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B E R N A - A Capital, o Rio Aar  e o Zytglohgge  Suíça -  parte 1/2  

Os Alpes Berneses

O Zytglohgge

O Rio Aar

As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar a bela e charmosa capital da Suíça. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...

ETIAS – Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir de 2025, ainda sem data para início dos procedimentos. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

Berna era a sede do Governo da Suíça, tinha as  Casas do Parlamento (Bundeshaus) que erguiam-se acima da cidade, a poucos passos da Estação de Trens, como referência histórica e política mais importante e suas portas ficavam abertas aos visitantes, na maior parte do tempo. O ar medieval da cidade, com seus chafarizes e suas  fachadas em arenito, ruas estreitas e torres históricas, formavam uma característica única. O elevado Jardim das Rosas, que ficava acima do Fosso dos Ursos, e a plataforma da torre da Catedral, medindo 101 metros de altura, ofereciam a melhor vista para o centro histórico. Como a cidade era pequena, o melhor para conhecê-la era circular a pé a partir do centro. No Verão, o Rio Aar, que passava ao lado do centro histórico, ensejava oportunidades para banhos, com nadadores experientes desfrutando de suas pequenas correntezas enquanto apreciava a vista das Casas do Parlamento. O Jardim Botânico também ficava localizado a certa altura do rio, assim como o Zoológico Dählhölzli e o antigo Distrito de Matte. A cidade e o urso – o animal heráldico da cidade – eram inseparáveis. Ao circular pela cidade, era parada obrigatória a visita ao fosso para ver os ursos e observá-los enquanto se alimentavam e posavam para fotos. Ocupando as praças do centro da cidade, coloridas feiras semanais expunham seus produtos, com destaque para a Feira da Cebola, que acontecia na quarta segunda-feira de novembro.

As referências históricas e turísticas

 

Arquivo Federal Suíço –  Archivstrasse, 24 -

Guardava a memória do Estado Federal e os registros da Assembléia Federal, do Conselho Federal e da Administração Federal. O arquivo incluia documentos da República Suíça, de 1798, até o passado recente. A coleção abrange desde a Constituição Suíça original, até os registros mais importantes dos noticiários diários da televisão da Suíça. 

As Fontes

A cidade era lembrada também por suas diversas fontes. Eram cerca de 100 chafarizes espalhados e onze deles eram especiais, por serem históricos e fazer parte do Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. As fontes representavam diversos aspectos da história da capital e foram construídas num período próspero de Berna. Recebiam águas cristalinas que vinha direto das montanhas.

Bear Park - Grosser Muristalden, 6 -

O Urso era o símbolo de Berna e seus habitantes eram apaixonados por eles, uma tradição que começara em 1513 quando o primeiro urso vivo fora trazido da Batalha de Novarra e alojado nos quartéis militares da época – hoje convertidos no Parque dos Ursos, um lindo parque com vistas do Rio Aar. Ao lado do parque estava a Altes Tramdepot, uma bela micro Cervejaria, que devia ser visitada pelos que apreciavam uma boa bier. O acesso ao parque era gratuito.

Bundeshaus - Parlamento - Bundesplatz -

Inaugurado em 1902, o Parlamento fora construído com 95% de materiais suíços, ilustrando um pouco da diversidade de materiais, culturas e pessoas que viviam no país. O prédio era lindo por fora e muito bem decorado por dentro, repleto de estátuas, vitrais e murais. Era um prédio bonito e sóbrio, como deveriam ser todos os prédios públicos. Num país onde serio se escreve com esse, tudo que era público seguia essa orientação. Não é o caso de um país chamado Brasil, onde seriedade escreve-se com cê cedilha. O Parlamento Suíço oferecia tours com Guia em Alemão, todos os dias as 15.00h e as segundas, quartas e sextas as 11.30h. Os tours em inglês aconteciam aos sábados as 14.00h. Os tours se esgotavam rápido e por isso deviam ser agendados com um dia de antecedência pelo telefone (+41) 58.322.90.22 ou através do site

​Catedral e Münsterplattform  -  Münsterplatz, 1 - 

Localizada numa ampla praça que recebia um mercado colorido de flores, frutas e comidas, todas as terças e sábados, a Catedral começara a ser construída em 1421, em estilo gótico tardio. Quem encarasse a escadaria de 344 degraus poderia subir na torre para ver uma vista da cidade. Logo ao lado estava a Münsterplattform, uma praça ajardinada, onde crianças brincavam. Caminhe por todo perímetro do muro que a circundava para admirar a vista para o rio. A Catedral levara mais de 400 anos para ser construída e era uma das igrejas suíças que mudara de religião, após a Reforma Protestante. A igreja era muito linda, começando com sua fachada decorada com esculturas coloridas que ilustravam em detalhes o último julgamento final: do lado esquerdo o céu e do lado direito o inferno. A Catedral proporcionava uma experiência única, a subida à torre mais alta da Suíça, com 100 metros de altura divididos em 344 degraus, que ao final proporcionava belíssimas vistas dos Alpes Berneses. A subida custava 6 CHF por pessoa.

