoas que deixaram a Hungria após a Revolução de 1956. Havia um vídeo, exibido em um monitor que evocava a fuga de milhares de pessoas. Cartões postais escritos para entes queridos  cobriam as paredes deste corredor;

Sala 07 – Salão das lágrimas - Neste espaço, os nomes das pessoas que foram excetuadas por motivos políticos entre 1945 e 1967 estavam exibidos nas paredes;

Sala 09 – Galeria dos Vitimizadores - Este espaço estava repleto de fotos que representavam os dois regimes repressivos, tanto membros do Partido Arrow Cross, quanto líderes comunistas. A maioria dessas pessoas servia ou ocupava cargos de responsabilidade em organizações onde foram cometidos crimes contra a humanidade e crimes de guerra, atos que eram incompatíveis até com seus próprios sistemas jurídicos. Os perpetradores ou participaram de tais crimes, deram ordens para sua execução, sancionaram tais decisões, ou os apoiaram como instigadores.

 

Piso térreo -
Entrando no prédio se subia as escadas onde havia dois memoriais em mármore, e entrava-se por uma porta à esquerda para ter acesso ao piso térreo. Nesse andar estava a bilheteria, loja de presentes e uma Cafeteria. Havia documentários sendo exibidos nas telas da parede e um tanque de guerra T-54 no pátio.

 

Primeiro andar –

Chegava-se a uma parte da exposição que dava continuidade sobre as ditaduras totalitárias que dominaram a Hungria no século XX. O foco nesse espaço era no pós Segunda Guerra, quando a Hungria passou a ser dominada pelo comunismo soviético. Destaque para as seguintes exposições:
 

Sala 101 – Re-assentamento e deportações -  Entre 1946 e 1948, mais de 200 mil húngaros descendentes de alemães foram culpados de maneira coletiva pelo que ocorrera na Segunda Guerra Mundial e foram expulsos e reassentados na Alemanha ocupada. Posteriormente, mais de dez mil habitantes do campo, foram transportados para os chamados campos fechados, que, na verdade, eram Campos Concentração. O automóvel ZIM, em exposição, era uma relíquia assustadora dessa época: evocava o carro preto utilizado pela polícia política comunista para recolher as suas vítimas, geralmente no meio da noite;

Sala 104 – Câmara da tortura - Após passar pelo Corredor do Terror, se chegava à Câmara de Interrogatório, onde os capangas da época usavam de inúmeras práticas de terror para conseguir as informações que desejavam;

Sala 105 – Camponeses - Esta sala fora montada de forma muito original, para lembrar um labirinto, decorado com blocos de banha. A idéia era lembrar o terror contra os camponeses e operários, que muitas vezes foram privados de suas últimas safras pelas autoridades comunistas;

Sala 106 – Ante-sala da Polícia Política Húngara - Aqui ficava uma galeria de retratos de membros da ÁVO, a Polícia Política Húngara, que levava até a sala onde ficava o temido dirigente da Autoridade de Proteção do Estado, Gábor Péter;

Sala 107 – Sala de Gábor Péter - Nesta sala ficava uma mesa de trabalho e uma cama à frente, que simbolizavam a prática da ditadura do proletariado: a Revolução devorando seus próprios filhos;

Sala 108 – Justiça - A brutalidade dos julgamentos-espetáculo, conduzidos pela Ordem Política e diretamente controlados pelo Partido Comunista, era revelada pelos autos e documentos da Sala de Justiça e pelas cenas do julgamento de Imre Nagy, mostradas ao centro desta sala;

Sala 109 - Propaganda - Exibia fotografias e cartazes que mostravam documentos e recursos de propagandas absurdas, feitos pelos comunistas no período;

Sala 110 – Vida cotidiana - Exibia pôsteres e objetos contemporâneos sobre o dia-a-dia comunista. Os pôsteres espalhafatosos, contavam mentiras para fazer com que as pessoas acreditassem na ideologia que estava por trás delas;

Sala 111 – Tesouro - Exibia artigos fabricados com a chamada prata húngara, ou seja, bauxita, a matéria-prima do alumínio, que podia ser vista no centro da sala. Os utensílios de má qualidade expostos nas prateleiras, eram elementos característicos da vida cotidiana da época;

Sala 112 – Igrejas - Monitores colocados nas portas mostravam documentários sobre membros do Clero, perseguidos e presos. Relíquias sobre o destino dos vários inocentes estavam expostas nos estandes. Os grandes alto-falantes cinza ao fundo lembravam a propaganda do período, emitindo uma verdadeira cruzada do regime em locais públicos;

Sala 113 – Cardeal Mindszenty - Era um Memorial ao Cardeal József Mindszenty, que se opôs fortemente ao regime comunista. Ele acabara sendo preso em 1949,  libertado após a Revolução Húngara de 1956 e passara o resto dos seus dias exilado. Os monitores desta sala mostravam clipes dos eventos mais importantes de sua vida e da campanha de propaganda comunista dirigida contra ele.

