BUCARESTE - A Pequena Paris - Romênia - 1/3



Bucareste tornou-se a capital da Romênia, em 1862, embora o país tenha sido criado três anos antes. É que por muitos e muitos anos de guerras e invasões na Europa, havia ali três regiões de população de origem romena: a Valáquia, a Moldávia e a Transilvânia. Em 1859, a Moldávia e a Valáquia se uniram para a criação de um Estado romeno, oficialmente reconhecido após a Independência do Império Otomano, em 1877. Depois da guerra, a Transilvânia deixou o Império Austro-Húngaro, para fazer parte da Romênia e até hoje a Romênia e a Hungria mantêm uma divergência por conta disso.
O que visitar
Escolha o Free Walking Tour, que sai às 15 horas, em frente ao relógio da Unirii Square e leva os turistas a um interessante passeio, com duração de duas horas. Pelo caminho, está o Distrito Lispcani, onde fica o centro antigo. Acessando a Strada Franceza, encontra-se a antiga Corte Principesca, construída no século XV por Vlad Tepes, o Vlad Drácula. Aqui há um estátua do controverso líder que serviu de motivação para a lenda do vampiro.
Ao lado, está a igreja mais antiga da cidade, a Biserica Curtea Veche, datada de 1559, e onde eram coroados os príncipes romenos. Em frente, ainda na mesma rua, está a Hanul lui Manuc ou hospedagem do Manuc, uma residência construída por um rico comerciante armênio, em 1808, preservada no mesmo estilo e hoje funciona como um hotel e restaurante. Entre e confira. Esse local serviu de palco para a discussão do Tratado de Paz, que colocaria o fim na guerra entre Turquia e Rússia, e que durou de 1806 a 1812.
Circular pelas ruelas de Lipscani é um belo passeio. É na rua que dá nome ao Distrito, a Strada Lipscani, que se encontram algumas das atrações mais interessantes, como o bonito prédio do Banco Nacional Romeno, construído em 1885, em estilo clássico francês. O cruzamento com a Strada Smardan, é o centro do distrito histórico, ponto de encontro das pessoas e onde ficam artistas de rua, jovens e vendedores ambulantes. Continuando pela Strada Lipscani, encontram-se várias lojas e bares. Aproveite que está caminhando por aqui e conheça a livraria Cărtureşti Carusel.
Aqui fica o Restaurante La Mama, que é bom e tem preços camaradas. Em frente ao restaurante está o Hanul Gabroveni, um prédio do início do século XIX, transformado em Centro Cultural. Entre na Strada Hanul cu Tei, uma passagem de 1833, que leva até a rua Blănari. A entrada é meio escondida, mas dentro encontram-se restaurantes, lojas e galerias de arte. Andando pela Rua Stavropoleos, encontrará um dos restaurantes mais antigos de Bucareste, a Cervejaria Caru cu Bere. Na mesma rua, há uma igrejinha, a Biserica Stavropoleos, construída em 1724 que vale entrar e também dar uma olhada nos jardins que ficam nos fundos.
Um dos limites que marcam o fim do centro histórico, é a Calea Victoriei, uma elegante avenida onde estão os melhores hotéis e alguns dos prédios mais bonitos da cidade. Entre eles, o Museu Nacional de História, facilmente identificável pela estátua esquisita que tem na entrada: o Imperador Trajano, pelado, carregando um lobo.
Interior do Palácio do Parlamento
Observações
Quem conhece bem a cidade, afirma que a disposição urbanística impede que haja um centro referencial. Na falta desse lugar — quase sempre uma praça, lugar simbólico e orientador — existem avenidas de grande envergadura e largos boulevars que, de alguma forma, orientam quem circula pela cidade. Esse papel poderia ser desempenhado por um rio, como acontece com freqüência pelo mundo à fora. Bucareste tem o seu rio, mas o pequeno Dâmbovița foi transformado em canal e se não estivermos atentos, não damos por ele e quando o encontramos.
O idioma falado é o romeno, um idioma que veio do latim e cuja sonoridade lembra o idioma italiano.
Cuidado com os táxis, e se for preciso, peça pra ligar o taxímetro. No geral, é muito tranqüilo, mas ainda tem uns que cobram taxa fixa de turista-bobo.
A cidade tem um sistema de Metrô e ônibus, que funcionam bem, mas se ficar só pelo centro é preferível andar a pé.
Eletricidade é 220 v, tomada é a tipo F, aquela de dois pininhos redondos, usada na maior parte da Europa. Veja nas dicas deste site, mais informações sobre tomadas e plugues.
