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BUCARESTE  -  A Pequena Paris - Romênia - 1/3 

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ETIAS – Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir de 2025, ainda sem data para início dos procedimentos. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

Um pouco de história...

Bucareste tornara-se a capital da Romênia, em 1862, embora o país tenha sido criado três anos antes. Era porque muitos e muitos anos de guerras e invasões na Europa, havia ali três regiões de população de origem romena: a Valáquia, a Moldávia e a Transilvânia. Em 1859, a Moldávia e a Valáquia se uniram para a criação de um Estado romeno, oficialmente reconhecido após a Independência do Império Otomano, em 1877. Depois da Guerra, a Transilvânia deixou o Império Austro-Húngaro, para fazer parte da Romênia e até hoje a Romênia e a Hungria mantêm uma divergência por conta disso.

O que visitar

Escolha o Free Walking Tour, que saia às 15 horas, em frente ao relógio da Unirii Square e levava os turistas a um interessante passeio, com duração de duas horas. Pelo caminho, estava o Distrito Lispcani, onde ficava o centro antigo. Acessando a Strada Franceza, encontrava-se a antiga Corte Principesca, construída no século XV por Vlad Tepes, o Vlad Drácula. Aqui havia um estátua do controverso líder, que serviu de motivação para a lenda do vampiro.

Ao lado, estava a igreja mais antiga da cidade, a Biserica Curtea Veche, datada de 1559, e onde eram coroados os príncipes romenos. Em frente, ainda na mesma rua, estava a Hanul lui Manuc ou hospedagem do Manuc, uma residência construída por um rico comerciante armênio, em 1808, preservada no mesmo estilo e hoje funcionava como um hotel e restaurante. Entre e confira. Esse local servira de palco para a discussão do Tratado de Paz, que colocaria o fim na guerra entre Turquia e Rússia, e que durara de 1806 a 1812. Circular pelas ruelas de Lipscani era um belo passeio. Era na rua que dava nome ao Distrito, a Strada Lipscani, que se encontravam algumas das atrações mais interessantes, como o bonito prédio do Banco Nacional Romeno, construído em 1885, em estilo clássico francês. O cruzamento com a Strada Smardan, era o centro do distrito histórico, ponto de encontro das pessoas e onde ficavam artistas de rua, jovens e vendedores ambulantes. Continuando pela Strada Lipscani, encontravam-se  várias lojas e bares. Aproveite quando estiver caminhando por aqui e conheça a livraria Cărtureşti Carusel.

Aqui ficava o Restaurante La Mama, que era muito bom e tinha preços camaradas. Em frente ao restaurante, estava o Hanul Gabroveni, um prédio do início do século XIX, transformado em Centro Cultural. Entre na Strada Hanul cu Tei, uma passagem de 1833, que levava até a rua Blănari. A entrada era meio escondida, mas dentro encontravam-se restaurantes, lojas e Galerias de Arte. Andando pela Rua Stavropoleos, encontrará um dos restaurantes mais antigos de Bucareste, a Cervejaria Caru cu Bere. Na mesma rua, havia uma igrejinha, a Biserica Stavropoleos, construída em 1724 que valia entrar e também dar uma olhada nos jardins que ficavam nos fundos.

 

Um dos limites que marcavam o fim do centro histórico, era a Calea Victoriei, uma elegante avenida onde estavam os melhores hotéis e alguns dos prédios mais bonitos da cidade. Entre eles, o Museu Nacional de História, facilmente identificável pela estátua esquisita que tinha na entrada: o Imperador Trajano, pelado, carregando um lobo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Interior do Palácio do Parlamento

Observações

​Quem conhecia bem a cidade, afirmava que a disposição urbanística impedia que houvesse um centro referencial. Na falta desse lugar — quase sempre uma praça, lugar simbólico e orientador — existiam avenidas de grande envergadura e largos boulevars que, de alguma forma, orientavam quem circulava pela cidade. Esse papel poderia ser desempenhado por um rio, como acontecia com freqüência pelo mundo à fora. Bucareste tinha o seu rio, mas o pequeno Dâmbovița fora transformado em canal e se não estivermos atentos, não dariamos por sua presença.

