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BRAGANÇA - Portugal 


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Situada no extremo nordeste de Portugal, Bragança era uma antiga cidade cujo castelo mantinha ainda um núcleo urbano medieval dentro das muralhas. Entrando na Cidadela ou Praça de Armas, pela Porta da Vila,  encontraria o Pelourinho, assentado num berrão lusitano que lembrava as origens Celtas da região. Na gigantesca Torre de Ménagem, que na Idade Média vigiava as fronteiras, o Museu Militar contava também a história do castelo, mandado construir por D. João I, sobre fundações do anterior que o 1º Rei de Portugal, Afonso Henriques, edificara. Desde o último piso desfrutava-se de excelente a vista sobre a cidade e a vastidão do horizonte de montanhas que a envolviam. Na Cidadela encontrava-se a Igreja de Santa Maria e a Domus Municipalis, exemplar único de arquitetura civil românica existente em Portugal, onde se reunia o Senado da cidade.

Fora das muralhas, Bragança expandira-se para Oeste, conservando casas nobres e monumentos como a Sé Catedral, a Igreja de São Vicente, a Capela da Misericórdia e a Igreja de Santa Clara. No antigo Paço Episcopal, estava instalado o Museu Abade de Baçal, com um valioso acervo, enquanto o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais apresentava obras desta conceituada pintora e outras coleções de artes plásticas. Nos arredores de Bragança ficava a Igreja de Castro de Avelãs, que recebia os peregrinos de Santiago durante a Idade Média, e aldeias antigas que ainda hoje mantinham tradições comunitárias, como no lagar de azeite e do vinho ou no forno do pão. Encontrava-se dentro do Parque Natural de Montesinho, uma zona de natureza preservada que valia visitar. Na aldeia que dava nome ao Parque ficava um núcleo de interpretação, enquanto em algumas aldeias existiam museus rurais sobre as práticas comunitárias da região. As aldeias de Guadramil e Rio de Onor eram das mais bem preservadas. A fronteira entre Portugal e Espanha atravessava a aldeia de Rio de Onor,  situada assim em ambos os países.

A história de Bragança resumia-se à tentativa de instituir um centro regional dominante na zona mais periférica do Reino. Fora por lá que passara D. Afonso Henriques quando, em outubro de 1143, viajara a Zamora para assinar o Tratado que asseguraria a Independência de Portugal. Fora também nesta cidade que se instalara a Corte Portuguesa, em junho de 1494, quando D. João II fora a Tordesilhas assinar, com Fernando II de Aragão, o Tratado que dividia o mundo a ser descoberto pelos dois países. A Cidadela, remota e isolada, datava do século XII e estava muito bem conservada. Era dever ao visitante admirar o Castelo, com as suas torres de Vigia e calabouços, a Domus Municipalis,  pentagonal e monumento único da arquitetura civil medieval em Portugal, que servia de local de reunião para os homens acreditado pelo Conselho.

Aldeia do Rio Onor

Era uma das aldeias especiais de Bragança, onde se poderia passear pelas ruas, conhecer a Casa do Touro, o Forno comunitário, a Ponte Romana, a igreja, as casas de Xisto e os seus carabelhos. Havia um personagem emblemático chamado Tio Mariano, ilustre contador de estórias ligadas à Vara da Justiça, entidade que servira para registrar as infrações às regras comunitárias e cujas multas eram quitadas em vinho. Durante o período de verão ficava lotada de turistas espanhóis e portugueses durante os fins de semana. Por conta do excesso de visitantes os moradores não gostavam de ser fotografados.

 

Antiga Sé Catedral – Praça da Sé -

Era um prédio em estilo renascentista, construída durante o séc. XVI por iniciativa comunitária e com o apoio do Duque D. Teodósio, tendo Pêro de la Faia e Fernão Pires os seus mestres-de-obras. Destinava-se inicialmente a ser um Convento da Ordem de Santa Clara, mas fora ocupado pela Companhia de Jesus entre 1562 e 1759, funcionando como Colégio. Em 1764, quando se transferira a sede de Bispado de Miranda para Bragança, a igreja passara a Sé Catedral, época em que passara por várias transformações.

