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BARCELOS - A terra do Galo famoso - Portugal - 

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ETIAS 2025 - Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System - ETIAS -   de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir de 2025 mas ainda sem data para início dos procedimentosO sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

 

As informações e recomendações inseridas neste texto, objetivam facilitar seu programa de viagem para visitar esta cidade. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...

Barcelos, que ficava apenas a 60 km da cidade do Porto, à beira do Rio Cávado, era conhecida por seus coloridos galos de cerâmica, que também eram um símbolo nacional lusitano. O burgo tinha um centro histórico com ruelas medievais, onde sobraram trechos da antiga muralha, que era a parte mais agradável para visitar. Possuia algumas belas igrejas, dentre elas a Igreja do Senhor Bom Jesus, do século XVIII, totalmente barroca, instalada na Praça da República, que lembrava as igrejas das cidades históricas de Minas Gerais, e a Igreja do Senhor da Cruz.

O caminho principal para entrar na cidade era a Velha Ponte de Barcelos, do período gótico, classificada como Monumento Nacional e no seu término, junto ao Rio Cávado estava a Azenha da Ponte, construída no século XIX. Ao chegar ao centro, surgia destacado o Paço dos Duques de Bragança, um espaço ducal gótico construído no século XV e que, apesar de estar em ruínas, estava classificado como Monumento Nacional. Junto ao Paço, havia um harmonioso espaço ajardinado onde no centro estava inserido o Pelourinho manuelino e logo à sua frente, um prédio de grande relevo arquitetônico e simbolismo: o Palácio Solar dos Pinheiros, datado do século XV, também considerado Monumento Nacional.

O gótico era um estilo arquitetônico dominante em Barcelos, como se podia constatar com a existência da Igreja Matriz de Santa Maria Maior, que apesar da sua gênese românica, era um templo tipicamente gótico, como demonstravam a rosácea e os arcos quebrados da entrada. Dado o seu valor inquestionável, o templo também era considerado Monumento Nacional. Por trás da Igreja Matriz, no Largo do Município, destacava-se o prédio da Câmara Municipal e da Casa da Misericórdia, com sua imponente fachada,  que resultava numa mistura de arquiteturas, que ia do gótico ao maneirista barroco. Circulando pelo centro histórico, pela Rua António Barroso ou Rua Direita, dava para sentir animação, lojas, esplanadas e pessoas passeando ou em compras. Ao término deste percurso, o espaço se abria para o Largo da Porta Nova.

 

No centro histórico estavam ainda a Igreja da Matriz, ao lado do Paço dos Condes, conhecida como da Misericórdia, datada do século XIII, construída em estilo românico, e a Igreja dos Terços, também barroca e com seu interior revestido de azulejos. Ficava na Av. dos Combatentes da Grande Guerra, 240. A cidade possuia um pequeno Museu da Olaria. ​Entre outras atrações incluiam-se o Centro de Artesanato e as ruínas do Paço dos Duques de Bragança, datadas do século XV, que foram convertidas num Museu Arqueológico ao ar livre. O local também exibia o Cruzeiro, que descrevia a história do Galo de Barcelos.

A Feira -

A cidade também tinha sua feira, que funcionava toda quinta-feira, no Campo da República, das 8.00 as 18.00h, atraindo comprador e visitantes de toda a região. A Feira de Barcelos era um evento essencialmente rural, com bancas de fruta e legumes sazonais, queijos caseiros e bonitas peças de cerâmica, bem como todo o tipo de artesanato, onde o protagonista era sempre o Galo de Barcelos. ​O Campo da Feira, concebido pelo arquiteto Marques da Silva, estava rodeado por alguns dos principais prédios históricos, como a Igreja do Bom Jesus da Cruz, a Casa da Misericórdia, a Igreja de Nossa Senhora. do Rosário e o Jardim Barroco. Era uma grande esplanada delimitada em torno de seu perímetro, por  painéis coloridos e decorados com enfeites e estatuetas de pano. No interior do recinto era onde ocorria os mercados semanais, e onde o visitante poderia adquirir tecidos, vasilhas de cerâmicas, artesanato de cobre e antiguidades. No centro da exposição havia uma fonte de pedra, instalada no século XVII.

