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BUDAPESTE -  Terra de Reis, castelos, Houdini e o Danúbio  -- 
                       Hungria -  parte 1/3

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O Parlamento Húngaro

 

As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta belíssima e histórica cidade húngara. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...

ETIAS – Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir de 2025, ainda sem data para início dos procedimentos. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, poderão entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

Um pouco de sua história

Os registros afirmavam que tudo começara em 896 d.c., quando a União de sete tribos magiares expulsou os romanos que dominavam a região, instalando-se no lugar conhecido como Aquincum, que passara a ser chamada de Obuda, no século XIII. Os dominadores criaram duas novas cidades, separadas pelo rio, que passaram a ser conhecidas como Buda Peste. No ano 1000, surgia a nação húngara, com a coroação de seu primeiro Rei Estevão I. ​Em 1241, os mongóis invadiram e destruíram a cidade, e tempos depois o Rei Bela IV ordenara sua reconstrução, dando lugar a nova Buda, substituindo a antiga Obuda que se tornara a capital do país em 1361,  marcando o início de uma época de pleno desenvolvimento, que chegara ao seu auge no século XV, com o Imperador Mathias Corvino.

​Em 1526, Peste caira sob o poder dos turcos e, pouco depois, em 1541, acontecera o mesmo com Buda, que se tornara-se uma importante cidade turca, enquanto Peste ficara praticamente abandonada. Os turcos mantiveram o poder até 1686, ano em que foram derrotados pelos Habsburgo e Budapeste passou a formar parte dos domínios austríacos. A época dos Habsburgo fora florescente para a cidade, e durante esse período foram construídos igrejas e prédios públicos. Em 1784, o Rei José II estabelecera uma Universidade em Budapeste, e em 1849 fora inaugurada a primeira ponte permanente sobre o Danúbio, a hoje famosa Ponte das Correntes.

​Na época das Revoluções que convulsionavam a Europa, em 1848, os húngaros se levantaram contra os austríacos e foram sufocados, restabelecendo-se a autoridade dos Habsburgo. Em 1867, fora constituído o Império Austro-húngaro, tendo início uma época dourada para a capital e a nação. A indústria se concentrava em Peste, que se tornaria a parte mais povoada da cidade. Em outubro de 1956, a cidade se levantara contra o Governo e a influência soviética, colocando um fim na intervenção das tropas da URSS. Com a queda da União Soviética, em 1989, a Hungria abandonara o comunismo e recuperara sua liberdade, nascendo assim a República Húngara.

​No lado direito do Rio Danúbio via-se Peste. No lado esquerdo estava Buda. Oficialmente unidas desde 1873, as duas formavam a cidade que ficara conhecida como Rainha do Danúbio. Com uma história conturbada, de invasões e lutas, agora estava mais bela do que nunca. Arte, cultura, arquitetura, culinária e ricas tradições faziam da capital da Hungria, um convite para visitá-la e encantar-se com sua história, seu povo e sua forte gastronomia. Budapeste era muito bem servida de transportes públicos, e mesmo sem entender a língua local, não era difícil se orientar. Comece seus passeios pelo prédio mais representativo da cidade, o Parlamento Húngaro, construído em estilo gótico, com diversas torres e com vários  salões, ornados com estátuas de húngaros que marcaram época na história do país. Existiam visitas guiadas ao interior do prédio, e mesmo com filas longas, valia a espera.

​Quando a Hungria fazia parte do bloco comunista europeu, suas avenidas e parques eram decoradas com inúmeras estátuas e monumentos totalitários, onde o conceito estado grande e pessoa pequena, estava  implícitos em cada obra. Após a queda do comunismo a cidade decidira remover estes resquícios de ditadura, mas ao invés de simplesmente destruí-los, como fora feito em outros países, resolvera reuni-los num mesmo local, formando o que poderia ser considerado hoje, uma contra propaganda ao regime comunista.

