BOLOGNA - "A vermelha" - a gastronomia e os museus dos super carros - Itália - 1/2
ETIAS 2025 - Autorização para entrar na Europa
Anunciado em 2016, o European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir de 2025 mas ainda sem data para início dos procedimentos. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital, antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.
As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta atraente cidade italiana. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...
Bologna era uma Comuna italiana, a capital e a maior cidade da região da Emília-Romagna, situada a aproximadamente 80 quilômetros de Florença, mais especificamente, entre os rios Reno e o Savena. Era conhecida também como La Rossa (A Vermelha). Os prédios medievais, de terracota e ornamentados com pórticos que cobriam as calçadas da cidade, eram sua marca registrada. Além dos arcos que serviam como cobertura para as caminhadas quentes do verão e para os dias chuvosos, também era conhecida pelas duas torres inclinadas – construídas por ricaços da cidade, que queriam demonstrar seu poderio, e hoje estavam tortas e uma delas (a degli Asinelli) era a únuca aberta a visitação. Outro destaque arquitetônico da cidade era o Santuário della Madonna di San Luca, localizado numa colina no alto da cidade.
A cidade tinha cerca de 40km de pórticos, que eram calçadas cobertas muito úteis em dias de chuva ou neve, sol ou vento, e lindas estruturas arquitetônicas sob as quais se podia caminhar. Com o intuito de alargar a área útil dos prédios quando a cidade começara a crescer, criaram estas estruturas que avançavam sobre as ruas, dos andares superiores ao térreo. Para sustentá-las, fora necessário construir vigas de madeira que ocupavam até hoje suas ruas, e nestes corredores cobertos, havia lojas, bares, restaurantes, sorveterias, Cafés e muito mais. Aproveite para passear pela Via Peschieri Vecchie. Bologna abrigava a mais antiga Universidade do mundo ocidental, que permanecia ainda na ativa. Em seus bancos, sentaram gente como Dante Alighieri e Petrarca. Fundada em 1088 a Universidade, ainda era uma das mais respeitadas da Europa e promovia cursos de Artes, Direito, Medicina, Farmácia, Matemática, Engenharia, Agronomia, Medicina Veterinária, Arquitetura e Pedagogia. Esta bela cidade medieval da Emilia-Romagna merecia não um mas até três epítetos: la dotta (a douta, a sábia, por causa da Universidade); la grassa (a gorda, por conta da sua incrível gastronomia); e la rossa ( a vermelha, por causa do tom ocre de boa parte dos prédios).
Principais referências históricas e turísticas
Archiginnasio
A Universidade de Bolonha era considerada a mais antiga da Europa e até do mundo, fora fundada em 1088, estando por isso em funcionamento há quase um milênio. Era mais ou menos esse o tempo em que o Archiginnasio tem se mantido como o coração da cena acadêmica e cultural da cidade de Bolonha. Era um dos palácios mais importantes de Bolonha, e sede da Biblioteca Municipal desde 1838, e onde se situava, também, o Teatro Anatômico, uma das maiores curiosidades deste curioso prédio.
Basilica de São Domingos - Piazza de San Domenico, 13 –
Era uma das igrejas mais importantes e sede principal da Ordem dos Dominicanos. No interior da Arca de São Domingos, eram conservados os restos de Domingos de Gusmão, fundador da Ordem Religiosa dos Frades Pregadores.
Basílica de São Petrônio - Piazza Galvani, 5 –
Uma das maiores igrejas católicas do mundo, estava situada na Piazza Maggiore, tinha capacidade para receber até 28 mil fiéis de uma só vez. O templo em estilo gótico, fora concebido em 1893, para ter uma fachada maior que a da Basílica de São Pedro, no Vaticano, mas nunca fora concluída. Por isso, parte considerável da fachada da Basílica ainda estava à mostra, com os tijolos expostos, enquanto apenas uma porção da fachada fora finalizada com mármore. Com sua riqueza histórica e grande importância arquitetônica, a igreja seguia como uma das principais atrações bolonhesas! Tinha 22 capelas laterais, dedicadas a diferentes santos e decoradas com obras de arte de importantes artistas italianos. Ao entrar, admire as esculturas sobre o pórtico e observe o imenso meridiano que o astrônomo Giovanni Domenico Cassini implantara no chão da Basílica e que até hoje permanecia intacto e resplandescente.