Avenida da Liberdade -

Era ampla e a mais central da cidade de Barcelos, localizada próximo do Largo Porta Nova. Começa logo atrás da Igreja do Bom Jesus de la Cruz e terminava na Praça do Campo 5 de Outubro, em frente ao Palácio da Bolsa de Meneses. O recinto da Feira estava localizado de frente para a Avenida (Campo da Feira). Era um bom lugar para passear, ver a arquitetura típica da região e suas fachadas de azulejos, ou sentar-se num  dos cafés e terraços existentes. Em uma das extremidades da Avenida ficavam o monumento ao Bombeiro Voluntário e um marco com o Brasão de Armas da cidade.

Casa da Azenha - Rua Duques de Bragança - 

Situada na margem esquerda do Rio Cávado, junto à Ponte Medieval de Barcelos, era um imóvel do século XIX, agora transformada em museu, com informações sobre os aparelhos de moagem e a ilustração do ciclo do pão, em imagens e palavras. No piso superior funcionava um Help Point de apoio aos peregrinos de Santiago, que ao penetrarem nos espaços do prédio e das dependências anexas, usufruiam de uma bela vista sobre o Rio Cávado e a Vila de Barcelinhos. Inaugurada com o evento de apresentação das Festas das Cruzes, em 2015, servia ao Turismo de Barcelos e à promoção turística do Caminho de Santiago.

Centro Histórico

Era a representação de uma herança cultural e histórica da cidade. Conhecida como a capital do artesanato e cidade berço da lenda do Galo de Barcelos, tinha no seu tecido urbano a marca indelével de uma história secular, ainda viva. Pelas ruas e ruelas observe as varandas decoradas, desfrute ,da tranquilidade de uma esplanada ou parta à descoberta dos espaços verdes ribeirinhos. Ao afastar-se da área urbana, facilmente poderia observar paisagens naturais a perder de vista, e um vasto patrimônio artístico, monumental e religioso, pontuado por casas solarengas, moinhos de água, espigueiros e vinhedos. 

Conjunto Monumental

Era o ponto forte da visita a Barcelos, uma área que se situava próximo ao Rio Tejo e onde se destacavam:

  • ​Igreja Matriz de Santa Maria Maior – foi construída no século XIV;

  • Paço dos Condes de Barcelos – eram ruínas de uma construção do século XV e onde se encontrava um museu arqueológico;

  • Pelourinho – era utilizado entre o final do século XV e início do século XVI;

  • Solar dos Pinheiros –  era um belíssimo prédio datado de 1448;

  • ​Convento de São Salvador de Vilar de Frades - Lugar do Socorro - Areias de Vilar -   

 

Convento de São Salvador de Vilar de Frades  -  Lugar do Socorro - Areias de Vilar - 

O Mosteiro Beneditino de Vilar de Frades fora fundado em 566, pelo Bispo São Martinho de Dume. Destruído pelas invasões muçulmanas, fora recuperado em 1070 por D. Godinho Viegas. Com as alterações sofridas no século XVI, transformou-se num grande exemplar da arquitetura conventual manuelina e maneirista, no norte de Portugal. Foi sede da Congregação de Lóios, e um dos mais imponentes conventos da região minhota e fora alvo recentemente, de uma ação de recuperação que lhe devolvera o esplendor de outros tempos.

Cruzeiro das Seis Pontes -

Durante o passeio pelo Cruzeiro das Seis Pontes, navegava-se pelo Douro saindo da Ponte de Arrábida, a mais extensa da cidade, situada junto à desembocadura do rio, até a ponte de Freixo, situada no extremo leste da cidade do Porto. Ao longo do tour, cruzava-se a ponte de Dom Luis I (do século XIX e com 385 metros, a mais espetacular e conhecida do Porto), a ponte do Infante Dom Enrique (construída em 2003), a ponte de Maria Pia (desenhada por Théophile Seyrig, sócio de Gustave Eiffel, em 1873) e a ponte de São João, utilizada somente pela via férrea. ​O passeio era realizado a bordo de uma embarcação denominada Rabelo, um barco tradicional que era utilizado para o transporte dos barris dos vinhedos do Vale do Douro até as Adegas de Vila Nova de Gaia. Os barcos partiam da Doca da Ribeira a cada hora, entre as 11.00 e as 16.30h. De abril a setembro, havia saídas até as 18.00 horas.