​A região próxima ao Palácio, ao longo da Rua Fortuna Utca,  proporcionava um dos melhores roteiros de passeios por Buda, com prédios históricos, ruelas, casas antigas e museus, além de restaurantes e lojas de artigos típicos e souvenirs, dos quais as Matryoshkas eram  as que mais cativavam os turistas, formado por um conjunto de bonecas iguais, mas de vários tamanhos, uma dentro da outra, representando a fertilidade. Eram tradicionalmente pintadas com roupas de camponesas, ou de personalidades atuais, podem ser encontradas por  toda a cidade. Visite também o Magyar Allami Operahaz, o belíssimo prédio da Ópera Húngara, cuja construção foi concluída em 1884, e depois visite a Nagy Zsinagoga, a grande Sinagoga de Budapeste, considerada a segunda maior do mundo.

 

​Dominando a margem oposta do Danúbio era quase impossível não reparar num grande prédio situado sobre uma colina, com a cúpula esverdeada. O Castelo de Buda sobressaia, na margem oeste do Danúbio e abrigava a Galeria Nacional Magyar Nemzeti, onde estavam obras de diversos artistas húngaros, além de relíquias, moedas, e diversos objetos relacionados à história húngara.

​O Memento Park, situado num subúrbio ao sul de Buda, era uma das visitas mais interessantes. Aos olhos de quem não vivera a saga de democracia que varrera a Europa oriental, no início dos anos 90, este conjunto de obras tinha até mesmo um sabor surrealista, e hoje parecia deslocado no espaço e tempo. Saindo do centro (praça Ferencike Tér), use o ônibus vermelho (linha 7) até o ponto final na Praça Etele Tér. Depois, siga pelo ônibus amarelo na direção de Érd-Diósd. ​Na margem Este do Rio Danúbio, situava-se outro prédio importante que também devia ser visitado, a Szent István Basilica (Basílica de São Estevão), maior igreja da cidade, construída em 1851. Seu belíssimo interior, ornado com pinturas, esculturas e afrescos de artistas húngaros, era um dos mais belos conjuntos de obra de arte da cidade. Outro passeio bastante procurado pelos turistas era percorrer as águas do Danúbio, a bordo das embarcações que partiamm do Cais junto à Ponte Lánchid. Era um programa que durava cerca de uma hora.

​Depois, aproveite para uma caminhada pela Avenida Andrassy, uma das mais bonitas da cidade, chamada de Champs Élysées de Budapeste,  e também pela Váci Utca, rua exclusiva para uso de pedestres, repleta de lojinhas de artesanatos, shopping, bares e restaurantes. Aqui todo dia era dia de Goulash. Aproveite experimentá-la, indo ao restaurante Duo Magyaros Étteren, que ficava no subsolo da Rua Vaci Utca, 15. Era um ambiente agradável, decorado com bom gosto, atendido por garçons atenciosos, que ofereciam pratos muito bons e a um preço acessível.

​O Halászbástya, que ficava em Buda, construído no final do século XIX, era um conjunto de sete torres em estilo gótico, que eram um dos pontos preferidos dos turistas para fotografias, e proporcionavam uma das melhores vistas da cidade. O Castelo de Buda era, sem dúvida, uma das imagens mais conhecidas da cidade, junto com a Ponte das Correntes. Também recebia o nome de Palácio Real, já que antigamente fora a residência dos reis da Hungria. Ao lado estava uma jóia arquitetônica de Buda, a Mátyás-Templon (igreja de São Mateus), onde o mais famoso Rei húngaro realizara seu casamento, no século XV. Seu interior, repleto de referências medievais, era um daqueles locais que deviam ser visitados.

​Se estiver passeando pelo Castelo de Buda e chegar a hora do almoço, aproveite para conhecer o restaurante Sissi, localizado na principal rua de comércio, na área interna das muralhas. Seu nome era em homenagem a Elizabeth, soberana do Império Austro-Húngaro e que até hoje marcara como nenhuma outra soberana a história do país. A colunata de 36 metros de altura existente na Hösök Tere ( Praça dos Heróis ) também era outro  marco turístico de Budapeste, onde estavam fixadas figuras dos reis húngaros e vultos famosos das Guerras de Independência, além de estátuas representando a guerra, paz, conhecimento e glória. No topo da colunata estava o anjo Gabriel. Era uma praça agradável, e muito frequentada pelos moradores da cidade, principalmente aos domingos e feriados. Em frente situavam-se os elegantes prédios da Galeria de Artes e Museu de Belas Artes.