Ao centro, podia-se ver um nicho com uma Virgem do Leite com o Menino. O interior era muito bem decorado, destacando-se o arco triunfal com as armas da cidade, o altar-mor de talha dourada do séc. XVIII e os retábulos laterais, da mesma época. Veja a sacristia do século XVII, onde havia uma arca de grande qualidade ornamentada com pinturas a óleo representando cenas da vida de São Francisco de Assis e de Santo Inácio. No as pinturas repetiam o tema de Santo Inácio. O Claustro Renascentista, de dois pisos, mantém a sua estrutura original.

 

Arte Urbana

Camaleão, uma das obras de Bordalo II que era possível observar em Bragança juntamente com as da sua série Trash Animals, – a Gineta e o Camaleão, e ainda o Javali. A cidade era destaque com a realização do SM`ARTE – Festival de Street Arte que acontecia a cada dois anos no mês de junho reunindo obras de nomes como Bordalo II, Draw, Keer, Leon e Mario Belém. A cidade era permeada de obras artísticas significativas.

 

Artesãos de Aveleda

A aldeia de Aveleda, localizada a apenas 15 km da cidade de Bragança, parecia ser um viveiro de personagens criativos. Isidro Rodrigues, por exemplo, ao perceber que já não havia na aldeia artesãos que fizessem as máscaras para o ritual da Festa dos Rapazes, decidira pôr mãos à obra. Para não deixar morrer a tradição, pegara em modelos de máscaras antigas e começara a fazer máscaras com chapa zincada ou latão velho que encontrava no lixo. Gilberto Ferreira, por sua vez, fabricava facas e navalhas artesanais numa pequena oficina e afirmava que:  trans-montano andava sempre com uma navalha no bolso, até porque quem não tinha navalha não comia presunto.  

Capela de Santo Antonio – Rua Dr. Francisco Felgueiras, 36 -

Era uma pequena capela com portal em pedra trabalhada e um brasão coroado. De arquitetura tardo-barroca, fora construída no século XVIII e era uma referência religiosa importante para os moradores.

Casa do Arco - Centro

Era um prédio de arquitetura civil seiscentista, terminando, do lado poente, em torreão. Pertencera à família dos Morais, Pimentéis e Bacelares. Em 1694 fora construída a abóbada que unira as duas casas que pertenciam ao proprietário. No início do século XIX, o solar sofrera obras de ampliação que se mantinham ainda hoje.

Castelo de Bragança –  Rua Dom João V,  62 -

Era um dos mais importantes e bem preservados castelos portugueses, de feição medieval, em estilo gótico e com uma imagem marcante no território e na cidade, que advinha da sua dimensão e da imponência da Torre de Menagem. Do alto das suas muralhas e da torre conseguia-se abranger grande área do território e a Serra de Montesinho. As primeiras construções defensivas remontavam ao reinado de D. Sancho I após uma invasão de tropas leonesas. Um segundo perímetro amuralhado fora erguido em 1293 por D. Dinis. A Torre de Menagem fora construída por ordem de D. João I e concluída em 1439, já no reinado de D. Duarte.

Toda a estrutura defensiva era ainda cercada por muralha ovalada, com implantação irregular e adaptada à morfologia do terreno, reforçada por quinze torres ou cubelos. No interior da muralha destacava-se o antigo prédio da Câmara – Domus Municipalis. A Torre de Menagem, de construção em alvenaria de xisto com cunhais, vãos e elementos estruturantes em granito aparelhado, tinha os diversos pisos em abóbadas de aresta reforçadas por arcos. Os eram de desenho gótico mainelado e uma das fachadas tinha pedra de armas com o Brasão da Casa de Avis. O coroamento da torre era majestoso, com guaritas cilíndricas nos vértices, ameias e seteiras cruzetadas, e balcões com mata-cães. Desde 1936 abrigava o Museu Militar nas dependências da Torre.