Cruzeiro do Senhor do Gallo -

Era a mais importante peça em exposição no Museu Arqueológico de Barcelos. Era um Cruzeiro românico do século XIV que inicialmente estava em Barcelinhos (um dos distritos de Barcelos, localizado do outro lado do rio). Era feito de pedra e estava totalmente gravado com baixos-relevos, que contavam a lenda do Galo de Barcelos, o símbolo da cidade.

Fortaleza  e Castelo - Rua Dom Francisco de Almeida -

A intrigante fusão de estilos arquitetônicos da Fortaleza, era resultado das inúmeras ocupações militares que ocorreram no Distrito, entre 1173 e a segunda metade do século XX. Uma das características dominantes da estrutura era a sua Torre de Menagem, que oferecia vistas panorâmicas sobre as regiões do Ribatejo, Alentejo e Beira. O Castelo situado na margem direita do Rio Tejo, era constituído por fortificações medievais e abaluartadas. O castelo sofrera reconstruções e alterações profundas ao longo dos séculos, principalmente nos séculos XVII e XIX. No século XVII, Dom Afonso V, temendo uma invasão de Espanha, ordenara a reedificação de antigas fortificações. Esta fortaleza era considerada a chave de defesa das Beiras, e tivera um papel importante durante as invasões francesas. A Igreja de Santa Maria sobrevivera às diversas alterações, conservando o altar-mor revestido a azulejos.

Galo de Barcelos  -

​​Segundo a lenda, um galego em peregrinação até Santiago de Compostela, fora acusado de furto e condenado a morrer na forca. Ao declarar sua inocência ao Juiz, que se preparava para saborear um galo assado, o peregrino afirmou que um milagre faria o galo cantar três vezes, como prova de que era inocente. O juiz duvidou, mas quando passaram a corda pelo pescoço do acusado, o galo levantou-se e cantou. O peregrino fora então inocentado. ​Alguns anos depois, o peregrino regressou a Barcelos e fizera erguer um monumento em louvor à Virgem Maria e a São Tiago. Desde então, os coloridos galos de cerâmica têm sido vendidos por todo o país como símbolo de boa sorte. Esta história era retratada no Senhor de Gallo Cruise, gravado em pedra. O Cruzeiro estava no Museu Arqueológico, dentro do Palácio dos Condes de Barcelos.

Igreja da Misericórdia - Campo da República, 59  -  

Em um prédio com uma longa fachada, interrompida somente pelo  barroco da Igreja, e localizado em frente ao recinto de feiras, ficava a sede da Santa Casa de Misericórdia, que no século XVII fora Convento dos Capuchinhos. No passado quase fora destruído pelo fogo mas fora reconstruído no final do século XIX.

Igreja de Nossa Senhora do Terço -  Av. dos Combatentes da Grande Guerra - 

Em 1707, o Bispo de Braga D. Rodrigo de Moura Teles, dera ordem para o lançamento da  pedra fundamental de um Convento de Freiras Beneditinas, obedecendo assim ao pedido do Rei D. João V, para cumprimento do desejo de seu pai D. Pedro II.  Uma inscrição na parede ao lado do portal confirmava essa decisão. O exterior da Igreja era muito sóbrio e simples, mas seu interior revelava uma dos melhores exemplos do barroco português, com a harmoniosa combinação entre pintura, azulejos e talha. O teto de caixotões de madeira e os painéis de azulejos que cobriam totalmente o corpo da igreja, pintados em 1713, pelo mestre Antônio de Oliveira Bernardes, mostravam uma iconografia riquíssima sobre a vida de São Bento. Na capela-mor, outro mestre azulejador barroco, assinava dois painéis que relatavam a fundação do monumento e a entrada da primeira freira no Convento. Destaque para o trabalho do púlpito de dossel, atribuído a Gabriel Rodrigues Álvares e os altares de talha dourada, atribuídos a Ambrósio Coelho, que completavam o programa decorativo da igreja, de reconhecida qualidade.

