BUDAPESTE - Terra de Reis, castelos, Houdini e o Danúbio --
Hungria - parte 1/3

O Parlamento Húngaro
As informações e recomendações inseridas neste texto, objetivam facilitar seu programa de viagem para visitar esta belíssima e histórica cidade húngara. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...
Um pouco de sua história
Os registros afirmam que tudo começou em 896 D.C., quando a União de sete tribos magiares expulsou os romanos, que dominavam a região, instalando-se no lugar conhecido como Aquincum, que passou a ser chamada de Obuda, no século XIII. Os dominadores criaram duas novas cidades, separadas pelo rio, que passaram a ser conhecidas como Buda e Peste. No ano 1000, surgia a nação húngara, com a coroação de seu primeiro Rei Estevão I. Em 1241, os mongóis invadiram e destruíram a cidade, e então o Rei Bela IV ordenou sua reconstrução, dando lugar à nova Buda, substituindo a antiga Obuda que se tornou a capital do país em 1361, marcando o início de uma época de florescente desenvolvimento que chegou ao seu auge no século XV, com o Imperador Mathias Corvino.
Em 1526, Peste caiu sob o poder dos turcos e, pouco depois, em 1541, aconteceu o mesmo com Buda, que se tornou-se uma importante cidade turca, enquanto Peste ficou praticamente abandonada. Os turcos mantiveram o poder até 1686, ano em que foram derrotados pelos Habsburgo e Budapeste passou a formar parte dos domínios austríacos. A época dos Habsburgo, foi florescente para a cidade e durante esse período foram construídos igrejas e prédios públicos. Em 1784, o Rei José II estabeleceu uma Universidade em Budapeste, e em 1849 foi inaugurada a primeira ponte permanente sobre o Danúbio, a hoje famosa Ponte das Correntes.
Na época das revoluções que convulsionavam a Europa, em 1848, os húngaros se levantaram contra os austríacos e foram sufocados, restabelecendo-se a autoridade dos Habsburgo. Em 1867, foi constituído o império Austro-húngaro, tendo início uma época dourada para a capital e a nação. A indústria se concentrou em Peste, que se tornaria a parte mais povoada da cidade. Em outubro de 1956, a cidade se levantou contra o Governo e a influência soviética, colocando um fim na intervenção das tropas soviéticas. Com a queda da União Soviética, em 1989, a Hungria abandonou o comunismo e recuperou sua liberdade, nascendo assim a República Húngara.
No lado direito do rio Danúbio vê-se Peste. No lado esquerdo está Buda. Oficialmente unidas desde 1873, as duas formam a cidade que ficou conhecida como Rainha do Danúbio. Com uma história conturbada, de invasões e lutas, agora está mais bela do que nunca. Arte, cultura, arquitetura, culinária e ricas tradições fazem da capital da Hungria, um convite para visita-la e encantar-se com sua história, seu povo e sua forte gastronomia. Budapeste é muito bem servida de transportes públicos, e mesmo sem entender a língua, não é difícil se orientar. Comece seus passeios pelo prédio mais representativo da cidade, o Parlamento Húngaro, construído em estilo gótico, com diversas torres e com vários salões, ornados com estátuas de húngaros que marcaram época na história do país. Existem visitas guiadas ao interior do prédio, e mesmo com filas longas, vale a espera.
Quando a Hungria fazia parte do bloco comunista europeu, suas avenidas e parques a eram decoradas com inúmeras estátuas e monumentos totalitários, onde o conceito “estado grande e pessoa pequena”, estava implícitos em cada obra. Após a queda do comunismo a cidade decidiu remover estes resquícios de ditadura, mas ao invés de simplesmente destruí-los, como foi feito em outros países, resolveu reuni-los num mesmo local, formando o que pode ser considerado hoje, uma contra propaganda ao regime comunista.
A região próxima ao Palácio, ao longo da Rua Fortuna Utca, proporciona um dos melhores roteiros de passeios por Buda, com prédios históricos, ruelas, casas antigas e museus, além de restaurantes e lojas de artigos típicos e souvenirs, dos quais as Matryoshkas são as que mais impressionam os turistas, formado por um conjunto de bonecas iguais, mas de vários tamanhos, uma dentro da outra, representando a fertilidade. São tradicionalmente pintadas com roupas de camponesas, ou de personalidades atuais, podem ser encontradas por toda a cidade. Visite também o Magyar Allami Operahaz, o belíssimo prédio da Ópera Húngara, cuja construção foi concluída em 1884, e depois visite a Nagy Zsinagoga, a grande Sinagoga de Budapeste, considerada a segunda maior do mundo.