 

Centro de Arte Contemporânea Graça Morais – Rua Abilio Beça, 105 –

Inaugurado em 2008, era um projeto arquitetônico de referência, da autoria do arquiteto Souto de Moura, Prêmio Pritzker 2011. A dinâmica deste centro de arte assentava-se num programa de exposições temporárias dos mais conceituados artistas nacionais e estrangeiros e de grandes coleções de Arte Contemporânea, resultantes de co-produções e parcerias com outras instituições nacionais e internacionais de referência. Dispunha de um núcleo de sete salas dedicadas à obra da pintora Graça Morais, num programa expositivo freqüentemente renovado, reforçado ainda por outras iniciativas de âmbito pluri-disciplinar. A Cafeteria tinha uma bela esplanada e um pequeno jardim que formavam um local privilegiado como complemento deste espaço único, paradigma da arquitetura e da arte contemporâneas.

Centro de Fotografias Georges Dussaud – Rua Abilio Beça, 77 -

Criado em 2013, era um espaço dedicado à obra do fotógrafo francês Georges Dussaud e à fotografia em geral. Ocupava o primeiro andar do prédio Paulo Quintela, onde era apresentada uma coleção ímpar da autoria deste prestigiado fotógrafo que, desde 1980, desenvolvera o seu trabalho sobre e no país, e, de um modo muito particular, sobre a região de Trás-os-Montes. Da ampla narrativa de imagens a preto e branco, sobressaiam estórias de vida, universos rurais miraculosamente intactos, povoados de homens, mulheres e crianças, mas também de lugares, de olhares, de cenas de trabalho, de rituais, de gestos e de instantes irrepetíveis sobre um Trás-os-Montes desaparecido. Das cerca de 200 fotografias que constituem este extraordinário acervo, onde se cruzavam o documental e o artístico, sobressaia a marca autoral de um fotógrafo que sempre reivindicou para as suas imagens uma visão positiva e poética da realidade.

 

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Clube de Bragança – Praça da Sé, 3 -

Este emblemático prédio conhecido como Redondo, fora ocupado em 1911 pelo Centro Republicano Emídio Garcia (fusão do Centro Republicano com o Clube de Caçadores). Em 1935 tivera o seu nome alterado para Clube de Bragança. A sua existência remontava à criação da República, quando surgiram centros para debater e difundir os ideais republicanos em todo o país. Na história do clube houve momentos de glória e de intenso dinamismo, muito particularmente nos anos posteriores a 25 de abril de 1974, sendo famoso e conhecido pelas suas festas de fim de ano e Carnaval. Destacava-se no piso térreo o Café Chave d'Ouro, em funcionamento desde os anos 20.

Corredor Verde do Rio Fervença -

Era Passadiços junto ao Rio Fervença, um dos novos espaços públicos para usufruto dos bragantinos. Também conhecido como Parque Urbano do Fervença, o Corredor Verde do Fervença era uma área urbana requalificada. Tinha uns passadiços de madeira que convidavam à prática de desporto ou passeios em família, promovendo um diálogo mais estreito entre os bragantinos e o seu rio.

 

Domus Municipalis – Rua da Cidadela, 112 -

Era um exemplo único no país da arquitetura civil românica e o ex-libris de Bragança. Com a forma de um pentágono irregular, era composto por uma cisterna abobadada sobreposta por uma galeria ampla com janelas em redor, que se identificava como o local de reunião dos denominados homens-bons do Conselho. Era singular também pelo material utilizado, a pedra, que fora uma das razões da sua conservação até aos nossos dias. Em termos decorativos, de salientar a escultura notável dos frisos utilizando o imaginário românico. O interior, amplo, era corrido por uma bancada ao longo das paredes e na face de maior extensão abriam-se duas portas. As janelas tinham moldura lisa, exceto sete, que eram decoradas com uma arquivolta e ornatos em forma de estrela. A cobertura, um telhado de cinco águas, fora colocada no século XX, durante uma grande campanha de restauração.