A estação de trem Gara Du Nord, é a estação central que serve trens nacionais e internacionais. Tem ligação com o Metrô e suas linhas de cobrem toda a cidade.
O que visitar
Escolha o Free Walking Tour, que sai às 15 horas em frente ao relógio da Unirii Square e leva os turistas a um interessante passeio que dura duas horas. Pelo caminho está o Distrito Lispcani, onde fica o centro antigo. Acessando a Strada Franceza encontra-se a antiga Corte Principesca, construída no século XV por Vlad Tepes, o Vlad Drácula. Aqui há um estatua do controverso líder que serviu de motivação para a lenda do vampiro. Ao lado, está a igreja mais antiga da cidade, a Biserica Curtea Veche, datada de 1559 e onde eram coroados os príncipes romenos. Circular pelas ruelas de Lipscani é um belo passeio. É na rua que dá nome ao Distrito, a Strada Lipscani, que se encontram algumas das atrações mais interessantes, como o bonito prédio do Banco Nacional Romeno, construído em 1885, em estilo clássico francês. O cruzamento com a Strada Smardan, é o centro do distrito histórico, ponto de encontro das pessoas e onde ficam artistas de rua, jovens e vendedores ambulantes. Continuando pela Strada Lipscani encontram-se várias lojas e bares. Aproveite que está caminhando por aqui e conheça a livraria Cărtureşti Carusel.
Aqui fica o Restaurante La Mama, que é ótimo e tem bons preços. Em frente ao restaurante está o Hanul Gabroveni, um prédio do início do século XIX, transformado em Centro Cultural. Entre na Strada Hanul cu Tei, uma passagem de 1833 que leva até a Rua Blănari. A entrada é meio escondida, mas dentro tem restaurantes, lojas e galerias de arte. Andando pela Rua Stavropoleos, encontrará um dos restaurantes mais antigos de Bucareste, a Cervejaria Caru cu Bere. Na mesma rua há uma igrejinha, a Biserica Stavropoleos, construída em 1724 que deve ser visitada e também dar uma olhada nos jardins que ficam nos fundos. Um dos limites que marcam o fim do centro histórico é a Calea Victoriei, uma elegante avenida onde estão os melhores hotéis e alguns dos prédios mais bonitos da cidade. Entre eles, o Museu Nacional de História, facilmente identificável pela estátua esquisita que tem na entrada: o Imperador Trajano, pelado, carregando um lobo.
A exemplo de outras cidades do leste europeu, existe uma Bucareste antiga, chamada Centrul Vechi, uma pequena área central aconchegante e meia peatonal. Por muitos anos aqui acontecia o melhor do comércio local, depois decaiu e mais recentemente começou a recuperar sua hegemonia comercial e turística. A Rua Lipscani é a mais agitada e no número está a Carturesti Carusel, uma jóia de livraria que deve ser citada como uma das mais bonitas do mundo: tem seis pisos, um pé-direito altíssimo, num prédio antigo recuperado. O interior é um banho de branco sobre curvas ondulantes. Muitos livros, em romeno e inglês, e um café no topo, convidando para encontros e leituras. Ainda na mesma rua, no número 12, uma inscrição evoca a atividade jornalística de Mihai Eminescu, o poeta nacional dos romenos.
Certamente que há restaurantes mais apropriados para uma experiência da gastronomia romena, mas o peso histórico (ali, em 1812, delegações da Rússia e da Turquia assinaram o Tratado de Bucareste, pondo fim a seis anos de guerra) e o ambiente compensam. É um destino boêmio, com cafés, hotéis, restaurantes, nightclubs, lojas de souvenirs e umas pequenas igrejas. É um lugar coletivo, um espaço onde as pessoas se encontram, conversam, seduzem, onde circulam, em grupo quase sempre, um oásis numa cidade frenética de 2,5 milhões de habitantes.
Arco do Triunfo
Próximo dos Jardins Japoneses, ao lado do Parque Herăstrău, este monumento data de 1936, e comemora a Guerra da Independência Romena e a Primeira Guerra Mundial. O arco está no mesmo local que uma versão anterior de madeira, construída às pressas para comemorar a vitória na Guerra da Independência, quando a nação rompeu com o Império Otomano em 1878. Isso foi substituído por outro arco de madeira após a Primeira Guerra Mundial, enquanto o atual monumento tem relevos esculpidos por Constantin Baraschi, o principal escultor romeno da década de 1930. Há uma plataforma no telhado que se pode alcançar em dias especiais, mas o resto do tempo é uma visão para admirar do outro lado de uma rotatória muito movimentada.