Dominando a margem oposta do Danúbio é quase impossível não reparar num grande prédio situado sobre uma colina, com a cúpula esverdeada. O Castelo de Buda sobressai, na margem oeste do Danúbio e abriga a Galeria Nacional Magyar Nemzeti, onde estão obras de diversos artistas húngaros, além de relíquias, moedas, e diversos objetos relacionados à história húngara.
O Memento Park, situado num subúrbio ao sul de Buda, e é uma das visitas mais interessantes. Aos olhos de quem não viveu a saga de democracia que varreu a Europa oriental, no início dos anos 90, este conjunto de obras tem até mesmo um sabor surrealista, e hoje parece deslocado no espaço e tempo. Saindo do centro (praça Ferencike Tér), use o ônibus vermelho (linha 7) até o ponto final na Praça Etele Tér. Depois, siga pelo ônibus amarelo na direção de Érd-Diósd.
Na margem Este do Danúbio, situa-se outro prédio importante que também deve ser visitado, a Szent István Basilica (Basílica de São Estevão), maior igreja da cidade, construída em 1851. Seu belíssimo interior, ornado com pinturas, esculturas e afrescos de artistas húngaros, é um dos mais belos conjuntos de obra de arte da cidade. Outro passeio bastante procurado pelos turistas é percorrer as águas do Danúbio a bordo das embarcações que partem do cais junto à Ponte Lánchid. É um programa que dura uma hora.
Depois, aproveite para uma caminhada pela Avenida Andrassy, uma das mais bonitas da cidade, chamada de Champs Élysées de Budapeste, e também pela Váci Utca, rua exclusiva para uso de pedestres, repleta de lojinhas de artesanatos, shopping, bares e restaurantes. Aqui todo dia é dia de Goulash (uma sopa condimentada e com pedaços de carne). Aproveite experimentá-la, indo ao restaurante Duo Magyaros Étteren, que fica no subsolo da Rua Vaci Utca, 15. É um ambiente agradável, decorado com bom gosto, atendido por garçons atenciosos, que oferecem pratos muito bons e a um preço acessível.
O Halászbástya, que fica em Buda, construído no final do século XIX, é um conjunto de sete torres em estilo gótico, que são um dos pontos preferidos dos turistas para fotografias, e proporcionam uma das melhores vistas da cidade. O Castelo de Buda é, sem dúvida, uma das imagens mais conhecidas de Budapeste junto com a Ponte das Correntes. Também recebe o nome de Palácio Real, já que antigamente foi a residência dos reis da Hungria. Ao lado está uma jóia arquitetônica de Buda, a Mátyás-Templon (igreja de São Mateus), onde o mais famoso rei húngaro realizou seu casamento, no século XV. Seu interior, repleto de referências medievais, é um daqueles locais que devem obrigatoriamente ser visitados.
Se estiver passeando pelo Castelo de Buda e chegar a hora do almoço, aproveite para conhecer o restaurante Sissi, localizado na principal rua de comércio, na área interna das muralhas. Seu nome é em homenagem a Elizabeth, soberana do Império Austro-Húngaro e que até hoje marcou como nenhuma outra soberana a história do país. A colunata de 36 metros de altura existente na Hösök Tere ( Praça dos Heróis ) também é outro marco turístico de Budapeste, onde estão fixadas figuras dos reis húngaros e vultos famosos das guerras de independência, além de estátuas representando a guerra, paz, conhecimento e glória. No topo da colunata está o anjo Gabriel. É uma praça agradável, e frequentada pelos moradores da cidade, principalmente aos domingos e feriados. Em frente situam-se os elegantes prédios da Galeria de Artes e Museu de Belas Artes.