Segundo piso -
A visita propriamente dita começava ao subir as escadas ou pegar o elevador que levava até o 2º andar do prédio, onde se iniciava a exposição permanente do museu. Existiam oito salas de exposição e uma sala de projeção menor, neste andar. Os temas da exposição seguiam a cronologia das ditaduras totalitárias húngaras:

Sala 201 - A primeira sala, que dava acesso à exposição permanente, era a sala de dupla ocupação. Apresentava a ocupação nazista e soviética da Hungria;

Sala 202 - Era o ponto de partida de partida das ditaduras totalitárias, através de  introduções a todos os horrores exibidos em relação ao prédio que abrigava o museu atualmente. Era a passagem dos húngaros nazistas;

Sala 204 – Era a tentativa de reproduzir o caos surreal, que era representado pelo terror dos assassinos do Partido da Cruz Flechada, dentro do país;

Sala 205 – Gulag - Exibia os campos de trabalhos forçados de Gulag e da União Soviética, homenageando os húngaros, tanto civis quanto prisioneiros políticos, que foram levados para campos de trabalhos forçados soviéticos. Cerca de 700 mil húngaros viviam presos em Quartéis na União Soviética;

Sala 206 – Troca de roupas - Esta sala representava a mudança de ditaduras na Hungria. Depois que a Segunda Guerra acabou, em contraste com as esperanças iniciais, nem a democracia nem a economia de mercado foram estabelecidas, mas uma nova ditadura totalitária passou a dominar a Hungria;

Sala 207 – Os anos 50 - Exibia a vida cotidiana da ditadura comunista, mostrando o controle total sobre a sociedade;

Sala 208 – Sala dos Conselheiros Soviéticos - Neste espaço fazia-se uma alusão à presença do Big Brother estrangeiro na sala do Partido da Cruz Flechada, mostrando como organizações supervisionavam a sovietização na Hungria;

Sala 209 – Resistência -  Apresentava um tema muito importante, o tópico ha muito escondido, da resistência húngara contra o comunismo. Os visitantes podiam se sentar na sala de projeção e assistir a filmes completos de propaganda contemporânea.

Museu da Agricultura Húngara -  Vajdahunyad stny – Castelo de Vajdahunyad -

Era a cópia de um castelo com o mesmo nome na Transilvânia, Romênia. Quando foi construído no parque, era feito de papelão, com uma exibição temporária para a exposição do milênio húngaro em 1896, mas o belo castelo era tão popular que decidiram torná-lo um elemento permanente. Reunindo pedras e tijolos, estátuas e milhares de artefatos agrícolas, o falso castelo era hoje um orgulho do Parque da Cidade de Budapeste. Quando o castelo fora concluído em 1908, tornara-se a sede do Museu Agrícola Húngaro, reunindo centenas de chifres, cascos,  peles, pássaros empalhados e ursos montados. Com talheres com cabos de chifre esculpidos em raposas, broches, candelabros e cadeiras de chifre, era conhecido como O Salão da Caça. A coleção fora destruída duas vezes desde a sua abertura a 100 anos.  Quando a Segunda Guerra Mundial chegara e, cerca de 10 anos depois, quando a coleção estava se recuperando, os lutadores pela liberdade do Levante Húngaro de 1956, invadiram o corredor de chifres e exibições de taxidermia e destruíram o que ali estava.  Agora parcialmente recuperado, apresentava exposições sobre a história da agricultura húngara desde o início até o presente, domesticação de animais, silvicultura, pesca e vida vegetal.
 

Museu da Farmácia Águia Dourada – Tárnok utca, 18 –

A Arany Sas Gyógyszertár fora a primeira farmácia em Buda, após a expulsão dos turcos, em 1687. Criada por Ferenc Ignác Bösinger, na casa situada entre os anos de 1687 e 1696.  A Bösinger também abrira uma sucursal de farmácia em Víziváros, conhecida como Farmácia Urso Negro. A Águia Dourada era inicialmente chamada de Unicórnio Dourado, mas só foi renomeada em 1740 pelo seu então proprietário, János Hinger. O boticário também pode ostentar o título de cidade, e o brasão de Buda pode ser visto em sua tabuleta. Em 1966, foi anexada ao Semmelweis Medical History Museum, como uma unidade da história da farmácia. O Golden Eagle Pharmacy Museum fora inaugurado em 1974 e suas instalações foram restauradas ao seu estado original.
 

Museu da História da Música –  Tancsics Mihaly Street, 7  -

Fazia parte do Instituto de Música da Academia Húngara de Ciências. O Instituto foi fundado em 1974 reunindo as pesquisas de música clássica e folclórica da Academia. Em 1984, o Museu ganhara seu novo local no Palácio Erdody-Hatvany do século XVIII, no Castelo de Buda, apresentando os legados musicais de vários personagens marcantes da história da música húngara, por exemplo, mais recentemente, em 2014 a Erno Dohnanyi's Legacy - graças a Seán Ernst McGlynn, neto de Dohnanyi - fora transferido da Flórida para a Hungria. A coleção especial do compositor húngaro enriquecera a coleção do museu com belas exposições musicais, documentos, gravações em fita, cartas e muito mais.

