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BARCELOS - A terra do Galo famoso - Portugal - 

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 ETIAS 2023 - Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System - ETIAS -   de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir de 2023. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não é um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

 

As informações e recomendações inseridas neste texto, objetivam facilitar seu programa de viagem para visitar esta cidade. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...

Barcelos, que está apenas a 60 km da cidade do Porto, à beira do rio Cávado, é conhecida por seus coloridos galos de cerâmica, que também são um símbolo nacional lusitano. O burgo tem um centro histórico com ruelas medievais, onde sobraram trechos da antiga muralha, que é a parte mais agradável para visitar. Possui algumas belas igrejas, dentre elas a Igreja do Senhor Bom Jesus, do século XVIII, totalmente barroca, instalada na Praça da República, que lembra as igrejas das cidades históricas de Minas Gerais, e a Igreja do Senhor da Cruz.

O caminho principal para entrar na cidade é a Velha Ponte de Barcelos, do período gótico, classificada como Monumento Nacional e no seu término, junto ao rio Cávado está a Azenha da Ponte, construída no século XIX. Ao chegar ao centro, surge destacado o Paço dos Duques de Bragança, um espaço ducal gótico construído no século XV e que, apesar de estar em ruínas, está classificado como Monumento Nacional. Junto ao Paço, há um harmonioso espaço ajardinado onde no centro está inserido o Pelourinho manuelino e logo à sua frente, um prédio de grande relevo arquitetônico e simbolismo: o Palácio Solar dos Pinheiros, datado do século XV, hoje também considerado Monumento Nacional.

O gótico é um estilo arquitetônico dominante em Barcelos, como se pode constatar com a existência da Igreja Matriz de Santa Maria Maior, que apesar da sua gênese românica, é um templo tipicamente gótico, como demonstram a rosácea e os arcos quebrados da entrada. Dado o seu valor inquestionável, o templo também é considerado  Monumento Nacional. Por trás da Igreja Matriz, no Largo do Município, destaca-se o prédio da Câmara Municipal e da Casa da Misericórdia, com sua imponente fachada,  que resulta numa mistura de arquiteturas, que vai do gótico ao maneirista barroco. Circulando pelo centro histórico, pela Rua António Barroso ou Rua Direita, dá para sentir animação, lojas, esplanadas e pessoas passeando ou em compras. Ao término deste percurso, o espaço se abre para o Largo da Porta Nova.

 

No centro histórico estão ainda a Igreja da Matriz, ao lado do Paço dos Condes, conhecida como da Misericórdia, datada do século XIII, construída em estilo românico, e a Igreja dos Terços, também barroca e com seu interior revestido de azulejos. Fica na Av. dos Combatentes da Grande Guerra, 240. A cidade possui um pequeno Museu da Olaria. Entre outras atrações incluem-se o Centro de Artesanato e as ruínas do Paço dos Duques de Bragança, datadas do século XV, que foram convertidas num Museu Arqueológico ao ar livre. O local também exibe o Cruzeiro, que descreve a história do Galo de Barcelos.

A Feira -

A cidade também tem sua feira, que funciona toda quinta-feira, no Campo da República, das 8h às 18h, atraindo comprador e visitantes de toda a região. A Feira de Barcelos é um evento essencialmente rural, com bancas de fruta e legumes sazonais, queijos caseiros e bonitas peças de cerâmica, bem como todo o tipo de artesanato, onde o protagonista é sempre o Galo de Barcelos. O Campo da Feira, concebido pelo arquiteto Marques da Silva, está rodeado por alguns dos principais prédios históricos, como a Igreja do Bom Jesus da Cruz, a Casa da Misericórdia, a Igreja de Nossa Senhora. do Rosário e o Jardim Barroco. É uma grande esplanada delimitada, em torno de seu perímetro por  painéis coloridos e decorados com enfeites e estatuetas de pano. No interior do recinto é onde ocorrem os mercados semanais, onde o visitante poderá adquirir tecidos, vasilhas de cerâmicas, artesanato de cobre e antiguidades. No centro da exposição está uma fonte de pedra, instalada no século XVII.