 

Igreja da Misericórdia – Rua Primeiro de Dezembro, 8 –

A origem da Santa Casa da Misericórdia remontava ao ano de 1518 e fora a partir dela que surgira a necessidade de construir uma igreja dedicada ao Espírito Santo. Assim surgira a primeira igreja do local, a Capela do Espírito Santo. Mais tarde, viera a Capela da Madalena e depois, no mesmo espaço fora construída a Igreja da Misericórdia, em 1539. Era uma igreja bastante antiga, simples e com muita história.

No interior destacava-se o altar-mor, que fora talhado por Manuel de Madureira, em 1682 e mostrava o estilo maneirista – um estilo que surgira como resposta e reação aos valores clássicos e ao humanismo renascentista. O retábulo central tinha doze figuras e representava Nossa Senhora da Misericórdia. Nas laterais, os altares eram obras posteriores a essas datas e a fachada, que hoje em dia eram revestidas por azulejos, datavam do fim do século XIX. Numa capela anexa, podia-se admirar uma bela imagem do Senhor dos Passos, dos fins do século XVIII.

 

Igreja da Sé – Rua Alexandre Herculano, 10 -

Em 1535, a Câmara de Bragança decidira criar um Convento de Irmãs Claríssas, em terrenos pertencentes ao Mosteiro Beneditino de Castro de Avelãs. Para a execução da obra e direção dos trabalhos, iniciados em 1539, foram contratados como mestres de obra Pêro de la Faia e Fernão Pires. Patrocinado por D. Teodósio I, 5º. Duque de Bragança, o Complexo Conventual fora concluído em 1550. Havia relatos que embora o Convento estivesse terminado, não havia religiosas suficientes para o seu funcionamento, pelo que o prédio fora entregue à Companhia de Jesus, em 1561, que o transformara em colégio. Os colégios jesuítas eram por norma, construídos de raiz, apresentando conjuntos edificados de grandes dimensões, um grande casarão onde a igreja se integrava e articulava, mas diferente dos Conventos tradicionais. Assim, como o Convento se apresentava pequeno para a instalação do colégio, a Companhia de Jesus decidira reformar o prédio. Esta obra contemplara transformações estruturais, visando ampliação do espaço, tanto das dependências como do interior da igreja.

Junto à cabeceira do templo fora aberta uma galilé toscana, que dava acesso aos complexos conventuais, procedida pela torre, cujas ameias de remate e os relógios foram executados durante o restauro que a fachada da igreja fora objeto entre 1930 e 1931. O espaço interior, de nave única, era coberto por abóbadas de nervura com mísulas policromadas. Destacavam-se no programa decorativo os retábulos de talha dourada em estilo joanino, que decoravam os altares laterais e a capela-mor.  sacristia, decorada no século XVII, possuía teto de madeira dividido em painéis, com pinturas a óleo representando a vida de Santo Inácio de Loyola. A Arca, com espaldar, era decorada por imagens das vidas de São Francisco de Assis e Santo Inácio.

Igreja de Santa Clara –

Embora nada atraente do lado de fora, exceto para a entrada do renascimento, valia entrar para ver o interior. Destaque para os afrescos que decoravam todo o teto de madeira abobadado, com representações da vida da Virgem. Também a capela-mor, toda em dourado, precedido por uma grande escultura bastante ornamentada e arco triunfal. Era dedicada a também a Nossa Senhora das Graças reconhecida como padroeira da cidade. Fora construída no final do século XVI a casa para um Convento das Irmãs. Era quase em frente do Museu de Arte Contemporânea, a poucos passos do Palácio Episcopal e da Igreja da Misericórdia. Igreja e Convento de Santa Clara destinavam-se a acolher filhas e netas dos cidadãos de Bragança, e sua construção fora iniciada em 1569 e concluída em 1697.

