BUDAPESTE - Hungria - parte 2/3
O Rio Danubio e a Ponte das Correntes
Avenida Andrássy - Terézváros – VI Distrito -
Era chamada como a Champs Élysées de Budapeste, por ser uma avenida larga e chique, e onde se encontravam algumas lojas de grifes famosas e o prédio da Ópera. No final da Avenida ficava a Praça dos Heróis, com o Museu de Belas Artes, o Palácio da Arte e o Parque da Cidade.
Bairro Judeu - Erzsébetváros – VII Distrito -
Era uma das partes mais interessantes da cidade, com muitos restaurantes e bares, com destaque para os bares em ruínas. Era o melhor lugar para se hospedar, principalmente para quem gosta de curtir a chamada vida noturna das cidades, além de oferecer opções de hospedagem mais em conta. Na colina de Buda, na margem direita do Danúbio, estavam construções medievais remanescentes da capital húngara e outros prédios históricos, além de um bom número de lojinhas e restaurantes. No antigo Castelo de Buda, ficavam a Galeria Nacional Húngara, para conhecer artistas proeminentes do país desde o gótico até o pós-guerra, e o Museu da Historia de Budapest. Depois siga adiante para conhecer uma igreja sensacional: a neo-gótica Igreja de Matthias, do século XIV, com um pináculo pontudo alto e um telhado de mosaicos coloridos.
Castelo em Buda - Budavár – I Distrito -
Caso prefira ficar em Buda, escolha um hotel no Distrito do Castelo, que era a área mais turística e incluia o Palácio, alguns museus, a Igreja de São Mathias e várias ruazinhas que mereciam uma caminhada. Aqui os preços também costumavam ser mais altos – tanto de hospedagem quanto para alimentação.
Centro turístico - Belváros e Lipótváros – V Distrito -
Era a região onde se encontrava o Parlamento, entre outras atrações, além de ruas cheias de lojas e um rio encantador. Era uma área bem movimentada, bonita e de fácil acesso para as demais partes da cidade. A parte perto da Praça Vörösmarty e da Rua Váci, era bem turística e tinha várias lojas de souvenir. Mais para próximo da Praça Kálvin e da Rua Ráday, havia vários barzinhos preferidos pelos jovens, porque a Universidade ficava logo ali e o Mercado Central também. Belváros também era conhecido como Inner City.
Memento Parque – Balatoni út - Szabadkai utca sarok -
Quando havia algum tipo de revolução ou golpe de Estado, uma das primeiras providências dos novos líderes, costumava ser arrancar da capital todos os símbolos do regime político anterior. Não era difícil imaginar que muitas cidades tenham perdido parte de seus patrimônios históricos assim, mas esse não fora o caso de Budapeste. Este era um grande museu ao ar livre, criado poucos anos depois da queda do regime comunista na Hungria, no início da década de 1990. Reunia mais de 40 estátuas de ativistas políticos e líderes soviéticos, como Vladimir Lênin, que durante quatro décadas apareciam por toda a cidade. No hall de exposição do parque, havia fotos e vídeos que contavam a história do período e o poder da União Soviética sobre a Hungria, que começara a ser conquistado na Segunda Guerra Mundial e se concretizara em 1949. Houve uma tentativa de Levante com a Revolução Húngara, de 1956, mas fora sufocada pela Operação Vendaval, dos soviéticos. Fora apenas em 1989, no ano da Queda do Muro de Berlim, que outra onda revolucionária, conhecida como Outono das Nações, enfim levara ao colapso o comunismo no Leste Europeu. A queda do regime ditatorial comunista fora muito comemorada na Hungria. O Memento Park não era uma homenagem ao período, mas um convite ao livre debate sobre a história política do país.