ARCUB
Em Lipscani, o Centro Cultural do Município de Bucareste é um prédio que merece ser visto pelos apreciadores da arquitetura Art Deco. Desde 1996, o prédio é um centro cultural, realizando mais de 200 eventos por ano por artistas não apoiados por instituições culturais tradicionais. Se pode ver o interior, assistindo a um dos concertos no auditório de 320 lugares, acessado por uma elegante escada de um hall de entrada com piso em parquê.
Ateneu Romeno - Strada Benjamin Franklin, 1-3 -
No corpo da cidade, há duas coisas a que não escapamos, independentemente do nosso interesse e vontade: os prédios monolíticos e o Palácio do Parlamento. Os primeiros representam um período e uma política. Construídos para alojar as vagas de novos habitantes do pós Segunda Guerra Mundial, é como se fossem peças de Lego, muito juntas, todas iguais (um bom exemplo é o bairro de Tineretului). Aqui e ali, nota-se o trabalho de restauração, com as fachadas aliviadas da sua monotonia, por pinturas de tonalidades exuberantes: verde, amarelo, azul.
Quanto ao palácio, temos ao fundo do Bulevar Unirii, uma reta com 3.500 metros de comprimento, amuralhada por prédios pesados. Nascido com o nome de Bulevar Vitória do Socialismo, era a resposta da Romênia comunista aos Campos Elísios. Impressiona pela escala, falta lhe arrojo. Muitas fachadas foram tomadas de assalto por anúncios de grandes marcas multinacionais capitalistas. Por aqui dá para notar um trânsito agitado, e crianças deliciando-se nas águas das várias fontes. À medida que a caminhada avança, o palácio cresce. No final, a Praça da Constituição, um sítio desamparado, um palco defronte de um gigante que oprime o visitante. A este palácio, Ceausescu chamou Casa Republicii. É um prédio pomposo, conservador, icônico, majestático, mas sem inspiração, sem um estilo forte e definido. Seu interior é grandioso, austero, exótico e comum, sem nada que se possa mencionar como destaque.
Bucareste Comunista
Uma visita imperdível na capital romena é ao Palácio do Parlamento, o segundo maior prédio administrativo do mundo, depois do Pentágono. É um gigante, fruto da megalomania do ditador Nicolau Ceausescu, e que gerou a destruição de boa parte da área do Distrito histórico da cidade. É considerado também um dos maiores prédios civis do mundo, medindo 270 x 240 x 86 metros de altura. Parece que um país inteiro ajudou a construí-lo – incluindo 700 arquitetos e 20.000 trabalhadores. Apenas materiais romenos foram usados – fora algumas portas que foram presentes do então presidente de Zaire. A construção deixou a Romênia completamente sem mármore: todo o estoque foi utilizado no palácio.
A entrada para visitantes, fica na Bulevardul Natiunile Unite, e será preciso apresentar a carteira de identidade ou o Passaporte. Promove visitas diárias, das 10 h às 15 h 30. A grande avenida que chega até o Palácio do Parlamento e corta 3,5 km pelo centro da cidade é o Bulevardul Unirii, que também fez parte dos planos de reestruturação urbana de Ceausescu. A avenida, com prédios clássicos do período comunista, hoje tomados por anúncios e lojas, foi inspirada na Champs-Élysées, e em seu centro, fontes dividem espaço dos carros. Duas praças marcam a Revolução que ocorreu em 1989 e tirou Ceausescu do poder: A Piata Revolutiei, que fica logo no final da Calea Victoriei, e que foi o local onde o ditador proferiu seu último discurso, numa varanda do antigo prédio do Comitê Central do Partido Comunista, hoje prédio do Ministério do Interior.
Por aqui também estão alguns monumentos em homenagem à revolução, em especial o Memorial do Renascimento, um estranho obelisco branco, com uma coroa negra no topo. Nessa praça há bonitas construções, que nada têm a ver com os conflitos políticos: o Museu de Arte Nacional, que fica no antigo Palácio Real, o Romanian Athenaeum, uma casa de espetáculos, e a Igreja Kretzulescu, construída em 1722. A outra praça é a Piata Universitatii, um ponto de encontro popular na capital, onde estão 10 cruzes em pedra em homenagem aos mortos pela revolução. Nessa praça ficam o Teatro Nacional, o prédio da Escola de Arquitetura e o Sutu Palace, onde está o Museu de História de Bucareste.