Igreja de São João Batista  -  Adro de São João -

Havia registros de que fora aqui que, em 1385, Dom João I - Mestre de Avis, assistira missa imediatamente antes de rumar para Aljubarrota, para combater na mais célebre das batalha da história militar portuguesa.

​​Igreja de São Vicente  - Adro de São Vicente - 

Era considerado Monumento Nacional, anterior ao século XIII, de grande beleza e imponência pela sua fachada principal. Em seu interior se podia observar dois painéis de azulejos, com a nau São Vicente, os diversos retabulos seiscentistas, várias peças de escultura sacra, alfaias litúrgicas de grande valor, um púlpito de base com cálice e uma varanda de balaústres.

Igreja Matriz de Santa Maria Maior - Largo do Município e Rua Dr. Miguel Fonseca -
Monumento do século XIV, a Igreja Matriz de Barcelos era dedicada a Santa Maria Maior, mantendo a robustez medieval na aparência, embelezada por alguns elementos decorativos e arquitetônicos que revelavam a imposição do estilo gótico numa estrutura românica. A iniciativa da sua construção pertencera a D. Pedro, 3º  - Conde de Barcelos, que  deixara a sua assinatura através do brasão de armas, que podia ser visto nas arqui-voltas do portal principal. No interior, os capitéis historiados românicos afirmavam o ambiente medieval, contrastando com os painéis de azulejo de 1721, com cenas da vida de Nossa Senhora. Nas várias capelas laterais se destacava a decoração barroca, em particular nos altares de talha dourada. Na capela mor, encontravam-se algumas telas maneiristas representando a Anunciação e a Adoração dos Pastores.

 

Igreja Velha de Manhente  - Abade de Neiva -

Era um Convento de modestas proporções, cuja data de fundação remontava à primeira metade do século X, e do qual restavam apenas a chamada Torre de Manhente e a Igreja Matriz de Manhente. O Mosteiro fora fundado por D. Pedro Afonso Dorraes e sua esposa D. Gotinha Oeris, tendo passado depois à sua filha D. Teresa Pires, casada com D. Ramiro Aires, nobre do Condado Portucalense e um dos primeiros a usar o nome de família Carpinteiros. O templo tinha feições românicas, era de arquitetura religiosa, gótica e barroca. A antiga igreja monacal românica era constituída por uma planta longitudinal, com nave única, e uma estreita capela-mor.

 

Jardim das Barrocas - Largo da Porta Nova -

Fora construído no século XVIII, como complemento a Igreja do Bom Jesus de la Cruz, diretamente oposta a área da Porta Nova. Eram vários jardins em estilo rococó, com uma entrada monumental entre duas pseudo fachadas, com janelas e fontes. Era um espaço ajardinado conhecido com os nomes de Jardim das Barrocas, Passeio Dois Assentos e Passeio das Obras.

Mercado Semanal -

Desde o século XIII, Barcelos abrigava as quintas-feiras, o tradicional Mercado Semanal, em um amplo espaço ao ar livre no Campo da República. A feira reunia centenas de barraquinhas, onde era possível comprar de tudo: desde comidas típicas a artesanatos, inclusive o Galo de Barcelos.

Monumento ao Bombeiro Voluntário -

No final da Avenida Liberdade, na esquina da Praça 5 de Outubro, estava o monumento dedicado aos Bombeiros Voluntários (uma instituição semelhante ao que na Espanha era a Proteção Civil). Era uma estátua de bronze representando um heróico bombeiro, salvando uma criança que tomava em seus braços. Era rodeado por um pequeno jardim.

Museu Arqueológico - Rua Dr. Miguel Fonseca –

O Rio Cávado, atravessado por uma ponte medieval, era sombreado por árvores pendentes e ladeado por jardins municipais. Acima do rio, erguia-se a ruína do medieval Paço dos Condes,  onde se encontra o Museu Arqueológico. Entre os sarcófagos vazios e as cruzes de pedra, estava um crucifixo do século XIV, conhecido como Cruzeiro do Senhor do Galo. 