 

Avenida da Liberdade -

É ampla e a mais central da cidade de Barcelos, localizada próximo do Largo Porta Nova. Começa logo atrás da Igreja do Bom Jesus de la Cruz e termina na Praça do Campo 5 de Outubro, em frente ao Palácio da Bolsa de Meneses. O recinto da Feira está localizado de frente para a Avenida (Campo da Feira). É um bom lugar para passear, ver a arquitetura típica da região e suas fachadas de azulejos, ou sentar-se num  dos cafés e terraços existentes. Em uma das extremidades da Avenida ficam o monumento ao Bombeiro Voluntário e um marco com o Brasão de Armas da cidade.

Casa da Azenha - Rua Duques de Bragança - 

Situada na margem esquerda do Rio Cávado, junto à Ponte Medieval de Barcelos, é um imóvel do século XIX, agora transformada em museu, com informações sobre os aparelhos de moagem e a ilustração do ciclo do pão, em imagens e palavras. No piso superior funciona um Help Point de apoio aos peregrinos de Santiago, que ao penetrarem nos espaços do prédio e das dependências anexas, usufruem de uma bela vista sobre o Rio Cávado e a Vila de Barcelinhos. Inaugurada com o evento de apresentação das Festas das Cruzes, em 2015, serviu ao Turismo de Barcelos e à promoção turística do Caminho de Santiago.

Centro Histórico

É a representação de uma herança cultural e histórica da cidade. Conhecida como a capital do artesanato e cidade berço da lenda do Galo de Barcelos, tem no seu tecido urbano a marca indelével de uma história secular, ainda viva. Pelas ruas e ruelas observe as varandas decoradas, desfrute da tranquilidade de uma esplanada ou parta à descoberta dos espaços verdes ribeirinhos. Ao afastar-se da área urbana facilmente poderá observar paisagens naturais a perder de vista, e um vasto patrimônio artístico, monumental e religioso, pontuado por casas solarengas, moinhos de água, espigueiros e vinhedos. 

Convento de São Salvador de Vilar de Frades  -  Lugar do Socorro - Areias de Vilar - 

O Mosteiro Beneditino de Vilar de Frades foi fundado em 566, pelo Bispo São Martinho de Dume. Destruído pelas invasões muçulmanas, foi recuperado em 1070 por D. Godinho Viegas. Com as alterações sofridas no século XVI, transformou-se num grande exemplar da arquitetura conventual manuelina e maneirista, no norte de Portugal. Foi sede da Congregação de Lóios, e um dos mais imponentes conventos da região minhota e foi alvo, recentemente, de uma ação de recuperação que lhe devolveu o esplendor de outros tempos.

Cruzeiro das Seis Pontes -

Durante o passeio pelo Cruzeiro das Seis Pontes, navega-se pelo Douro saindo da Ponte de Arrábida, a mais extensa da cidade, situada junto à desembocadura do rio, até a ponte de Freixo, situada no extremo leste da cidade do Porto. Ao longo do tour cruza-se a ponte de Dom Luis I (do século XIX e com 385 metros, a mais espetacular e conhecida do Porto), a ponte do Infante Dom Enrique (construída em 2003), a ponte de Maria Pia (desenhada por Théophile Seyrig, sócio de Gustave Eiffel, em 1873) e a ponte de São João, utilizada somente pela via férrea. O passeio é realizado a bordo de uma embarcação denominada Rabelo, um barco tradicional que é utilizado para o transporte dos barris dos vinhedos do Vale do Douro até as Adegas de Vila Nova de Gaia. Os barcos partem da Doca da Ribeira a cada hora, entre as 11:00 e as 16:30 horas. De abril a setembro, há saídas até as 18:00 horas.