Uma das capelas que mais chamava a atenção dos visitantes, era a número quatro, da família Magi. Seus afrescos, pintados pelo artista Giovanni da Modenna, retratavam o céu e o inferno. Porém, o artista pintou Maomé, sendo torturado no inferno, o que desagradara muitos muçulmanos. Abria a visitas de segunda a sextas, das 7.45 as 13.30h, e das 14.30 as 18.000h. Aos sábados e domingos, das 7.45 as 18.30h. A entrada era gratuita.
Basílica de São Stéfano – Ficava ao leste da Piazza Maggiore –
Era um Complexo histórico de sete igrejas, claustros, tumbas e pátios. Com uma atmosfera tranquila e humilde, era um lugar para passar a tarde admirando a arte e artefatos religiosos. Fora construída no local de um antigo templo, dedicado a deusa Ísis. Remontando à época românica, o Complexo inicialmente consistia de sete prédios. No início do século XX, o local passara por diversas restaurações, reduzindo o Complexo aos quatro prédios atuais. Entre pela Chiesa del Crocifisso, uma igreja que recebera esse nome devido a seu crucifixo, datado do século XIV. Admire os afrescos nas paredes, que retratavam cenas da vida de São Estêvão. Visite a cripta, onde havia cinco naves, divididas por um grupo de colunas únicas. De acordo com a lenda, uma dessas colunas representava a altura exata de Jesus. Visite a parte interna da Chiesa del Santo Sepolcro, onde ficavam os restos mortais de São Petrônio, o padroeiro de Bologna. No ano 2000, os restos foram transferidos para a Basílica de São Petrônio.
Fábricas de automóveis/motos
Para quem era admirador de carros esportivos, nas proximidades estavam as fábricas da Ferrari, Masserati, Ducati e Lamborghini. Havia um tour de dia inteiro que proporcionava a visitação, acompanhada de Guia especializado. Informe-se numa Agência de Viagens.
FICO Eataly World - Via Paolo Canali, 8 -
Aberto recentemente, o parque com temática gastronômica tinha o tamanho equivalente a dez campos de futebol. Seu nome significava Fabbrica Italiana Contadina, em inglês, Italiano Farmer Factory. Era considerado o maior parque gastronômico do mundo, reunindo em um só lugar o melhor da culinária italiana. Era possível experimentar o verdadeiro presunto de Parma, o aceto balsâmico de Módena, entre outras delícias do país. Para os foddies de plantão, o FICO Eataly era um verdadeiro paraíso. A proposta era mostrar toda a cadeia produtiva da comida, que ia desde hortas e fazendas, até a mesa, em restaurantes deliciosos. O espaço era tão grande, que dava até para visitá-lo em um tour guiado, combinado com uma Agência de Turismo. Como a FICO ficava distante do centro da cidade, uns quarenta minutos, a recomendação era programar uma tarde inteira e almoçar ou jantar por lá, já que ele abria as 10.00h e fechava à meia-noite.
Fonte do Netuno
Visível desde a entrada da Basílica de São Petrônio, a bonita Fontana del Netunno fora construída em 1566 pelo escultor maneirista Giambologna, que usara mármore e bronze para cumprir um projeto de Tommaso Laureti. Ao que constava, a escultura simbolizava o poder do Papa, que governava o mundo tal como Netuno governava os mares. E, por isso, aos pés da estátua estavam quatro anjinhos, que representavam os quatro grandes rios conhecidos à época: Amazonas, Danúbio, Ganges e Nilo. A Fonte ficava numa das esquinas da Piazza Maggiore, defronte à Biblioteca Salabrosa, um prédio público de portas abertas para quem quizer consultar um livro ou desfrutar do acervo multimídia. Tanto a Fonte como a Biblioteca Salaborsa acabaram por se tornar os principais pontos de encontro da cidade de Bolonha.