  • O idioma falado era o romeno, um idioma que viera do latim e cuja sonoridade lembrava o idioma italiano;

  • Cuidado com os táxis, e se for preciso, peça para ligar o taxímetro. No geral, era muito tranqüilo, mas ainda tinha uns que cobravam taxa fixa de turista-bobo;

  • A cidade tinha um sistema de Metrô e ônibus que funcionam bem, mas se ficar só pelo centro, era preferível andar à pé;

  • A eletricidade era 220v, a tomada era a tipo F, aquela de dois pininhos redondos, usada na maior parte da Europa. Veja nas dicas deste site, mais informações sobre tomadas e plugues;

  • A Estação de Trens Gara Du Nord,  era a Estação Central que servia trens nacionais e internacionais. Tinha ligação com o Metrô e suas linhas que cobriam toda a cidade.

​A exemplo de outras cidades do leste europeu, existia uma Bucareste antiga, chamada Centrul Vechi, uma pequena área central aconchegante e meia peatonal. Por muitos anos aqui acontecia o melhor do comércio local, depois decaiu e mais recentemente começou a recuperar sua hegemonia comercial e turística. A Rua Lipscani era a mais agitada e onde estava a Carturesti Carusel, uma jóia de livraria, que deveria ser citada como uma das mais bonitas do mundo: tinha seis pisos, um pé-direito altíssimo, num prédio antigo recuperado. Muitos livros, em romeno e inglês, e um Café no topo, convidando para encontros e leituras. Ainda na mesma rua, no número 12, uma inscrição evocava a atividade jornalística de Mihai Eminescu, o poeta nacional dos romenos. 

Havia restaurantes mais apropriados para uma experiência da gastronomia romena, mas o peso histórico (ali, em 1812, delegações da Rússia e da Turquia assinaram o Tratado de Bucareste, pondo fim a seis anos de guerra) e o ambiente compensavam. Era um destino boêmio, com Cafés, hotéis, restaurantes, nightclubs, lojas de souvenirs  e umas pequenas igrejas. Era um lugar coletivo, um espaço onde as pessoas se encontrvaam, conversavam, seduziam, onde circulavam em grupo quase sempre, um oásis numa cidade frenética de 2,5 milhões de habitantes.

Arco do Triunfo

Próximo dos Jardins Japoneses, ao lado do Parque Herăstrău, este monumento datado de 1936, comemorava a Guerra da Independência Romena e a Primeira Guerra Mundial. O arco estava no mesmo local que uma versão anterior de madeira, construída às pressas para comemorar a vitória na Guerra da Independência, quando a nação rompera com o Império Otomano, em 1878. Isso for substituído por outro arco de madeira, após a Primeira Guerra Mundial, enquanto o atual monumento tiinha relevos esculpidos por Constantin Baraschi, o principal escultor romeno da década de 1930. Havia uma plataforma no telhado, que se poderia alcançar em dias especiais, mas o resto do tempo era uma visão para admirar do outro lado de uma rotatória muito movimentada.

ARCUB

Em Lipscani, o Centro Cultural do Município de Bucareste era um prédio que merecia ser visitado pelos apreciadores da arquitetura Art Deco. Desde 1996, o prédio era um centro cultural, realizando mais de 200 eventos por ano, por artistas não apoiados por instituições culturais tradicionais. Se podia ver o interior, assistindo a um dos concertos no auditório de 320 lugares, acessado por uma elegante escada de um hall de entrada.

Ateneu Romeno -  Strada Benjamin Franklin, 1-3 -

No corpo da cidade, havia duas coisas a que não escapamos, independentemente do nosso interesse e vontade: os prédios monolíticos e o Palácio do Parlamento. Os primeiros representavam um período e uma fase política. Construídos para alojar as vagas de novos habitantes do pós Segunda Guerra Mundial, era como se fossem peças de Lego, muito juntas, todas iguais (um bom exemplo era o bairro de Tineretului). Aqui e ali, notava-se o trabalho de restauração, com as fachadas aliviadas da sua monotonia, por pinturas de tonalidades exuberantes: verde, amarelo, azul.

Quanto ao palácio, tinha-se ao fundo do Bulevar Unirii, uma reta com 3.500 metros de comprimento, amuralhada por prédios pesados. Nascido com o nome de Bulevar Vitória do Socialismo, era a resposta da Romênia comunista aos Campos Elísios. Impressionava pela escala, falta lhe arrojo. Muitas fachadas foram tomadas de assalto por anúncios de grandes marcas multinacionais capitalistas. Por aqui dava para notar um trânsito agitado, e crianças deliciando-se nas águas das várias fontes. À medida que a caminhada avançava, o palácio crescia. No final, a Praça da Constituição, um sítio desamparado, um palco defronte de um gigante que oprimia o visitante. A este palácio, Ceausescu chamava Casa Republicii. Era um prédio pomposo, conservador, icônico, majestático, mas sem inspiração, sem um estilo forte e definido. Seu interior era grandioso, austero, exótico e comum, sem nada que se pudesse mencionar como destaque.