 

Igreja de Santa Maria –  Rua da Cidadela s/n - Santa Maria - 

De origem românica e erguida no século XVI, era a mais antiga igreja de Bragança. As intervenções nos séculos seguintes concederam-lhe as expressões renascentistas e barrocas que vemos atualmente. Assim como os outros monumentos da mesma época, a entrada era feita por pequenos degraus. Estava situada junto ao Domus Municipalis, destacando-se suas colunas mouras de ladrilho; a curiosa pintura ao fresco no teto, em que se representava a Assunção da Virgem; e a figura de Santa Maria Madalena, do século XVII, instalada sobre o altar maior. A planta baixa da igreja era românica, o pórtico barroco e alguns dos elementos da decoração eram renascentistas.

Igreja de São Bento – Rua de São Francisco, 12 –

Estava integrada a um Convento fundado em 1590, por ordem de D. Maria Teixeira, ocupando as casas que lhe pertenciam. Ainda hoje, eram visíveis as pedras de armas na fachada do templo e o frontão de estilo barroco. No interior destacava-se o teto da abobadado da nave, com pinturas da autoria de Manuel Caetano Fortuna, a capela-mor com retábulo de 1721 e o teto que ostentava uma excelente pintura cenográfica, com uso da técnica Trompe-l'oeil.

Igreja de São Vicente –  Rua General Sepúlveda, 10 -

Localizada em frente ao Monumento aos Combatentes da Grande Guerra, a Igreja de São Vicente era um pequeno e singelo templo religioso. Sua origem remontava ao século XIII, época em que funcionara como igreja paroquial. Fora reconstruída no século XVI, por ordem do então Bispo D. António Pinheiro e novamente no século XVII devido a uma derrocada, mantendo a estrutura medieval na cabeceira com alterações notórias em estilo barroco. Era relembrada pelo episódio lendário do casamento secreto de D. Pedro (Rei entre 1357-67) com a dama de Corte Inês de Castro, em 1352, celebrado pelo Deão da Sé da Guarda D. Gil. Fora também aqui que o General Sepúlveda proclamara perante o povo de Bragança a oposição contra a invasão francesa comandada por Junot, em 1808. O fato estava registrado num painel de azulejos, instalado na fachada Sul em 1929.

Jardim da Avenida João da Cruz –

Era uma ampla Avenida paisagística entre a Rodoviária e a Praça dos Correios. Tinha duas faixas em cada sentido, separado pelo  Paço Episcopal. Construído no século XVIII, abrigava a residência oficial dos Bispos durante metade do ano, uma vez que a Diocese era partilhada entre Miranda do Douro e Bragança. O nome era homenagem ao Padre Francisco Manuel Alves, Abade de Baçal, homem erudito com gosto pela investigação histórica e artística da região, que muito contribuíra para a concepção e construção do museu.

 

A exposição propiciava conhecer a história religiosa, social, política, econômica e artística do Nordeste Transmontano e a memória do antigo Paço Episcopal. A pré-história e a proto-história da região estavam documentadas através de artefatos e outros objetos das sociedades e metalúrgicas. Da romanização nordestina eram testemunhos as estelas funerárias, aras, marcos mobiliário, instrumentos agrícolas, cerâmicas e objetos de adorno. Dispunha de um núcleo de numismática nacional e de ourivesaria dos séculos XVIII e XIX e, ainda, um conjunto significativo de mobiliário.