​A cidade era reconhecida também por suas Confeitarias e Cafés, dentre os quais destacava-se a Gerbaud, a mais famosa Confeitaria da Hungria, fundada em 1858 por Henrik Kugler. Sua área de atendimento ao público, era grande e oferecia mais de 300 cadeiras e situava-se na Vörösmarty Street. O Café Central, que ficava na Károlyi Mihály utca 9, era muito mais do que um Café, pois no passado se destacava-se por reunir a nata da intelectualidade local, até que viera o regime comunista e ele acabara sendo fechado. Reabriu quando o regime  acabara, em 1989. E tinha ainda o New York Café, que desde sua inauguração em 1894, tornara-se um dos mais importantes Cafés de Budapeste, até seu fechamento em 2001, para a construção do luxuoso Hotel Boscolo Budapest. Para manter a tradição do Café, ele foi reformado mantendo o mesmo estilo anterior. Figurava entre os 10 Cafés mais bonitos do mundo.

​Entre os pratos mais lembrados da culinária húngara estava a Halászlé (sopa de peixe com páprica) e Jokai Bableves (sopa de feijão). A carne também era muito consumida, principalmente de suíno, frango, veado, pato e faisão. Como aperitivos não havia como esquecer os famosos salames húngaros. Para acompanhar sua refeição, escolha os ótimos vinhos produzidos no país ou experimente as cervejas Kobanyai ou Dreher.

 

Outras  referências históricas e turísticas

Até 1873, Buda e Peste eram cidades separadas. Na colina de Buda, na margem direita do Rio Danúbio, estavam construções medievais remanescentes da capital húngara e outros prédios históricos, além de lojinhas e restaurantes. No antigo Castelo de Buda, ficavam a Galeria Nacional Húngara, para descobrir artistas proeminentes do país desde o gótico até o pós-guerra, e o Museu de Historia de Budapeste. Depois, siga para conhecer uma igreja sensacional: a neogótica Matthias Church, do século XIV, com um pináculo pontudo alto e um telhado de mosaicos coloridos.

​Um marco inconfundível era a Catedral,  a  mais antiga de Budapeste, inaugurada em 1849 depois de 20 anos em obras, hoje era a mais conhecida ao longo do Rio Danúbio. A Ópera de Budapeste, desenhada por Miklós, fora construída entre 1875 e 1884 e era um dos prédios neo-renascentista mais importante do país. A Praça dos Heróis era uma das praças mais importantes da cidade. Mostrava um conjunto de estátuas em homenagem aos líderes das sete tribos fundadoras da Hungria. A Citadella, era o ponto mais alto da cidade, de onde se tinha a melhor vista, fora construída em 1854 para os Habsburgo usarem como sendo um prédio de Vigília.

​Um programa recomendado, era o passeio de barco pelo Danúbio, praticado por várias companhias. Nos hotéis encontravam-se à disposição folhetos com a programação dos passeios e os tíquetes,  poderiam ser adquiridos com vendedores próximo do rio, alguns até oferecendo ofertas de última hora. Os preços das excursões básicas começavam em torno dos 15€ e tinha uma duração mínima de 60 minutos. Na maioria dos barcos era servida uma consumação gratuita. Também era possível um passeio noturno, com jantar em um dos barcos. Os preços eram em torno de  40 € por pessoa para um Cruzeiro de duas horas com jantar a bordo. Algumas companhias  ofereciam música ao vivo. Os barcos tinham dois horários: saída entre as 19.00 e 20.00h e outro por volta das 22.00 horas.

Águas termais -

As águas termais eram uma das fortes atrações da cidade. Frequentá-las custava uma média de 25 e 60 Euros, variando de acordo com o pacote comprado ( o mais caro incluia 1 hora de luxuosa massagem ). Tinha um deles, inclusive, que aos sábados virava uma balada durante a noite. Budapeste era a única capital do mundo que possuia fontes termais. Eram 125 fontes, que produziam mais de 70 milhões de litros de águas termais por dia, com temperaturas superiores a 58°C. 