Muitas estátuas erguidas pelos soviéticos foram destruídas pela população, assim que o regime caira. As que sobraram estavam preservadas nesse parque a pouco mais de 10 km do centro da cidade e, de certa forma, não deixavam de ser um acervo da arte praticada na época. Logo perto da enorme estrela vermelha feita de flores, no jardim do parque, estavam figuras de Marx e Engels, grandes teóricos da política e da economia, autores de O Capital. Sobre um enorme pedestal, a reprodução das botas de Stalin, feita em 2006, representava a única parte que sobrara da gigantesca estátua derrubada na Revolução de 1956. Para visitar o Memento Park, tinha um ônibus direto que saia às 11.00h da Deák Ferenc Tér (uma das principais praças no centro da cidade) e levava para uma visita guiada no parque. Durante a alta temporada (julho e agosto) havia outra saída às 15.00h. Se preferir o transporte público, pegue o ônibus 150, que saia da Estação Ujbuda Kozpont, de Buda. O parque funcionava diariamente das 10.00h até as 18.00h.
Parque da cidade
Era também conhecido como Parque Városliget, era o principal lugar de lazer dos habitantes locais. Inicialmente, assim como muitos outros parques, era um recinto de caça usado pela nobreza húngara durante anos. Nos séculos XVIII e XIX, fora se transformando aos pouco no parque que era hoje. Com uma dimensão de 1.400 por 900 metros, era um dos primeiros parques públicos no mundo. Reunia vários lugares interessantes, entre os quais se destacavam o Zoo, um pequeno parque de diversões, o Balneário Széchenyi e o Castelo Vajdahunyad, construído inicialmente em madeira, para a Expo de 1896. Ao terminar o evento, fora reconstruído com pedras. Sua arquitetura era uma cópia de outros prédios existentes na Hungria. Dentro do castelo, encontrava-se um Museu de Agricultura e uma igreja, tão bonita quanto pequena. Aqui havia um lago onde, dependendo da época do ano em que viajar, se poderia alugar um barco ou patinar sobre o gelo.
Praça dos Heróis -
O conjunto de estátuas se chamava Memorial do Milênio e foira construído entre 1896 e 1929, para comemorar o milésimo ano de fundação da Hungria. Aqui estavam representados os chefes das sete tribos que deram origem ao país, Reis e nobres que, segundo o que estava escrito no monumento, dedicaram suas vidas pela liberdade e Independência nacional. No centro da praça, no topo havia uma coluna com a imagem do arcanjo Gabriel. Na mão direita, ele sustentava a coroa enviada pelo Papa Szent István király – Santo Estevão -, o primeiro Rei da Hungria. Na outra mão, a cruz de duas hastes lembrava a obstinação do Imperador, em converter todo o país ao cristianismo. Na base da coluna, havia sete cavaleiros que representavam os líderes das antigas tribos. Eles foram esculpidos com preciosos detalhes, e chamava a atenção as armaduras e os artefatos usados nos cavalos. O principal cavaleiro, que ficava na frente da coluna, era Árpád, considerado o líder do movimento de unificação das tribos.
No final da Avenida Andrássy, a mais movimentada de Budapeste, a Praça dos Heróis era a principal da cidade. Fora construída para lembrar momentos e personagens importantes da história da Hungria, e tinha um conjunto impressionante de esculturas. O conjunto de estátuas da Praça dos Heróis – Hősök tere, em húngaro, se chamava Memorial do Milênio e fora construído entre 1896 e 1929, para comemorar o milésimo ano de fundação da Hungria. Aqui estavam o Museu de Belas Artes e o Palácio da Arte. Atrás da coluna, em um semicírculo, apareciam outras 18 esculturas. No lado esquerdo, no topo da colunata, estava a figura de um homem carregando uma foice e de uma mulher com sementes nas mãos. Na outra extremidade, um guerreiro aparecia sobre um Carrossel, com uma cobra na mão. Para os húngaros, esse animal representava a guerra. Nas extremidades do arco que ficava à direita, estava a escultura de uma mulher segurando um ramo de palmeira, que simboliza a paz, e o um casal carregando uma estátua dourada e um ramo, que simbolizam o conhecimento e a honra.