A cidade é reconhecida também por suas Confeitarias e Cafés, dentre os quais destacamos a Gerbaud, a mais famosa confeitaria da Hungria, fundada em 1858 por Henrik Kugler. Sua área de atendimento ao público, é grande e oferece mais de 300 cadeiras e situa-se na Vörösmarty Street. O Café Central, que fica na Károlyi Mihály utca 9, é muito mais do que um Café pois no passado se destacava por reunir a nata da intelectualidade local, até que veio o regime comunista e ele acabou fechado. Reabriu quando o regime acabou, em 1989. E tem ainda o New York Café, que desde sua inauguração em 1894, tornou-se um dos mais importantes Cafés de Budapeste, até seu fechamento em 2001 para a construção do luxuoso Hotel Boscolo Budapest. Para manter a tradição do Café, ele foi reformado mantendo o mesmo estilo anterior. Figura entre os 10 cafés mais bonitos do mundo.
Entre os pratos mais lembrados da culinária húngara estão Halászlé (sopa de peixe com páprica) e Jokai Bableves (sopa de feijão). A carne também é muito consumida, principalmente de porco, frango, veado, pato e faisão. Como aperitivos não há como esquecer os salames húngaros, famosos em todo o mundo. Para acompanhar sua refeição escolha os ótimos vinhos produzidos no país ou experimente as cervejas Kobanyai ou Dreher.
Outras referências históricas e turísticas
Até 1873, Buda e Peste eram cidades separadas. Na colina de Buda, na margem direita do Danúbio, estão construções medievais remanescentes da capital húngara e outros prédios históricos, além de um punhado de lojinhas e restaurantes. No antigo Castelo de Buda ficam a Galeria Nacional Húngara, para conhecer artistas proeminentes do país desde o gótico até o pós-guerra, e o Museu de Historia de Budapeste. Depois, siga para conhecer uma igreja sensacional: a neogótica Matthias Church, do século XIV, com um pináculo pontudo alto e um telhado de mosaicos coloridos.
Um marco inconfundível é a Catedral, a mais antiga de Budapeste, inaugurada em 1849 depois de 20 anos em obras, hoje é a mais conhecida ao longo do rio Danúbio. A Ópera de Budapeste, desenhada por Miklós, foi construída entre 1875 e 1884 é um dos prédios neo-renascentista, mais importante da Hungria. A Praça dos Heróis é uma das praças mais importantes de Budapeste. Mostra um conjunto de estátuas em homenagem aos líderes das sete tribos fundadoras da Hungria. A Citadella, é o ponto mais alto da cidade, de onde se tem a melhor vista, foi construída em 1854 para os Habsburgo usar como sendo um prédio de vigília.
Um programa recomendado, é o passeio de barco pelo Danúbio, praticado por várias companhias. Nos hotéis encontram-se à disposição folhetos com a programação dos passeios e os tíquetes poderão ser adquiridos com vendedores próximo do rio, alguns até oferecendo ofertas de última hora. Os preços das excursões básicas começavam em torno dos 15€ e têm uma duração mínima de 60 minutos. Na maioria dos barcos é servida uma consumação gratuita. Também é possível um passeio noturno, com jantar em um dos barcos. Os preços eram em torno de 30 € por pessoa para um Cruzeiro de duas horas com jantar a bordo. Algumas companhias oferecem música ao vivo. Os barcos têm dois horários: saída entre as 19:00 -20:00 e outro por volta das 22.00 horas.
Águas termais -
As águas termais é uma das fortes atrações da cidade. Frequentar custava uma média de 20 e 60 euros, variando de acordo com o pacote comprado (o mais caro incluia 1 hora de luxuosa massagem ). Tem um deles inclusive, que aos sábados vira uma balada durante a noite. Budapeste é a única capital do mundo que possui fontes termais. São 125 fontes, que produzem mais de 70 milhões de litros de águas termais por dia, com temperaturas superiores a 58°C. As águas termais de Budapeste são uma história a parte.
As Pontes -
Buda e Peste eram cidades separadas entre outros motivos, porque até o século XIX não havia ligação entre uma margem e outra do rio Danúbio. A mudança aconteceu após a inauguração da Ponte das Correntes, em 1849, que liga o centro de Peste à base da colina do Castelo, foi a primeira construída de modo permanente e o passo inicial para a unificação da capital húngara, que viria a acontecer poucos anos mais tarde.