Cruzeiro do Senhor do Gallo -

É a mais importante peça em exposição no Museu Arqueológico de Barcelos. É um Cruzeiro românico do século XIV que inicialmente estava em Barcelinhos (um dos distritos de Barcelos, localizado do outro lado do rio). É feito de pedra e está totalmente gravado com baixos-relevos que contam a lenda do Galo de Barcelos, o símbolo da cidade.

Galo de Barcelos  -

​Segundo a lenda, um galego em peregrinação até Santiago de Compostela, foi acusado de furto e condenado a morrer na forca. Ao declarar sua inocência ao Juiz, que se preparava para saborear um galo assado, o peregrino afirmou que um milagre faria o galo cantar três vezes, como prova de que era inocente. O juiz duvidou, mas quando passaram a corda pelo pescoço do acusado, o galo levantou-se e cantou. O peregrino foi então inocentado.

Alguns anos depois, o peregrino regressou a Barcelos e fez erguer um monumento em louvor à Virgem Maria e a São Tiago. Desde então, os coloridos galos de cerâmica têm sido vendidos por todo o país como símbolo de boa sorte. Esta história é retratada no Senhor de Gallo Cruise, gravado em pedra. O Cruzeiro está no Museu Arqueológico, dentro do Palácio dos Condes de Barcelos.

Igreja da Misericórdia - Campo da República, 59  -  

Em um prédio com uma longa fachada interrompida somente pelo  barroco da Igreja, e localizado em frente ao recinto de feiras, fica a sede da Santa Casa de Misericórdia, que no século XVII foi Convento dos Capuchinhos. No passado quase foi destruído pelo fogo mas foi reconstruído no final do século XIX.

Igreja de Nossa Senhora do Terço -  Av. dos Combatentes da Grande Guerra - 

Em 1707, o Bispo de Braga D. Rodrigo de Moura Teles, deu ordem para o lançamento da  pedra fundamental de um Convento de Freiras Beneditinas, obedecendo assim ao pedido do Rei D. João V, para cumprimento do desejo de seu pai D. Pedro II.  Uma inscrição na parede ao lado do portal confirma essa decisão. O exterior da Igreja é muito sóbrio e simples, mas seu interior releva uma dos melhores exemplos do barroco português, com a harmoniosa combinação entre pintura, azulejos e talha. O teto de caixotões de madeira e os painéis de azulejos que cobrem totalmente o corpo da igreja, pintados em 1713, pelo mestre Antônio de Oliveira Bernardes, mostram uma iconografia riquíssima sobre a vida de São Bento. Na capela-mor, outro mestre azulejador barroco, assina dois painéis que relatam a fundação do monumento e a entrada da primeira freira no Convento. De notar ainda o trabalho do púlpito de dossel, atribuído a Gabriel Rodrigues Álvares e os altares de talha dourada, atribuídos a Ambrósio Coelho, que completam o programa decorativo da igreja, de reconhecida qualidade.

Igreja do Senhor Bom Jesus da Cruz -  Largo da Porta Nova, 14 –

A origem da Igreja do Senhor Bom Jesus da Cruz está relacionada ao misterioso aparecimento de uma Cruz de terra negra no chão do Campo da Feira, em Dezembro de 1504, e onde logo se construiu uma pequena capela para lembrar o sinal divino. Dois séculos depois, em 1704, construiu-se uma igreja no mesmo local, segundo o projeto de João Antunes, conhecido arquiteto português que escolheu um estilo muito característico do norte do país, em que o granito, principal material utilizado na construção local, e o branco da cal se conjugaram nas harmoniosas formas barrocas, neste caso de inspiração italiana.

Seu interior, de planta octogonal, impressiona pela robustez do monumento que se vê pelas grossas paredes e na pesada cúpula de granito, com cerca de 10 metros de diâmetro. De notar os altares de talha dourada, nomeadamente o que tem a imagem do Senhor da Cruz datada do séc. XVI, e os painéis de azulejo setecentistas da autoria de João Neto, um azulejador lisboeta. Aqui acontece uma das mais importantes festas religiosas do Concelho de Barcelos, a Festa das Cruzes, que se realiza no início de Maio. Nessa altura, vale a visita para admirar  os tapetes de pétalas, que cobrem o chão da igreja durante a festa que dura cinco dias.