Atrás da praça, ficava o grandioso Parque da Cidade. Na área verde mais importante da capital húngara havia lagos, monumentos e o Zoológico – um dos mais antigos do mundo – e o Jardim Botânico. Ao lado da Praça, à esquerda estava o Museu de Finas Artes e à direita, a Galeria de Arte Contemporânea. Para chegar busque a linha M1 do Metrô e desça na Estação Hősök tere. Para ir de ônibus, tome qualquer um das linhas 20A, 30, 30A e 230. Quando estiver na Praça dos Heróis, estique um pouco a caminhada e conheça o Castelo Vajdahunyad, que ficava logo atrás da praça, junto ao Parque Vidam, onde também ficava o Zoológico e mais algumas atrações.
Praça Lajos Kossuth -
Era uma agradável e bem gramada praça que ficava no bairro Lipótváros, às margens do Rio Danúbio, em frente ao prédio do Parlamento Húngaro. Na praça, havia uma homenagem ao herói nacional Ferenc Rákóczi II, montado sobre um cavalo.
Hospedagens sugeridas
Até o século XIX, quando Buda e Peste eram cidades separadas, cada uma de um lado do Rio Danúbio, que cortava a capital, e tinham perfis distintos, Buda era mais residencial e não tinha muitos atrativos, além do Castelo e uma linda vista para Peste. Embora Buda seja uma região agradável, ainda assim o recomendável era se hospedar em Peste, onde tinha muito mais para conhecer. A cidade de Peste estava dividida em 23 distritos ( chamados de kerület ) e normalmente esses números eram considerados para se referir às regiões. Poderia parecer meio confuso, mas a vantagem era que era mais fácil falar os números do que pronunciar as palavras em húngaro.
Gastronomia
As sopas, por exemplo, figuravam em todo cardápio húngaro. Em uma refeição composta por três pratos, era possível que viesse uma sopa como entrada, entre elas a sopa goulash, com carne ensopada, ou a sopa dos pescadores (Halászlé), temperada com páprica e pedaços de peixe. O Pörkölt era o típico ensopado de carne, preparado com vários ingredientes e acompanhado por noodles. Já o Töltött Káposzta nada mais era do que repolho recheado com carne e arroz, servido com sour cream. Outra delícia que devia ser experimentada era o famoso Paprikás Csirke, que consistia em pedaços de frango cozidos em molho cremoso com páprica, geralmente servido com bolinhos ou massa.
Onde comer em Buda Hill -
Para fugir dos pega-turistas e comer algo tradicional, num lugar com personalidade, vá ao Carne di Hall ( Bem Rakpart 20 ), que ficava bem na beira do rio e servia pães feitos na casa, sobremesas deliciosas e vinhos húngaros. Colina acima, o Hunyadi Café – ( Hunyadi János út 15 ) era uma Brasserie que servia tostadas, salsichas e cervejas artesanais.
Quando visitar o Castelo de Buda, aproveite para conhecer um dos Cafés mais antigos da cidade, o Ruszwurm Café e Confeitaria. Tinham mesas internas e externas que, invariavelmente estavam sempre ocupadas. Oferecia produtos da mais alta qualidade, incluindo alguns dos bolos mais famosos da Hungria, como a Dobos torte, o Somloi Sponge Cake ou os deliciosos Kremes. Ficava na Szentharomsag, 7, uma ruela em frente a Igreja de São Matias, num prédio residencial de cor verde claro, com algumas mesinhas sobre a calçada. Para ser atendido tinha que ter paciência, porque vivia lotada.
Ruszwurm era o sobrenome das famílias de confeiteiros centenários da Hungria, que remontava aos tempos do Império Austro-Húngaro. Atualmente, a Ruszwurm pertencia e era operada pela família Szamos, outra conhecida dinastia de confeiteiros. Para chegar, podia pegar o ônibus 16A de Szell Kalman ter ou 16 de Deak ter ou o Funicular De Clark Adam ter, na direção ao Castelo. Em Budapeste encontraria uma série de restaurantes que serviam pratos deliciosos, como substanciosas sopas, ensopados, carnes de caça, etc. Isso sem contar com os vinhos produzidos no país, entre eles o famoso Tokaji.