 

Era também conhecido como Instituto de Musicologia, como o próprio nome sugeria, contava a história da música na Hungria desde o século XVIII até os dias atuais, em várias salas de exibição por meio de recitais, e partituras originais. O museu estava instalado em um belíssimo pátio perto do Bastião dos Pescadores e da Igreja de Mathias. Todas as exposições também possuiam um ambiente multimídia, portanto os visitantes podiam ouvir as gravações dos instrumentos expostos tornando este local uma ótima experiência para qualquer pessoa, com um mínimo de interesse em música. Um destaque deste museu, exibia o gramofone de gravação usado pelos compositores húngaros, Bela Bartok e Zoltan Kodaly, para capturar a autêntica música folclórica de muitas nações que viviam juntas na bacia dos Cárpatos, influenciando a herança musical umas das outras (húngara, Szekler, Transilvânia, Romena e Eslovaca). A coleção única e muito impressionante de partituras originais, programas, livros e instrumentos musicais históricos, eram todos rotulados numericamente, alguns em inglês.


Museu da História Militar – Castelo de Buda -

Abrigava coleções relacionadas à história militar húngara, desde os tempos medievais até as guerras mundiais e além, exibindo uma série de armas, uniformes, armaduras, bandeiras e moedas. Além de relatar a história da guerra da Hungria, havia alguns canhões na entrada do pátio junto com balas de canhão na parede (que remontavam às revoluções de 1848-49) e havia uma estátua ao ar livre e um Parque de Memória, que proporcionava uma bela imagem do Rio Danúbio. Embora originalmente construído para um Quartel do Exército, na década de 1830, o próprio museu fora criado no início da década de 1920 com o objetivo de pesquisar, organizar, sistematizar e exibir os artefatos da história militar húngara e universal e para abrigar itens militares. O prédio fora danificado durante a Segunda Guerra Mundial e muito de seu conteúdo fora destruído. As exposições concentravam-se particularmente, na Guerra da Independência de 1848 a 1849, e no Exército Real Húngaro sob o comando do Almirante Miklos Horthy. Uma das coleções descrevia e exibia os eventos da Revolução de 1956, uma revolta nacional contra o Governo da República Popular da Hungria e suas políticas amigáveis ​​com os soviéticos, que durara menos de um mês e foi reprimida de forma sangrenta pelas tropas soviéticas. Funcionava de terça a domingo das  10.00 as 17.00h.
 

Museu das Ilusões – Bajcsy-Zsilinszky utica, 3 -

Visite o incrível mundo das ilusões que enganavam os seus sentidos, que surpreendiam, confundiam, e apresentavam informações emocionantes... Era o lugar perfeito para relaxar com seus amigos e familiares e experimentar novas experiências. Não só as crianças gostariam do museu, era uma diversão fantástica para pais e avós. Reúna sua coragem e mergulhe na ilusão criada pelo Túnel Vortex: será vertiginoso e terrivelmente difícil abrir caminho através do cilindro giratório - enquanto o chão sob seus pés era realmente plano e imóvel! Olhe para o seu reflexo distorcido na Sala dos Espelhos, perca-se na Sala do Infinito, desafie a lei da gravidade, brinque com as proporções e tire uma selfie sua em qualquer posição!
 

Museu de Micro Maravilhas – Király utica, 28 -

Localizado numa ruela de Szentendre, na Hungria, a atração mais bizarra e desconcertante era única pelo motivo exatamente oposto: por ser incrivelmente pequena. O Micro Wonder Museum, localizado a apenas 30 minutos ao norte do centro de Budapeste, era uma grande coleção de arte em miniatura tão pequena que só poderia vê-la através das lentes de um microscópio. As miniaturas encaixavam uma quantidade imensa de detalhes em apenas cerca de um milímetro de espaço, contando uma história em uma escala invisível a olho nu. Em todo o museu de apenas uma sala, havia uma série de microscópios, cada um com uma escultura minúscula equilibrada em um pequeno objeto como uma agulha ou um alfinete. Olhando através das lentes dos microscópios, veria um conjunto microscópico de taças douradas, um jogo de xadrez em miniatura apoiado na cabeça de um alfinete, um pequeno contorno do rosto de Abraham Lincoln, uma garrafa dourada de Coca-Cola e um arqueiro em uma carruagem sendo puxada por um cavalo. Uma das exposições mais fascinantes era uma série de objetos com tema do Egito antigo, espremidos dentro do buraco de uma agulha, com pirâmides, camelos e uma palmeira.
 

Os desenhos microscópicos eram obra de Mykola Syadristy, um artista ucraniano conhecido como o mestre da arte em miniatura, que esculpia os objetos à mão usando ferramentas especiais de precisão. Seus movimentos eram tão precisos que ele até cronometrava seus batimentos cardíacos, para garantir que as batidas de seu peito não alterassem os movimentos de suas mãos. As minúsculas esculturas eram tão microscópicas que, se pegar um alfinete, a agulha ou outro objeto sobre o qual elas estavam colocadas, provavelmente nem perceberia que tantas complexidades estariam na palma da sua mão. 
 