Igreja Matriz de Santa Maria - Largo do Município e Rua Dr. Miguel Fonseca -
Monumento do século XIV, a Igreja Matriz de Barcelos é dedicada a Santa Maria Maior, mantendo a robustez medieval na aparência, embelezada por alguns elementos decorativos e arquitetônicos que revelam a imposição do estilo gótico numa estrutura românica. A iniciativa da sua construção pertence a D. Pedro, 3º Conde de Barcelos, que  deixou a sua assinatura através do brasão de armas que pode ser visto nas arqui-voltas do portal principal. 

 

No interior, os capitéis historiados românicos afirmam o ambiente medieval, contrastando com os painéis de azulejo de 1721, com cenas da vida de Nossa Senhora. Nas várias capelas laterais se destaca a decoração barroca, em particular nos altares de talha dourada. Na capela mor, encontram-se ainda algumas telas maneiristas representando a Anunciação e a Adoração dos Pastores.

 

Igreja Velha de Manhente  - Abade de Neiva -

É um Convento de modestas proporções, cuja data de fundação remonta à primeira metade do século X, e do qual restam apenas a chamada Torre de Manhente e a Igreja Matriz de Manhente. O Mosteiro foi fundado por D. Pedro Afonso Dorraes e sua esposa D. Gotinha Oeris, tendo passado depois à sua filha D. Teresa Pires casada com D. Ramiro Aires, nobre e rico-homem do Condado Portucalense e um dos primeiros a usar o nome de família Carpinteiros. O templo tem feições românicas, é de arquitetura religiosa, gótica e barroca. A antiga igreja monacal românica é constituída por uma planta longitudinal, com nave única, capela-mor, estreita

 

Jardim das Barrocas - Largo da Porta Nova -

Consnstruído no século XVIII, como complemento a Igreja do Bom Jesus de la Cruz, diretamente oposta a área da Porta Nova. São vários jardins em estilo rococó, com uma entrada monumental entre duas pseudo fachadas, com janelas e fontes. É um espaço ajardinado conhecido com os nomes de Jardim das Barrocas, Passeio Dois Assentos e Passeio das Obras.

Monumento ao Bombeiro Voluntário -

No final da Avenida Liberdade, na esquina da Praça 5 de Outubro, está o monumento dedicado aos Bombeiros Voluntários (uma instituição semelhante ao que na Espanha é a Proteção Civil). É uma estátua de bronze representando um heróico bombeiro, salvando uma criança que toma em seus braços. Está rodeado por um pequeno jardim.

Museu Arqueológico - Rua Dr. Miguel Fonseca –

O Rio Cávado, atravessado por uma ponte medieval, é sombreado por árvores pendentes e ladeado por jardins municipais. Acima do rio, ergue-se a ruína do medieval Paço dos Condes (Palácio dos Condes), onde se encontra o Museu Arqueológico. Entre os sarcófagos vazios e as cruzes de pedra está o crucifixo do século XIV, conhecido como Cruzeiro do Senhor do Galo. De acordo com a lenda local, depois de sentenciar um inocente à morte, um juiz se preparou para comer uma ave assada. Quando o condenado disse: “Se aquele galo não cantar, serei enforcado”, o galo voou da mesa e a vida do homem foi poupada. O galo de Barcelos está à venda em toda a cidade em forma de cerâmica e tornou-se uma espécie de símbolo nacional.

