GUIMARÃES - Berço da nação portuguesa - 1/2



Situada no Distrito de Braga, a apenas 55 km da cidade do Porto, a pitoresca cidade de Guimarães, era um dos mais importantes destinos históricos de Portugal. O primeiro Rei de Portugal, Dom Afonso Henriques, escolhera esta antiga cidade romana como capital do Reino de Portugal, após sua vitória na Batalha de São Mamede, em 1128. Era reconhecida como Berço da Nação, e um local fascinante para visitar, com seu histórico Castelo e um bem preservado bairro medieval. A cidade fora classificada como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2001.
A cidade era um labirinto de vielas sinuosas, ladeadas por casas antigas decoradas com estatuária que conduziam à bela praça principal, o Largo da Oliveira, e ao antigo Palácio Ducal. A melhor época para apreciar o ambiente medieval de Guimarães, era a primeira semana de Agosto, durante a qual se celebravam as Festas Gualterianas, que se realizavam desde 1452, como um importante mercado de artesanato de estilo medieval, feira de artes e animado desfile de trajes típicos pelas principais ruas da cidade.
Referências históricas e turísticas
Antigos Paços Municipais
Por cima das arcadas que ligavam a Praça de São Tiago ao Largo da Oliveira, encontrava-se o prédio dos Antigos Paços do Concelho, onde tomavam assento os homens que governavam a cidade. A sua construção teria iniciado no século XIV, prolongando-se até meados do século XV, época em que reinava D. Afonso V. Entre os séculos XVI e XVIII o prédio passara por várias reformas. Mais tarde, em 1877, era colocada na sua fachada a escultura de um guerreiro, proveniente do antigo prédio da Alfândega. Segundo a tradição, este guerreiro simbolizava o duplo contributo dos guimaranenses, nas conquistas realizadas na África.
Campo de Atacama –
Fora o local onde ocorrera a Batalha de São Mamede, em junho de 1128, na Freguesia de São Torcato, onde Afonso Henriques levara de vencida os inimigos espanhóis, conquistando assim a soberania do Condado Portucalense. Nesse contexto, o Campo da Atacama era um local simbólico, considerado como origem da nação Portuguesa. No local foram erigidas sete estátuas esguias e muito bonitas, simbolizando essa importante batalha para a Independência de Portugal. Ficava nos arredores de Guimarães, a 5 km do centro.
Casa da Memória - Av. Conde de Margaride, 536 –
Era um centro de interpretação e conhecimento que expunha, interpretava, refletia e comunicava testemunhos materiais e imateriais, que contribuíam para um melhor conhecimento da cultura, território e história de Guimarães e de seu povo. Era um lugar de encontro da comunidade com o exterior e da comunidade consigo própria, que propunha uma visão múltipla, diversa e não linear do passado, presente e futuro de Guimarães.
Na Casa da Memória poderia encontrar histórias, documentos, fatos e objetos que permitiam conhecer diferentes aspectos da comunidade guimaranense, através de um largo arco temporal: da pré-história à fundação da nacionalidade, das sociedades rurais e festividades, à industrialização do Vale do Rio Ave, e à contemporaneidade. Através de uma leitura cronológica da história era ainda possível conhecer os marcos que modelaram a região de Guimarães e compreender a evolução das suas transformações sociais e geográficas.
Capela de São Miguel do Castelo - Rua Conde Dom Henrique, 3 -
Nesta capela da Igreja de São Miguel da Oliveira, contava a lenda que fora onde ocorrera o batizado do primeiro Rei de Portugal, Dom Afonso Henriques. O templo datava do século XIII, ainda guardava sua pia batismal, que fora utilizada na cerimônia. A entrada era gratuita e a capela abria das 09.30 às 18.00h.
Castelo de Guimarães - Rua Conde Dom Henrique -
A imponente Torre de Menagem do Castelo de Guimarães, dominava todo o horizonte. O Castelo, em forma de escudo, fora construído no século X para proteger a cidade dos invasores, e ampliado no século XII, passando a ser usado como Arsenal e Palácio. Segundo a história, o primeiro Rei de Portugal teria nascido aqui. Os visitantes podiam caminhar ao longo das muralhas e visitar a pequena Capela Românica de São Miguel.