Giardini Margherita - Viale Giovanni Gozzadini –
Levava o nome da esposa do Rei Umberto I. Era o maior parque da cidade e contava com área total de 26 hectares. Inaugurado em 1879 com o nome de Passeggio Regina Margherita, o espaço verde colado a uma das portas da cidade, possuia um pequeno lago, bosques de carvalho e amplos gramados. Inspirado nos românticos parques ingleses, com largas avenidas arborizadas. Durante as obras de reforma do parque, um cemitério etrusco fora descoberto na área. Uma valiosa tumba de travertino fora encontrada, e hoje podia ser admirada na beira do gramado central. O antigo canal de Savena (1176), um dos cursos de água mais importantes da cidade, ainda atravessava o parque em seu trecho ao ar livre.
Igreja do Sagrado Coração de Jesus - Via Giacomo Matteotti, 25 –
Era uma fantástica construção do século XX neobizantina, cuja cúpula desmoronara antes da guerra e fora então perfeitamente reconstruída. Evidenciava a mão de Collamarini, entre os maiores arquitetos de todos os tempos. Era uma das maiores igrejas da cidade, a poucos passos da Estação Ferroviária Central e da Estação de Ônibus. O interior era gótico, mas com cores muito vivas, tanto nos materiais utilizados como nas pinturas e vitrais. Tinha um altar muito grande, onde Jesus e seu Sagrado Coração podiam ser vistos. Além disso, a estrutura tinha uma escadaria dupla sob o altar que se abria para uma cripta muito calorosa e familiar onde as missas eram celebradas.
Igreja de São Sigismondo - Via San Sigismondo, 7 –
Era uma bela igreja, que apesar de estar localizada próximo do centro histórico, geralmente passava um pouco desapercebida, também porque externamente era clássica e um pouco anônima, embora bem conservada. Internamente, tinha belos efeitos de luz e obras que certamente valiam uma visita. Era recomendada no panorama das obras religiosas bolonhesas.
Jardim Margherita
Era um antigo jardim inaugurado em 1879, com o nome de Passeggio Regina Margherita – e ainda mantinha a maior parte do traçado original. Existe no jardim um lago, abastecido pelo antigo canal de Savena, uma das vias navegáveis que outrora caracterizavam a cidade de Bolonha. Aproveite para conhecer o centro cultural Le Serre dei Giardini e suas estufas de plantas.
Mercado de Ervas
Era um mercado histórico, onde era possível comprar e provar algumas das especialidades gastronômicas de Bolonha no que toca às massas frescas. A mais popular eram os tortellinni, também chamados umbigos de vênus, por causa da sua forma, e que podiam ser servidos com vários molhos e recheios. E por falar em comida, atente também para a Mò Mortadella Lab, uma pequena loja instalada numa rua central de Bolonha, onde duas pessoas atrás de uma vitrina e um fatiador de mortadela em trabalho contínuo preparavam incontáveis sanduiches de mortadela.
Palácio d’Accursio ou Palácio da Comunidade - Piazza Maggiore, 6 –
Também conhecido como Palazzo Comunale, localizado no centro histórico da cidade, era sede da Biblioteca Salaborsa, que abrigava vestígios do período da Roma Antiga, além de torres medievais e ruínas datadas da era Renascentista. O antigo palácio podia ser avistado de diferentes pontos da cidade, com destaque para o imponente Relógio da Torre e a estátua de bronze, em homenagem ao Papa Gregório XIII, filho da cidade. Aqui funcionava desde 1336, a sede da Prefeitura Municipal e um dos mais importantes sítios arqueológicos da Emília Romagna.