Museu de Aquincum –  Szentendrei, 139 – fica a 9 km. ao norte de Budapeste -

Aquincum era uma importante cidade romana na Província de Panônia, dentro dos limites atuais de Budapeste. Foi fundada depois da conquista dos Celtas, que chegaram à zona no ano 400 a.C. Os restos de Aquincum foram desenterrados no final do século XIX, sendo um dos maiores parques arqueológicos da Hungria. A reconstrução da cidade ocorreu entre os anos de 1960 e 1970. Nas ruínas de Aquincum, se poderá caminhar por suas antigas ruas e contemplar os restos dos templos, lojas, casas e os banheiros da cidade. A maior parte da cidade fora construída entre os séculos II e III. Na visita encontrará algumas surpresas: uma rede de bueiro em uma lajota de pedra, um sistema de calefação subterrâneo, um banheiro reconstruído com mosaicos ou o pátio onde funcionava um mercado, são algumas das coisas mais importantes. Atualmente só um terço do centro da cidade fora escavado. O Museu de Aquincum era uma pequena coleção de restos celtas e romanos. Entre os objetos, destacavam-se as estátuas e os mosaicos do primeiro andar.
 

Museu de Artes Aplicadas – Üllői utica, 33-37 -

Fora fundado em 1872 pelo Parlamento Húngaro e  possuia uma das maiores coleções mundiais de artes aplicadas, húngaras e internacionais, históricas e contemporâneas. Abrigava um rico acervo permanente, que incluia peças Art Nouveau, cerâmica, móveis, vidros, ourivesaria e peças de design, além de receber exposições temporárias. Tina um forte foco na coleção de peças húngaras contemporâneas. Atualmente estava fechado devido a reformas, mas a coleção poderia ser consultada online e os programas educacionais foram transferidos para a Villa György Ráth, que também exibia uma seleção da coleção Art Nouveau do museu.
 

Museu de Belas Artes –  Dózsa György ut, 41 -

Fundado em 1906 por Francisco José - Rei da Hungria - abrigava o maior conjunto de arte internacional do país, onde estavam expostas obras de Rafael, Bruegel, Goya, Rembrandt, Monet e Velázquez, além do maior acervo de El Greco, fora da Espanha. No térreo do museu estavam as pinturas e esculturas do século XIX. A exposição Antiguidades Clássicas abrange cinco salas era  composta de mais de cinco mil itens. A coleção de pinturas incluia obras de alemães, austríacos, holandeses, flamengos, mestres espanhóis, italianos e britânicos. No segundo andar estava a exposição de mais de 100 esculturas européias. A entrada lembrava os grandes prédios gregos da antiguidade, possuia 12 colunas em estilo neoclássico, e ainda contava com um lindo tímpano. Os halls e salas do interior do prédio eram áreas espaçosas e imponentes, com pilares em estilo antigo.
 

Museu de Etnografia – Kossuth Lajos ter, 12 -

Estava instalado em um prédio originalmente construído por Alajos Hauszmann, para o Ministério da Justiça, possuindo um acervo que reúne cerca de 200.000  peças, sendo 140.000 húngaras e 60.000 de origem estrangeiras. Além de trajes tradicionais, móveis e ferramentas, a coleção também incluia as extensas coleções de música folclórica de Béla Bartók e Zoltán Kodály, ambos compositores húngaros. Abria de terça a domingo das 10.00 as 18.00h.
 

Museu de Óbuda – Praça Fo ter, 1 -

Estava localizado em um dos ambientes mais bonitos de Budapeste, no barroco Castelo Zichy. As reformas do prédio que começaram em 2008 agora mostravam uma nova configuração do prédio, de acordo com os desenhos da praça. A nova exposição permanente apresentava a rica história de Óbuda em três unidades, desde a Idade Média até aos anos 1970.  A nova exposição permanente procurava conectar o passado e o presente. Ao entrar na sala de exposições, o visitante pisará as pedras que ligavam o passado de Óbuda ao seu presente.  Os visitantes encontravam-se na Óbuda Medieval, que foi uma época marcante na história da cidade, quando era um centro real. Esta unidade trata da história da cidade desde a era Zichy até o início do século XX. A próxima parada era a atualidade: a unidade mostra a demolição dos prédios antigos e a reconstrução do novo ambiente, junto com todas as mudanças da sociedade que as acompanharam. A exposição também alinhava elementos interativos e tarefas para os visitantes trabalharem. Guia de áudio em inglês fornecia, ajudava aos visitantes de outras nacionalidades.
 

Museu dos Banhos Romanos – Praça Flórián  - piso inferior -

Um dos salões das termas da fortaleza legionária foi descoberto em 1778, durante as primeiras escavações arqueológicas em Aquincum.  A seção escavada dos banhos logo foi apresentada ao público em geral em um prédio com proteção.  A estrutura monumental (120 m por 140 m) situa-se no cruzamento das duas estradas principais da fortaleza. As entradas principais dos banhos davam para essas duas estradas. O prédio foi construído no século II, e reconstruído várias vezes. Conhecemos seu nome latino por uma inscrição de reconstrução de 268. O complexo de banhos oferecia aos soldados uma quadra de exercícios, piscinas frias, mornas e quentes, banhos, saunas a vapor e salões espaçosos com piso aquecido. 