Calea Victoriei
É um verdadeiro museu a céu aberto, embelezando a cidade com seus palácios, igrejas e monumentos, que registram épocas e datas históricas. Calea, em português, equivale a caminho e, sendo assim, trata-se de uma rota urbana secular. Em 1692, a Uliţa Mare, ou grande rua, foi toda pavimentada em madeira, por Constantin Brâncoveanu, soberano da região, abrindo passagem da Velha Bucareste em direção ao seu palácio, o Palatul Mogosoaia. Foi rebatizada Victoriei, após a Guerra da Independência de 1878, a longa avenida é coração e símbolo da cidade, misturando o antigo com o moderno e o sofisticado com o simples. É pela sua ciclovia que se pedala em direção aos seus parques e museus, nos momentos de lazer. É também nas suas igrejas onde se celebram boa parte dos batizados, seguidos de movimentados almoços nos pátios convidativos dos seus muitos restaurantes. O miolo do seu Centro Antigo, abre espaço para bares e festas até o sol raiar. Foi em seu asfalto, que se travou a Revolução de 1989 e, atualmente, a sua praça, a Piața Victoriei, convoca os romenos para se reunirem em importantes protestos.
A Avenida da Vitória, é a primeira entre iguais, no conjunto dessas grandes avenidas. É difícil percorrer de ponta a ponta, em seus três quilômetros. Aqui encontraremos o Museu Nacional de História Romena, o Palácio dos Telefones – um mastro com 50 metros de altura e primeiro prédio representativo do estilo arranha-céus na cidade, e vários hotéis antigos e novos, bem como várias lojas de grifes. Caminhando mais um pouco, chega-se à Praça da Revolução e em seu redor, o Ateneu Romeno – a grande sala de concertos, e o Palácio Real – agora sediando o Museu de Arte Romena – a Biblioteca Central da Universidade e a antiga sede do Partido Comunista. Continuando a caminhada pela avenida, aparece o mais extravagante e exibicionista prédio de todo o percurso: o Palácio Cantacuzino, mandado construir pelo político conservador Gheorge Grigore Cantacuzino, que está associado ao compositor George Enescu. Após a sua morte, em 1955, tornou se o Museu George Enescu. Ao final dessa caminhada, a Calea Victoriei chega à enorme extensão da Praça da Vitória, uma intersecção de oito vias.
Cidade Velha – Lipscani
Lipscani era o lugar para fazer negócios na cidade entre a Idade Média e o século XIX. Alguns dos nomes das ruas ainda lembram as guildas que antes eram baseadas: Blănari (Rua dos Furriers) ou Șelari (Rua dos Seleiros). Este pequeno ambiente foi uma das únicas partes de Bucareste a serem recuperadas após a Segunda Guerra Mundial e renasceu como uma zona peatonal elegante, com boutiques, restaurantes e bares em instalados em prédios restaurados. Conheça a Pasajul Macca-Vilacrosse, no lado oeste, uma passagem de compras em forma de garfo de 1891, iluminada por vitrais amarelos no teto.
Coleções de Museu Nacional de Arte - Palácio Real - Praça da Revolução
É um braço do Museu Nacional de Arte, fica no Palatul Romanit, que remonta a 1822 e era uma casa particular antes de se tornar o Ministério das Finanças da Romênia. Após o fim da Segunda Guerra Mundial e a absorção comunista, o prédio tornou-se um abrigo de arte confiscada das famílias ricas da Romênia. Existem 44 coleções no total, mostrando quem é quem da arte romena dos séculos XIX e XX. Alguns dos artistas elogiados são Theodor Aman, Nicolae Grigorescu, Nicolae Tonitza, Gheorghe Petrașcu e Theodor Pallady. Também fascinante é o lapidarium, com fragmentos de arquitetura de locais como o Mosteiro Văcărești, derrubado por Ceaușescu, em 1986.