Palácio de Podestà – Piazza Maggiore, 1 -
Fora a primeira sede do Governo da cidade, e o que restava do centro original era a Torre Arengo, construída no cruzamento de duas estradas, formando o chamado Voltone del Podestà . Em 1453 foi colocado um sino na torre, apelidado de Campanazzo, que desde então tocava em ocasiões especiais. Fora concebido para abrigar órgãos públicos, incluindo o Tribunal de Bolonha. Após ser parcialmente destruído, durante a Segunda Guerra Mundial, o prédio do século XII fora recuperado e transformado em sede para escritórios. Ainda assim, era permitida a visitação que poderia incluir o Voltone del Podestá.
Os pilares do pórtico eram decorados com 3.000 rosetas esculpidas, todas diferentes. Atualmente era um local de prestígio para as exposições da cidade, juntamente com o contíguo Palacio Re Enzo. Estava localizado entre os dois palácios e guardava uma curiosidade que todos queriam testar. Na Galeria, com uma abóbada, que se sussurrar num dos cantos, as pessoas conseguiam ouvir tudo ao se posicionar no canto oposto. O Palazzo del Podestà, que começara a ser construído no século XIII, e Palazzo Re Enzo, datado de 1245. Entre eles ficava o Palazzo del Capitano del Popolo.
Palacio Re Enzo - Piazza del Nettuno, 1/C -
Construído em meados do século XIII, era um dos lugares mais interessantes da cidade, onde estava instalado o maior sino da Emília Romagna, que tinha a função de alertar a população em qualquer situação emergencial. Fora projetado para funcionar como um anexo do Palazzo do Podestà.
Parque da Montagnola - Via Irnerio, 2 –
Era o parque mais antigo da cidade, desde o século XIII já era um local de encontro, pois funcionava no local uma feira de comércio de animais. A partir de 1662, a área, que por anos também fora designada ao acúmulo de entulho e resíduos – e por isso se formara uma montanha, daí o nome Montagnola – fora destinada ao uso público. O projeto atual remontava ao início de 1800, quando Napoleão mandara reformar, inspirado nos jardins franceses. Em 1896, fora construída a escadaria monumental, virada para a antiga porta e as ruínas da Fortaleza de Galliera.
Parque da Villa Spada - Via di Casaglia, 3 –
Era o parque mais acessível para quem chegasse a pé, a partir do centro e englobava um belo prédio neoclássico, que abrigava o Museu da Tapeçaria e era embelezado por um pequeno jardim italiano, projetado por Giovanni Battista Martinetti. Aproveite e suba a colina e aprecie uma vista da cidade.
Praça e Fonte de Netuno –
Reunia os artistas de rua, turistas, e muita gente circulando. Aqui ficavam as duas torres: a Torri degli Asinelli ( 97,20 metros ) e Garisenda ( 48,16 metros de altura ), construídas entre os séculos XII e XIII.
Praça Maggiore –
Construída em 1564, era considerada o coração da cidade e onde estavam os principais atrativos turísticos. A praça abrigava bares, restaurantes e cantinas, além de ser um espaço visualmente muito bonito. Era onde estavam a Fonte de Netuno, obra do século XVI, a Basílica de São Petrônio, o Palazzo d’Accursio, o Palazzo del Podestà, o Palazzo Re Enzo, o Palazzo de Banchi, o Palazzo dei Notai e a Sala Borsa, que era uma biblioteca multimídia. Sente-se em um Café ao ar livre, para apreciar as pessoas aproveitando o sol e visite-a no início da noite para assistir a Fonte de Netuno, de 1566.
Ravena
Aproveite sua passagem por Bologna e dê uma esticada até a cidade de Ravena, distante à uma hora, a exemplo de Parma e Modena. Um pouco desconhecida de muitos turistas, Ravena chegara a ser capital do Império Romano. Tinha vários monumentos classificados pela UNESCO que eram verdadeiramente imperdíveis.