Bucareste Comunista​

Uma visita imperdível na capital romena, era ao Palácio do Parlamento, o segundo maior prédio administrativo do mundo, depois do Pentágono. Era um gigante, fruto da megalomania do ditador Nicolau Ceausescu, e que gerara a destruição de boa parte da área do Distrito histórico da cidade.  Era considerado também um dos maiores prédios civis do mundo, medindo 270 x 240 x 86 metros de altura. Parecia que um país inteiro ajudara a construí-lo – incluindo 700 arquitetos e 20.000 trabalhadores. Apenas materiais romenos foram usados – fora algumas portas que foram presentes do então  Presidente de Zaire. A construção deixara a Romênia completamente sem mármore: todo o estoque fora utilizado no palácio.

A entrada para visitantes, ficava na Bulevardul Natiunile Unite, e seria preciso apresentar a carteira de identidade ou o Passaporte. Promovia visitas diárias, das 10.00 as 15.30h. A grande avenida que chegava até o Palácio do Parlamento e cortava 3,5 km pelo centro da cidade era o Bulevardul Unirii, que também fazia parte dos planos de reestruturação urbana de Ceausescu. A avenida, com prédios clássicos do período comunista,  hoje tomados por anúncios e lojas, foi inspirada na Champs-Élysées, e em seu centro, fontes dividiam espaço dos carros. Duas praças marcavam a Revolução que ocorrera em 1989 e tirara Ceausescu do poder: A Piata Revolutiei, que ficava logo no final da Calea Victoriei, e que fora o local  onde o ditador proferira seu último discurso, numa varanda do antigo prédio do Comitê Central do Partido Comunista, hoje prédio do Ministério do Interior.

Por aqui também estavam alguns monumentos em homenagem à Revolução, em especial o Memorial do Renascimento, um estranho obelisco branco, com uma coroa negra no topo. Nessa praça havia bonitas construções, que nada tinham a ver com os conflitos políticos: o Museu de Arte Nacional, que ficava no antigo Palácio Real, o  Romanian Athenaeum, uma casa de espetáculos, e a Igreja Kretzulescu, construída em 1722. A outra praça era a Piata Universitatii,  um ponto de encontro popular na capital, onde estavam 10 cruzes em pedra, em homenagem aos mortos pela Revolução. Nessa praça ficavam o Teatro Nacional, o prédio da Escola de Arquitetura e o Sutu Palace, onde estava o Museu de História de Bucareste.

Calea Victoriei

Era um verdadeiro museu a céu aberto, embelezando a cidade com seus palácios, igrejas e monumentos, que registravam épocas e datas históricas.  Calea, em português, equivalia a caminho e, sendo assim, tratava-se de uma rota urbana secular. Em 1692, a Uliţa Mare, ou grande rua, fora toda pavimentada em madeira, por Constantin Brâncoveanu, soberano da região, abrindo passagem da Velha Bucareste em direção ao seu palácio, o Palatul Mogosoaia. Fora rebatizada Victoriei, após a Guerra da Independência de 1878, a longa avenida era coração e símbolo da cidade, misturando o antigo com o moderno e o sofisticado com o simples. Era pela sua ciclovia que se pedalava em direção aos seus parques e museus, nos momentos de lazer. Era também nas suas igrejas onde se celebravam boa parte dos batizados, seguidos de movimentados almoços, nos pátios convidativos dos seus muitos restaurantes. O miolo do seu Centro Antigo, abria espaço para bares e festas até o sol raiar. Fora sobre seu asfalto, que se travara a Revolução de 1989 e, atualmente, a sua praça, a Piața Victoriei, convocava os romenos para se reunirem em importantes protestos. 