 

Museu e Arquivo Judaico Húngaro – Rua Dohány, 2 -

Estava localizado no coração de Budapeste, no bairro histórico judeu, dentro do complexo de prédios da Sinagoga da Rua Dohány, construída em 1859. A idéia de uma exposição independente surgiu pela primeira vez durante as comemorações do milênio húngaro de 1896, quando a religião judaica foi aceita, como uma das religiões históricas da Hungria. A primeira casa da coleção composta por aproximadamente 1.500 artefatos foi num apartamento no centro de Budapeste. O Museu Judaico foi para sua sede definitiva em 1932, no prédio projetado por László Vágó e Ferenc Faragó. Em 1942, dois funcionários do Museu Nacional Húngaro esconderam os valiosos artefatos do Museu Judaico no porão e graças à sua bravura, toda a rica coleção existe até hoje.

 

Museu do Futebol de Botão  -  Szigetszentmiklós -

O futebol de botão, uma instituição tão brasileira, era também uma paixão nacional, com direito a um museu dedicado à modalidade. Os húngaros alegavam que o futebol de botão era criação deles, e surgira em terras magiares em 1921. O que contraria a versão mais comum no Brasil, de que o jogo já existia por aqui até antes de 1930, tivera suas regras padronizadas a partir do manual de Regras Officiaes do Foot-ball Celotex, escrito pelo músico, pintor e publicitário Geraldo Cardoso Décourt.

Indefinições históricas à parte, a paixão pelo jogo ou mesmo curiosidade podiam ser motivos suficientes para visitar Szigetszentmiklós, cidadezinha a 22 quilômetros de Budapeste, que nunca entraria em qualquer Guia de viagens, não fosse o fato de abrigar a Casa do Futebol de Botão (Gombfoci Háza). O museu foi formado a partir da coleção particular de Attila Becz, que tinha mais de 650 anos e começou a praticar o futebol de botão aos oito, nos anos 1960. Fotografias nas paredes mostravam jogadores lendários como Pelé e Ferenc Puskás agachados sobre as mesas de futebol de botão, prova da popularidade do jogo ao longo das décadas. No país do leste europeu, os botões foram produzidos em massa pela primeira vez na década de 1940, com fotos de jogadores coladas, na década de 1950.

 

Museu do Hospital na Rocha – Lovas utica, 4/c -

Foi construído em um sistema de cavernas naturais, de 10 km de extensão sob o Distrito do Castelo de Buda. As pessoas começaram a usar o sistema de cavernas pela primeira vez na Segunda Guerra Mundial, e os salões e túneis foram usados ​​como refúgios. Em 1941, o Prefeito de Budapeste ordenara a construção de um posto de primeiros socorros resistente a bombardeios, e as cavernas sob a área do Castelo pareciam ser uma escolha lógica. Foi inaugurado em fevereiro de 1944, contendo três enfermarias e uma moderna sala de cirurgia. O Hospital estivera em uso constante e em plena capacidade durante o cerco de Budapeste (1944-45), onde civis e soldados feridos eram tratados. O Hospital encerrara suas atividades em julho de 1945 – mas continuava sendo utilizado para a produção de vacinas contra o tifo, pelo Instituto Produtor de Vacinas. A instituição foi reaberta como hospital em funcionamento em 1956, no início da Revolução. Em 1958, fora expandido e atualizado para um bunker nuclear, projetado para sobreviver a qualquer ataque nuclear ou químico, enquanto ainda funcionava como um hospital auto-suficiente. 

 

Museu dos Transportes – Városligeti körút, 11 -

Era uma das coleções de transportes mais antigas da Europa, possuindo uma coleção única de locomotivas e vagões em escala 1/5. Significava que uma locomotiva de 10m. de comprimento, era reproduzida com todos os detalhes, em um modelo de 2m. de comprimento. Os modelos representam uma ampla gama de tecnologia ferroviária. O museu mostrava também uma locomotiva e um vagão em tamanho real e uma estação ferroviária dos anos 1900.

 

Museu Ernest - Nagymező utica, 8 –

Não era considerado um museu propriamente dito, pois não exibia exposições permanentes. No entanto, era uma presença marcante na cena cultural da cidade, sendo um dos principais espaços disponíveis para receber exposições temporárias de arte. Se dedicava em promover e popularizar produtos e nomes de arte contemporânea, que geralmente eram repelidos pelos locais e organizadores de exposições convencionais em Budapeste. 
 

Museu Ferroviário Húngaro -  Tatai utica, 95 – 

Possuia uma frota com várias  locomotivas dos Caminhos de Ferro do Estado Húngaro, variando de motores a vapor a motores elétricos, alguns dos quais ainda estavam operacionais. O museu também exibia outras formas de transporte ferroviário, como carros movidos à mão e carros de inspeção. Algumas exposições incluiam um vagão restaurante de teca, construído para o Expresso do Oriente e o vagão Árpád, construídos respectivamente em 1912 e 1934. O museu também possuia um automóvel de luxo, um soviético GAZ-13 Chaika, que servia como carro oficial do Primeiro Ministro Húngaro Jenõ Fock, posteriormente convertido para circular sobre trilhos. O prédio principal apresentava exposições sobre a história das  estações  ferroviárias, equipamentos ferroviários e a história das ferrovias na Hungria.  Era possível interagir com muitas das exibições, como operar um carrinho de mão e experimentar um simulador de motor,  que foi originalmente construído para o MÁV V63. Havia também um prédio com  ferrovia modelo. O museu tinha uma ferrovia em miniatura para crianças, uma plataforma giratória e uma casa redonda com 34 baias. 