 

​Museu da Cerâmica -  Rua Cónego Joaquim Gaiolas - 

Era também conhecido como Museu de Olaria, criado no ano de 1963, com a doação de uma valiosa coleção de cerâmica pelo etnógrafo Joaquim Selles Paes de Vilas Boas. A partir de então, fora aumentando e finalmente em 1995 abria para o público no prédio atual.  Aqui se  podia ver os vários tipos de objetos de barro, criados por artesãos e ceramistas portugueses. A exposição ocupava dois mil metros quadrados e três quartos grandes, em que mais de 9.000 peças estavam expostas. Também tinha salas de reuniões e treinamentos, um auditório e refeitório para os empregados e público visitante. O seu acervo era constituída por coleções da cerâmica portuguesa fosca e vidrada, de norte a sul, e estrangeiras oriundas de Angola, Argélia, Brasil, Timor, Chile, Espanha e Cabo Verde. A entrada custava € 3 e o horário de visitas era de terça a sexta das 10.00 as 17.30h  e nos fins de semana de 10.00 as 12.30 e das 14.00 as 17.30h.

Museu do Chocolate -  Lugar Souto Vilar, 4905-077 – Durrães –

A histórica fábrica de chocolates Avianense, fundada em 1914, em Viana do Castelo, foi revitalizada e ganhou nova vida. Desse renovado fôlego nascia em dezembro de 2015, o Museu dos Chocolates Avianense, um espaço cultural e interativo, que contava a história da marca e do universo de chocolates tão emblemáticos para várias gerações, como as fantasias de Natal, as sombrinhas de chocolate ou o bombom Imperador.

Museu Regional e Etnográfico de Alvito São Pedro - Rua Daniel Lopes Miranda, 62 - 

Criado para preservar o patrimônio cultural da cidade, pelo histórico Conselho de Barcelos, tinha uma coleção de peças, muitas vezes subestimadas. Cada peça da coleção tinha um documento com uma descrição e seu doador. Valia uma visita, por quem apreciasse a arte e a  cultura.

Paços do Concelho - Largo do município -

O prédio era o resultado de uma série de anexações, reformas e acréscimos, a partir do núcleo dos velhos Paços do Concelho, a que a grande remodelação e ampliação iniciada em 1849 pretendia criar uma unidade. O Paço reunia o antigo Hospital do Espírito Santo, que servia de posto de assistência aos peregrinos a Santiago de Compostela e a antiga Capela de Santa Maria, ambos do século XIV. A Torre e Casa da Câmara, eram do século XV e a Igreja da Misericórdia, do século XVI. Todas as faces da história destes prédios lhe foram devolvidas já nos dias atuais, através de uma ação de reabilitação e valorização predial. 

 

Paço dos Condes de Barcelos - Rua Fernando Magalhães - 

Quem chegava a Barcelos pela ponte sobre o Rio Cávado, logo encontraria um espaço ajardinado, onde as ruínas do antigo Palácio dos Condes de Barcelos testemunhavam o passado histórico medieval. Era o que restava de uma construção de inícios do século XV, devida a D. Afonso, 8º Conde de Barcelos e 1º Duque de Bragança e um dos monumentos mais emblemáticos da cidade. Com uma aparência de palácio-castelo, fora no seu tempo um prédio nobre, que revelava o poder e riqueza crescentes do proprietário bastardo do Rei D. João I, impondo-se na paisagem urbana com as suas altas chaminés em forma de canudo. Mantivera-se como residência dos Condes até ao século XVII, período em que começara a cair em ruínas, acelerada pelo terremoto de 1755. O que restara servira de cenário para um Museu Arqueológico, ao ar livre. No museu encontravam-se peças que testemunhavam o povoamento da região, desde a pré-história, como sarcófagos medievais, símbolos heráldicos, marcos da Casa de Bragança, vários elementos arquitetônicos vindos de igrejas e conventos desmantelados, e pedras com brasões de antigas casas nobres já desaparecidas. Chamava-se especial atenção para o Cruzeiro do Senhor do Galo, proveniente de Barcelinhos, datado de inícios do século XVIII que relata em baixo-relevo, a antiga lenda do ex-libris da cidade. 

 

Passeio dos Assentos

Era também conhecido por Jardim das Barrocas e um bonito espaço verde, que datava do século XVIII, que se estendia em dois patamares, com um muro barroco, fontes e uma escadaria com obeliscos.