Mercado Municipal

Era uma estrutura moderna e acolhedora, adaptada às necessidades do público em geral e a pessoas com mobilidade reduzida ou condicionada. A enorme  variedade de serviços como multibanco, tabacaria, restaurante, Café, e pequenos comércios que estavam aqui instalados asseguravam uma diversidade de oferta aos clientes que lhes permitiria desenvolver um conjunto de tarefas e atividades num só espaço, o qual estava ainda dotado de estacionamento subterrâneo. Funcionava de segunda a sábado das 8.00 às 19.00h e domingo das 8.00 às 13.00h.

Mosteiro e Igreja de Castro de Avelãs –

Construído em época medieval, o antigo Mosteiro Beneditino de São Salvador de Castro de Avelãs tivera grande influência no povoamento da região, aparecendo na documentação do século XIII como uma instituição religiosa detentora de grande riqueza e a mais poderosa de Trás-os-Montes durante o período medieval. Extinto em meados do século XVI, a mesma bula que criara a Diocese de Miranda do Douro, extinguira este cenóbio e, conseqüentemente, o prédio entrara num processo de degradação e dilapidação. Do Complexo Monacal primitivo só restava hoje, de genuína arquitetura românica cluniacense, a cabeceira do templo, de remate semi-circular e revestimento em tijolo, com manifesta influência inspiradora da arte leonesa de Sahagun. A planta original incluiria três naves, apenas restando atualmente a central. No interior de um dos absidíolos, agora aberto ao exterior, abrigava-se uma arca tumular em granítico.

 

Museu Ibérico da Máscara e do Traje – Rua Dom Fernão O Bravo, 24/26

Era um dos museus mais importantes e curiosos da cidade. Estava localizado na rua principal da Cidadela, que unia a Porta da Vila, com a Porta do Sol. Inaugurado em 2007 era o resultado de uma cooperação internacional entre Espanha e Portugal, em especial entre as cidades de Bragança e Zamora, dada a sua proximidade. O tema do Museu era o Carnaval e a exposição era composta de três salões (um em cada andar do pequeno prédio), que exibia mais de 50 diferentes trajes e máscaras de Carnaval na região:-

 

Sala 1 : festivais de inverno português, na região de Trás-os-Montes

Sala 2: as partes da região do Alto Douro em Zamora;

Sala 3: Carnaval em ambas as regiões.

 

Faltava era uma explicação sobre as tradições e costumes, que indicasse a razão da roupa e sua origem. Abria de terça a domingo das 9.00 às 13.00h e das 14.00 às 17.00h.

 

Museu do Abade de Baçal – Rua Doutor Abílio Beça, 27 -

As principais coleções que integravam o acervo era arqueologia, arte sacra, epigrafia, etnografia, pintura, ourivesaria, numismática, e mobiliário. Destacavam-se, na pintura, os quadros de José Malhoa, Abel Salazar e um conjunto de cerca de 70 desenhos de Almada Negreiros. Para quem aprecia museus de arte, era uma recomendação importante para visitar

 

Museu Militar – Torre de Ménagem – Castelo

Instalado no interior do Castelo desde 1983, ocupava os quatro pisos,  dezesseis salas, terraço e cripta da Torre de Menagem, bem como todo o espaço exterior que era ladeado pelos cubelos, incluindo a Torre da Princesa. Abrigava um acervo de grande valor histórico, que possibilitava acompanhar a evolução do armamento ligeiro, desde o século XVI, até meados do século XX. Promovia a valorização, o enriquecimento e a exposição do patrimônio histórico-militar e a divulgação dos valores culturais ligados à história militar.

 

Porta da Vila –

Era a principal porta de entrada para a cidade que se abria no muro com duas opções: para o exterior e Barbican para dentro, e para a Porta de Santo Antonio. Era um arco ogival e estava rodeada por duas torres resistentes.

