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BRAGA e seus Museus - Portugal - 2/2 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Museu da Imagem – Campo das Hortas, 35 –

Instalado na Torre da Porta Nova, uma das entradas na muralha medieval, foi criado em 1999 por iniciativa da Câmara Municipal. Dedicado à arte fotográfica, o ponto de partida era a conservação e divulgação do arquivo, de uma antiga casa de fotografia de Braga, a Foto Aliança, mas rapidamente o projeto ganhava expressão com a apresentação da história visual da cidade, ao longo do tempo. As atividades do museu eram dinamizadas pela realização de debates e seminários, que procuravam refletir sobre a contribuição desta arte, no cenário cultural e sobre a sua evolução estética.
 

Museu Dom Diogo de Souza – Rua dos Bombeiros Voluntários –

Criado em 1918, foi revitalizado em 1980 como Museu de Arqueologia. Dependente do Instituto de Museus e da Conservação e do Ministério da Cultura, o Museu exercia a sua atividade no domínio de apoio à investigação e valorização do patrimônio arqueológico. Possuia um laboratório de restauração e serviços técnicos especializados. A área disponível ao público contemplava um auditório, exposições temporárias e permanentes, loja, serviços educativos, biblioteca, cafeteria e um bonito jardim. O nome do Museu estava associado ao Arcebispo Dom Diogo de Souza, a quem coube determinar importantes medidas de remodelação urbanística em Braga e o fato de ter reunido os testemunhos arqueológicos mais antigos da cidade, até então dispersos. Entre os séculos, XVI e XIX, registraram-se algumas iniciativas para criação de um museu, mas só em 1918 surgiu o Museu de História da Arte e Arqueologia. Por conta de circunstâncias adversas, o museu não tinha um funcionamento regular até 1980, altura em que foi revitalizado como Museu Regional de Arqueologia. Foi reaberto ao público em Junho de 2007.


​Museu do Traje Dr. Gonçalo Sampaio – Rua do Raio, 2 -

Era um espaço dedicado à etnografia do Baixo Minho, com exposição permanente de diversos trajes do século XIX, recolhidos no Distrito de Braga, como o traje de Encosta, traje de Ribeira, traje de Valdeste, traje de Sequeira ou traje de Capotilha ou Vale do Cávado, sendo este último o traje mais característico da cidade de Braga. Neste espaço, era possível conhecer um pouco da história popular da região e os instrumentos musicais que nunca faltavam numa festa popular: Concertina, Cavaquinho, Viola braguesa, Clarinete, Bombo ou Ferrinhos, eram ainda alguns dos instrumentos marcadamente tradicionais da cultura minhota que se encontravam em exposição.


Museu dos Biscainhos   - Rua dos Biscaínhos s/n.

Integrado ao Palácio dos Biscainhos, em tempos uma casa da nobreza com origem no século XVII, estava situado perto do Arco da Porta Nova  e da Sé  e merecia a recomendação de visita obrigatória. O Palácio dos Biscainhos foi construído em 1712, pelo arquiteto e mestre pedreiro Manuel Fernandes da Silva, a mando de Deão Francisco Pereira da Silva, para servir como sua habitação. A residência senhorial foi sendo ampliada pelos Condes de Bertiandos e o prédio, chegou a receber o Rei D. Luís I, o que demonstrava a importância que esta família nobre e o palácio gozavam à época.


Museu dos Cordofones – Av. António Gomes Pereira, 13  - Tebosa-

Era constituído na sua essência, por todos os instrumentos de corda pertencentes à coleção de Domingos Machado, cuja vida e obra deste artesão de Braga eram reconhecidas internacionalmente. Era conhecido pelos colecionadores de instrumentos típicos e especialistas e constava em publicações, nacionais e estrangeiras da especialidade. Inaugurado em Setembro de 1995, a sua singularidade residia no fato de todos os cordofones expostos terem sido construídos pelo próprio artesão, seguindo os métodos ancestrais que lhe foram legados por seu pai. Reunia várias coleções de instrumentos de corda: cavaquinhos, violas clássicas, guitarras, banjos, banjolins, bandolins e violas típicas. Alguns eram exemplares únicos que foram copiados precisamente para fazer parte do espólio notável que este espaço continha. Possuia ainda os instrumentos mais característicos da região, como os cavaquinhos e as violas braguesas. Alguns destes instrumentos eram raros, como a viola de arco, do século XVII, a viola barroca do século XVIII, e até um exemplar de um dulcimer americano. As visitas podiam ser feitas de Segunda a Sábado das 9.00 as 12.00 e das 14.00 as 19.00h.


Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna - São João do Campo - Terras de Bouro.

Inaugurado em 1989, foi criado para preservar a memória e o espólio da pequena aldeia de Vilarinho das Furnas, submersa em 1971 pelas águas da barragem a que deu o nome. O povoado, a vida e a organização comunitária agro-silvo-pastoril, o culto religioso, a vida quotidiana e as lides domésticas, os ofícios tradicionais de sapateiro, carpinteiro e artesão, tudo isto era retratado neste Museu que devia a sua existência ao desejo e esforço dos antigos habitantes da aldeia. Abria de terça a domingo das 9.00 as 17.30h.