Bistro Pest-Buda - fica no Bairro do Castelo -
Serviam pratos tradicionais húngaros. Se quiser provar a autêntica páprica de bagre com macarrão de queijo cottage, pimenta recheada ou repolho Székely (também conhecido como goulash Székely), o Pest- Buda era a recomendação.
Budavary Restevar - Balta köz, 4 -
Para quem apreciasse um Strudel, aqui serviam o melhor da cidade, especialmente o tradicional de maçã com canela. Ficava situado num beco meio escondido, mas valia a busca. Para quem estivesse no Bastião dos Pescadores, era mais fácil localiza-lo.
Centrál Kávéház - Károlyi Mihály u, 9 -
O Café Central era também um dos mais antigos de Budapeste. O local, que abriu as portas pela primeira vez em 1887, era uma excelente opção para os que desejavam experimentar pratos da cozinha húngara em um ambiente agradável e com decoração de época. No menu, havia uma série de delícias para o café da manhã e também para o almoço e o jantar, como o Goulash, o Gnocchi de espinafre com queijo parmesão, o típico frango com páprica, os noodles de ovos, entre outros pratos saborosos.
Gundel Etterem - Parque da Cidade -
Era outro dos restaurantes mais antigos e luxuosos da cidade, instalado no meio do principal parque. Era pura beleza e luxo que além de uma maravilhosa cozinha e do atendimento nota dez, apresentava uma pequena orquestra que se apresentava à noite para encanto de seus freqjuentadores. Por óbvio, também não era um restaurante para quem preferissee lugares econômicos e menos sofisticados.
Mátyas Pince Restaurant - Ficava na Marcius, 15 -
Para quem estava a fim de um agito, era a melhor indicação. Tinha uma excelente cozinha, música ao vivo e show de danças gypsy. Os preços que não incluiam as bebidas mas o jantar, variavam de 16 a 26 Euros por pessoa, conforme o dia da semana.
Mercado Central -
Localizado no centro, o Hold Utca Market, era relativamente pequeno e um belo prédio de 1896 - mas conseguia atrair muita gente. Tinha como objetivo trazer produtos frescos do interior para o centro da cidade e, como resultado, havia muitas frutas e legumes frescos. No andar de cima, barracas de comida de rua cobriam a Galeria, vendendo de tudo, de lángos a hambúrgueres gourmet. O mercado também possuia um pequeno restaurante do vencedor do European Bocuse d'Or, o Tamás Szèll e o Fakanál. Na Segunda Guerra, a estrutura do mercado ficara muito danificada e nos anos seguintes começara a perder status. Em 1991, o Mercado Central fora declarado em ruína e fechado ao público. Três anos depois, o prédio fora restaurado e hoje era um dos prédios mais significativo da cidade. O Mercado funcionava de Segunda das 6.30 as 17.00, de Ter a Sex das 6.30 as 18.00h e aos Sábado, das 6.00 as 15.00h.
Mercado Municipal -
O Nagycsarnok era um show a parte. Com seus grandes corredores, cheios de frutas, comidas e muita páprica, o tempero usado em quase todas as comidas regionais. Quem conhecia o Mercadão de São Paulo ia se achar em casa. Aproveite para provar um goulash, um dos pratos típicos da culinária húngara.
New York Café - Erzsébet krt. 9-11 - bairro judeu -
Era uma verdadeira atração turística de Budapeste. Aberto desde 23 de outubro de 1894, era a Cafeteria mais bonita da cidade. Após a 2ª Guerra Mundial, o prédio do Café servia como uma loja de artigos esportivos. Mas em 2006, o Café fora restaurado em todo seu esplendor. O lugar era lindíssimo! O prédio em estilo renascentista, era cheio de detalhes e muito bem decorado. Uma sugestão: peça uma tábua de frios, pães e café ou cerveja. Por conta disso tudo, não era barato, ou seja, era um lugar recomendado para quem não se preocupasse com a fatura do cartão de crédito!
Pest-Buda Bistro – Fortuna Utica, 3 -
Servia comida típica húngara, do tipo comidinhas da vovó. A Eduarda e o Luciano Raszl Ornelas, amigos paulistas, estiveram lá agora em janeiro de 2018. Gostaram tanto que prometeram retornar a Budapeste, só por conta desse restaurante.