Fábrica de Fundos Plasticos - Strada Băiculești, 29 -
Do lado oposto da cidade, situa se um antigo Complexo industrial, agora uma ilha criativa e onde está um dos conjuntos de esculturas mais extravagantes da cidade, denominado Caruta cu Paiate ( Carroça Cata Vento ). Instalada defronte ao Teatro Nacional, homenageia o amado dramaturgo Ion Luca Caragiale, bem como seus personagens mirabolantes. É um espaço de traçado industrial e onde hoje existem oficinas de artistas, funcionou um Complexo, onde se produziam e armazenavam produtos usados em artes plásticas: tintas, telas, papel, pincéis, lápis, seguindo a política do regime de fugir às importações. Após 1989 as compras ao exterior recomeçaram e, aos poucos, a manufatura foi perdendo o seu propósito. O espaço manteve se propriedade da União dos Artistas Plásticos Romenos, que o converteu em ateliês
Grande Hotel du Boulevard
Situado no cruzamento da Calea Victoriei com o Bulevardul Regina Elisabeta, enche os olhos dos visitantes. Era um hotel luxuoso do final do séc. XIX, que serviu de Quartel General para as tropas alemãs (1941 – 1944), sendo posteriormente utilizado como prédio público, durante o regime comunista (1950 – 1974). Desativado de suas antigas funções, alguns escritórios funcionam em seus andares superiores, e também permite locação dos salões para eventos e conferências.
Igreja do Monastériode Stavropoleos - Strada Stavropoleos, 4 -
É considerado o melhor prédio religioso de Bucareste, têm uma linda fachada com arcos multi-fólios, pintados com foliate de arabescos e padrões de gavinhas, sustentados por belas capitais. Acima estão medalhões pintados, de santos, e há muito mais pinturas internas na forma de afrescos de pedra e uma iconostase surpreendente. A igreja data de 1720 e sua arquitetura é uma expressão perfeita do estilo Brâncovenesc da Romênia, que mesclava elementos bizantinos, otomanos, renascentistas e barrocos. Ao lado, há um prédio do início do século XX, que abriga arte religiosa como ícones e afrescos de muitas igrejas que foram derrubadas durante o regime comunista, após a Segunda Guerra Mundial.
Museus e prédios históricos
A Romênia tem nada menos do que 75 museus, de vários tamanhos e abrangências, atendendo a todos os gostos dos locais e de visitantes em geral. Veja a seguir os que achamos mais interessantes de mencionar:
Manuc's Inn
É um lugar de significado real, não apenas porque é um dos prédios mais antigos da cidade. Foi criado pelo comerciante armênio Manuc Bei, em 1802, com o formato clássico de um grande pátio central em torno de dois níveis de galerias de madeira, com quartos para hospedagem, refeições e armazenamento de mercadorias. Na primeira metade do século XIX, era o centro de negócios de Bucareste e, após várias restaurações, as mais recentes no final dos anos 1930, a estrutura essencial permaneceu intacta, como o restaurante. Situado no extremo sul da Cidade Velha, oferece cozinha tradicional romena e balcânica, acompanhada de música e dança folclórica à noite.
Mansão Filipescu Ceausescu - Calea Victoriei 151
Como foi a vida da alta sociedade, na capital romena, nos últimos séculos, pode ser respondido numa visita a esta casa-museu, onde se pode encontrar mobiliário, coleções de louças, quadros, vestuário e acessórios de outros tempos. A mostra vem até aos nossos dias com peças como rádios e televisões antigos, para recordar os anos 80 e 90. Ou seja, é uma exposição que atravessa várias décadas da sociedade romena. Na entrada, há uma estátua do famoso Vlad Tepes, o Empalador (que diziam ser vampiro).
Memorial dos Heróis Nacionais - Strada General Candiano Popescu, 105 - Carol Park –
Marca a sua posição no topo do Parque Carol I, assim nomeado em homenagem ao primeiro Rei da Roménia. Situado na zona mais alta do parque, o monumento (que inclui ainda a ‘chama eterna’ em memória de todos os soldados desconhecidos que morreram em diversas guerras), é guardado 24 horas por dia por membros do Exército e de outras forças de segurança nacionais. Deste ponto do parque, é possível ver o Palácio do Parlamento, localizado a cerca de 2 kms de distância. Estação de Metrô mais próxima: Eroii Revolutiei ou Tineretului (Linha M2 – Azul.
Monumento à Resistência
Em 2016, o monumento do escultor Mihai Buculei, foi erigido sobre o pedestal de uma estátua de Lênin, por iniciativa da associação dos ex-presos políticos. A obra, que tem 20 metros de altura, é composta por três asas de aço inox, está colocada diante de um dos prédios mais importantes da era Stalin, na atual Praça da Imprensa Livre.