Pelourinho  - Rua Dr. Miguel Fonseca - 

Era também conhecido como Picota, o Pelourinho de Barcelos datava de finais do século XV e início do século XVI. Elaborado em granito, era composto por uma base robusta, fuste hexagonal e um remate multifacetado e muito ornamentado, a que levava o nome de gaiola, bem ao sabor do estilo gótico final. Era um dos mais emblemáticos pelourinhos nacionais, por sua riqueza artística. Ficava em frente da Igreja Matriz, num espaço ajardinado que lhe dava o merecido destaque. Observe a gaiola hexagonal na parte de cima.

Ponte Medieval 

Era um belo exemplar da engenharia de pontes do norte de Portugal, ao mesmo tempo em que se revelava uma obra fundamental para a criação de novos eixos viários para a cidade, reforçando ainda a vocação de terra comercial que lhe era conferida pela sua concorrida feira. De acordo com os dados fornecidos por documentação, as obras da ponte tiveram início no ano de 1325 e foram concluídas em 1328, quando fora instituída a Capela de Santa Maria da Ponte.

Rua Dom Antonio Barroso -

Era uma das mais antigas ruas do centro histórico. Atualmente, era das mais animadas artérias comerciais da cidade. Destaque  no início da rua, o prédio da autoria do arquiteto José Marques da Silva. Observe o prédio da Caixa Geral de Depósitos, nos nº 121 a 129, a casa de Mathias Gonçalves da Cruz nos nº 79 a 83, revestida por azulejos multi crômicos, e um prédio revivalista, com uma fachada ritmada por vários pisos alusivos às Ordens Gregas. Era a principal rua comercial da cidade, além de servir de local de união entre a parte histórica e a parte nova. Era uma rua de calçadas, que ia desde a Torre de Porta Nova até o Largo de Apoio. Aqui se podia encontrar todo o tipo de lojas e comércio, de tecidos, sapatarias, jóias, loja de roupa e utensílios em geral.

 

Santuário da Nossa Senhora da Aparecida - Freguesia de Balugães -

A pequena paróquia de Balugães, fora na primeira metade do século XVIII centro poderoso de atração católica para todos os portugueses, particularmente para os fiéis da região de Entre-Douro-e-Minho. Ali acorriam diariamente, romarias de peregrinos para venerar o local onde a Mãe de Deus aparecera. A falta de imprensa periódica para confirmar e defender este fato sobrenatural, e o arrefecimento da fé cristã ocasionado no meio e ao final daquele século e na primeira metade do seguinte, pela penetração, dos intensos erros maçônico liberais na classe secular e eclesiástica, contribuíram para o esquecimento da Aparição de Balugães. Contudo, a fama dos fatos sobrenaturais de Balugães deveriam ser algo estrondoso, para que chegassem aos ouvidos do apreciado escritor mariano do século XVIII, Frei Agostinho de Santa Maria, que entre muitas outras obras, publicara o Santuário Mariano, ou a História das imagens milagrosas da  Santissima Virgem, em Lisboa, no Convento da Senhora da Boa-Hora, se não no de Évora, em que fora Prior e subissem os ecos da Aparição à Corte de D. Pedro II, com tal clarividência, que movessem a sua real piedade, perpetuada na coroa de prata que mandara à Senhora. E tudo isto acontecera naquele tempo em que Lisboa ficava distante de Balugães, quatro ou cinco dias de viagem.

Solar dos Pinheiros - Rua Duques de Bragança 124 –

Situada no centro histórico, perto da Igreja Matriz, esta antiga casa do séulo. XV, era um dos raros exemplos ainda existentes em Portugal, da arquitetura  civil medieval. Com uma vista privilegiada sobre o rio, fora  construída em 1448 por D. Pedro Esteves, doutor em Direito civil e canônico, mas há quem atribua a sua construção ao sogro, Tristão Gomes Pinheiro. A verdade era que a casa foi residência da família dos Pinheiros, que foram durante gerações Alcaides-mor de Barcelos. Como era característica da época, era formada por duas altas torres entre as quais se desenvolve um corpo central mais baixo. Destacavam-se as portas de recorte ogival e um singular pormenor decorativo na torre voltada a sul: uma figura feminina e outra masculina, de barbas. Acreditava-se que fosse uma alusão ao Barbadão, pai de Inês Perez, que, furioso, tentou arrancar as próprias barbas quando descobriu o amor ilícito entre sua filha e o Mestre de Avis, e do qual nasceria o 1º Duque de Bragança, D. Afonso, que foi também o 8º Conde de Barcelos. Os Pinheiros estavam sepultados numa capela da Igreja Matriz, onde se podia ver o seu mausoléu.