As Pontes -

Buda e Peste eram cidades separadas entre outros motivos, porque até o século XIX não havia ligação entre uma margem e outra do Rio Danúbio. A mudança acontecera após a inauguração da Ponte das Correntes, em 1849, que ligava o centro de Peste à base da colina do Castelo, fora a primeira construída de modo permanente e o passo inicial para a unificação da capital húngara, que viria a acontecer poucos anos mais tarde.

As ruas famosas -

As duas ruas mais movimentadas eram a Váci Utca, que ligavam a Praça Vörösmarty ao Grande Mercado de Budapeste, e a Andrássy Út, que ia da Praça Erzsébet até a Praça dos Heróis. A Váci Utca entrava naturalmente no roteiro de todos os turistas que visitavam a cidade. Como cruzava todo o centro comercial de Peste, era impossível visitar a capital húngara sem caminhar por ela. Ainda que fosse apenas uma rua de pedestres, repleta de turistas, valia notar no piso as marcações da antiga muralha que cercava Peste, que ainda estavam bem  visíveis. A Andrássy Út formava um conjunto arquitetônico importante, mas era geralmente deixada de lado pelos turistas mais apressados. Ao listar o que fazer em Budapeste, separe um tempo para caminhar pela avenida e observar suas principais edificações. O trecho mais interessante era o que ficava entre as Estações Opera e Oktogon do Metrô, com destaque especial para o prédio da Ópera.

Bairro Judeu - Erzsébetváros – VII Distrito  -

Era uma das partes mais interessantes de Budapeste, com muitos restaurante, cafés  e bares, com destaque para os bares em ruínas. Era o melhor lugar para se hospedar, principalmente para quem gostasse de curtir a noite da cidade, além de oferecer opções de hospedagem mais em conta.

​​Bares em ruínas -  

Eram bares interessantes, com características de ruínas, com tijolos expostos, sem muito acabamento estético, mas com muitos enfeites, músicas e pessoas dispostas a agradar os visitantes. Dentre os recomendados aos turistas, o Szimpla e o diferenciado Instant, tinham mais jeito de balada do que bar e era uma espécie de prédio, onde cada andar apresentava um ambiente diferente. Ainda assim, dava para notar que os húngaros não eram de muita receptividade para com os estrangeiros. Era a velha estória: quem já foi picado  de cobra tem medo até de salsicha. Quando estiver caminhando pela Avenida Andrássy, à caminho da Praça dos Heróis, passará pelo Museu do Terror, que na verdade não tinha nada de museu, mas era um módulo de propaganda do Governo atual, para enganar  a população e os visitantes sobre o passado recente da história política do país.

Basílica de São Estevão -  Szent István tér, 1 -

Era o maior prédio religioso do país, com capacidade para abrigar em torno de 8 mil pessoas, construída em homenagem ao Rei Estevão I e no seu interior estava uma das relíquias sagradas mais importantes do país: sua mão direita.  Sua imponência se media também por sua base com 55 metros de largura por 87 de comprimento e a cúpula, com uma altura de 96m que, juntamente com o prédio do Parlamento, eram os dois mais altos da cidade. Sua construção fora concluída em 1905, depois de mais de meio século de obras, muito disso por conta da queda da cúpula, ocorrida em 1868. Em sua entrada principal, havia uma inscrição em latim: Ego Sum Via Veritas et Vita, que  significa  Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Acima da inscrição estavam várias estátuas de santos húngaro, em homenagem à Virgem Maria e ao Menino Jesus. Uma grande estátua de mármore em tamanho natural, de São Estevão, dominava o principal altar. Em ambos os lados, pinturas do século XIX retratavam cenas da vida do Santo-Rei. Era possível subir na torre direita da Basílica, que oferecia uma panorâmica de Budapeste. Para subir de elevador ou de escada, pagava-se em torno de Ft500.