As ruas famosas -
As duas ruas mais movimentadas, são a Váci Utca, que liga a Praça Vörösmarty ao Grande Mercado de Budapeste, e a Andrássy Út, que vai da Praça Erzsébet até a Praça dos Heróis. A Váci Utca entra naturalmente no roteiro de todos os turistas que visitam a cidade. Como cruza todo o centro comercial de Peste, é impossível visitar a capital húngara sem caminhar por ela. Ainda que seja apenas uma rua de pedestres, repleta de turistas, vale notar no piso as marcações da antiga muralha que cercava Peste, que ainda estão visíveis. A Andrássy Út forma um conjunto arquitetônico mais importante, mas é geralmente deixada de lado pelos turistas mais apressados. Ao listar o que fazer em Budapeste, separe um tempo para caminhar pela avenida e observar suas principais edificações. O trecho mais interessante é o que fica entre as estações Opera e Oktogon do Metrô, com destaque especial para o prédio da Ópera.
Bairro Judeu - Erzsébetváros – VII Distrito -
É uma das partes mais interessantes de Budapeste, com muitos restaurante, cafés e bares, com destaque para os “bares em ruínas”. É o melhor lugar para se hospedar, principalmente para quem gosta de curtir a noite da cidade, além de oferecer opções de hospedagem mais em conta.
Bares em ruínas -
São bares interessantes, com características de ruínas, com tijolos expostos, sem muito acabamento estético, mas com muitos enfeites, músicas e pessoas dispostas a agradar os visitantes. Dentre os recomendados aos turistas, o Szimpla e o diferenciado Instant, tem mais jeito de balada do que bar e é uma espécie de prédio, onde cada andar apresenta um ambiente diferente. Ainda assim, dá para notar que os húngaros não são de muita receptividade para com os estrangeiros. É a velha estória: “quem já foi picado de cobra tem medo até de salsicha”. Quando estiver caminhando pela Avenida Andrássy, à caminho da Praça dos Heróis, passará pelo Museu do Terror, que na verdade não tem nada de museu, mas é um módulo de propaganda do governo atual, para enganar a população e os visitantes sobre o passado recente da história política do país.
Basílica de São Estevão - Szent István tér, 1 -
É o maior prédio religioso da Hungria, com capacidade para abrigar em torno de 8 mil pessoas, construída em homenagem ao Rei Estevão I e no interior da igreja está uma das relíquias sagradas mais importantes do país: sua mão direita. Sua imponência se mede também por sua base que mede 55 metros de largura por 87 de comprimento e a cúpula com uma altura de 96 que, juntamente com o prédio do Parlamento são os dois mais altos da cidade. Sua construção foi concluída em 1905 depois de mais de meio século de obras, muito disso por conta da queda da cúpula ocorrida em 1868.
Em sua entrada principal, há uma inscrição em latim: Ego Sum Via Veritas et Vita, que significa Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Acima da inscrição estão várias estátuas de santos húngaro, em homenagem à Virgem Maria e ao Menino Jesus. Uma grande estátua de mármore em tamanho natural, de São Estevão, domina o principal altar. Em ambos os lados, pinturas do século XIX retratam cenas da vida do Santo-rei. É possível subir na torre direita da Basílica, que oferece uma panorâmica de Budapeste. Para subir de elevador ou de escada, pagava-se por um preço de Ft500.
Bastião dos Pescadores - (Halaszbastya) -
Assim como a Praça dos Heróis, este faz também uma homenagem aos chefes das sete tribos húngaras. Por conta disso, o bastião possui sete lindas torres. Está localizado no topo da colina do Castelo de Buda, e proporciona um visual incrível da cidade. A entrada é gratuita em sua grande parte, somente uma parte do terraço é cobrada uma taxa porque permite uma vista privilegiada da cidade. A partir dele, é fácil encontrar o Castelo de Buda e a Igreja de Mathias.
Centro turístico - Belváros e Lipótváros – V Distrito -
A região onde se encontra o Parlamento, entre outras atrações, além de ruas cheias de lojas e um rio encantador. É uma área bem movimentada, bonita e de fácil acesso para as demais partes da cidade. Se hospedar à beira do Danúbio, é puro luxo; tem uns hotéis com vistas lindas. A parte perto da Praça Vörösmarty e da Rua Váci, é bem turística e tem muitas lojas de souvenir. Mais para próximo da Praça Kálvin e da Rua Ráday, estão vários barzinhos preferidos pelos jovens, porque a Universidade fica logo ali e o Mercado Central também.