Museu Medina – Rua de São Paulo, 1 –  Largo de Santiago -

Fundado por Luciano Afonso dos Santos, estava instalado juntamente com o Museu Pio XII, no Seminário Conciliar de Santiago. No dia da inauguração, 21 de Junho de 1984, o pintor Henrique Medina ofereceu sua obra à Arquidiocese de Braga. Além de expor a obra do pintor, era uma homenagem a Henrique Medina. Abrigava a maior coleção de suas obras, constituída por 76 obras do autor, 21 desenhos e 55 telas com variados temas, desde figuras ilustres a interiores, paisagens e naturezas mortas. Em 2009 a americana Diane B. Jergins ofereceu duas telas do pintor, uma com um seu retrato e outra representando a sua mãe Dorothy B. Jergins.


Museu Nogueira da Silva – Avenida Central, 61 –

Sua fundação era devida ao legado feito em Setembro de 1975, a favor da Universidade do Minho, por D. Antônio Augusto Nogueira da Silva. Originário de uma família bracarense, ele desenvolveu uma atividade filantrópica que levou o Estado e a Igreja a distingui-lo com várias Ordens Honoríficas. A dimensão do prédio, o jardim e  sua posição no centro da cidade, tornavam possível a disponibilização de espaços para atividades culturais complementares ao Museu, como a Galeria da Universidade, onde se realizavam exposições temporárias de arte; auditórios para conferências e concertos; a fototeca, onde se conservavam vários arquivos fotográficos e o serviço educativo com uma variada programação de atividades para as escolas. A exposição permanente incluia uma importante coleção de porcelanas, peças de mobiliários, pintura, prata, marfim e algumas tapeçarias e azulejos. Visitas ao Museu podiam ser feitas de terças a sabados das 10.00 as 12.00 e das 14.00 as 17.00h.


​Museu Pìo XII -  Largo de Santiago, 47 -

Implantado no coração da cidade, exibia uma das mais relevantes coleções de arqueologia e arte sacra do Norte de Portugal. As belas artes aqui tinham especial lugar com uma Galeria consagrada ao pintor Henrique Medina. Não faltava ainda uma torre medieval, com oratório tardio-barroco. Instalado no Seminário de Santiago, dispunha de um vasto espólio nas áreas da escultura, lítica, numismática, cerâmica, têxtil, ourivesaria e pintura, possuindo uma parte representativa da obra do pintor Henrique Medina, num total de 50 quadros e 20 desenhos. Integrava a Torre Medieval onde, ao longo de cinco pisos narrava a história da cidade. O 1º piso ilustrava o período dos brácaros à reconquista; no 2º piso, contemplava-se a Braga medieval; o 3º piso colocava-nos no renascimento, a dilatar-se por belas praças; o embelezamento desses novos espaços obra dos arquitetos André Soares e Carlos Amarante, era narrado no 4º piso; o último piso mostrava a Braga atual. Para completar a visita, valia a subida ao cimo da Torre para apreciar o panorama sobre a cidade, identificando os vários núcleos urbanos.


Núcleo Museológico de São Martinho de Dume – Rua do Passal, 4 -

Era um projeto cultural da União de Freguesias Real Dume-Semelhe, composto pelo prédio que albergava o Túmulo de São Martinho de Dume e pelas Ruínas Arqueológicas (Basílica e Mosteiro Suevo e o Balneário Romano), classificadas como Monumento Nacional. O visitante poderia visualizar vídeos de contextualização no Auditório e iniciar depois uma espécie de viagem no tempo, circulando em cave pelo adro e interior da igreja, vendo as ruínas da Villa Romana e do Mosteiro e Basílica Suevas, terminando na Sala do Túmulo. Os estudos arqueológicos, iniciados em 1987, permitiram identificar a planta da Basílica, mandada construir pelo Rei Suevo Charrarico. Consagrada a São Martinho de Tours, era um exemplar único no contexto peninsular, seja pelo modelo arquitetônico, seja pela sua dimensão. Poucos anos depois, São Martinho de Dume adaptou a Villa ao Mosteiro, que sobreviveu até ao fim do século IX. A entrada custava 5 Euros.


Tesouro – Museu da Sé de Braga – Rua D. Paio Mendes –

Estava instalado desde a sua fundação, em 1930, na antiga Casa do Cabildo. A Exposição Permanente, Raízes de Eternidade. Jesus Cristo – Uma Igreja, consagrada à arte sacra, permitia através dos diferentes núcleos, rever a vida de Jesus Cristo e a História da Igreja em Braga. Esta era contada tomando como referência alguns arcebispos, desde o século V até ao século XX, uma lição de História e de Arte que se completava com a visita às salas de ourivesaria e paramentaria. Abrigava algumas das peças mais relevantes para contar a história do país, como o túmulo Paleo Cristão, do século V-VI, o Cofre de Marfim, de 1004-1008; o Cálice e a Patena de São Geraldo, do século XI. Havia outras peças em destaque como a escultura da Virgem do Leite, de 1515; o órgão Portátil, de 1685; e a Mitra e as Luvas do Arcebispo D. Gonçalo Pereira, que era considerado único no contexto da indumentária religiosa existente em Portugal. Algumas peças eram autênticas descobertas, como os sapatos litúrgicos do Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles, ou o asterisco, peça muito original, mas com uma função muito prática: não deixar a hóstia esvoaçar. As coleções testemunhavam, no seu conjunto, mais de XV séculos da história da Arte e da vida da Igreja em Braga. Em formação desde a sua fundação, em 1930, acolhia um valioso espólio, constituído por coleções de cerâmica, escultura, medalhística, mobiliário, numismática, ourivesaria, pintura e têxtil.

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