Depois da Reconquista Cristã, o Castelo fora outorgado no século IX a um cavaleiro de origem castelhana, chamado Diogo Fernandes. Uma de suas filhas, Mumadona Dias, casara com Hermenegildo Gonçalves, e mais tarde governara desde o século X até XI. Mumadona tornara-se uma figura muito importante na história da cidade, já que depois de possuir vários domínios, os dividira entre seus filhos e fundara um Mosteiro, ao qual mais tarde doara terras, gado, objetos e rendas. A partir do século XV, o Castelo perdera suas funções defensivas e mais tarde, suas dependências começaram a abrigar uma Cadeia Municipal. Segundo constava nos registros, fora em Guimarães que nascera o primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques. Abria diariamente das 10.00 às 18.00h. O ingresso custava 2€ e deveria ser adquirido na bilheteira do Paço dos Duques. Havia um bilhete combinado para as duas atrações que custava 6€.
Centro de Ciências Vivas –
Ficava nas instalações do antigo prédio da Fábrica de Curtumes Âncora que, nas palavras oficiais, recebera obras de reabilitação que conservaram a sua identidade arquitetônica singular, deixando intacto o legado associado à transformação das peles dos diferentes animais em couros quanto ao conteúdo, a exposição permanente era composta por 17 módulos interativos que abrangiam várias áreas do conhecimento – Eletrônica e Instrumentação, Robótica, Reciclagem, História e Comunicações. Abria de segunda a sexta-feira das 9.30 às 13.00h e das 14.00 às 18.00h.
Centro Histórico –
Havia um sistema de alarme em pequenas caixas de ferro colocadas nas torres sineiras das várias igrejas da cidade, usadas para chamar a população a acudir à ocorrência de incêndios ou outros incidentes nos bairros da área de influência de cada igreja. A cada bairro estava atribuído um número, sendo utilizado um código de toques com esses números que permitia localizar o local da ocorrência.
Centro Internacional das Artes José de Guimarães - Av. Conde de Margaride, 175 –
Inaugurado a 24 de junho de 2012, o CIAJG encontrava-se inserido na Plataforma das Artes e da Criatividade, um projeto infra-estrutural de transformação do Antigo Mercado de Guimarães, num espaço multifuncional. O CIAJG era uma estrutura dedicada à arte contemporânea e às relações que esta tecia com artes de outras épocas e diferentes culturas e disciplinas. Agregava peças das três coleções que José de Guimarães vinha reunindo há cerca de cinco décadas – Arte Africana, Arte Pré-Colombiana e Arte Chinesa Antiga –, obras da autoria do artista e de outros contemporâneos e objetos do patrimônio popular, religioso e arqueológico, num roteiro espiritual e simbólico que descrevia um arco geográfico e temporal que tinha origem na sua terra natal, a cidade de Guimarães e que atravessava civilizações de três continentes com culturas ricas e complexas, para regressar ao lugar de origem.
De autoria do atelier Pitágoras Arquitetos, o projeto arquitetônico da Plataforma das Artes e da Criatividade, onde se localizava o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, tinha sido distinguido com diversos prêmios. Em 2012, ganhara o Prêmio Internacional de Arquitetura Detail Prize 2012, da revista alemã de arquitetura, com o mesmo nome. Em 2013, recebeu o Prêmio Nacional de Reabilitação Urbana, na categoria de Impacto Social, e fora distinguido com o prêmio Red Dot Design Award 2013, na categoria Best of the Best. Em 2015 ganhara o prêmio The Plan Award 2015, na categoria Cultura.
Citânia de Briteiros –
Reconhecida como um dos mais expressivos povoados proto-históricos da Península Ibérica impressionava pela dimensão e amanho de suas muralhas, bem como a beleza da localização. O povoado fortificado, da Idade do Ferro, fora instalado no alto do Monte de São Romão, a apenas 15 km de Guimarães e com vistas para o Vale do Rio Ave. Protegida por quatro diferentes linhas de muralhas e integrando vários bairros habitacionais, zonas de utilização pública, áreas para acomodação de rebanhos, arruamentos lajeados e duas estruturas de banhos, a era uma das primeiras formas de cidade conhecidas no Noroeste da Península Ibérica. O sítio arqueológico abrangia uma área total de 24 hectares, tendo a zona visitável correspondente à área escavada, uma área de 7 hectares de ruínas a descoberto. Abria diariamente durante o verão no horário das 9.30 às 12.30h e das 14.00 às 18.00. Nos restantes meses encerrava às segundas-feiras, sendo que da parte da tarde o horário terminava às 17.00h.