 

Museu Ferenc Hopp de Arte Asiática -  Andrassy utica, 103 –

Algumas das coleções do museu podiam ser vistas como parte das exposições permanentes no Museu György Ráth nas proximidades. Três exposições separadas apresentavam arte japonesa, chinesa e indiana. Os objetos mais valiosos incluiam exibições japonesas medievais e itens chineses de bronze e porcelana. O Museu de Artes do Leste Asiático foi fundado por iniciativa de seu patrono, Ferenc Hopp, e graças às suas coleções particulares (cerca de 4.000 peças do Japão), que ele doou para esse fim alguns anos antes de sua morte. Seu objetivo era levar os visitantes a culturas muito distantes por meio de sua arte. O museu foi inaugurado em 1923 e desde então ampliou significativamente suas coleções com exposições de quase toda a Ásia: Coréia, Vietnã, Tibete, China, Nepal, Mongólia e Oriente Médio.
 

Museu Histórico de Budapeste –  Szent Gyorgy, 2 -  Praça Budapeste -

As exposições enfocavam a turbulenta história dos 2.000 anos da cidade agora conhecida como Budapeste: como eram as cidades separadas de Buda, Pest e Obuda.  A vida antes de 1873, quando Buda e Peste foram unidas, e os nobres austríacos governavam os húngaros e depois do Compromisso, criaram o Império Austro-Húngaro com algum equilíbrio de poder. Muitas das exposições foram perdidas na Segunda Guerra Mundial. Os itens em exibição reúnem fotos, móveis, ferramentas, roupas, livros, gráficos e muito mais. Um novo acesso foi aberto para o caminho na Adega Real em 2014. A nova entrada permitia o acesso aos visitantes vindos do Castle Garden Bazaar (Varkert Bazar) através da escada móvel ou elevador do Bazar e do Terraço Savoy, em frente à National Gallery através do jardim do Palácio.

 

Museu Kiscelli - Kiscelli utica, 108.

O prédio que albergava o Museu era um Mosteiro e igreja barroca, estava situado em Óbuda, na encosta acima do Hospital Margit. No Complexo  construído em estilo barroco, apresentava prédios laterais que abraçavam o prédio do Mosteiro de um piso, com a sacristia e o oratório. Após a sua construção, a igreja tornou-se um popular destino de peregrinação. Quando, em 1783, o Imperador José II ordenou o fechamento do Mosteiro, a igreja e os prédios foram tomados pelo Estado. Nos anos seguintes servia de quartel, hospital militar, lar de veteranos e também armazém militar. O Salão da Igreja, reconstruído várias vezes nos últimos séculos, era a maior e mais especial área de exposições e eventos do museu. Suas paredes rústicas ainda irradiavam a antiga elevação sacral.
 

Museu Ludwig –   Komor Marcell utica, 1 –

Fundado em 1989 como o primeiro museu de arte contemporânea na Europa Central, após a queda do Muro de Berlim, tinha como missão coletar e selecionar obras modernas e contemporâneas, começabdo com uma doação de 70 obras e 95 empréstimos permanentes da Fundação Irene e Peter Ludwig, com sede em Aachen, com postos avançados adicionais em Colônia, Viena e Pequim. A coleção permanente agora compreendia obras de arte pop americana ( Andy Warhol, Claes Oldenburg, Robert Rauschenberg ), arte conceitual (Yoko Ono) e uma crescente coleção de arte da Europa Central e Oriental, desde a década de 1960 até o presente. Abriu ao público em 1991 em sua primeira casa instalada no Castelo de Buda e localizada ao lado da Galeria Nacional de Arte da Hungria. Em 1996, incorporou-se como uma organização de arte sem fins lucrativos registrada na Hungria e em 2005 mudou-se para um espaço construído propositadamente no lado Pest. 
 

Museu Marzipan - Praça Hes Andras, 1 – 3 –

As oficinas e o conhecimento de duas grandes figuras da história da indústria de confeitaria húngara - Matyas Szamos e Karoly Szabo - foram reunidos aqui, em Szentendre, quando a loja operada em conjunto abriu suas portas. No 1º piso, o Museu do Marzipã aguarda os seus visitantes com um rico material expositivo, enquanto no térreo podiam ser adquiridos os produtos de marzipã, vinhos húngaros de qualidade, Tokay, aguardentes, páprica, salame, fígado de ganso, Unicum e sorvetes.
 