Santuário Madonna de San Luca - Via di San Luca, 36 -
Era uma das poucas atrações que não estavam localizadas no centro da cidade, mas chegar era relativamente fácil, pois estavam disponíveis linhas de ônibus e até um trenzinho turístico que chegavam à região, a partir do centro histórico. O caminho sugerido para visitá-lo era uma caminhada pelos 666 pórticos morro acima. Uma das características mais marcantes da cidade eram esses pórticos. Nenhuma outra cidade no mundo tinha tantos pórticos como Bologna, que somados formavam mais de 40 km de extensão. Eles serviam de proteção, tanto do sol forte do verão, como da neve. O pórtico mais longo levava a um dos pontos mais altos de da cidade: o Santuário de San Luca. Eram 666 arcos, ou quatro quilômetros, até o alto do morro. Curiosidade: na Bíblia, o número 666 representava a besta do Apocalipse. Diziam os locais que era uma representação da Virgem Maria de San Luca, dando um fim ao monstro. Para quem não gostasse de caminhadas, havia um trenzinho que levava até o alto. Abria de segundas a sextas das 7.00 as 12.30h, das 14.30 as 18.00h. Aos sábado e domingos, das 7.00 as 18.00h. A entrada era gratuita.
Teatro Anatômico do Archi-ginásio – Piazza Maggiore –
Aqui estava a Universidade mais antiga do mundo, ainda em operação contínua, desde 1088 - e uma das muitas escolas da Universidade era a Faculdade de Medicina. O Archiginnasio era um prédio universitário, originalmente construído no século XVI, que servia por muitos anos como o prédio principal da Universidade. Hoje, abrigava a maior biblioteca municipal da região, mas a principal atração era o Teatro Anatômico. Construído em 1637, era uma linda sala totalmente revestida de painéis de abeto com um teto em caixotões. As poltronas eram em estilo de anfiteatro, e a poltrona na qual um professor fazia suas palestras, se assemelhava mais a um trono ou púlpito de um Pregador do que à mesa de um Professor. Existiam nichos nas paredes onde estavam imagens de médicos importantes, esculpidas em madeira. Destacavam-se as estátuas esculpidas em cada lado da cadeira do professor, eram esculpidas como se não tivessem pele, para tornar seus músculos visíveis. A enorme mesa no centro do chão do teatro podia parecer intocada agora, mas era aqui que as dissecações de corpos humanos e animais ainda aconteciam durante as aulas.
Universidade Carpiggiani – Via Emilia, 45 – Anzola Dell`Emilia –
Conhecida como Universidade do Sorvete, fora aberta há alguns anos nas dependências de uma tradicional fábrica de gelato. O lugar oferecia cursos de uma semana, seja para os milhares de interessados em abrir um novo negócio, no mundo do sorvete italiano, ou simplesmente para apaixonados pela guloseima que desejavam ter uma produção própria e infinita de gelato. Para sair diplomado, era preciso desembolsar cerca de dois mil reais – que incluiam acomodação durante o período do curso. A procura por essa Universidade não parava de crescer: em 2011, foram mais de 12 mil mestres, formados pela Universidade.
Compras
Para as compras, eram muitas as opções, principalmente na área de alimentação onde se destacavam as rotisserias, salumerias, mercados públicos ao ar livre que funcionavam às sextas e sábados. Na Piazza VIII de Agosto, aos sábados acontecia uma Feira onde também tinha bancas que vendiam antiguidades, artigos para casa, roupas e calçados. Como não existiam centros comerciais, o comércio era nas ruas, onde as mais movimentadas eram a Via Ugo Bassi, a Via Indipendenza, a Via San Felice e a Via Farini. A área do Quadrilatero – que ocupava toda parte do mercado – era cheia de cafés, lojas e pequenos restaurantes com comidas típicas.