Restaurante Vörös Postakocsi - Ráday u, 15 -
Ficava na movimentada Rua Ráday, no centro de Peste. O ambiente era simples, porém aconchegante e os preços não eram caros. Para experimentar pratos tradicionais, havia entradas e pratos à base do Foie Gras húngaro ou as deliciosas panquecas Hortobágyi, recheadas com ensopado de vitela, envolvidas em lâminas de bacon grelhado, com um toque de um molho sour cream de páprica. Para os que desejassem algo diferente da culinária local, o restaurante servia pratos da cozinha internacional, como costelas assadas e bife Rib eye.
Algumas informações importantes
Havia um Serviço de Atendimento telefônico ao turista funcionando 24 horas. Qualquer tipo de informação ou necessidade era só ligar para o 36.1438.8080.
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Central de Emergência - 112
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Atendimento médico - Ambulância - 104
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Polícia - 107
Comentário
A cidade encantava por sua história, seus prédios e pelas pessoas, que eram bastante comunicativas. Entretanto, tinha um lado negativo, que era a sujeira, a pixação dos prédios, o trânsito agitado, a quantidade de gente drogada dormindo pelas ruas. Não querendo exagerar na comparação, também tinha tudo o que de ruim São Paulo tem! Era uma pena. Em cidades pelo mundo à fora, onde o turismo era o forte e os visitantes aparecem em grandes levas, dá nisso! De resto, era uma cidade que deveria ser visitada, antes que a vida acabe!
Os castelos húngaros
Uma visita a Hungria não estaria completa sem conhecer pelo menos dois majestosos castelos. O país tinha uma rica herança de castelos fortificados e imponentes palácios. A primeira evidência de tempos conturbados, registravam a riqueza da aristocracia nos séculos XVIII e XIX. No centro das atrações estava o imponente castelo acima do Danúbio. No maior castelo da Hungria nunca morara um monarca e hoje servia como museu e para a Galeria Nacional Húngara. A outra referência ficava a 30 quilômetros da capital, onde encontrava-se o Castelo de Sissi, em Gödöllő. Era um belo castelo barroco, presente aos monarcas habsburgos Franz Joseph e Elisabeth - ( Sissi ), pela sua coroação como Rei e Rainha da Hungria, em 1867.
O Castelo de Gödöllő era somente superado pelo esplendor do Castelo Esterházy, em Fertőd, na Hungria e perto do Lago Neusiedl. Era um magnífico palácio barroco construído no século XVIII para a aristocrática família Grassalkovich, que mais tarde passara para o Príncipe Esterházy, em meados do século XVIII. Até o início desse século, havia na Hungria vários castelos fortificados. Com as várias guerras e revoltas contra os turcos e Habsburgos, o país tivera muitas perdas. Somente os castelos em Siklós no sudoeste e Gyula, no leste, permaneciam intactos até hoje.
Casa de Houdini - o Mágico
Estava localizada perto do Castelo de Buda, apresentava a vida e os espetáculos do mundialmente famoso ilusionista, nascido na Hungria. O museu era mais do que apenas exposições, também havia shows de mágicos. Na entrada, havia uma cópia da Célula de Tortura na Água, do último filme de Houdini, com Adrien Brody - sem o painel frontal - contendo 52 rosas, comemorando cada ano de sua vida. Os visitantes eram confrontados com um cofre de tamanho completo, que só abria quando uma pergunta era respondida. Ficava a apenas alguns minutos a pé do teleférico, na colina de Buda. O museu era um ponto de encontro para mágicos e amantes de ilusões, de todo o mundo, uma idéia do escapologista húngaro David Merlini. A Casa de Houdini, assim como sua maior contraparte na cidade de Nova York, exibia autênticas recordações de Houdini, incluindo algemas, camisas de força, pôsteres, livros, itens originais dele, como cartas pessoais e a chave do Museu Houdini, queimado em Chicago. Também possuia programas interativos, um centro de pesquisa e um showroom, o que era ideal para jovens mágicos aprimorarem suas habilidades e se apresentarem ao público. A coleção era resultado de 17 anos de trabalho.