Museu Astra - Şoseaua Pavel D. Kiseleff, 28-30 -
É um conjunto de museus, localizado em Sibiu, onde estão o Museu da Cultura da Transilvânia, o Museu de Tradição Popular, o Museu de Etnografia e o Museu Saxon. Aqui estamos numa encruzilhada, etnograficamente falando, entre o povo romeno e os saxões, que aqui chegaram na Idade Média. Os romenos estabeleceram sua capital não muito longe, no Estado de Valachia. A Associação de Cultura ASTRA, começou a funcionar em 1897, para criar esses museus e preservar a rica herança do passado. Em Bucareste mantem o Museu do Povo, no Parque Herăstrău, que expõe o habitat de várias regiões da Romênia. Em Sibiu está o Museu do Bosque de Dumbrava, a 3 km ao sul, e a casa de Hermes Piata Mica, que abriga o Museu Internacional de Etnografia.
Museu da Corte Antiga - Franceza Street, 27/31- Cidade Velha
As ruínas da casa onde morou Vlad Tepes, permitem ver uma série de fragmentos e objetos muito interessantes desse personagem, que marcou época na história do país romeno. A Corte ficou praticamente destruída durante o grande incêndio que devastou a cidade, em 1718, e pelo terremoto que posteriormente golpeou novamente Bucareste. Após essas duas grandes catástrofes, pensaram que a Corte Real havia desaparecido completamente. No entanto, depois dos trabalhos de escavações, encontraram restos significativos do prédio e começaram sua recuperação.
Museu das Vitimas do Comunismo e da Resistência - Strada Corneliu Coposu, 4 -
O Museu Sighet, é um daqueles lugares que ajudam a entender um pouco mais a história recente do mundo. Assim como o S21, em Cambodjia é um museu que tenta mostrar os horrores da repressão do comunismo ao povo. Este museu é uma antiga prisão e seus três andares e jardins, formam um museu espetacular onde se pode ficar por pelo menos umas horas. A prisão de Sighet era onde foram interrogados, presos e executados vários intelectuais e cidadãos da Romênia. No térreo se pode ver os rostos de milhares de cidadãos romenos e nos demais andares, há um exemplo de como era a vida daqueles dias de repressão sob o regime comunista, tão almejado nos dias de hoje pelos desinformados e mau caráter, que habitam vários países pelo mundo à fora, como aqui em nosso Brasil.
Museu de Arte da Romênia – Piazza da Revolução
Está localizado no Palácio Real na Praça da Revolução, no centro de Bucareste. Possui coleções de arte romena medieval e moderna, bem como a coleção internacional montada pela família real romena. A exposição Sombras e Luz decorreu de 15 de julho a 2 de outubro de 2005. Com quatro séculos de arte francesa, foi a maior exposição de pintura francesa na Europa Central e Oriental, desde 1945. Foram exibidas 77 obras, incluindo obras-primas de pintores como Poussin, Chardin, Ingres, David, Delacroix, Corot, Cézanne, Matisse, Picasso e Braque.
Museu de Arte Popular -
Está instalado na casa de um antigo médico, Professor Dr. Nicolae Minovic, que conserva peças que contam histórias: roupas, louças (a mesa está posta como antigamente), quadros e um jardim maravilhoso propondo uma pausa para relaxar. Este pequeno museu está localizado na torre da Fortaleza de Calnic. Tem dois espaços, e graças a um curador muito dedicado, está muito bem apresentado. A entrada para toda o conjunto da igreja, forte e museu custava 5 RON por adulto.
Museu de Coleções de Arte - A bela Casa Romanit -
Está na rua da Victóriei, descendo desde o Metrô da Praça da Vitória, a uns 10 minutos a pé, seguindo à direita. O mais interessante, além do museu, é a bela Casa Romanit , um palácio do começo do século XIX, que foi ampliada e concluída por volta de 1840. Foi construída pelo milionário grego Grigore Romanit, e tornou-se um dos prédios mais luxuosos da rua. Essa pretensão era quase impossível, porque a própria rua era então, por si só, a mais bonita da cidade, com todas as famílias romenas ricas competindo para ter a casa mais bonita naquela nova e bela rua. A Casa Romanit tinha fama, entre a alta sociedade romena, pelo esplendor das suas festas e recepções. A base do museu, vem de várias coleções de arte pessoais, obras de arte orientais, artistas romenos e europeus, oferecendo a oportunidade de ver por dentro uma das casas romenas mais bonitas daquela época de esplendor ao final do século XIX.
Museu de História Natural Grigore Antipa - Şoseaua Pavel D. Kiseleff, 1-
Nomeado após o homem que estava no comando por mais de 50 anos no início do século XX, este museu de história natural recebeu uma grande atualização há alguns anos e foi reaberto em 2011. As exposições multimídia e interativas agora andam de mãos dadas com os esqueletos clássicos de dinossauros, taxidermias e dioramas, muitos dos quais foram criados por Antipa, décadas atrás. No porão, há uma exposição abrangente sobre a biodiversidade da Romênia, enquanto no térreo apresenta com todos os principais ecossistemas da superfície da Terra.