 

​Museu da Cerâmica -  Rua Cónego Joaquim Gaiolas - 

É também conhecido como Museu de Olaria, criado no ano de 1963, com a doação de uma valiosa coleção de cerâmica pelo etnógrafo Joaquim Selles Paes de Vilas Boas. A partir de então, foi aumentando e finalmente em 1995 abriu para o público no prédio atual.  Aqui se  pode ver os vários tipos de objetos de barro, criados por artesãos e ceramistas portugueses. A exposição ocupa dois mil metros quadrados e três quartos grandes, em que mais de 9.000 peças estão expostas. Também tem salas de reuniões e treinamentos, um auditório e refeitório para os empregados e público visitante. O seu acervo, é constituída de coleções da cerâmica portuguesa fosca e vidrada, de norte a sul, e estrangeiras oriundas de Angola, Argélia, Brasil, Timor, Chile, Espanha e Cabo VerdeA entrada custava € 2,20 e o horário de visitas: terça a sexta das 10 às 17,30 relógio e fins de semana de 10 a 12:30 e das 14 às 17,30 horas.

Museu do Chocolate -  Lugar Souto Vilar, 4905-077 – Durrães –

A histórica fábrica de chocolates Avianense, fundada em 1914 em Viana do Castelo, foi revitalizada e ganhou nova vida. Desse renovado fôlego nasceu, em dezembro de 2015, o Museu dos Chocolates Avianense, um espaço cultural e interativo, que conta a história da marca e do universo de chocolates tão emblemáticos para várias gerações, como as fantasias de Natal, as sombrinhas de chocolate ou o bombom Imperador.

Paços do Concelho - Largo do município -

O prédio é o resultado de uma série de anexações, reformas e acréscimos, a partir do núcleo dos velhos Paços do Concelho, a que a grande remodelação e ampliação iniciada em 1849 pretendia criar uma unidade. O Paço reúne o antigo Hospital do Espírito Santo, que serviu de posto de assistência aos peregrinos a Santiago de Compostela e a antiga Capela de Santa Maria, ambos do século XIV. A Torre e Casa da Câmara, são do século XV e a Igreja da Misericórdia do século XVI. Todas as faces da história destes prédios lhe foram devolvidas já nos dias atuais, através de uma ação de reabilitação e valorização. 

 

Paço dos Condes de Barcelos - Rua Fernando Magalhães - 

Quem chega a Barcelos pela ponte sobre o Rio Cávado, logo encontrará um espaço ajardinado onde as ruínas do antigo Palácio dos Condes de Barcelos, testemunha o passado histórico medieval. É o que resta de uma construção de inícios do século XV, devida a D. Afonso, 8º Conde de Barcelos e 1º Duque de Bragança e um dos monumentos mais emblemáticos da cidade. Com uma aparência de palácio-castelo foi no seu tempo um prédio nobre, que revelava o poder e riqueza crescentes do proprietário, bastardo do Rei D. João I, impondo-se na paisagem urbana com as suas altas chaminés em forma de canudo. 

 

Manteve-se como residência dos Condes até ao século XVII, período em que começou a cair em ruínas, acelerada pelo terremoto de 1755. O que restou serviu de cenário para um Museu Arqueológico, ao ar livre. No museu encontram-se peças que testemunham o povoamento da região, desde a pré-história, como sarcófagos medievais, símbolos heráldicos, marcos da Casa de Bragança, vários elementos arquitetônicos vindos de igrejas e conventos desmantelados e pedras com brasões de antigas casas nobres já desaparecidas. Chama-se especial atenção para o Cruzeiro do Senhor do Galo, proveniente de Barcelinhos, datado de inícios do século XVIII que relata em baixo-relevo, a antiga lenda do ex-libris da cidade. 

 

Passeio dos Assentos

É também conhecido por Jardim das Barrocas e um bonito espaço verde, que data do século XVIII, que se estende em dois patamares, com um muro barroco, fontes e uma escadaria com obeliscos.

Pelourinho  - Rua Dr. Miguel Fonseca - 

Também conhecido como Picota, o Pelourinho de Barcelos data de finais do século XV e início do século XVI. Elaborado em granito, é composto por uma base robusta, fuste hexagonal e um remate multifacetado e muito ornamentado, a que leva o nome de gaiola, bem ao sabor do estilo gótico final. É um dos mais emblemáticos pelourinhos nacionais, por sua riqueza artística. Fica em frente da Igreja Matriz, num espaço ajardinado que lhe dá o merecido destaque. Note a gaiola hexagonal na parte de cima.