Cittadela -
É uma Fortaleza erguida pelos Habsburgo, a dinastia que comandava o Império Austríaco, quando os húngaros começaram a se rebelar pleiteando a independência. A construção nunca precisou ser usada de fato, porque a revolta popular foi dominada antes que ficasse pronta. A revolução, ainda que suprimida, foi a primeira fagulha que fez com que, anos depois, os austríacos cedessem às pressões húngaras, dando mais autonomia à região. O resultado foi a assinatura do Compromisso Austro-Húngaro, que originou o país sob a denominação com a qual entrou no século XX.
Grande Sinagoga - Dohány u. 2 -
Situada no lado de Peste, a extraordinária Sinagoga Dohány, construída entre 1844-59, é a maior da Europa. À entrada é entregue aos homens um kippah, o chapéu típico Judeu, também conhecido por solidéu, para usarem mostrando respeito a Deus. Durante a Segunda Guerra Mundial a Sinagoga testemunhou acontecimentos trágicos, estando cerca de 2000 corpos enterrados no minúsculo pátio da Sinagoga. Em suas sessões sagradas, as mulheres permanecem separadas dos homens, no andar de cima. Há um interessante museu com detalhes acerca do dia-a-dia e cultura dos Judeus. Os bilhetes variavam de preços, dependendo se quer um Guia e do número de locais a visitar dentro do Complexo. Mesmo que não seja israelita, não deixe de visitar a Grande Sinagoga, a segunda maior sinagoga do mundo, atrás apenas da existente em Jerusalém. Tem 53 metros de comprimento por 26 de largura e tem assentos para 2.964 pessoas, sendo 1.492 homens e 1.472 mulheres. Conforme relatado no primeiro parágrafo, a primeira aglomeração humana na Hungria, foi a denominada cidade de Aquicun, que foi importante cidade romana desenterrada no final de século XX. Circulando por suas ruas dá para ver suas casas, lojas e banheiros públicos. Aos sábados, dia sagrado, não é permitida a entrada a turistas. Para chegar, o Metro mais próximo é o Astoria ( M2).
Hop on Hop off - passeios
Para facilitar a visita, a sugestão é adquirir um bilhete dos ônibus Hop on Hop off, que inclui 5 linhas: a vermelha, a noturna, a verde, uma linha de barco e um tour à pé. O bilhete era válido para 24/48/72 horas. Os ônibus circulam a cada 20 minutos. A linha noturna sai as 20.15 h. da Praça Vigadó, na Blue River - Embarcadero 8-A. É permitido subir e descer em qualquer das 29 paradas dos ônibus e em 2 paradas do barco. Os bilhetes podem ser adquiridos na Recepção dos hotéis, nos Guichês de Informação Turística, no Office da empresa - Andrasy 2 - ou diretamente nos ônibus. Informações pelo site: www.hoponhopoff.hu
Igreja de Mathias - Szentháromság tér, 2 - Bastião dos Pescadores
É a igreja católica romana onde eram coroados os reis húngaros. Foi construída no final de 1827 e seu nome é em homenagem ao Rei Matias Corvino, coroado em 1458 e um dos personagens principais da história da Hungria. Guarda as tumbas de Bela III e sua esposa Ana de Châtillon, e também serviu para a celebração de casamentos e coroações reais, das quais uma das mais importantes foi a Carlos IV, o ultimo Rei da dinastia dos Habsburgo, em 1916. Entre estes, destaca-se a coroação do Rei Franz Joseph I, da Áustria, e sua esposa, a Imperatriz Elizabeth, popularmente conhecida como Sissi, que ainda hoje é reverenciada na Hungria. Em frente a igreja fica a Praça da Santíssima Trindade, a mais movimentada do bairro do Castelo e centro da cidade medieval. No centro da praça está um monumento barroco da Santíssima Trindade, erguida em 1714, é também um memorial às vítimas da epidemia da peste, de 1691. No mesmo local, montado a cavalo, destaca-se imponente a estátua do Rei Estevão I, o primeiro rei dos Húngaros.