A Avenida da Vitória, era a primeira entre iguais, no conjunto dessas grandes avenidas. Era difícil percorrer de ponta a ponta, em seus três quilômetros. Aqui encontrava-se o Museu Nacional de História Romena, o Palácio dos Telefones – um mastro com 50 metros de altura e primeiro prédio representativo do estilo arranha-céus na cidade, e vários hotéis antigos e novos, bem como  várias lojas de grifes. Caminhando mais um pouco, chegava-se à Praça da Revolução e em seu redor, o Ateneu Romeno – a grande sala de concertos, e o Palácio Real – agora sediando o Museu de Arte Romena – a Biblioteca Central da Universidade e a antiga sede do Partido Comunista. Continuando a caminhada pela avenida, aparecia o mais extravagante e exibicionista prédio de todo o percurso: o Palácio Cantacuzino, mandado construir pelo político conservador Gheorge Grigore Cantacuzino, que estava associado ao compositor George Enescu. Após a sua morte, em 1955, tornara-se o Museu George Enescu. Ao final dessa caminhada, a Calea Victoriei chegava à enorme extensão da Praça da Vitória, uma intersecção de oito vias.

Cidade Velha – Lipscani

Lipscani era o lugar para fazer negócios na cidade entre a Idade Média e o século XIX. Alguns dos nomes das ruas ainda lembram as guildas, que antes eram baseadas: Blănari (Rua dos Furriers) ou Șelari (Rua dos Seleiros). Este pequeno ambiente fora uma das únicas partes da cidade a serem recuperadas após a Segunda Guerra Mundial e renascera como uma zona peatonal elegante, com boutiques, restaurantes e bares instalados em prédios restaurados. Conheça a Pasajul Macca-Vilacrosse, no lado oeste, uma passagem de compras, data de 1891, em forma de garfo, iluminada por vitrais amarelos no teto.

Coleções de Museu Nacional de Arte - Palácio Real -  Praça da Revolução

Era um braço do Museu Nacional de Arte, ficava no Palatul Romanit, que remontava a 1822 e era uma casa particular antes de se tornar o Ministério das Finanças da Romênia. Após o fim da Segunda Guerra Mundial e a absorção comunista, o prédio tornara-se um abrigo de arte confiscada das famílias ricas da Romênia. Existiam 44 coleções no total, mostrando quem era quem na arte romena, dos séculos XIX e XX. Alguns dos artistas elogiados eram Theodor Aman, Nicolae Grigorescu, Nicolae Tonitza, Gheorghe Petrașcu e Theodor Pallady. Também fascinante era o lapidarium, com fragmentos de arquitetura de locais como o Mosteiro Văcărești, derrubado por Ceaușescu, em 1986.

Fábrica de Fundos Plasticos - Strada Băiculești, 29 -

Do lado oposto da cidade, situava-se um antigo Complexo industrial, agora uma ilha criativa e onde havia um dos conjuntos de esculturas mais extravagantes da cidade, denominado Caruta cu Paiate ( Carroça Cata Vento ). Instalada defronte ao Teatro Nacional, homenageava o amado dramaturgo Ion Luca Caragiale, bem como seus personagens mirabolantes. Era um espaço de traçado industrial e onde hoje existiam oficinas de artistas, funcionava um Complexo, onde se produziam e armazenavam produtos usados em artes plásticas: tintas, telas, papel, pincéis, lápis, seguindo a política do regime de fugir às importações. Após 1989 as compras ao exterior recomeçaram e, aos poucos, a manufatura fora perdendo o seu propósito. O espaço mantivera-se propriedade da União dos Artistas Plásticos Romenos, que o convertera em ateliês.

Grande Hotel du Boulevard

Situado no cruzamento da Calea Victoriei com o Bulevardul Regina Elisabeta, alegrava os olhos dos visitantes. Era um hotel luxuoso do final do século XIX, que servira de Quartel General para as tropas alemãs (1941 – 1944), sendo posteriormente utilizado como prédio público, durante o regime comunista (1950 – 1974). Desativado de suas antigas funções, alguns escritórios funcionavam em seus andares superiores, e também permitia locação dos salões para eventos e conferências.

Igreja do  Monastériode Stavropoleos  -   Strada Stavropoleos, 4 -

Era considerado o melhor prédio religioso de Bucareste, tinha uma linda fachada com arcos multi-fólios, pintados com foliate de arabescos e padrões de gavinhas, sustentados por belas capitais. Acima estavam medalhões pintados de santos, e havia muito mais pinturas internas na forma de afrescos de pedra e uma iconostase surpreendente. A igreja datava de 1720 e sua arquitetura era uma expressão perfeita do estilo Brâncovenesc, da Romênia, que mesclava elementos bizantinos, otomanos, renascentistas e barrocos. Ao lado, havia um prédio do início do século XX, que abrigava arte religiosa, como ícones e afrescos de muitas igrejas que foram derrubadas durante o regime comunista, após a Segunda Guerra Mundial.