Ponte Medieval 

É um belo exemplar da engenharia de pontes do norte de Portugal, ao mesmo tempo em que se revelou uma obra fundamental para a criação de novos eixos viários para a cidade, reforçando ainda a vocação de terra comercial que lhe era conferida pela sua concorrida feira. De acordo com os dados fornecidos por documentação, as obras da ponte tiveram início no ano de 1325 e foram concluídas em 1328, quando foi instituída a Capela de Santa Maria da Ponte.

Rua Dom Antonio Barroso -

É uma das mais antigas ruas do centro histórico. Atualmente, é das mais animadas artérias comerciais da cidade. Destaque  no início da rua, o préio da autoria do arquiteto José Marques da Silva. Observe o prédio da Caixa Geral de Depósitos, nos nº 121 a 129, a casa de Mathias Gonçalves da Cruz nos nº 79 a 83, revestida por azulejos multi crômicos, e um prédio revivalista, com uma fachada ritmada por vários pisos alusivos às Ordens gregas. É a principal rua comercial da cidade, além de servir de local de união entre a parte histórica e a parte nova. É uma rua de calçadas que vai desde a Torre de Porta Nova até o Largo de Apoio. Aqui se pode encontrar todo o tipo de lojas e comércio, de tecidos, sapatarias, jóias, loja de roupa e utensílios em geral.

 

Santuário da Nossa Senhora da Aparecida - Freguesia de Balugães -

A pequena paróquia de Balugães, foi na primeira metade do século XVIII, centro poderoso de atração católica para todos os portugueses, particularmente para os fiéis da região de Entre-Douro-e-Minho. Ali acorriam diariamente, romarias de peregrinos para venerar o local onde a Mãe de Deus aparecera. A falta de imprensa periódica para confirmar defender este fato sobrenatural, e o arrefecimento da fé cristã ocasionado no meio e ao final daquele século e na primeira metade do seguinte, pela penetração, dos intensos erros maçônico liberais na classe secular e eclesiástica, contribuíram para o esquecimento da aparição de Balugães. 

 

Contudo, a fama dos fatos sobrenaturais de Balugães deveriam ser algo estrondoso, para que chegassem aos ouvidos do apreciado escritor mariano do século XVIII, Frei Agostinho de Santa Maria, que entre muitas outras obras, publicou o Santuário Mariano, ou a História das imagens milagrosas da Santíssima Virgem, que residia em Lisboa, no Convento da Senhora da Boa-Hora, se não no de Évora, em que fora Prior e subissem os ecos da aparição à Corte de D. Pedro II, com tal clarividência, que movessem a sua real piedade, perpetuada na coroa de prata que mandou à Senhora. E tudo isto aconteceu naquele tempo em que Lisboa ficava distante de Balugães quatro ou cinco dias de viagem, e nem havia imprensa periódica para registrar e espalhar esta graça divina.  

 

Solar dos Pinheiros - Rua Duques de Bragança 124 –

Situada no centro histórico, perto da Igreja Matriz, esta antiga casa do séc. XV, é um dos raros exemplos ainda existentes em Portugal, da arquitetura  civil medieval. Com uma vista privilegiada sobre o rio, foi  construída em 1448 por D. Pedro Esteves, doutor em Direito civil e canônico, mas há quem atribua a sua construção ao sogro, Tristão Gomes Pinheiro. A verdade é que a casa foi residência da família dos Pinheiros, que foram durante gerações Alcaides-mor de Barcelos.