Onde dormir
O melhor era se hospedar no centro histórico da cidade, na região de ruas como Ugo Bassi e Via Farini, onde ficava a Piazza Maggiore, a Igreja de San Petrônio, as torres Asinelli e Garisenda e a Abadia de Santo Estefano, as principais atrações da cidade.
Hotel All Cappello Rosso - $$$$ - Via del Fusari, 9 –
Estava localizado atrás da Piazza Maggiore, bem no centro da cidade. Os quartos eram espaçoso, limpo, bem decorados e com todos os confortos de um bom hotel, como roupão, chinelinhos, amenities e até chocolate de cortesia. A localização era ótima para explorar o Quadrilátero e as várias opções de restaurantes do centro. Para quem buscava conforto e praticidade, era o lugar ideal. O restaurante do hotel também era muito bom. Recomendável.
Nuovo Hotel Del Porto - $$$ - Via del Porto, 6 –
Oferecia quartos modernos com ar condicionado e acesso Wi-Fi gratuito. Localizado no centro histórico, junto a Via Independenza, ficava a 1 km da Piazza Maggiore e a uma caminhada de 10 minutos da Estação Ferroviária Central. Os quartos incluiam um mini-bar e TV de LCD com imagens via satélite. Alguns quartos contavam com quitinete. Lembrando que os quartos a partir do quarto andar eram mais novos e eram os mais bem equipados. Passados dois anos, isso até poderia ter mudado para melhor.
Ramada Encore Bologna - $$$$ - Via Ferrarese, 164 –
Os quartos eram modernos e dotados de todo o conforto, com camas super confortáveis, Wi-Fi grátis, ar condicionado, frigobar. TV de LCD, chaleira elétrica, banho com chuveiro de hidromassagens, secador de cabelos, amenities e um bom café da manhã. Tinha restaurante, academia e SPA. O Bistrô Rossofuoco ficava aberto para o jantar. Oferecia o BioSPA, que incluia sauna, banho turco, banheira de hidromassagem e área de relaxamento, com uma seleção de chás orgânicos e agendamento para massagens. Em frente ao hotel ficava o ponto do ônibus n° 25, com conexões regulares para a Estação Central de Bologna. O hotel dispunha de serviço de translado para o Aeroporto Guglielmo Marconi mediante reserva e a um custo adicional.
Onde comer
A cidade também era conhecida como La Grassa ( a Gorda ), por conta dos produtos de sua região agrícola. A lista de produtos IGP da Emilia-Romagna, passava dos 40, dentre eles se destacavam os queijos grana padano e parmigiano reggiano, o salame rosso, o aceto balsâmico, onde o de Modena era considerado o melhor, fermentando naturalmente a partir do mosto de uva e envelhecido em barris de madeira, por pelo menos 12 anos. A cidade era cheia de vitrines de comida, com as salumerias, queijarias e pastifícios de fazer a alegria dos gourmets.
Existiam vários bons restaurantes no centro histórico, quase sempre trazendo um menu que devia ser respeitado: antipasto, uma seleção de embutidos e queijos, crostini ou saladas, o primo piato, normalmente uma pasta ou risoto e um secondo piato, que podia ser à base de carnes. A região da Emilia-Romagna dava origem a ingredientes maravilhosos embutidos: salames, linguiças, a mortadela, o famoso prosciutto di Parma, a manteiga, queijos, com destaque para o clássico parmegianni, e para o molho bolognese.
Antica Osteria Le Mura - Vicolo del Falcone, 13/a -
A gastronomia italiana era de uma riqueza inigualável, e a popularidade de alguns pratos ali inventados também. Aqui serviam a melhor cotoletta allá bolognese da cidade, um fino bife de vitela empanado com ovo, farinha e farelo de pão, ao qual se adicionava uma fatia de presunto e outra de queijo e era levado ao forno para gratinar. Abria das 12.00 às14.30h e para o jantar era das 19.00 às 23.00h.