 

 

Bastião dos Pescadores - (Halaszbastya) -

Assim como a Praça dos Heróis, este fazia também uma homenagem aos chefes das sete tribos húngaras. Por conta disso, o Bastião possui sete lindas torres. Estava localizado no topo da colina do Castelo de Buda, e proporcionava um visual incrível da cidade. A entrada era gratuita em sua grande parte, somente uma parte do terraço era cobrada uma taxa porque permitia uma vista privilegiada da cidade. A partir dele, era fácil encontrar o Castelo de Buda e a Igreja de Mathias.

Centro turístico  - Belváros e Lipótváros –  V Distrito  -

A região onde se encontrava o Parlamento, entre outras atrações mostrava ruas cheias de lojas e um rio encantador. Era uma área bem movimentada, bonita e de fácil acesso para as demais partes da cidade. Se hospedar à beira do Danúbio, era puro luxo; tinha uns hotéis com vistas lindas. A parte perto da Praça Vörösmarty e da Rua Váci, era bem turística e tinha muitas lojas de souvenir. Mais para próximo da Praça Kálvin e da Rua Ráday, estavam vários barzinhos preferidos pelos jovens, justo porque a Universidade ficava logo ali e o Mercado Central também.

Cittadela -

Era uma Fortaleza erguida pelos Habsburgo, a Dinastia que comandava o Império Austríaco, quando os húngaros começaram a se rebelar pleiteando a Independência. A construção nunca precisou ser usada de fato, porque a Revolta Popular foi dominada antes que  ficasse pronta. A Revolução, ainda que suprimida, foi a primeira fagulha que fez com que, anos depois, os austríacos cedessem às pressões húngaras, dando mais autonomia à região. O resultado foi a assinatura do Compromisso Austro-Húngaro, que originou o país sob a denominação com a qual entrou no século XX.

Grande Sinagoga - Dohány u. 2 -

Situada no lado de Peste, a extraordinária Sinagoga Dohány, construída entre 1844-59, era a maior da Europa. À entrada era entregue aos homens um kippah, o chapéu típico Judeu, também conhecido por solidéu, para usarem mostrando respeito a Deus. Durante a Segunda Guerra Mundial a Sinagoga testemunhou acontecimentos trágicos, estando cerca de 2000 corpos enterrados em seu minúsculo pátio. Em suas sessões sagradas, as mulheres permaneciam separadas dos homens, no andar de cima. Havia um interessante museu com detalhes acerca do dia-a-dia e da cultura judaica. Os bilhetes variavam de preços, dependendo se quissese um Guia e do número de locais a visitar dentro do Complexo. ​Mesmo que não seja israelita, não deixe de visitar a Grande Sinagoga, a segunda maior Sinagoga do mundo, atrás apenas da existente em Jerusalém. Tinha 53 metros de comprimento por 26 de largura e tinha assentos para 2.964 pessoas, sendo 1.492 homens e 1.472 mulheres. A primeira aglomeração humana na Hungria, foi a denominada cidade de Aquicun, que era importante cidade romana desenterrada no final de século XX. Circulando por suas ruas dava para ver suas casas, lojas e os banheiros públicos. Aos sábados, dia sagrado, não era permitida a entrada a turistas. Para chegar, o Metro mais próximo era o Astoria ( M2).

Hop on Hop off - passeios

Para facilitar a visita pela cidade, a sugestão era adquirir um bilhete dos ônibus Hop on Hop off, que incluia 5 linhas: a vermelha, a noturna, a verde, uma linha de barco e um tour à pé. O bilhete era válido para 24/48/72 horas. Os ônibus circulavam a cada 20 minutos. A linha noturna saia as 20.15h. da Praça Vigadó, na Blue River - Embarcadero 8-A. É permitido subir e descer em qualquer das 29 paradas dos ônibus e em 2 paradas do barco. Os bilhetes podiam ser adquiridos na Recepção dos hotéis, e nos Guichês de Informação Turística,  no Office da empresa - Andrasy 2 -  ou diretamente nos ônibus. Informações pelo site: www.hoponhopoff.hu  