Como era característica da época, é formada por duas altas torres entre as quais se desenvolve um corpo central mais baixo. Destacam-se as portas de recorte ogival e um singular pormenor decorativo na torre voltada a sul: uma figura feminina e outra masculina de barbas. Acredita-se que seja uma alusão ao "Barbadão", pai de Inês Perez, que, furioso, tentou arrancar as próprias barbas quando descobriu o amor ilícito entre sua filha e o Mestre de Avis, e do qual nasceria o 1º Duque de Bragança, D. Afonso, que foi também o 8º Conde de Barcelos. Os Pinheiros estão sepultados numa capela da Igreja Matriz, onde se pode ver o seu mausoléu.

Teatro Gil Vicente – Largo Dr. Martins Lima –

Foi aberto ao público pela primeira vez, em 31 de julho de 1903, com a apresentação da peça de teatro de revista “Barcelos por Dentro”, da autoria de Augusto Soucasaux. Em 1994, os donos do prédio então devoluto, queriam vender as suas ações à Câmara Municipal de Barcelos, cujo então presidente Fernando Reis, alegou não ter dinheiro. Nesse ano, uma construtora de Braga comprou as ações por 60 mil contos (300 mil euros) e, meses depois, a Câmara municipal comprou, com surpresa, o teatro por 150 mil contos (750 mil euros. Naquele tempo já existia políticos como nos tempos atuais. A autarquia lançou, em 2004, obras de 2,5 milhões, co-financiadas pelo Governo de Durão Barroso. Em 2008 foram alvo da fase 2, mais 900 mil euros. O projeto do multiuso deu origem a uma sala para cerca de 250 pessoas. No piso térreo, fica um café-concerto e foyer, nos pisos 1 e 2 ficam os serviços e a direção, o 3.º andar destina-se a salas de ensaio e camarins.

Em agosto de 2013, avançou a empreitada de requalificação do largo envolvente ao teatro, adjudicada por 125 mil euros. A autarquia aprovou uma alteração simplificada ao Plano Diretor Municipal, para ultrapassar o fato de, com as obras de reconstrução, o teatro ter ficado com mais seis metros de altura do que o que estava no estudo prévio e no projeto de execução da obra. Em causa está a torre de palco, que permite a mudança rápida de cenários. A 7 de Setembro de 2013 foi feita a reabertura do teatro, tendo sido apresentado o espetáculo Pranto de Maria Parda, com texto do dramaturgo português Gil Vicente, espetáculo levado à cena pela A Capoeira  - Companhia de Teatro de Barcelos.

 

Templo do Bom Jesus da Cruz  -  Largo da Porta Nova, 14 - 

A origem da Igreja do Senhor Bom Jesus da Cruz está relacionada ao misterioso aparecimento de uma Cruz, de terra negra, no chão do Campo da Feira, em Dezembro de 1504, e onde logo se construiu uma pequena capela para lembrar o sinal divino. Dois séculos depois, em 1704, construiu-se uma igreja no mesmo local. O conhecido arquiteto português João Antunes optou por um estilo muito característico do norte do país, em que o granito, principal material utilizado na construção local, e o branco da cal se conjugaram nas harmoniosas formas barrocas, neste caso de inspiração italiana. 

 

O interior, de planta octogonal, impressiona pela robustez do monumento que se vê pelas grossas paredes e na pesada cúpula de granito, com cerca de 10 metros de diâmetro. Destaque para os altares de talha dourada, principalmente o que tem a imagem do Senhor da Cruz, datada do século XVI, e os painéis de azulejo setecentistas, da autoria de João Neto, um azulejador lisboeta. Aqui acontece uma das mais importantes festas religiosas do Concelho de Barcelos, a Festa das Cruzes, que se realiza no início de Maio, quando tapetes de pétalas cobrem o piso da igreja durante os cinco dias da festa. 