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Museus e prédios históricos

A Romênia tinhha nada menos do que 75 museus, de vários tamanhos e abrangências, atendendo a todos os gostos dos locais e de visitantes em geral. Veja a seguir os que achamos mais interessantes de mencionar:

Manuc's Inn

Era um lugar de significado real, não apenas porque era um dos prédios mais antigos da cidade. Fora criado pelo comerciante armênio Manuc Bei, em 1802, com o formato clássico de um grande pátio central em torno de dois níveis de galerias de madeira, com quartos para hospedagem, refeições e armazenamento de mercadorias. Na primeira metade do século XIX, era o centro de negócios de Bucareste e, após várias restaurações, as mais recentes no final dos anos 1930, a estrutura essencial permanecera intacta, assim como o restaurante. Situado no extremo sul da Cidade Velha, oferecia cozinha tradicional romena e balcânica, acompanhada de música e dança folclórica, à noite.

Mansão Filipescu Ceausescu - Calea Victoriei 151

Como fora a vida da alta sociedade, na capital romena, nos últimos séculos, podia ser respondido numa visita a esta casa-museu, onde se poderia encontrar mobiliário, coleções de louças, quadros, vestuário e acessórios de outros tempos. A mostra vinha até aos nossos dias, com peças como rádios e televisões antigos, para recordar os anos 80 e 90. Era uma exposição que atravessava várias décadas da sociedade romena. Na entrada, havia uma estátua do famoso Vlad Tepes, o Empalador (que diziam ser vampiro).

Memorial dos Heróis Nacionais - Strada General Candiano Popescu, 105  - Carol Park –

Marcava a sua posição no topo do Parque Carol I, assim nomeado em homenagem ao primeiro Rei da Romênia. Situado na zona mais alta do parque, o monumento (que incluia ainda a chama eterna, em memória de todos os soldados desconhecidos que morreram em diversas guerras), era guardado 24 horas por dia por membros do Exército e de outras forças de segurança nacionais. Deste ponto do parque, era possível ver o Palácio do Parlamento, localizado a cerca de 2 kms de distância. Estação de Metrô mais próxima: Eroii Revolutiei ou Tineretului (Linha M2 – Azul.

Monumento à Resistência

Em 2016, o monumento do escultor Mihai Buculei, fora erigido sobre o pedestal de uma estátua de Lênin, por iniciativa da associação dos ex-presos políticos. A obra, que tinha 20 metros de altura, era composta por três asas de aço inox, estava colocada diante de um dos prédios mais importantes da era Stalin, na atual Praça da Imprensa Livre.

Museu Astra - Şoseaua Pavel D. Kiseleff, 28-30 - 

Era um conjunto de museus, localizado em Sibiu, onde estavam o Museu da Cultura da Transilvânia, o Museu de Tradição Popular, o Museu de Etnografia e o Museu Saxon. Aqui era uma encruzilhada, etnograficamente falando, entre o povo romeno e os saxões que chegaram na Idade Média. Os romenos estabeleceram sua capital não muito longe, no Estado de Valachia. A Associação de Cultura ASTRA, começara a funcionar em 1897, para criar esses museus e preservar a rica herança do passado. Em Bucareste, mantinha o Museu do Povo, no Parque Herăstrău, que expunha o habitat de várias regiões da Romênia. Em Sibiu estava o Museu do Bosque de Dumbrava, a 3 km ao sul, e a casa de Hermes Piata Mica, que abrigava o Museu Internacional de Etnografia.

Museu  da  Corte Antiga -  Franceza Street, 27/31-  Cidade Velha

As ruínas da casa onde morara Vlad Tepes,  permitiam ver uma série de fragmentos e objetos muito interessantes desse personagem, que marcara época na história do país romeno. A Corte ficara praticamente destruída, durante o grande incêndio que devastou a cidade, em 1718, e pelo terremoto que posteriormente golpeara novamente Bucareste. Após essas duas grandes catástrofes, pensaram que a Corte Real havia desaparecido completamente. No entanto, depois dos trabalhos de escavações, encontraram restos significativos do prédio e começaram sua recuperação.