A vida de Harry Houdini
O maior mágico e artista de fuga de todos os tempos, Harry Houdini nascera em Budapeste, Hungria, em 1874, como Erik (ou Ehrich) Weisz, um dos seis filhos do Rabino Mayer Weisz. A casa da família Weisz ainda estava intacta na rua Csengery, mas infelizmente não havia nada para lembrá-lo, pois hoje o prédio era um escritório de arrecadação. Como nome artístico, Erik Weisz se tornou Harry Houdini adicionando uma letra i ao sobrenome de seu ídolo, o mágico francês Robert Houdin, enquanto seu primeiro nome, Harry, era simplesmente uma versão americanizada de seu apelido, Ehrie. Aos 17 anos, Harry deixou sua família para seguir sua carreira de mágico, que começara como o Rei das Cartas e terminara como o Rei das Algemas, trabalhando incansavelmente com sua famosa expressão Meu cérebro é a chave que me liberta. Ao longo dos anos seguintes, ele ganhou fama depois de escapar repetidamente das algemas, caixões e prisões da polícia, seguido por constantes turnês americanas e européias, enquanto se tornava o ator número um, entre ilusionista e artista de todos os tempos.
Morte de Houdini
Sua vida terminou com um teste trágico em 1926, em Montreal: um estudante de teologia chamado J. Gordon Whitehead, que acabara de devolver um livro emprestado a Houdini, numa noite de sexta-feira, desafiou Houdini por sua força fantástica. Infelizmente, Houdini aceitara o desafio e seu abdômen recebeu vários socos de impacto violento. Houdini tentou continuar sua vida como se nada tivesse acontecido. Ele realizava um show naquela noite, e outro na noite seguinte, já reclamando de cãibras (no sábado, ele já não conseguia colocar os próprios pés em um caixão usado para seu ato de fuga). Parecia que a parede abdominal não suportaria a série de golpes recebidos.
Além dos golpes de Whitehead, Houdini recebera outro golpe severo de um estranho, na noite de sábado. De acordo com Kalush & Sloman (A vida secreta de Houdini), Houdini estava esperando no lobby do hotel, para pegar um trem noturno para seu próximo show. Ele estava lendo um jornal no saguão do hotel, enquanto a equipe fazia as malas. Três jovens entraram no saguão do bar e foram até o mago. Um deles, sem nenhum aviso, dera-lheum golpe esmagador, direto através do jornal, no estômago de Houdini. Ele dobrara de dor. No domingo à noite, durante o show em Detroit, ele entrara em colapso. Ele estava com muita dor, mas terminara o show na casa lotada. Alguns dias depois, na noite de Halloween, ele morrera de um apêndice rompido.
Roteiro de 2 dias por Budapeste
Budapeste era uma das capitais européias mais recomendadas para passar um final de semana. Para quem chegava numa sexta-feira e prosseguisse viagem no domingo, este roteiro seria perfeito para visitar o mais importante que a cidade tinha para oferecer. Se visitar a cidade em outros dias da semana, não se esqueça de checar os horários de funcionamento dos diferentes museus e demais atrações.
No itinerário, não estava considerado a visita ao interior do Parlamento, já que era preciso ir com muito tempo de antecedência e às vezes não era permitido o acesso. Entretanto, se quiser visitá-lo por inteiro, a sugestão era contratar a visita guiada por Budapeste + Parlamento, assim não teria que enfrentar filas e visitaria tudo que estiver incluído neste roteiro para sábado pela manhã.
Dia de chegada
Em princípio, no dia de chegada não sobraria muito tempo para visitas. Então, era dar um passeio pelo centro, conhecer Váci Utca, a Avenida Andrássy e a Basílica de São Estevão. Se quiser curtir a noite, na região da Ópera encontraria bares e pubs de diferentes ambientes.