Igreja de Mathias - Szentháromság tér, 2 -  Bastião dos Pescadores

Era a igreja católica romana onde eram coroados os reis húngaros. Foi construída no final de 1827 e seu nome era em homenagem ao Rei Matias Corvino, coroado em 1458 e um dos personagens principais da história da Hungria. Guarda as tumbas de Bela III e sua esposa Ana de Châtillon, e também serviu para a celebração de casamentos e coroações reais, das quais uma das mais importantes foi a Carlos IV, o ultimo Rei da dinastia dos Habsburgo, em 1916. Entre estes, destacava-se a coroação do Rei Franz Joseph I, da Áustria, e sua esposa, a Imperatriz Elizabeth, popularmente conhecida como Sissi, que ainda hoje era reverenciada na Hungria. Em frente a igreja ficava a Praça da Santíssima Trindade, a mais movimentada do bairro do Castelo e centro da cidade medieval. No centro da praça estava um monumento barroco da Santíssima Trindade, erguido em 1714, era também um Memorial às vítimas da epidemia da peste, de 1691. No mesmo local, montado a cavalo, destacava-se imponente a estátua do Rei Estevão I, o primeiro Rei dos Húngaros.

Destaques

  • Altar - o altar em estilo gótico exibia uma réplica da Santa Coroa Húngara instalada sobre a cabeça da Virgem Maria;

  • Bastião dos Pescadores ou Halászbástya, em húngaro, ficava em frente. Era um dos lugares mais lindos de Budapeste. Foi construído de 1895 a 1902, em homenagem às sete tribos magyares que fundaram a Hungria, cada tribo é representada por uma das torres do Bastião;

  • Capela do Loreto e Madona Barroca - segundo a lenda, em 1686 a Madona aparecera diante dos turcos, que consideraram a visão um anúncio da derrota. As tropas dos Habsburgos tomaram o Castelo na mesma noite;

  • Porta de Maria - a Assunção da Abençoada Virgem Maria era o mais belo exemplo de entalhe em pedra em estilo gótico, na Hungria;

  • Telhado - o magnífico telhado multicolorido, fora adicionado entre 1950 e 1970. A estrutura original fora bombardeada pelos soviéticos no cerco a Buda, em 1944-45;

  • Torre Béla -  criada em homenagem ao Rei Béla IV, preservava vários elementos góticos originais;

  • Túmulo do Rei Béla III e de Ana de Châtillon;

  • Vitrais: as três janelas ao sul da igreja, retratavam cenas da vida da Virgem Maria, da família do Rei Béla IV e da trajetória de Santa Isabel de Árpádház, que casara com 13 anos, divorciara-se aos 19 e morrera aos 24.

Igreja de Pedra

Situada aos pés do Monte Gellert, era também conhecida como Igreja da Caverna ou Caverna de São Ivan, em referência a um Eremita que vivia no local e utilizava a água da caverna na cura de doentes. Foi fundada em 1926 por Monges Paulinos. Durante a segunda Guerra Mundial, o local funcionava como um hospital e também como um Asilo. Em 1951 a Polícia Secreta húngara prendeu os Monges Paulinos na Igreja da Gruta, assassinou o líder Ferenc Vezér e condenou os demais a longos anos de prisão. A igreja permaneceu fechada até agosto de 1989, quando foi reaberta para visitação. Para visitá-la, escolha um dos bondes das linhas 18, 19, 41, 47 ou 49. Se  preferir ir de ônibus, escolha o 7, 86, 173 ou o 233E.

Memorial dos Sapatos -

Era o Memorial dedicado aos judeus mortos na época da Segunda Guerra Mundial, localizado às margens do Rio Danúbio a  300 metros ao sul do Parlamento Húngaro, no lado Peste. Representavam os sapatos deixados nas margens do Danúbio quando, em 1944, os judeus foram obrigados a se despir antes de serem fuzilados naquele mesmo local, os corpos caíram no Rio e foram levados pela água. Eram 60 pares confeccionados em bronze, servindo de memória aos que foram aqui sacrificados. Era uma triste e absurda memória do que o homem é capaz de fazer contra seus pares.