Convento das Dominicas –
As Rodas dos Expostos, também conhecidas como Rodas dos Enjeitados, eram cilindros giratórios que na sua essência, era uma forma dos Conventos se comunicarem com o exterior. As rodas eram cilindros giratórios com uma grande cavidade lateral que se colocavam junto a entrada dos Conventos. As rodas existiam nos Mosteiros de Clausura. Na abertura lateral, eram colocados objetos pelas pessoas que se encontravam no exterior do Convento. Após a colocação do objeto, aquele que se encontrava no exterior tocava uma sineta e a irmã rodeira, no interior do Convento, aí fazia girar a roda, retirando os objetos aí colocados. Apesar dessa origem, reza a história que, mais tarde, estes mecanismos começaram a ser usados para colocar crianças enjeitadas ou fruto de ligações, proibidas, para serem criadas pelas freiras do Convento.
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Largo da Oliveira, 8 -
Era também chamada de Colegiada de Guimarães e um dos exemplares da arquitetura gótica no norte de Portugal. Antigamente era um Mosteiro pré-românico, fundado por Mumadona Dias, no ano de 949. Depois, para protege-lo, fora erguida uma fortificação, onde hoje era o Castelo de Guimarães. Durante o século XIV, a Colegiada se tornara um importante centro de peregrinação. Fora considerado Monumento Nacional, em 1910. A igreja tinha entrada gratuita e funcionava de segunda a sábado das 08.30 às 12.00h e das 15.30 às 19.30h. Aos domingos, estava aberta das 9.00 às 13.00 e das 17.00 às 20.00h.
Igreja de Santo Antonio dos Capuchos –
A Instituição criara um percurso museológico que possibilitava visitar os pátios e Claustro do prédio, para além da igreja, onde se encontrava a sacristia do séc. XVIII. Palco de recentes e profundas obras de conservação e restauro a talha dourada e poli-cromada da sacristia era de uma beleza espetacular, reunindo no mesmo espaço, todas as técnicas decorativas então existentes, criando um conjunto realmente único. Destaque também para os painéis do teto da sacristia, igualmente restaurados. Estava aberta ao público diariamente das 10.00 às 13.00h e das 14.00 às 18.00h e a entrada custa 2€.
Igreja de São Francisco -
Datada do século XIII tem um interior barroco dourado e ornamentado, juntamente com um encantador claustro renascentista e azulejos do século XVIII pintados à mão, representando cenas da vida do santo. Observe os azulejos, os frescos, a imponente nave única da igreja, a capela-mor gótica e a decoração dos capitéis e molduras dos janelões, que ao que constava, mostravam influências do Mosteiro da Batalha.
Igreja de São Guálter - Largo de São Brás, 42 -
Ficava numa das pontas do largo e fora construída no século XVII, também era conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos. A igreja tinha entrada gratuita e permanecia aberta de segunda a sábado, das 07.30 às 12.00h e das 15.00 às 17.00h e aos domingos, das 7.30 às 12.00h.
Igreja de São Miguel do Castelo - Rua Conde Dom Henrique, 3 -
Havia sepulturas subterrâneas de guerreiros da época da Independência portuguesa. Estava localizada entre o Castelo de Guimarães e o Paço dos Duques e podia ser visitada. A entrada era grátis e a igreja estava aberta entre 10.00 e 18.00h. Ficava fechada no Natal, no Ano Novo, na Páscoa e no dia 1º de maio.
Largo da Oliveira – Centro Histórico
O burgo de Guimarães crescera em torno do Largo da Oliveira, outrora chamado de Praça Maior. Atualmente, devia o nome a uma oliveira ali plantada, e era o epicentro turístico do centro histórico. Era local por onde todos os visitantes passavam e onde ficavam as belas arcadas dos Antigos Paços do Concelho, e a Igreja Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira e o elemento mais espetacular, que era o chamado Padrão do Salado. Tratava-se de um alpendre gótico que teria sido mandado construir para comemorar a vitória obtida pelo Rei D. Afonso IV, na batalha do Salado, em 1340. Era um monumento único, que albergava no centro um Cruzeiro com Cristo Crucificado, numa das faces e na outra face Nossa Senhora.