Destaques
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Altar - o altar em estilo gótico exibe uma réplica da Santa Coroa Húngara instalada sobre a cabeça da Virgem Maria;
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Bastião dos Pescadores ou Halászbástya, em húngaro, fica em frente. É um dos lugares mais lindos de Budapeste. Foi construído de 1895 a 1902, em homenagem às sete tribos magyares que fundaram a Hungria, cada tribo é representada por uma das torres do Bastião
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Capela do Loreto e Madona Barroca - segundo a lenda, em 1686 a Madona apareceu diante dos turcos, que consideraram a visão um anúncio da derrota. As tropas dos Habsburgos tomaram o castelo na mesma noite;
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Porta de Maria - a Assunção da Abençoada Virgem Maria é o mais belo exemplo de entalhe em pedra em estilo gótico, na Hungria;
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Telhado - o magnífico telhado multicolorido, foi adicionado entre 1950 e 1970. A estrutura original foi bombardeada pelos soviéticos no cerco a Buda, em 1944-45;
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Torre Béla - criada em homenagem ao Rei Béla IV, preserva vários elementos góticos originais;
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Túmulo do Rei Béla III e de Ana de Châtillon;
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Vitrais: as três janelas ao sul da igreja, retratam cenas da vida da Virgem Maria, da família do Rei Béla IV e da trajetória de Santa Isabel de Árpádház, que casou com 13 anos, divorciou-se aos 19 e morreu aos 24.
Igreja de Pedra
Situada aos pés do Monte Gellert, é também conhecida como Igreja da Caverna ou Caverna de São Ivan, em referência a um eremita que vivia no local e utilizava a água da caverna na cura de doentes. Foi fundada em 1926 por monges paulinos. Durante a segunda Guerra Mundial, o local funcionava como um hospital e também como um asilo. Em 1951 a polícia secreta húngara prendeu os monges paulinos na Igreja da Gruta, assassinou o líder Ferenc Vezér e condenou os demais a longos anos de prisão. A igreja permaneceu fechada até agosto de 1989, quando foi reaberta para visitação. Para visitá-la escolha um dos bondes das linhas 18, 19, 41, 47 ou 49. Se preferir ir de ônibus, escolha o 7, 86, 173 ou o 233E.
Ópera de Budapeste - Situada no final da Avenida Andrássy,
É uma das mais importantes de Budapeste, criada em 1896 para comemorar os 1000 anos da chegada dos magiares na região, e onde se encontram três grandes monumentos. O primeiro é uma grande coluna, com 36 metros de altura. Em seu topo, está o Arcanjo Gabriel. Na parte de baixo, está Árpád (o primeiro governante húngaro) com os chefes das sete tribos, que juntos formaram a Dinastia Real Húngara e ao lado existem 2 semicírculos com 14 vãos, cada um tem a estátua de uma pessoa importante na história Húngara. O terceiro, é reservado ao túmulo do Soldado Desconhecido.
Praça dos Heróis -
O conjunto de estátuas, na verdade, se chama Memorial do Milênio e foi construído entre 1896 e 1929, para comemorar o milésimo ano de fundação da Hungria. Aqui, estão representados os chefes das sete tribos que deram origem ao país, reis e nobres que, segundo o que está escrito no monumento, dedicaram suas vidas pela liberdade e independência nacional. No centro da praça, há uma coluna com a imagem do arcanjo Gabriel no topo. Na mão direita, ele sustenta a coroa enviada pelo Papa Szent István király – Santo Estevão -, o primeiro Rei da Hungria. Na outra mão, a cruz de duas hastes lembra a obstinação do Imperador, em converter todo o país ao cristianismo. Na base da coluna, há sete cavaleiros que representam os líderes das antigas tribos. Eles foram esculpidos com preciosos detalhes, e chama a atenção as armaduras e os artefatos usados nos cavalos. O principal cavaleiro, que fica na frente da coluna, é Árpád, considerado o líder do movimento de unificação das tribos.