Bruno e Franco – A Salumeria - Via Guglielmo Oberdan, 16 –
Mantinha viva a tradição culinária da região, desde 1985. O centro histórico, com suas arcadas do século XIV, proporcionava àLa Salumeria um cenário interessante. Dentro de uma sala que se destacava pelo cuidado na disposição dos produtos, era possível encontrar massas frescas produzidas numa oficina gastronômica vizinha, além de uma seleção de frios, queijos , condimentos , óleos e pickles, dos melhores produtores da região. A poucos metros da loja, na Via San Simone, 2/a, ficava o laboratório de massas frescas, criado em 1999.
Gessetto Ristoranti - Piazza San Martino, 4/a –
Era um restaurante bem central, muito simples na aparência física do prédio e de seu mobiliário, mas com uma comida excelente e farta. Experimente os pratos mais procurados, como a lazanha com polpeta recheada de ovos, o espaghetti al funghi ou o ragu de lingüiça acompanhado de queijo squacquerone e pasta ao ovo.
Mò Mortadella Lab - Via de’ Monari, 1/c –
Ficava meio enrustido, num pequeno espaço num beco lateral da Via dell'Indipendenza. Era relativamente novo na paróquia e especialista em sandubas, em especial os da tradicional mortadela. Cada um levava um número, para facilitar o pedido, e os ingredientes apareciam no cardápio afixado na parede. Além da qualidade, o preço também era convidativo.
Osteria Francescana – Via Stella, 22 –
Em Módena acrescentara o nome di Bottura e voltara ao topo do pódio dos 50 melhores restaurantes do mundo, após ter ficado em segundo lugar em 2018. A casa do chef Massimo Bottura, havia conquistado o 1º lugar pela primeira vez em 2016. O anúncio fora feito durante cerimônia no Palácio Euskalduna, em Bilbao. O segundo lugar ficara para o espanhol El Celler de Can Roca (que ocupara o topo do pódio em 2013 e 2015) e, em terceiro, o francês Mirazur (que estava entre os 10 melhores do mundo, há três anos). O nova-iorquino Eleven Madison Park, o grande vencedor de 2021, agora ficou com a 4ª posição. Entre os outros restaurantes mais bem posicionados estavam os restaurantes peruanos Central, no 6º lugar e Maido, em 7º, e os mexicanos Quintonil (11º) e Pujol (13º). Para quem apreciava a boa gastronomia, estas eram as indicações para a próxima viagem.
Osteria Dell`Orsa - Via Mentana, 1 –
A comida era excelente. O menu apresentava o que Bologna tinha de melhor, com destaque para as pastas e o ótimo vinho da casa, servido em copos comuns. Destaque para a Tagliatelle Bolognese ao molho de carne, Lasanha, Nhoque Tortellini, Garganelli, Cotoletta Bolognese e salada Caesar.
Osteria del Sole - Vicolo Ranocchi, 1/d -
Era um lugar popular que só vendia bebidas e vinhos, principalmente. As pessoas sentavam-se em longas mesas, trazendo comida de casa, do mercado e eram os próprios atendentes que incentivavam aos clientes trazer comida de fora. Serviam um cálice de vinho ou um copo de cerveja. Era um local democrático e boêmio que funcionava desde 1465.
Osteria Satyricon - Via delle Armi, 3 –
Era um restaurante onde o proprietário era o Chef e a esposa era a Hostess, além de uma garçonete, todos muito atenciosos. Tinha um ótimo cardápio e todos os pratos com um sabor muito especial. Era relativamente pequeno, muito concorrido e por isso recomendava-se reservar de véspera.
Salumeria Simoni - Via Drapperie 5/2ª –
Situado no centro da cidade, era um lugar que reunia uma grande variedade de queijos e outros acepipes, todos de primeiríssima qualidade e servidos sobre tábuas de frios, ou sanduíches preparados na hora. Experimente o Parmiggiano Reggiano acompanhado de um vino proseco.