Museu das Vitimas do Comunismo e da Resistência - Strada Corneliu Coposu, 4 -

O Museu Sighet, era um daqueles lugares que ajudavam a entender  um pouco mais a história recente do mundo. Assim como o S21, no Cambodja, era um museu que mostrava os horrores da repressão do comunismo contra seu povo. Era uma antiga prisão e seus três andares e jardins, formavam um museu surpreendente e onde se podia permanecer por pelo menos umas horas. A prisão de Sighet era onde foram interrogados, presos e executados vários intelectuais e cidadãos da Romênia. No térreo se podia ver os rostos de milhares de cidadãos romenos e nos demais andares, havia um exemplo de como era a vida daqueles dias de repressão sob o regime comunista, tão almejado nos dias de hoje pelos desinformados e mau caráter, que habitam vários países pelo mundo à fora, como aqui em nosso Brasil.

Museu de Arte da Romênia – Piazza da Revolução

Estava localizado no Palácio Real,  no centro de Bucareste. Possuia coleções de arte romena medieval e moderna, bem como uma coleção internacional, montada pela Família Real romena. A exposição Sombras e Luz, decorrera de 15 de julho a 2 de outubro de 2005. Com quatro séculos de arte francesa, foi a maior exposição de pintura francesa na Europa Central e Oriental, desde 1945. Foram exibidas 77 obras, incluindo obras-primas de pintores como Poussin, Chardin, Ingres, David, Delacroix, Corot, Cézanne, Matisse, Picasso e Braque.

Museu de Arte Popular -

Estava instalado na casa de um antigo médico, Professor Dr. Nicolae Minovic, que conservava peças que contavam histórias: roupas, louças (a mesa estava posta como antigamente), quadros e um jardim maravilhoso propondo uma pausa para relaxar. Este pequeno museu estava localizado na torre da Fortaleza de Calnic. Tinha dois espaços, e graças a um Curador muito dedicado, estava muito bem apresentado. A entrada para toda o conjunto da igreja, forte e museu custava 5 RON por adulto.

Museu de Coleções de Arte - A bela Casa Romanit - 

Ficava na rua da Victóriei, descendo desde o Metrô da Praça da Vitória, a uns 10 minutos a pé, seguindo à direita. O mais interessante, além do museu, era a bela Casa Romanit, um palácio do começo do século XIX, que fora ampliada e concluída por volta de 1840. Fora construída pelo milionário grego Grigore Romanit, e tornara-se um dos prédios mais luxuosos da rua. Tinha fama, entre a alta sociedade romena, pelo esplendor das suas festas e recepções. A base do museu, vinha de várias coleções de arte pessoais, obras de arte orientais, artistas romenos e europeus, oferecendo a oportunidade de conhecer por dentro uma das casas romenas mais bonitas daquela época de esplendor, ao final do século XIX.

Museu de História Natural Grigore Antipa  - Şoseaua Pavel D. Kiseleff, 1-

Nomeado após o homem que estava no comando, por mais de 50 anos, no início do século XX, este museu de história natural recebera uma grande atualização há alguns anos e fora reaberto em 2011. As exposições multimídia e interativas, agora andavam de mãos dadas com os esqueletos clássicos de dinossauros, taxidermias e dioramas, muitos dos quais foram criados por Antipa, décadas atrás. No porão, havia uma exposição abrangente sobre a biodiversidade da Romênia, enquanto no térreo apresentava com todos os principais ecossistemas da superfície da Terra.

Museu de Ícones Religiosos - Sibiel

Ficava ao lado da Igreja Ortodoxa, da aldeia de Sibiel. Tinha em especialmente uma grande coleção de ícones em vidro. Enquanto a maioria dos ícones religiosos, eram feitos em madeira, em técnicas de vidro que foram criados na região da Trasilvânia, Mures e Fagaras. Os padrões eram muito específicos para cada região, e no museu se poderia ver mais de 600 ícones,  alguns vindos da Bucovina, Áustria e outros países. Os ícones da Transilvânia eram os mais antigos, e eram bem pequenos, como uma pequena foto. Aproveite para visitar a igrejinha que ficava ao lado.

Museu Dimitre Gusti National Village - Şoseaua Kiseleff, 28-30 -

Era um museu a céu aberto, onde estavam as casas tradicionais da Romênia e também igrejas. Era possível visitar todas e algumas tinham as portas abertas e em seu interior se podia ver o mobiliário e peças do vestuários típicos.

​Museu do Banco Nacional da Romênia – Rua Doamnei, 8 -

Estava no mesmo prédio da sede do Banco, por isso as medidas de segurança eram rigorosas. Para visitar era preciso enviar um e-mail para muzeul@bnro.ro onde especificaria a data que desejava visitar e a hora.  Abria de segundas a sextas-feiras e horário de visitas eram das 10.00 as 12.00h e das 14.00 as 16.00h. Era preciso apresentar o Passaporte ou Carteira de Identidade.