Teatro Gil Vicente – Largo Dr. Martins Lima –

Fora aberto ao público pela primeira vez, em 31 de julho de 1903, com a apresentação da peça de teatro de revista Barcelos por Dentro, da autoria de Augusto Soucasaux. Em 1994, os donos do prédio então devoluto, queriam vender as suas ações à Câmara Municipal de Barcelos, cujo então presidente Fernando Reis, alegava não ter dinheiro. Nesse ano, uma construtora de Braga comprara as ações por 60 mil contos (300 mil Euros) e, meses depois, a Câmara municipal comprara, com surpresa, o teatro por 150 mil contos (750 mil Euros. Naquele tempo já existia políticos expertos como nos tempos atuais. A autarquia lançara, em 2004, obras de 2,5 milhões, co-financiadas pelo Governo de Durão Barroso. Em 2008 foram alvo da fase 2, mais 900 mil Euros. O projeto do multiuso dera origem a uma sala para cerca de 250 pessoas. No piso térreo, ficava um Café-concerto e foyer, nos pisos 1 e 2 ficavam os serviços e a direção, o 3.º andar destinava-se a salas de ensaio e os Camarins.

Em agosto de 2013, avançara a empreitada de requalificação do largo envolvente ao teatro, adjudicada por 125 mil euros. A autarquia aprovou uma alteração simplificada ao Plano Diretor Municipal, para ultrapassar o fato de, com as obras de reconstrução, o teatro ter ficado com mais seis metros de altura do que o que estava no estudo prévio e no projeto de execução da obra. Em causa estava a torre de palco, que permitia a mudança rápida de cenários. A 7 de Setembro de 2013 fora feita a reabertura do teatro, tendo sido apresentado o espetáculo Pranto de Maria Parda, com texto do dramaturgo português Gil Vicente, espetáculo levado à cena pela A Capoeira  - Companhia de Teatro de Barcelos.

Templo do Bom Jesus da Cruz  -  Largo da Porta Nova, 14 - 

A origem da Igreja do Senhor Bom Jesus da Cruz estava relacionada ao misterioso aparecimento de uma Cruz, de terra negra, no chão do Campo da Feira, em Dezembro de 1504, e onde logo se construira uma pequena capela para lembrar o sinal divino. Dois séculos depois, em 1704, construiram uma igreja no mesmo local. O conhecido arquiteto português João Antunes optara por um estilo muito característico do norte do país, em que o granito, principal material utilizado na construção local, e o branco da cal se conjugaram nas harmoniosas formas barrocas, neste caso de inspiração italiana. O interior de planta octogonal, impressionava pela robustez do monumento que se via pelas grossas paredes e na pesada cúpula de granito, com cerca de 10 metros de diâmetro. Destaque para os altares de talha dourada, principalmente o que tinha a imagem do Senhor da Cruz, datada do século XVI, e os painéis de azulejo setecentistas, da autoria de João Neto, um azulejador lisboeta. Aqui acontecia uma das mais importantes festas religiosas do Concelho de Barcelos, a Festa das Cruzes, que se realizava no início de Maio, quando tapetes de pétalas de flores cobriam o piso da igreja durante os cinco dias da festa. 

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Torre da Porta Nova - Largo da Porta Nova, 22 -

Este amplo espaço era guardado pela Torre de Barcelos, que fazia parte de antiga muralha e que já servira de prisão. Também conhecida como Torre do Cimo da Vila, Postigo da Muralha ou Torre da Porta Nova, estava registrada como Monumento Nacional. ​Continuando pelo Largo da Porta Nova,   outro  templo  imponente  elevava-se  à frente, a Igreja do Bom Jesus da Cruz ou Igreja das Cruzes. Toda a área era palco de importantes eventos, como a Festa das Cruzes e a Feira Semanal.