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Torre da Porta Nova - Largo da Porta Nova, 22 -

Este amplo espaço é “guardado” pela Torre de Barcelos, que fazia parte de antiga muralha e que já serviu de prisão. Esta Torre, também conhecida como Torre do Cimo da Vila, Postigo da Muralha ou Torre da Porta Nova, está registrada como Monumento Nacional. Continuando pelo Largo da Porta Nova,   outro  templo  imponente  eleva-se  à frente, a Igreja do Bom Jesus da Cruz ou Igreja das Cruzes. A sua origem está relacionada com o aparecimento misterioso de uma cruz de terra negra no chão, neste local em1504. Duzentos anos depois, foi erguido este templo para lembrar este milagre. A planta da igreja de influencia italiana, é de formato octogonal e suportada por paredes grossas, rematada por uma enorme cúpula. Toda a área é palco de importantes eventos, como a Festa das Cruzes e a Feira Semanal.

A Rua Visconde Leiria é outra artéria importante da cidade, onde se localiza o Teatro Gil Vicente, a casa de espetáculos mais antiga de Barcelos. Por essa rua se tem acesso ao Largo do Apoio, de origem medieval e o primeiro da cidade. No seu centro, existe um Chafariz do séc. XVII e a imponente Casa do Condestável Don Nuno Álvares Pereira.

Onde dormir

Art`otel Barcelos - $$$ - Rua da Madalena nº 29 

 

Todas as unidades incluem banho privativo, ar condicionado, TV LCD,  um mini-bar e acesso gratuito a internet. Serve café da manhã em buffet ou continental. Tem uma piscina externa.

Babette Restaurante - Largo Dr. Martins Lima. 18 -

É um dos melhores restaurantes da cidade e muito bem recomendado. O capricho no preparo dos melhores pratos da culinaria portuguesa fazem do lugar uma referência gaastronômica para a região. Ambiente excelente e atendimento de primeira.  

Barcelos Way Guest House - $$$ - Rua de Custódio José Gomes Vilas Boas, n.º 44.

 

Com acesso Wi-Fi gratuito em toda a área, oferece quartos com ar condicionado, TV LCD, banho privativo e uma cozinha compartilhada. Excelente atendimento e uma ótima localização.

Hotel Bagoeira -$$$ - Av. Dr. Sidônio Paes, 495

Os quartos são decorados de forma acolhedora, com móveis modernos e ar-condicionado, TV via satélite, frigobar e banheiro com chuveiro e banheira. Dispõe do Pelouro Bar, com vista para Barcelos, além de um restaurante espaçoso com salas de jantar separadas  Tem estacionamento.

Residencial Solar da Estação - Largo Marechal Gomes da Costa, 1 -

Dispõem de restaurante e Wi-Fi gratuito em todas as áreas, quartos família, banho privativo e roupas de cama e banho. Também tem uma boa localização ed o atendimento é muito bom.

   

Onde comer

Restaurante Pedra Furada - Rua Santa Leocadia, 1415  - bairro Pedra Furada -

Para quem faz o Caminho de Santiago, é recomendado como parada obrigatória, não só pela qualidade da comida como também pela excelência do atendimento prestado pelo proprietário e sua família. Alguns pratos mais procurados levam nomes exóticos como o arroz de pica no chão ( cabidela ) e o galo recheado.

 

Restaurante Rústico Rua Afonso Nunes, 18 - bairro de Mariz.

No cardápio estão pratos da cozinha europeia, portuguesa e algumas opções vegetarianas, todas com um excelente toque caseiro, com destaque para o Empadão de Robalo, os pratos com cogumelos e a vitela com batatas à padeiro. As sobremesas, como não poderiam ser diferentes num bom restaurante português, são de comer aos suspiros.

Tunel dos Sabores - Rua Dom Diogo Pinheiro, 16 - 

É especializado em comida europeia, portuguesa e mediterrânea. É o mais novo restaurante na cidade, também sob administração familiar, num ambiente intimista onde oferece uma comida de excelente qualidade e apresentação. A carta de vinhos é ótima e tem alguns dos melhores produtos tintos do Douro. Por tudo que proporciona ao visitante faz jus ao próprio nome.

Casa dos Arcos – Rua Duques de Bragança, 185.

Restaurante Galliano - Campo 5 de Outubro, 20.

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