Museu Memorial Ferenc Liszt -  Vörösmarty utica, 35 -

Inaugurado em setembro de 1986 no prédio da Antiga Academia de Música, foi utilizado desde o final de 1875 até meados de 1907 para o ensino de música.  Era o segundo local da instituição inaugurada em 1875 e após a inauguração do novo palácio em Liszt Ferenc tér, o prédio em Vörösmarty utca fora utilizado por várias outras instituições, até o Ministério da Cultura e Educação comprá-lo em 1980 e colocar à disposição da Academia. Liszt, era o presidente fundador e professor da Academia, que não aceitava nenhum salário por seu ensino, conseguindo um apartamento de serviço no prédio da Academia. Este apartamento na 1ª loja em que Liszt morara de janeiro de 1881 a 1886, ano de sua morte sempre que se hospedava em Budapeste, era hoje um museu memorial, reunindo seus instrumentos, móveis, biblioteca e memorabilia. A sala de entrada do apartamento, como o escritório-quarto e a sala de estar de Liszt, aguardava os visitantes com uma exposição permanente, enquanto a antiga sala de jantar e o foyer no térreo eram usados ​​para exposições temporárias.
 

Museu Nasceu um Novo Mundo – Miklós tér 6.

Instalado numa área com mais de 2.000 metros quadrados, era a maior tentativa não só na Hungria, mas na Europa como um todo em apresentar os acontecimentos que marcaram o século XX a uma distância de cem anos. - em vez das interpretações promovidas pelos vencedores da guerra e das ditaduras totais - com base em novas perspectivas, uma série de eventos trágicos. A exposição, que ocupava três níveis do prédio Várkert Bazar, rompia conscientemente com a prática historiográfica popular, mas difícil de defender, que via a Primeira Guerra Mundial apenas como uma série de eventos ocorridos entre 1914 e 1918. A Guerra Mundial não terminou em novembro de 1918, nem em termos de ações de combate, nem em termos de criação de uma nova ordem mundial após a guerra. O Velho Continente continuou a fervilhar após a entrega das armas, enquanto os Estados da Europa procuravam respostas aos desafios da época no quadro de tentativas violentas de transformação social.
 

A primeira parte da exposição abrangente Nasce o Novo Mundo - 1914-1922, foi inaugurada no verão de 2015 sob o título Guerra Fraternal Européia, a seção seguinte foi denominada Lords of War em novembro de 2016, enquanto a parte final foi inaugurada em novembro de 2018 sob o título Nasce um novo mundo. A exposição, que agora estava completa, visava fornecer a apresentação mais abrangente da Primeira Guerra Mundial com a ampla gama de modernas tecnologias de exibição. A seção Guerra Fraterna Européia levava os visitantes dos tempos felizes de paz, passando pelo entusiasmo da guerra, até a amarga desilusão. Mostrava como a guerra industrializada e global varreu a ordem civil, como a fé no progresso do século XIX foi revertida e o interior se tornava um campo de batalha. Além da terrível realidade das trincheiras de guerra ou da mudança de papel das mulheres, que permaneceram no limbo, a exposição tentava contar a história de nossas bisavós sem os opostos obrigatórios de longa data (vencedor-perdedor, agressor x vítima, ditador-democrático) que faziam parte das mentiras disseminadas na época...
 

A seção Senhores da Guerra, colorida com multimídia e elementos gráficos especiais interativos, mostrava os governantes de dinastias anteriores (por exemplo, Francisco José I, Imperador da Áustria e Rei da Hungria, Francisco Ferdinando, o herdeiro assassinado do trono da Monarquia, Wilhelm II, Imperador da Alemanha, II. Tsar Miklós, da Rússia) apresentava os políticos poderosos e personalidades influentes da época (por exemplo, Georges Clemenceau, Primeiro Ministro da França, Woodrow Wilson, Presidente dos Estados Unidos, Conde István Tisza, Primeiro Ministro da Hungria durante a guerra), que enfrentaram a destruição de seu mundo como figuras de uma época passada. Os visitantes podiam conhecer importantes estadistas de famílias governantes, que viveram por séculos, que também tiveram um papel de destaque na Primeira Guerra Mundial do ponto de vista nacional. A seção final, Nasceu um novo mundo, já tratava da criação da nova Ordem Mundial. O fim da guerra, a história dos anos que se seguiram, as conseqüências da paz em torno de Paris, bem como os pontos mais importantes dos acontecimentos na Europa, no exterior e na Hungria podiam ser conhecidos através de instalações espetaculares, elementos interativos de exibição, informações que podiam ser navegadas em dispositivos de tela sensível ao toque e curtas-metragens. 
 

Museu Q Contemporâneo – Andrássy útica,  110 - 

Era destinado a promover a arte contemporânea da Europa Central e Oriental (CEE) de artistas estabelecidos e emergentes, respondendo a uma tremenda mudança sócio-econômica na paisagem pós-comunista. Por meio de programas educacionais, coleções e exposições realizadas localmente e no exterior, pretendia estimular o intercâmbio cultural na região, inspirar o diálogo contínuo, destacando grandes obras de arte e expandir a rede global em comemoração aos artistas da CEE.
 

Museu Semmelweis de História Médica - Apród utica, 1-3 -

Instalado na casa onde o Dr. Semmelwies nascera, reunia sua coleção de ferramentas médicas e fotografias, traçando a história da medicina desde o período greco-romano até os dias atuais. Apresentava uma Vênus anatômica de Clemente Susini, uma das primeiras máquinas de raios X e a obrigatória cabeça encolhida, tudo alojado no mesmo prédio. Semmelweis trabalhava em meados de 1800, na Maternidade de uma Clínica, quando a mulheres em maternidades em todo o mundo estavam enfrentando uma doença misteriosa chamada doença do parto, hoje conhecida como febre puerperal. Cerca de 30% das mães morriam desta doença todos os meses. Então Semmelweis ficara atormentado com a morte de tantas mulheres, mas não conseguia descobrir a causa.