Mercado Central – Vanhaz Korut, 13 -

Inaugurado no final do século XIX, era  o maior mercado coberto da cidade e contava uma história interessante. No final do século XIX, foram construídos cinco Mercados em Budapeste, para controlar a qualidade dos alimentos e melhorar seu estado de conservação, porque no final do século XIX, a cidade enfrentava muitos problemas sanitários. Desde o início, a construção era uma contínua fonte de protestos e os cidadãos criticavam que, desde a sua criação os  preços dos produtos em geral aumentaram, algo que piorou com a chegada da Primeira Guerra Mundial. Na Segunda Guerra, a estrutura do Mercado foi muito danificada e nos anos seguintes, começou a perder seu status. Em 1991, o Mercado Central foi declarado em ruína e fechado ao público. Três anos mais tarde foi restaurado e hoje era um dos prédios mais significativo de Budapeste. Funcionava de segunda a sábado.

Museu Nacional Húngaro - Múzeum krt. 14-16  -

Inaugurado em 1846, o Museu Nacional da Hungria (Magyar Nemzeti Múzeum) representava a história do país desde sua fundação até 1990. Fundado em 1802, o museu devia sua existência ao Conde Ferenc Széchenyi, que doou à nação sua grande coleção de moedas, livros e documentos. O prédio do museu era um dos palácios classicistas mais bonitos da Hungria, uma imponente construção desenhada pelo arquiteto Mihály Pollack. Sua fachada apresentava um frontal lapidado e enormes colunas que dão ao prédio a aparência de um templo romano. O seu interior  era espetacular, repleto de colunas de mármore e belas pinturas cobrindo as paredes e tetos. Através das diferentes exposições podia-se ver a história da Hungria desde o seu nascimento até os dias atuais. Os mais de mil anos de história se documentam mediante alguns objetos arqueológicos, além de diferentes tesouros da história e da cultura húngara. Alguns dos itens de maior interesse eram o manto de coroação dos Reis da Hungria, a figura de um cervo dourado, feita a mão no século VI a.C., uma coroa funerária do século XIII, entre muitas outras relíquias. No sótão do prédio estava exposto o lapidário romano.

Ópera de Budapeste - Situada no final da Avenida Andrássy,

Era a mais importantes de Budapeste, criada em 1896 para comemorar os 1000 anos da chegada dos magiares na região, e onde se encontravam três grandes monumentos. O primeiro era uma grande coluna, com 36 metros de altura. Em seu topo, estava o Arcanjo Gabriel. Na parte de baixo, estava Árpád (o primeiro governante húngaro) com os chefes das sete tribos, que juntos formaram a Dinastia Real Húngara e ao lado existiam 2 semi-círculos com  14 vãos, cada um tinha a estátua de uma pessoa importante na história Húngara. O terceiro, era reservado ao túmulo do Soldado Desconhecido.

Parlamento Húngaro - Kossuth Lajos tér, 1-3 -

Suas portas foram abertas em 1902 e era considerado um dos maiores Parlamentos do mundo, superado apenas pelo Parlamento Britânico, que foi a principal inspiração para a sua construção. De estilo neo-gótico, era um dos principais símbolos da cidade, juntamente com o Palácio Real. O jeito mais rápido de chegar do outro lado do rio era pegando a linha M2 de Metrô na Estação Kossuth Lajos tér, que ficava ao lado do Parlamento, e saltar na estação seguinte, Batthyány tér, que ficava em frente ao prédio, na margem oposta do rio. Havia 27 entradas e mais de 700 salas e gabinetes. O prédio ostentava muita riqueza, com dezenas de objetos e detalhes em ouro, pisos e paredes cobertas de mármore, colunas de granito e diversas pinturas e obras de arte. Na entrada principal havia dois grandes leões esculpidos, e na escadaria principal, havia três belos afrescos instalados no teto.

 

As jóias do Coroa – a Coroa de São Estevão e o Cetro Real – eram guardadas no Parlamento, devidamente vigiadas por membros da Guarda Real e mantidas no salão central, considerado o coração do prédio, espaço utilizado para cerimônias oficiais e um dos principais destaques deste salão é sua grandiosa cúpula. Ela era sustentada por 16 pilares, sendo que em cada pilar havia uma estátua e um brasão de armas, homenageando 16 antigos reis da Hungria. Sua altura era de 96 metros, homenageando o ano de fundação da Hungria (896). Os ingressos precisavam ser comprados com antecedência, geralmente pela manhã cedo, pois só podem ser utilizados no mesmo dia da compra. Eles se esgotavam muito rápido, já que o número era limitado e a procura era sempre muito grande. As visitas não aconteciam em dias de sessão parlamentar ou dias com visitas oficiais. Os idiomas utilizados nas visitas e seus respectivos horários das visitas eram:

 

Alemão – Segunda a sábado: 11.00  e 15.00. Domingo as 11.00h.