No final da Avenida Andrássy, a mais movimentada de Budapeste, a Praça dos Heróis é a principal da cidade. Foi construída para lembrar momentos e personagens importantes da história da Hungria, e tem um conjunto impressionante de esculturas. O conjunto de estátuas da Praça dos Heróis – Hősök tere, em húngaro –, na verdade, se chama Memorial do Milênio e foi construído entre 1896 e 1929, para comemorar o milésimo ano de fundação da Hungria. Aqui, estão representados os chefes das sete tribos que deram origem ao país, reis e nobres que, segundo o que está escrito no monumento, dedicaram suas vidas pela liberdade e independência nacional. Aqui estão o Museu de Belas Artes e o Palácio da Arte. Atrás da coluna, em um semicírculo, aparecem outras 18 esculturas. No lado esquerdo, no topo da colunata, está a figura de um homem carregando uma foice e de uma mulher com sementes nas mãos. Na outra extremidade, um guerreiro aparece sobre um carrossel, com uma cobra na mão. Para os húngaros, esse animal representa a guerra. Nas extremidades do arco que fica à direita está a escultura de uma mulher segurando um ramo de palmeira, que simboliza a paz, e o um casal carregando uma estátua dourada e um ramo, que simbolizam o conhecimento e a honra.
Atrás da praça, fica o grandioso Parque da Cidade. Na área verde mais importante da capital húngara há lagos, monumentos e o Zoológico – um dos mais antigos do mundo – e o Jardim Botânico. Ao lado da Praça, à esquerda está o Museu de Artes Finas e à direita, a Galeria de Arte Contemporânea. Para chegar busque a linha M1 do Metrô e desça na Estação Hősök tere. Para ir de ônibus, tome qualquer um das linhas 20A, 30, 30A e 230. Quando estiver na Praça dos Heróis, estique um pouco a caminhada e conheça o Castelo Vajdahunyad, que fica logo atrás da praça, junto ao Parque Vidam, onde também fica o Zoológico e mais algumas atrações.
Memorial dos Sapatos -
É Memorial dedicado aos judeus mortos na época da Segunda Guerra Mundial, localizado às margens do rio Danúbio a 300 metros ao sul do Parlamento Húngaro, no lado Peste. Representam os sapatos deixados nas margens do rio Danúbio quando, em 1944, os judeus foram obrigados a se despir antes de serem fuzilados naquele mesmo local, os corpos caíram no Rio e foram levados pela água. São 60 pares confeccionados em bronze, servindo de memória aos que foram aqui sacrificados. É uma triste e absurda memória do que o homem é capaz de fazer contra seus pares.
Mercado Central – Vanhaz Korut, 13 -
Inaugurado no final do século XIX, é o maior mercado coberto da cidade e conta com uma história interessante. No final do século XIX, foram construídos cinco mercados em Budapeste para controlar a qualidade dos alimentos e melhorar seu estado de conservação, porque no final do século XIX, a cidade enfrentava muitos problemas sanitários. Desde o início, a construção foi uma contínua fonte de protestos e os cidadãos criticavam que, desde a sua criação os preços dos produtos em geral aumentaram algo que piorou com a chegada da Primeira Guerra Mundial. Na Segunda Guerra, a estrutura do mercado foi muito danificada e nos anos seguintes, começou a perder status. Em 1991, o Mercado Central foi declarado em ruína e fechado ao público. Três anos mais tarde foi restaurado e hoje é um dos prédios mais significativo de Budapeste. Funciona de segunda a sábado.
Museu Nacional Húngaro - Múzeum krt. 14-16 -
Inaugurado em 1846, o Museu Nacional da Hungria (Magyar Nemzeti Múzeum) representa a história do país desde sua fundação até 1990. Fundado em 1802, o museu deve sua existência ao Conde Ferenc Széchenyi, que doou à nação sua grande coleção de moedas, livros e documentos. O prédio do museu é um dos palácios classicistas mais bonitos da Hungria, uma imponente construção desenhada pelo arquiteto Mihály Pollack. Sua fachada apresenta um frontal lapidado e enormes colunas que dão ao prédio a aparência de um templo romano. O seu interior é espetacular, repleto de colunas de mármore e belas pinturas cobrindo as paredes e tetos. Através das diferentes exposições podemos ver a história da Hungria desde o seu nascimento até os dias atuais. Os mais de mil anos de história se documentam mediante alguns objetos arqueológicos, além de diferentes tesouros da história e da cultura húngara. Alguns dos itens de maior interesse são o manto de coroação dos Reis da Hungria, a figura de um cervo dourado, feita a mão no século VI a.C., uma coroa funerária do século XIII, entre muitas outras relíquias. No sótão do prédio está exposto o lapidário romano.