Um dia, um colega morreu logo após realizar uma autópsia e, em um lampejo de percepção, Semmelweis vira que seu colega de trabalho havia sofrido um corte no dedo, ao realizar a dissecação. Tornara-se óbvio para ele, que os médicos passassem imediatamente de cadáveres para mulheres grávidas, não era a melhor idéia. Ele então introduziu uma política rígida de lavagem das mãos em sua clínica, exigindo que os médicos esfregassem com cloreto de cal, um anti-séptico da época e realizassem a lavagem dos instrumentos. A taxa de mortalidade caiu consideravelmente.Ele relatou suas descobertas à Associação Médica de Viena, o que ocorreu vários anos antes que os experimentos de Pasteur confirmassem a teoria dos germes; até o próprio Semmelweis não tinha certeza de porque sua descoberta funcionava. Portanto, para a maior parte da comunidade médica, lavar as mãos simplesmente não fazia sentido. A descoberta dele  foi totalmente rejeitada e, em uma ironia cruel, Semmelweis morreu - da mesma doença que passou a vida tentando prevenir em outras pessoas - antes de ver suas descobertas serem aceitas pela comunidade médica.
 

Museu Subterrâneo Milênio – Deák ter - Estação de Metrô -

Aberto ao público desde 1975 comemorava o primeiro Metrô do continente, inaugurado em maio de 1896. Em 1996, no 100º aniversário do lançamento do Metrô o museu foi renovado. O museu foi criado com o objetivo de apresentar a história do Metrô de Budapeste, em um ambiente autêntico. Uma oportunidade óbvia apareceu na forma de uma verdadeira relíquia técnica: uma das seções originais do túnel do Metrô Millennium, que foi retirada do tráfego em 1955, na época da construção da linha leste-oeste do Metrô. Assim, além das carruagens expostas, maquetes, documentos, fotos, as próprias paredes evocam uma atmosfera histórica única no coração do centro da cidade. Uma das referências do museu era uma placa de mármore, que contava que Franz Joseph, visitando Budapeste por ocasião das comemorações do milênio, viajou de Metrô com seu acompanhante em 8 de maio de 1896 e aceitou que o Metrô passasse a chamar-se Franz Joseph Underground Railway. Os veículos expostos foram içados em 1975 com um guindaste pelo teto aberto dos trilhos. No conjunto de vitrines em frente aos vagões, relíquias, documentos originais (plantas, mapas, relatórios de construção etc.), fotografias e maquetes representavam a história do Metrô, desde a construção até os dias de hoje. A parte final da exposição fornecia uma visão sobre as construções do Metrô.
 

Museu Victor Vasarely - Szentlélek ter, 6 -

Afiliado ao Museu de Belas Artes de Budapeste, o museu abrigava a maior e mais abrangente coleção da obra de Victor Vasarely, fora da França. A exposição permanente das obras de Vasarely era baseada em seu desenvolvimento artístico, que éera apresentado em ordem cronológica, começando pelos anos que passou na Hungria, na década de 1920 até seu período maduro e mais conhecido, cobrindo toda a sua carreira até a década de 1980. Não existia nenhuma outra coleção onde a fase inicial da arte de Vasarely, pudesse ser estudada com tamanha complexidade do que no Museu Vasarel,y em Budapeste.
 

Museu Zwack Unicum –  Dandár u. 1 -

A maior coleção de mini garrafas da Europa Central estava em exibição neste museu, dedicado a um amargo licor húngaro. A família Zwack, o Unicum tinha mais de dois séculos e a história desta bebida indutora que estava em exibição ao lado da maior coleção de mini garrafas de álcool da Europa Central, na Destilaria Zwack. O Unicum foi criado no final dos anos 1700 pelo Dr. Zwack, médico do Rei da Hungria, Joseph II. A receita  secreta que continha mais de 40 ervas, passava pela linhagem familiar, tornando-se uma bebida nacional não oficial. Mesmo quando a família estava exilada sob o regime comunista, a receita foi dada a um confidente para que a bebida continuasse a ser produzida até que os Zwacks pudessem retornar, o que eles acabaram fazendo, fundando a grande destilaria que existia até hoje. A bebida em si, um digestivo espesso, era conhecida por ser um gosto adquirido devido ao seu sabor forte. Sua forma de garrafa, que não era muito diferente da garrafa de poção de um mágico de desenho animado, era mais uma das características distintivas da bebida.  Dentro do Museu, localizado no terreno da destilaria, havia um vídeo contando a história da família Zwack e um passeio pela história da bebida. Ao longo do caminho, as paredes da galeria eram cobertas por vitrines cheias de uma enorme coleção com mais de 17.000 unidades de mini garrafas de licor, tornando-se a maior coleção da Europa Central. O passeio terminava na Cave onde os degustadores arrojados podiam provar as variedades de Unicum, diretamente das barricas de carvalho em que ainda envelheciam por meio ano.

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