Museu de Ícones Religiosos - Sibiel
Fica ao lado da Igreja Ortodoxa, da aldeia de Sibiel. Tem em especialmente uma grande coleção de ícones em vidro. Enquanto a maioria dos ícones religiosos, são feitos em madeira, em técnicas de vidro foram criados na região da Trasilvânia, Mures e Fagaras. Os padrões são muito específicos para cada região, e no museu se poderá ver mais de 600 ícones, alguns vindos da Bucovina, Áustria e outros países. Os ícones da Transilvânia são os mais antigos, e são bem pequenos, como uma pequena foto. Aproveite para visitar a igrejinha ao lado.
Museu Dimitre Gusti National Village - Şoseaua Kiseleff, 28-30 -
O Village Museum é um museu a céu aberto, onde estão as casas tradicionais da Romênia e também igrejas. É possível visitar todas e algumas têm as portas abertas e em seu interior se pode ver o mobiliário e vestuário típicos.
Museu Etnográfico Franz Binder – Casa Hermés
Instalado na pequena Praça Mica, é filial do Museu Nacional ASTRA. Inaugurado em 1993, este é o único museu romeno que tenta estudar e valorizar o patrimônio etnográfico fora da Europa. O museu Franz Binder apresenta coleções exóticas e relatos entre os séculos XIX e XX, formados por doações da Sociedade de Ciências Naturais de Sibiu e particulares. Os objetos vêm do norte da África, do Vale do Nilo, Japão, Brasil e da Austrália.
Museu do Banco Nacional da Romênia – Rua Doamnei, 8 -
Está no mesmo prédio da sede do Banco, por isso as medidas de segurança são rigorosas. Para visitar é preciso enviar um e-mail para muzeul@bnro.ro onde especificará a data que deseja e a hora. Está aberto de segundas a sextas-feiras e horário de visitas são das 10 às 12 e das 14 às 16. É preciso apresentar o Passaporte ou carteira de identidade.
Museu do Chocolate – Lipscani Street, 69 - Soseaua Orhideelor no 14 Sector 6 – Cidade Velha
São dois ambientes rotulados de Museu do Chocolate. Entretanto, estão mais para lojinhas de chocolates do que para museu. Em Bariloche uma visita a loja da Havanna, causa mais impacto do que estes dois aqui em Bucareste.
Museu do Esporte - Marasti Boulevard, 20A - Sector 1 -
É um pequeno e ainda novo museu, focado nas atividades esportivas pelo mundo. Tem uma cafeteria no térreo que agrada os visitantes.
Museu do Futuro - Strada Ghica Ion, 11 –
Embora este conceito e esta galeria sejam uma novidade na cena artística de Bucareste, o Museu do Futuro provou ser bem sucedido desde a sua primeira exposição. Localizado no Centro Tcheco da cidade, o salão onde as exposições são exibidas tem uma longa história de ser usado como uma sala de projeção ou festa - lugar que ajudou este lugar a se tornar um dos centros culturais mais populares em Bucareste. Destaque para a qualidade requintada das obras de arte e a forma engenhosa com as quais as obras foram instaladas.
Museu do Kitsch Romeno - Covaci, 6 - Cidade Velha -
Castelos e museus de arte podem ser encontrados em qualquer outra cidade, mas este lugar é realmente único e deve ser uma visita obrigatória.
Museu dos Sentidos – Boulevard General Vasile Milea, 4 -
Propõe sensações e ilusões óticas extraordinários e surpreendentes. Inaugurado em janeiro de 2018, tem os mesmos criadores que o museu com o mesmo tema em Praga. A pessoa experimentará desafios, tanto para o corpo como para a mente, observará e sentirá e será transportada em um mundo alucinante, onde as ilusões de ótica tornam o impossível factível. Cerca de 40 exposições são colocadas em 12 quartos, e um deles proporcionará uma viagem através de espaços, entrando por um túnel escuro. Há muitas exposições interessantes. Uma delas é a exposição Head on a platter, onde com a ajuda de uma ilusão de óptica, poderá ver seus parceiros ou outros visitantes com a cabeça em um prato colocado sobre uma mesa. Outra exposição é a Changing faces hedge. A Sala Invertida irá desafiar os seus sentidos, e se isto não for o suficiente, a Sala Infinita certamente o fará. Todas estas exposições são verdadeiramente fascinantes, mas a que desperta maior atenção é a Caleidoscópio.