Largo da República do Brasil -
No caminho de volta para a Estação de Trens, estava o Largo do Brasil com um grande jardim com uma bela fonte e mais adiante a Igreja de São Guálter. Era dos locais mais fotografados e com razão – era muito bonito e bem arranjado. Em vez de apreciar o jardim a partir da zona da muralha, e tendo a Igreja dos Santos Passos de Cristo, como pano de fundo, experimente atravessar o jardim, entrar na igreja, subir ao Coro alto e olhar pela janela central. A subida ao Coro custava 1€ e havia uma máquina no local para fazer o pagamento.
Largo do Toural -
Considerado como o coração da cidade, era um local que, séculos atrás, ficava fora dos muros que protegiam a cidade Era onde se realizavam feiras, principalmente para a venda de gado. Depois de várias reformulações, o Largo se transformara em uma praça com um belo chafariz. Era onde estava um símbolo muito fotografado por turistas: a frase Aqui nasceu Portugal , inserida num grande muro de pedra.
Monte da Penha -
Era a parte mais elevada de Guimarães, e desde seu topo tinha-se uma belíssima visão da cidade e do mar. No topo, ficava a estátua do Papa Pio IX. O Monte da Penha estava muito bem estruturado, havendo equipamentos como parque de campismo, campo de mini golfe, áreas de passeio, monumentos, mirantes e grutas. Para chegar, usava-se o Teleférico que custava 5€. Abria todos os dias das 10.00 às 17.30h de novembro a março. Em abril, maio e outubro, abria das 10.00 às 18.30h, e em junho, julho e setembro das 10.00 às 19.00h, e em agosto das 10.00 às 20.00h.
Mosteiro de Nossa Senhora da Oliveira - Largo da Oliveira, 9 -
A igreja fora fundada por D. Afonso Henriques, e restaurada no reinado de D. João I para comemorar sua vitória na Batalha de Aljubarrota, em 1385. Famosa pela torre com ornamento em estilo Manuelino, a igreja era também conhecida por uma curiosa lenda local, segundo a qual teria sido plantada à sua frente uma oliveira, para fornecer azeite para as lâmpadas do altar. Entretanto, a árvore acabara por secar e morrer. Mais tarde, um comerciante colocou uma cruz no local e a oliveira recuperara milagrosamente a vida!
Muralhas
Junto ao Museu de Alberto Sampaio se encontrava a entrada para um jardim que se encontrava o acesso ao topo do que restava das muralhas. O percurso tinha apenas 300 metros e era uma forma diferente de chegar ao extremo norte da Avenida Alberto Sampaio, junto ao Largo da Condessa Mumadona, e aos fundos da Câmara Municipal. Era onde ficava a chamada Porta do Burgo, local onde os visitantes deveriam descer das muralhas. O percurso poderia ser feito diariamente, entre as 10.00 e as 22.00h. A entrada era gratuita e o local de acesso aparecia referenciado no Google Maps como Percurso Peatonal no Adarve – Oliveira do Castelo.
Museu de Alberto Sampaio - Rua Alfredo Guimarães -
Criado em 1928, se dedicava a abrigar as coleções da já extinta Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, além de outras igrejas e Conventos de Guimarães. Ficava no centro histórico da cidade, no mesmo local onde a Condessa Mumadona instalara um Mosteiro, no século X. O Museu preservava uma das mais valiosas coleções de arte sacra, azulejos, prataria e escultura do país. Eram de particular interesse a túnica em cota de malha, supostamente usada pelo Rei D. João I, na Batalha de Aljubarrota e um tríptico em prata, representando a Visitação, a Anunciação e o Nascimento de Cristo. Abria de terça a domingo das 10.00 às 18.00h. A entrada custava 5€, e no primeiro domingo de cada mês a entrada era gratuita.
Museu Arqueológico Martins Sarmento - Rua Paio Galvão, 2 -
A Sociedade Martins Sarmento era uma instituição cultural, fundada em 1881, e seu valioso e diversificado patrimônio incluia o Museu Arqueológico Martins Sarmento, principal referência da cultura castreja em Portugal, e um dos mais importantes museus de todo o espaço europeu onde se manifestava aquela cultura. Fora instituído em 1885, com o espólio reunido por Martins Sarmento, nas prospecções que realizou na Citânia de Briteiros, no Castro de Sabroso e em inúmeros sítios arqueológicos do Noroeste de Portugal. Ao longo do tempo, fora enriquecido com os achados de escavações que promovia, e com diversos legados, possuindo hoje um acervo ímpar no contexto da Cultura Castreja, do noroeste peninsular.