 

Praça da Sé –

Situada no lado de fora das muralhas da Cidadela, fora construída a partir do século XV recebera esse nome porque era a Igreja da Antiga Catedral. Além da antiga Catedral, havia dois outros elementos de destaque: um cruzeiro de pedra do século XVI e o Solar dos Calainhos, uma casa brasonada do século XVI. Aqui estava o melhor restaurante da cidade: Solar Bragançano, recomendado pelo Guia Michelin. Desta praça partem as principais ruas comerciais da cidade: A Rua da República, Herculano, Combatentes da Grande Guerra, Abílio Beça, e Almirante Reis. Na parte de trás estava a Praça Camões, onde ficava a Biblioteca e o Centro Cultural Municipal, e os restos do prédio do antigo Mercado Municipal.

 

Praça de Camões

Ficava entre a Praça da Catedral e o Corredor Verde de Fervença. Homenageava o ilustre poeta e escritor português Luis de Camões, cuja obra mais famosa fora Os Lusíadas. Em um dos lados da praça havia uma Placa Memorial colocada no V Centenário da sua morte, por um grupo de ex-alunos do Liceu de Bragança. Era uma praça ampla com um estacionamento subterrâneo. Era onde estavam as ruínas do antigo Mercado e uma moderna escultura de aço híbrido, uma fonte cujos jatos vinham diretamente da calçada, e o acesso ao Centro Cultural Municipal.

 

Porta do Sol

Era outra das principais entradas de acesso, que se abria para o recinto amuralhado pelo lado leste  em frente a Porta da Vila. Era formada por um arco de meio ponto, ladeado por duas enormes torres com ameias de plano quadrado. Desta porta começava a rua da Cidadela, um eixo que atravessava de leste-oeste pela parte central de todo o espaço definido pelas muralhas.

 

Praça  Professor Cavaleiro de Ferreira ou Praça 1º de Maio -

Era homenagem ao professor de Direito e político Manuel Cavaleiro de Ferreira, era também  conhecida como Praça 1º de Maio, por ser palco de atividades políticas, educativas e promocionais. Construída em 1957 segundo projeto do arquiteto Fonseca Modesto e situava-se no final da Avenida João da Cruz, em frente ao Teatro Municipal. Era uma grande praça empedrada com pavimentação tipo estrada portuguesa, onde num dos extremos havia uma fonte ornamental em granito conhecida por Taça ou Peixe porque era encimada pela figura de um peixe de cuja boca sai um jato d`água.

 

Praça Municipal -

No passado era conhecida como O Campo de Touros, por servir de palco para festividades relacionadas aos animais. Surgira na segunda metade do século XVI, durante a prelatura do Arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus. Este fato constituiria a primeira grande incursão do domínio público no setor ao Norte do eixo definido pelas ruas do Souto e D. Diogo de Sousa, no espaço então dominado pela Quinta e hortas do Paço de Arcebispo. Em 1715 D. José de Bragança, mandara aí construir uma nova ala do Paço do Arcebispado.

 

Praça Velha

Era uma das praças mais antigas da Cidade Nova, estava localizada fora dos muros da Cidadela era também conhecida por Largo do Principal ou Praça de São Vicente. Era um pequeno quadrado chapado, situado na confluência das ruas Combatentes da Grande Guerra e Serpa Pinto. Mercados de touradas e legumes no século XVII realizavam-se aqui. No centro da Praça ficava o Monumento aos Mortos na Primeira Guerra Mundial, uma espécie de obelisco com placas comemorativas que listava os nomes das vítimas.

 

Torre de Ménagem

Era o prédio mais impressionante do Castelo de Bragança, situada no centro da cidade e era conhecido pelo seu grande tamanho, tinha uma planta quadrada, com 17 metros de lado e 34 metros de altura, cinco pisos e se destacava consideravelmente das muralhas que estavam ao seu redor, medindo 6 metros de altura. Na fachada sul se podia ver o escudo da Casa de Avis (monarca que promovera  sua construção) e várias janelas góticas. Abrigava o Museu Militar.