Museu Etnográfico Franz Binder – Casa Hermés
Instalado na pequena Praça Mica, é filial do Museu Nacional ASTRA. Inaugurado em 1993, este é o único museu romeno que tenta estudar e valorizar o patrimônio etnográfico fora da Europa. O museu Franz Binder apresenta coleções exóticas e relatos entre os séculos XIX e XX, formados por doações da Sociedade de Ciências Naturais de Sibiu e particulares. Os objetos vêm do norte da África, do Vale do Nilo, Japão, Brasil e da Austrália.
Museu Nacional da Aldeia Dimitrie Gusti - Şoseaua Pavel D. Kiseleff, 28-30 -
Todo o lado oeste do Parque Herăstrău é confiado a um enorme museu ao ar livre, com mais de 270 autênticos prédios históricos. Feitos de pedra, madeira ou espiga (argila e palha), foram desmontados e reunidos neste local, vindos de todos os cantos do país, de Banat, no oeste, a Moldávia, no leste, e a Transilvânia, no centro. Cada região tem seu estilo, sejam as paredes pintadas com cores vivas, desde o Delta do Danúbio até os portais esculpidos de Berbeşti, no centro da Romênia. O museu foi fundado pelo sociólogo Dimitrie Gusti, em 1936 e suas casas mais antigas datam do século XVIII. Cada casa também possui uma explicação gravada de seu estilo e região, disponível em inglês.
Museu Nacional de Arte da Romênia - Calea Victoriei, 49-53 -
Depois que o Rei Michael I abdicou, após a Segunda Guerra Mundial, o Palácio Real Neoclássico, na Praça da Revolução, foi a sede do Museu Nacional de Arte da Romênia. As coleções foram danificadas durante a revolução de 1989, mas ainda há um banquete para os amantes de arte nas galerias de arte européia, arte medieval romena e arte romena moderna. A seção européia tem muitos grandes nomes como Lucas Cranach, o Velho, Jan van Eyck, El Greco, Tintoretto, Peter Paul Rubens, Monet e Sisley. Veja também alguns artistas romenos, como os pós-impressionistas Nicolae Tonitza e Ștefan Luchian, e o surrealista Victor Brauner.
Museu Nacional de História da Romênia - Calea Victoriei, 12 -
O prédio que servia de sede do serviço postal da Romênia hospeda o Museu Nacional de História desde os anos 1970. A coleção é mista, mas contém muitas coisas interessantes, se estiver disposto a dedicar mais tempo. Uma é uma reprodução completa do friso na coluna de Trajano, em Roma. Também vale o Pietroasele Treasure, composto por 12 objetos de ouro góticos da cultura Chernyakhov, criados no final do século IV. Por fim, há o tesouro romeno no porão, com pedras preciosas usadas por Maria da Romênia (neta da Rainha Vitória), bem como as jóias da coroa, entre as quais cetros, coroas e espadas cerimoniais.
Museu Nacional George Enescu - Cantacuzino Palace - Calea Victoriei, 141 -
Uma das propriedades mais bonitas de Bucareste é o palácio Beax-Arts/Art Nouveau, concebido para o Primeiro Ministro Gheorghe Grigore Cantacuzino, no início do século XX. Da rua, os elementos que se notará são o dossel exagerado de ferro e vidro e os dormentes no telhado da mansarda. O prédio tem uma conexão oblíqua com o célebre compositor da Romênia, George Enescu, já que o filho de Gheorghe Grigore Cantacuzino foi inicialmente casado com a futura esposa de Enescu, que se casou com o compositor, depois que ele faleceu. Desde 1956, existe um pequeno museu dedicado a Enescu, em algumas salas do palácio, com objetos pessoais, instrumentos, pôsteres e fotografias.
Museu Romeno do Camponês - Soseaua Kiseleff, 3 - Piata Vicoriei -
Inaugurado em 1906, a história deste conceituado museu folclórico foi interrompida no século XX, pelo regime comunista, mas foi reaberta em 1990 não mais do que seis semanas após a morte de Ceaușescu. Naqueles anos intermediários, havia sido um museu para o comunismo, e ainda é possível ver uma pequena exposição sobre coletivização no porão, preservada para a posteridade. O restante é dedicado à história e cultura da zona rural romena, resumindo 400 anos e apresentando uma diversidade impressionante de roupas, móveis, objetos religiosos e cerâmicos. Há também uma casa de madeira inteira, trazida do Condado de Gorj, no sudoeste do país.