Torre do Cimo da Vila -

Ainda que tenha florescido durante a Idade Média, Barcelos nunca chegara a ter seu próprio castelo. Por conta disso, o Conde local decidira reforçar a segurança do município, em meados do século XV. Para isso, ordenara que as muralhas da cidade fossem incrementadas com imensas torres quadradas feitas de granito, para defender a área. Uma dessas torres sobrevivera ao tempo e chegara a ser utilizada até a década de 1930, como presídio. Hoje, a construção abrigava um centro cultural e estava aberta à visitação: era possível subir de elevador até o seu ponto mais alto para contemplar uma vista da cidade e seus arredores.

A Rua Visconde Leiria era outra artéria importante da cidade, onde se localizava o Teatro Gil Vicente, a casa de espetáculos mais antiga de Barcelos. Por essa rua se tinha acesso ao Largo do Apoio, de origem medieval e o primeiro da cidade. No seu centro, existia um Chafariz do séc. XVII e a imponente Casa do Condestável Don Nuno Álvares Pereira.

Onde dormir

Art`otel Barcelos - $$$ - Rua da Madalena nº 29 

Todas as unidades incluiam banho privativo, ar condicionado, TV LCD,  um mini-bar e acesso gratuito a internet. Servia café da manhã em buffet ou continental. Tinha uma piscina externa.

Babette Restaurante - Largo Dr. Martins Lima. 18 -

Era um dos melhores restaurantes da cidade e muito bem recomendado. O capricho no preparo dos melhores pratos da culinaria portuguesa faziam do lugar uma referência gaastronômica para a região. Ambiente excelente e atendimento de primeira.  

Barcelos Way Guest House - $$$ - Rua de Custódio José Gomes Vilas Boas, n.º 44.

Com acesso Wi-Fi gratuito em toda a área, oferecia quartos com ar condicionado, TV LCD, banho privativo e uma cozinha compartilhada. Excelente atendimento e uma ótima localização.

Hotel Bagoeira -$$$ - Av. Dr. Sidônio Paes, 495

Os quartos eram decorados de forma acolhedora, com móveis modernos e ar-condicionado, TV via satélite, frigobar e banheiro com chuveiro e banheira. Dispunha do Pelouro Bar, com vista para Barcelos, além de um restaurante espaçoso com salas de jantar separadas  Tinha estacionamento.

Residencial Solar da Estação - Largo Marechal Gomes da Costa, 1 -

Dispunha de restaurante e Wi-Fi gratuito em todas as áreas, quartos família, banho privativo e roupas de cama e banho. Também tinha uma boa localização ed o atendimento er muito bom.

   

Onde comer

Restaurante Pedra Furada - Rua Santa Leocadia, 1415  - bairro Pedra Furada -

Para quem fazia o Caminho de Santiago, era recomendado como parada obrigatória, não só pela qualidade da comida como também pela excelência do atendimento prestado pelo proprietário e sua família. Alguns pratos mais procurados levavam nomes exóticos como o arroz de pica no chão ( cabidela ) e o galo recheado.

 

Restaurante Rústico Rua Afonso Nunes, 18 - bairro de Mariz.

No cardápio estavam pratos da cozinha europeia, portuguesa e algumas opções vegetarianas, todas com um excelente toque caseiro, com destaque para o Empadão de Robalo, os pratos com cogumelos e a vitela com batatas à padeiro. As sobremesas, como não poderiam ser diferentes num bom restaurante português, eram de comer aos suspiros.

Tunel dos Sabores - Rua Dom Diogo Pinheiro, 16 - 

Era especializado em comida europeia, portuguesa e mediterrânea. Era o mais novo restaurante na cidade, também sob administração familiar, num ambiente intimista onde oferecia uma comida de excelente qualidade e apresentação. A carta de vinhos era ótima e tinha alguns dos melhores produtos tintos do Douro. Por tudo que proporcionava ao visitante fazia jus ao próprio nome.

Casa dos Arcos – Rua Duques de Bragança, 185.

Restaurante Galliano - Campo 5 de Outubro, 20.

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