Museu do Chocolate – Lipscani Street, 69 - Soseaua Orhideelor no 14 Sector 6 – Cidade Velha -

Eram dois ambientes rotulados de Museu do Chocolate. Entretanto,  estavam mais para lojinhas de chocolates do que para museu. Em Bariloche, na Argentina, uma visita a loja da Havanna, causava mais impacto do que estes dois aqui em Bucareste.

Museu do Esporte -  Marasti Boulevard, 20A -  Sector 1 -

Era um pequeno e ainda novo museu, focado nas atividades esportivas pelo mundo. Tinha uma cafeteria no térreo, que agradava os visitantes.

Museu do Futuro - Strada Ghica Ion, 11 –

Embora este conceito e esta galeria fossem uma novidade na cena artística de Bucareste, o Museu do Futuro provava ser bem sucedido desde a sua primeira exposição. Localizado no Centro Tcheco da cidade, o salão onde as exposições eram exibidas, tinha uma longa história de ser usado como uma sala de projeção ou festa - lugar que ajudara este lugar a se tornar um dos centros culturais mais populares da cidade. Destaque para a qualidade requintada das obras de arte e a forma engenhosa como as quais as obras foram instaladas.

Museu do Kitsch Romeno - Covaci, 6 - Cidade Velha -

Castelos e museus de arte poderiam ser encontrados em qualquer outra cidade, mas este lugar é realmente único e devia ser uma visita obrigatória.

Museu dos Sentidos – Boulevard General Vasile Milea, 4 - 

Inaugurado em janeiro de 2018, tinha os mesmos criadores que o museu com o mesmo tema em Praga. O visitante experimentaria desafios, tanto para o corpo como para a mente, observará, sentirá e será transportada em um mundo alucinante, onde as ilusões de ótica tornavam o impossível factível. Cerca de 40 exposições eram colocadas em 12 quartos, e um deles proporcionava uma viagem através de espaços, entrando por um túnel escuro. Havia muitas exposições interessantes e uma delas era a exposição Head on a platter, onde com a ajuda de uma ilusão de óptica, poderia ver seus parceiros ou outros visitantes com a cabeça em um prato colocado sobre uma mesa. Outra exposição era a Changing faces hedge. A Sala Invertida iria desafiar os seus sentidos, e se isto não fosse o suficiente, a Sala Infinita certamente o faria. Todas estas exposições eram verdadeiramente fascinantes, mas a que despertava maior atenção era a Caleidoscópio.

Museu Etnográfico Franz Binder – Casa Hermés - Praça Mica -

Era filial do Museu Nacional ASTRA. Inaugurado em 1993, este era o único museu romeno que se propunha estudar e valorizar o patrimônio etnográfico fora da Europa. Apresentava coleções exóticas e relatos entre os séculos XIX e XX, formados por doações da Sociedade de Ciências Naturais de Sibiu e particulares. Os objetos vinham do norte da África, do Vale do Nilo, Japão, Brasil e da Austrália.

Museu Nacional da Aldeia Dimitrie Gusti -  Şoseaua Pavel D. Kiseleff, 28-30 -  

Todo o lado oeste do Parque Herăstrău era confiado a um enorme museu ao ar livre, com mais de 270 autênticos prédios históricos. Feitos de pedra, madeira ou espiga (argila e palha),  foram desmontados e reunidos neste local, vindos de todos os cantos do país, de Banat, no Oeste, da Moldávia, no leste, e da Transilvânia, no centro. Cada região tinha seu estilo, sejam as paredes pintadas com cores vivas, desde o Delta do Danúbio até os portais esculpidos de Berbeşti, no centro da Romênia. O museu fora fundado pelo sociólogo Dimitrie Gusti, em 1936 e suas casas mais antigas datavam do século XVIII. Cada casa também possuia uma explicação gravada de seu estilo e região, disponível em inglês.