Primeiro dia -
Começaremos a visita em Buda, a zona mais significativa de Budapeste. Para chegar à parte alta, poderia pegar os ônibus 16, 16ª e 116 (parada Dísz tér) ou, se preferir, o Funicular Budavári Sikló. Vamos percorrer os arredores do Castelo de Buda, que oferecia uma das melhores vistas de toda a cidade. Não se esqueça de visitar o pátio, onde estava o Museu de História de Budapeste.
A partir do castelo, seguiremos pela Támok utca até chegar à Igreja de Matias e ao Bastião dos Pescadores, o ponto de onde se tinha a melhor vista do Parlamento. Para visitar a igreja, era preciso comprar o ingresso. Na hora de voltar ao Castelo, pegaremos a Úri utca, conhecida como a Rua dos Senhores, onde se respirava um ambiente medieval. Saindo na rua paralela, poderia curtir a vista de Obuda.
Para voltar a Peste, caminhava-se por uma das muitas ladeiras que havia em Buda e atravessar à pé a Ponte das Correntes, seguindo direto por Zrínyi utca, onde encontraria a Basílica de São Estevão, uma visita imprescindível. Caminhando em direção sul, chegamos a Vörösmarty tér, uma das praças mais importantes da cidade, onde estava a famosa Confeitaria Gerbeaud, um dos ícones da cidade e um excelente lugar para provar uns doces. De Vörösmarty ter, chegamos na Váci Utca, a rua comercial mais famosa da cidade, indo em direção ao Mercado Central. Se quiser comer bem e barato, no andar superior havia pequenos negócios que serviam comidas de diversos tipos. Se preferir sentar e ficar mais à vontade, na Váci Utca encontraria muitos restaurantes.
Na porta do mercado, poderia pegar os bondes 47 ou 49 para ir a Deák Ferenc tér. Nesse curto trajeto passaria pelo Museu Nacional da Hungria e pela Grande Sinagoga de Budapeste, que poderia ser visitada diariamente, exceto aos sábados. De Deák Ferenc tér, caminhe pela Avenida Andrássy até chegar na Ópera. Se chegar antes das 16:00, poderaiafazer a visita guiada, em inglês, muito interessante e recomendada. As próximas horas poderia caminhar pela Avenida Andrassy, fazer umas comprinhas, tomar um café ou caminhar até o prédio do Parlamento.
Para encerrar dia, sugerimos reservar um passeio de barco com jantar e música ao vivo, para ver os grandes prédios iluminados, desde o Rio Danubio. Apenas lembrando: os preços praticados aqui eram bem inferiores a esse mesmo tipo de serviço pela Europa, em geral. Uma opção era assistir a um maravilhoso espetáculo húngaro de folclore e depois fazer o passeio de barco. Depois do jantar, poderia dar uma volta pela Vaci Utca e pela zona da Basílica de São Estevão. Se quiser beber algo, na região da Ópera encontraria várias opções.
Segundo dia -
]O itinerário de hoje começava na Praça dos Heróis, onde estavam as estátuas dos líderes das sete tribos magiares, fundadoras da Hungria. Poderia chegar até aqui com a linha M1 de M, na Estação Hősök tere. Na praça estava o Museu de Belas Artes e nas proximidades ficava o Parque da cidade, um dos lugares mais procurados pelos moradores. Para conhecê-lo, era melhor começar pelo Castelo de Vajdahunyad e depois passear no sentido contrário aos ponteiros do relógio até chegar ao Balneário Széchenyi. Se tiver tempo suficiente, recomendamos entrar no balneário por umas duas horas, já que essa era uma das melhores coisas que poderia fazer visitando a cidade.
Depois de um belo banho termal, poderia escolher uma comida rápida, numa das barracas que ficavam em frente ao Zoo ou esperar para comer, num dos bons restaurantes do centro da cidade. Como certamente não teria muito mais tempo até a hora de ir para o Aeroporto ou à Rodoviária, encerre por aqui este passeio de fim de semana. Ainda, poderia aproveitar as últimas horas para admirar as mansões da Avenida Andrássy, e até fazer as últimas compras na Váci Utca.