 

Trilha do Carvalho

Era integrada ao projeto Nove Passos, que visava promover um percurso pedestre em cada um dos Conselhos que integravam a Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, era um caminho pedestre circular outrora denominado apenas como PR-11 – o lado português do Rio Onor, com início e fim na aldeia de Rio de Onor, e cujo nome se devia a um carvalho centenário que era possível observar durante a caminhada. Este percurso poderia ser visitado ao longo de todo o ano, com boas possibilidades de observação de veados. Ainda assim, o período entre setembro e outubro, coincidente com a época da brama, era o período mais adequado para observá-los em estado selvagem. A brama corresponde ao período de acasalamento da espécie, em que muitos animais se juntavam em grupos, e os machos assinalam a sua presença através de fortes bramidos. Nessa altura, especialmente nos períodos do nascer e do pôr do sol, a probabilidade de ver e escutar animais desta espécie era mais elevada. Havia no percurso a presença de uma árvore notável, um carvalho-negral centenário, de grandes dimensões, que inclusive era a base do nome do caminho.

Onde dormir

Exe São Lázaro - $$$$ - Avenida do Sabor, 2 -

Oferecia quartos espaçosos com vista para o Castelo de Bragança e para as Serras dotado de ar condicionado, confortáveis e largas camas, banho completo, acesso grátis a Internet, e comodidades para café. Servia um bom café da manhã, tinha piscina e um centro de bem estar e Spa.

Hotel Santa Apolônia - $$$ - Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro, 378

Estava localizado a meio caminho entre o centro histórico e a Auto-Estrada IP4. Os quartos eram simples e confortáveis, dotados de TV HD, banho completo com amenidades e secador de cabelos, acesso grátis a Internet, cafeteira elétrica e acesso grátis a Internet. Alguns quartos eram especiais para hóspede cadeirante. Tinha estacionamento e oferecia um excelente café da manhã.

Pousada de Bragança  São Bartolomeu -

Estava situada no topo de uma colina da Serra de Nogueira e proporcionava vistas panorâmicas para a cidade e para o Castelo de Bragança. Os quartos tinham uma varanda com vistas para a piscina exterior e para as muralhas do castelo medieval. Todos os quartos tinham TV HD por satélite, acesso grátis a Internet, frigobar e um bom banho. Seu Restaurante

Geadas oferecia pratos típicos das cozinhas lusa e espanhola. Tinha quartos para cadeirantes e estacionamento cortesia.

 

Onde comer

 

Solar Bragançano – Praça da Sé, 34 –

Especializado nos melhores pratos da cozinha portuguesa, tinha destaques para os caldos, bacalhau, pescados e até a perdiz. Destaque para a excelência do atendimento, o bom vinho da casa e as sobremesas. Aproveite e peça uma sopa de castanhas...

Restaurante Javali – Estrada do Portelo, km 5 –

Era especialista em pratos com perdiz com polenta, um saboroso terrine e o filé americano. Era muito bem recomendado pelos moradores e fora destaque por receber o Prêmio Bib Gormand por se destacar pela excelente comida e bons preços. As queijadas e os flans fechavam a conta...

 

Restaurante Casa Nostra – Rua Alexandre Hercjulano,  34 – 1º DT –

Entre os restaurantes de cozinha Italiana e mediterrânea, era um dos melhores. Destaque para as saborosas  pizzas no forno à lenha, as massas e os pratos de bacalhau. Servia uma ótima Sangria e tinha uma boa carta de vinhos e cervejas artesanais. Para fechar a conta, vinham as mousse de chocolate  e o tiramissú.

 

Restaurante Rosina – Rua Combatentes da Grande Guerra,  169 -

Oferecia pratos da cozinha Italiana e portuguesa com destaque para o espaguete carbonara, a lasanha ao forno e o bacalhau às natas e ao Pipo. Tinha uma boa carta de vinhos e servia um ótimo tiramissú acompanhado de licores ou um café feito na hora.

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