Museu Nacional de Arte Contemporânea – Setor 5 – Bucareste -

A história da arte contemporânea romena era apresentada com igual ênfase nas dimensões documental e artística, na produção da cultura e no contexto que a determinava,  na exposição dedicada à coleção permanente do MNAC, Seeing History 1947 - 2007, localizada no primeiro andar do museu. Assim, a história contemporânea e a história da arte da Romênia entravam em diálogo, através da exibição sistemática de uma das coleções de museus mais ecléticas do país. Herdada principalmente de outras instituições e refletindo, até 1990, os mecanismos de compra das antigas estruturas de propaganda cultural comunista, a coleção MNAC era capaz de contribuir para uma visão diferenciada da vida artística romena, de uma perspectiva orientada não apenas pelos critérios de valor, mas também por uma visão geral do contexto social, econômico e político.

Museu Nacional de Arte da Romênia – Callea Victoriei, 49 -

Localizado no imponente Palácio Real de Bucareste,  abrigava as coleções de arte romena medieval e moderna, além de uma excelente coleção de arte européia.  Reunia uma atrativa coleção artística e que os amantes de arte desfrutariam muito, percorrendo cada uma de suas salas para conhecer sua beleza e história. Na Galeria Européia, expunha arte medieval (ícones que incorporam tradição bizantina e formas de arte local), obras de artistas canônicos romenos  como Nicolae Tonitza, Theodor Pallady, Camil Ressu, Gheorghe Patrascu e, também, clássicos da pintura europeia: Tintoretto, El Greco, Rubens, Monet, e Renoir. Por ser um museu bastante extenso, recomendava-se ir apenas se tivesse pelo menos duas ou três horas para dedicar à visita.

Museu Nacional de Arte da Romênia - Calea Victoriei, 49-53  -

Depois que o Rei Michael I abdicou, após a Segunda Guerra Mundial, o Palácio Real Neoclássico, na Praça da Revolução, tornara-se a sede do Museu Nacional de Arte da Romênia. As coleções foram danificadas durante a revolução de 1989, mas ainda havia um banquete para os amantes de arte, nas galerias de arte européia, arte medieval romena e arte romena moderna. A seção européia tinha muitos grandes nomes como Lucas Cranach, o Velho, Jan van Eyck, El Greco, Tintoretto, Peter Paul Rubens, Monet e Sisley. Veja também alguns artistas romenos, como os pós-impressionistas Nicolae Tonitza e Ștefan Luchian, e o surrealista Victor Brauner.

Museu Nacional de História da Romênia  - Calea Victoriei, 12  - 

O prédio que servia de sede do Serviço Postal da Romênia, hospedava o Museu Nacional de História, desde os anos 1970. A coleção era mista, mas  continha muitas coisas interessantes. Uma era uma reprodução completa do friso, na coluna de Trajano, em Roma. Também valia ver o Pietroasele Treasure, composto por 12 objetos de ouro góticos da cultura Chernyakhov, criados no final do século IV. Por fim, havia o tesouro romeno no porão, com pedras preciosas usadas por Maria da Romênia (neta da Rainha Vitória), bem como as jóias da Coroa, entre as quais cetros, coroas e espadas cerimoniais.

Museu Nacional George Enescu  - Cantacuzino Palace - Calea Victoriei, 141  - 

Uma das propriedades mais bonitas de Bucareste era o Palácio Beaux-Arts/Art Nouveau, concebido para o Primeiro Ministro Gheorghe Grigore Cantacuzino, no início do século XX. Desde a rua, os elementos que se notava eram o dossel exagerado de ferro e vidro e os dormentes no telhado da mansarda. O prédio tinha uma conexão oblíqua com o célebre compositor da Romênia, George Enescu, já que o filho de Gheorghe Grigore Cantacuzino fora inicialmente casado com a futura esposa de Enescu, que se casou com o compositor, depois que ele falecera. Desde 1956, existia um pequeno museu dedicado a Enescu, em algumas salas do palácio, com objetos pessoais, instrumentos, pôsteres e fotografias.

Museu Romeno do Camponês  -  Soseaua Kiseleff,  3 -  Piata Vicoriei  -

Inaugurado em 1906, a história deste conceituado museu folclórico fora interrompida no século XX, pelo regime comunista, mas reaberto em 1990, não mais do que seis semanas após a morte de Ceaușescu. Naqueles anos intermediários, havia sido um museu para o comunismo, e ainda era possível ver no porão, uma pequena exposição sobre coletivização, preservada para a posteridade. O restante era dedicado à história e cultura da zona rural romena, resumindo 400 anos e apresentando uma diversidade impressionante de roupas, móveis, objetos religiosos e cerâmicos. Havia também uma casa inteira de madeira, trazida do Condado de Gorj, no sudoeste do país.

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