Instalado no claustro gótico de São Domingos, o museu possuia uma boa coleção de arqueologia pré e proto-histórica, epigrafia, numismática e no núcleo de arte contemporânea havia uma coleção de pintura da 1ª metade do séc. XX. Uma das peças mais importantes, era uma estela funerária conhecida por Pedra Formosa, que por iniciativa do Dr. Martins Sarmento, fora trazida para o museu em 1897. Abria de terça a sábado das 9.30 as 12.00h e das 14.00 as 17.00h. Aos domingos das 10.00 as 12.00h e das 14.00 as 17.00h. A entrada custava 2€.
Museu da Cultura Castreja – Rua do Solar – Briteiros – São Salvador –
Estava instalado no Solar da Ponte que era propriedade da Sociedade Martins Sarmento, num prédio cuja construção remontava ao século XVIII e que servia de residência à família de Francisco Martins Sarmento. Este respeitado Investigador, que alcançara nível de destaque europeu, tinha a Arqueologia e a História como uns dos seus principais interesses, tendo estudado as ruínas de uma cidade a que chamavam de Citânia. Era o primeiro espaço dedicado à cultura castreja, cultura autóctone que existia apenas no noroeste peninsular, constituindo-se como matriz cultural desta faixa atlântica da Península Ibérica. O museu evidenciava a importância dessa cultura.
Museu do Convento de Santo Antônio dos Capuchos - Rua Paio Galvão -
Criado pela Santa Casa da Misericórdia, em 2008, a fim de manter o interesse e conservação de seu patrimônio artístico e cultural. Ficava localizada na Colina Sagrada, num prédio que ocupava o mesmo espaço, onde fora construído o Convento no século XVII, comprado em 1842 pela Misericórdia. Abria todos os dias das 10.00 as 17.00h. A entrada custava 4€.
Museu José Guimarães - Rua Conde Dom Henrique -
Fora pintor e escultor importante, e este Museu fora criado para dedicar seu espaço às obras do artista. Estava localizado em uma das alas do Paço dos Duques de Bragança. Abria das 10.00 as 18.00h.
Paço dos Duques de Bragança - Rua Conde Dom Henrique, 3 -
O Palácio fora construído no século XV, a pedido de Dom Afonso, como presente para sua amante, Dona Constança de Noronha para que quando estivessem juntos, tivessem uma residência luxuosa. Tinha estilo borgonhês, refletindo os gostos do Duque, adquiridos em suas viagens pela Europa. Mais tarde, os Duques se mudaram para o Paço Ducal de Vila Viçosa, no Distrito de Évora. Já na época do ditador Salazar, o lugar era residência oficial da Presidência. Era possível visitar o Paço dos Duques e alguns de seus quartos. Algumas salas eram um verdadeiro museu, com grande acervo de tapetes persas, flamencos, e pinturas. Os vitrais eram deslumbrantes, assim como o teto da sala de banquetes, reproduzindo o casco virado de uma Caravela. Era uma visita que devia ser realizada e que mostrava a riqueza da época, além de contar um pouco sobre os costumes e história daqueles anos. Abria diariamente entre as 10.00 às 18.00h. O ingresso custava 5€ e existia um bilhete combinado com o Castelo de Guimarães, que custava 6€.
Paço Ducal -
Construído no século XV, pelo primeiro Duque de Bragança, este impressionante prédio fora abandonado e acabara em ruína, sendo restaurado durante a ditadura de Salazar. O museu e as salas principais abrigavam belas peças de mobiliário renascentistas, soberbas tapeçarias flamencas e tapetes persas. O Palácio estava classificado como Monumento Nacional, e hoje era utilizado como residência oficial do Presidente da República.
Plataforma das Artes e Criatividade - Av. Conde Margaride, 175 -
Funcionava como um projeto para transformar o Antigo Mercado, em um local onde havia uma variedade de funções ligadas às artes, cultura e também atividades econômicas e sociais. Em 2012, o prédio conquistara o Prêmio de Arquitetura Detail Prize 2012, além de outros prêmios, que foi ganhando ao longo dos anos. Funcionava de terça a domingo das 10.00 as 13.00 e das 14.00 as 19.00h. O preço da entrada era de 5€ para adultos. As crianças até 12 anos não pagavam, e aos domingos de manhã (entre 10.00 e 12.00h ) a entrada era gratuita.