Parlamento Húngaro - Kossuth Lajos tér, 1-3 -
Suas portas foram abertas em 1902 e era considerado um dos maiores Parlamentos do mundo, superado apenas pelo Parlamento Britânico, que foi a principal inspiração para a sua construção. De estilo neo-gótico, é um dos principais símbolos da cidade, juntamente com o Palácio Real. Está localizado junto à Praça Kossuth Lajos. O jeito mais rápido de chegar do outro lado do rio é pegando a linha M2 de Metrô na estação Kossuth Lajos tér, que fica ao lado do Parlamento, e saltar na estação seguinte, Batthyány tér, que fica em frente ao prédio, na margem oposta do rio. Seus dois lados são simétricos. Há 27 entradas e mais de 700 salas e gabinetes. O prédio ostenta muita riqueza, com dezenas de objetos e detalhes em ouro, pisos e paredes cobertas de mármore, colunas de granito e diversas pinturas e obras de arte. Na entrada principal há dois grandes leões esculpidos, e na escadaria principal há três belos afrescos instalados no teto.
As jóias do Coroa – a Coroa de São Estevão e o Cetro Real – são guardadas no Parlamento, devidamente vigiadas por membros da Guarda Real e mantidas no salão central, considerado o coração do prédio, espaço utilizado para cerimônias oficiais e um dos principais destaques deste salão é sua grandiosa cúpula. Ela é sustentada por 16 pilares, sendo que em cada pilar há a estátua e um brasão de armas, homenageando 16 antigos reis da Hungria. Sua altura é de 96 metros, homenageando o ano de fundação da Hungria (896).
Os ingressos precisam ser comprados com antecedência, geralmente pela manhã cedo, pois só podem ser utilizados no mesmo dia da compra Eles se esgotam muito rápido, já que o número é limitado e a procura é muito grande. As visitas não acontecem em dias de sessão parlamentar ou dias com visitas oficiais. Os idiomas e seus respectivos horários das visitas são:
Alemão – Segunda a sábado: 11 h e 15 h. Domingo: 11 h.
Espanhol – Segunda a sábado: 11:30 h e 16 . Domingo: 11:30 h.
Francês – Todos os dias: 14 h.
Hebraico – Todos os dias: 10:30 h e 1:30 h.
Inglês – Todos os dias: 10 h, 12 h e 14 h.
Italiano – Segunda a sábado: 11:30 h e 16 h. Domingo: 11:30 h.
Russo – Segunda a sábado: 15h. Domingo: 12:30 h.
A bilheteria fica no portão X, localizado junto à Praça Kossuth Lajos e abre às 8h, quando uma longa fila já está formada. O ingresso para cidadãos não-europeus custava 6700 huf.
Parque da cidade
É também conhecido como Parque Városliget, é o principal lugar de lazer dos habitantes locais. Inicialmente, assim como muitos outros parques, foi um recinto de caça usado pela nobreza húngara durante anos. Nos séculos XVIII e XIX, foi se transformando aos pouco no parque que é hoje. Com uma dimensão de 1.400 por 900 metros, é um dos primeiros parques públicos no mundo.
Reúne vários lugares interessantes, entre os quais se destacam o Zoo, um pequeno parque de diversões, o Balneário Széchenyi e o Castelo Vajdahunyad, construído inicialmente em madeira, para a Expo de 1896. Ao terminar o evento, foi reconstruído com pedras. Sua arquitetura é uma cópia de outros prédios existentes na Hungria. Dentro do castelo, encontra-se um Museu de Agricultura e uma igreja, tão bonita quanto pequena. Aqui encontra-se um lago onde, dependendo da época do ano em que viajar, se pode alugar um barco ou patinar sobre o gelo.
Praça Lajos Kossuth - É uma agradável e bem gramada praça que fica no bairro Lipótváros, às margens do Rio Danúbio, em frente ao prédio do Parlamento Húngaro. Na praça há uma homenagem ao herói nacional Ferenc Rákóczi II, montado sobre um cavalo.


O rio Danubio e o prédio do Parlamento ao fundo


O Castelo de Buda