Espanhol –  Todos os dias: 14.00h.Francês

Hebraico – Todos os dias: 10.30 e 1.30h.

Inglês – Todos os dias: 10.00, 12.00  e 14.00h.

Italiano – Segunda a sábado: 11.30 e 16.00h. Domingo as 11.30h.

Russo – Segunda a sábado: as15.00h. Domingo: as12.30h.

A bilheteria ficava no Portão X, localizado junto à Praça Kossuth Lajos e abria as 8.00h, quando uma longa fila já estava formada. O ingresso para cidadãos não-europeus custava 6700 huf.  

Praça dos Heróis -  

O conjunto de estátuas se chamava Memorial do Milênio e foi construído entre 1896 e 1929, para comemorar o milésimo ano de fundação da Hungria. Aqui, estavam representados os chefes das sete tribos que deram origem ao país, reis e nobres que, segundo o que estava escrito no monumento, dedicaram suas vidas pela liberdade e independência nacional. ​No centro da praça, havia uma coluna com a imagem do arcanjo Gabriel no topo. Na mão direita, ele sustentava a coroa enviada pelo Papa  Szent István király – Santo Estevão -, o primeiro Rei da Hungria. Na outra mão, a cruz de duas hastes  lembrava a obstinação do Imperador, em converter todo o país ao cristianismo. Na base da coluna, havia sete cavaleiros que representavam os líderes das antigas tribos. Eles foram esculpidos com preciosos detalhes, e chamava a atenção as armaduras e os artefatos usados nos cavalos. O principal cavaleiro, que ficava na frente da coluna, era Árpád, considerado o líder do movimento de unificação das tribos.

No final da Avenida Andrássy, a mais movimentada de Budapeste, a Praça dos Heróis era a principal da cidade. Foi construída para lembrar momentos e personagens importantes da história da Hungria, e tinha um conjunto impressionante de esculturas. O conjunto de estátuas da Praça dos Heróis – Hősök tere, em húngaro –, se chamava Memorial do Milênio e foi construído entre 1896 e 1929, para comemorar o milésimo ano de fundação da Hungria. Aqui estavam o Museu de Belas Artes e o Palácio da Arte. Atrás da coluna, em um semicírculo, apareciam outras 18 esculturas. No lado esquerdo, no topo da colunata, estava a figura de um homem carregando uma foice e de uma mulher com sementes nas mãos. Na outra extremidade, um guerreiro aparecia sobre um Carrossel, com uma cobra na mão. Para os húngaros, esse animal representava a guerra. Nas extremidades do arco que ficava à direita, estava a escultura de uma mulher segurando um ramo de palmeira, que simboliza a paz, e o um casal carregando uma estátua dourada e um ramo, que simbolizam o conhecimento e a honra.

Atrás da praça, ficava o grandioso Parque da Cidade. Na área verde mais importante da capital húngara havia lagos, monumentos e o Zoológico – um dos mais antigos do mundo – e o Jardim Botânico. Ao lado da Praça, à esquerda estava o Museu de Artes Finas e à direita, a Galeria de Arte Contemporânea. Para chegar busque a linha M1 do Metrô e desça na Estação Hősök tere. Para ir de ônibus, tome qualquer um das linhas 20A, 30, 30A e 230. Quando estiver na Praça dos Heróis, estique um pouco a caminhada e conheça o Castelo Vajdahunyad, que ficava logo atrás da praça, junto ao Parque Vidam, onde também ficava o Zoológico e mais algumas atrações.

 

 

 

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O rio Danubio e o prédio do Parlamento ao fundo

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O Castelo de Buda

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Estátua da Liberdade no alto do Monte Gellert

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