Praça de Santiago
Vizinha ao Largo da Oliveira, a Praça de Santiago, os prédios que a circundavam mantinham a alma de um lugar habitado e com vida, com gente à varanda e roupas a secar ao sol. Havia Cafés com esplanada para se sentar, descansar e tomar uma bebida refrescante a meio de um dia intenso a explorar a cidade.
Rua de Santa Maria -
Fora uma das primeiras ruas abertas na cidade, no século XII. Antigamente servia de ligação entre o Convento Santa Clara e o Castelo. No local ainda havia vários pontos arquitetônicos que remetiam ao passado, como a Casa do Arco, a Casa Gótica dos Valadares de Carvalho, entre outros.
Santuário da Penha – Varanda de Pilatos -
Era um exemplar único da arquitetura religiosa de Marques da Silva. Em 1930, o reconhecido arquiteto, um verdadeiro amigo da Penha, ficara incumbido do projeto e da escolha do local de sua implantação. Os trabalhos de regularização do terreno começaram em 6 de Agosto do mesmo ano. Inaugurado em 1947, era um monumento de singular beleza e valia arquitetônica e religiosa.
Considerado como a obra prima do arquiteto Marques da Silva, em carta manuscrita, em posse da Irmandade, datada de 11 de Maio de 1930, o arquiteto exprimia o seu pensamento do seguinte modo: Gostaria de fazer qualquer coisa própria e adequada, expressiva e moderna. Precisaria ser um prédio com caráter particular, muito próprio da situação que ocupava e muito especial para que pudesse ser visitado, com interesse igual ao que arrasta lá acima à montanha da Penha, os que vão admirar e estranhar a natureza, antes uma natureza estranha.
Tanques de Couros –
Couros era uma extensão da área intramuros do centro histórico, inscrita na lista de Patrimônio Mundial, que incluía um par de Complexos Monásticos e uma zona industrial. O nome remetia para os tanques de pedra usados no ofício tradicional de curtimento das peles de animais.
Torre Alfândega –
Inaugurada em agosto de 2024 após um longo período de reabilitação, possibilitava aos visitantes um ponto de vista distinto – mais elevado! – sobre o centro histórico de Guimarães. Era onde se encontrava a célebre e muito fotografada inscrição Aqui nasceu Portugal. A entrada na fazia-se pelos fundos e era gratuita.
Teleférico - Rua Cônsul Aristides Sousa Mendes, 37 -
Ligava o Centro Histórico e a Montanha da Penha. Um bilhete de ida e volta custava em torno de 10 Euros e o passeio durava cerca de 10 minutos. Aproveite para conhecer a Montanha da Penha, uma grande área verde que abrigava um santuário, restaurantes, bares e áreas de piquenique e um campo de mini-golfe.
Outras sugestões para visitar
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Capela de São Miguel Monte Latito
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Convento de Santa Clara
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Igreja de Nossa Senhora do Carmo
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Montanha da Penha
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Penha de Guimarães
Curiosidades do Teleférico
Constava ter sido o primeiro Teleférico a funcionar em Portugal, no ano de 1995, fazendo a ligação entre a cidade e a Montanha da Penha, chamado também de Teleférico da Penha. O percurso tinha cerca de 1700 m. e era feito a uma altura de 4m, quando chegava ao local de culto a Nossa Senhora do Carmo da Penha, um Santuário muito visitado no norte do país. Eram 40 cabines para visitantes, além de cabines apropriadas para o transporte de bicicletas e demais equipamentos. No inverno, funcionava sextas, sábados, domingos e feriados das 10.00 as 17.30h, entre 1o de novembro e 31 de março.
No verão, operava quase todos os dias. Em abril, maio e outubro, abre das 10.00 as 18.00h; em junho e julho abria às 10.00 todos os dias e fechava de segunda a sexta às 19.00h e aos sábados, domingos e feriados as 20.00h. Em agosto abria das 10.00 as 20.00h e em setembro das 10.00 as 19.00h. O teleférico partia a cada meia hora, com parada de manutenção na primeira segunda-feira de cada mês. O bilhete normal de ida e volta custava 10€, e só a ida custava 6€. As crianças entre 4 e 11 anos pagavam 3€ no bilhete de ida e volta e 2€ no bilhete de ida. A Estação ficava na Rua Aristides Sousa Mendes, 37.