Centro Histórico -

​Uma boa parte da Cidade Velha era considerada Patrimônio Histórico da Humanidade, desde 1983, abrangendo a região da Ponte Nydegg até a Praça Bubenberg. Essas ruelas seculares eram cortadas pelos tram’s (bondes ou Vlt’s), repletas de bonitos prédios. Era conhecida também como a Cidade das Fontes, a maioria delas podiam ser encontradas nesta região central, dentre as quais onze eran da idade média. ​Graças aos seus 6 km de arcadas – os moradores referiam-se a elas como Lauben – a cidade ostentava os mais longos calçadões de compras cobertos da Europa. 

Club Alpino Suíço – Monbijoustrasse, 61 – 

Fundado em 1863 era o clube nacional de escalada da Suíça. Operava aproximadamente 300 cabanas e abrigos de acampamento estrategicamente localizados nos Alpes Suíços e oferecia outras instalações aos membros, além de ser um lobby na Suíça em nome dos alpinistas e para a proteção do ambiente alpino. O Clube que reunia mais de 105 mil associados estava organizado em 97 seções, baseadas em cidades ou regiões da Suíça, que eram coordenadas por um Comitê Central. A adesão ao Clube era aberta a homens e mulheres com mais de 18 anos, e era obtida através da adesão a uma das secções.

​​​Einstein Kaffee & Rauchsalon -

Uma sugestão  para tomar um cafezinho durante a visita ao Museu Einstein de dia, ou uma cerveja à noite, era no Einstein Café, num ambiente descontraído que tinha a cara da cidade, com seu pessoal simpático e acolhedor.

 

Heiliggeistkirche - Spitalgasse, 44 -

A Igreja do Espírito Santo enfrentarau diversas transformações da cidade: sobreviveu a queda das muralhas e a modernização das  ruas, para a construção das linhas dos trams. Era uma igrejinha barroca, com uma iluminação natural que impressionava e cativava os  visitantes.

Kornhaus -  Kornhausplatz, 18 -

Era o Granario de Berna, que servia para estocar vinho (no andar de cima) e milho (no andar de baixo). O prédio fora abandonado após o Congresso de Viena e permaneceu por muitos anos fechado. Em 1893 passou por uma reforma completa e ganhara as pinturas e afrescos atuais. Hoje, o Kornhaus era um dos restaurantes mais bonitos e aconchegantes da cidade, e devia ser visitado nem que fosse apenas para tomar uma cerveja ou uma taça de vinho.

 

 

​Rio Aar –

Caminhe pela cidade e aproveite para ver e fotografar seu rio famoso, do alto de uma das pontes da cidade ou caminhe ao longo de seu curso para apreciar as paisagens à sua volta. No verão era comum encontrar moradores nadando ou remando em suas águas.

 

Rosengarten -  Alter Aargauerstalden, 31B - 

Era um dos melhores locais para visualizar a cidade do alto e entender porque a cidade antiga era tão atraente. Se estiver vindo do Parque dos Ursos, a subida para chegar até o topo será um pouco íngreme. Como o nome mesmo afirmava, este era um parque para apreciar diferentes tipos de rosas. Desde 1913, passara a ser um parque aberto ao público. Havia um bom restaurante em seu interior.

 

Rua coberta - 

Depois da Torre do Relógio, continue caminhando pela parte antiga da cidade, e nessa rua principal e nas ruas paralelas, existia uma rua coberta, uma espécie de Galeria com diversas lojas, cafés, bares, restaurantes e um supermercado. Continuando pela parte descoberta, encontravam-se as fontes que chamavam a atenção por sua arquitetura e detalhes coloridos. Cada fonte possuia uma historia por trás de sua decoração e foram construídas por volta do ano 1550, para preservar a memória de heróis e eventos históricos da Idade Media. Aproveite para tomar água que era de graça, refrescante e potável e que ficava à disposição de todos.

Torre do Relógio – Bim Zytglogge, 3 - 

Era um importante marco histórico da cidade. Construída em meados dos anos 1218 e 1220, servia primeiramente como portão de controle da cidade e com o crescimento da então Vila, foi se expandindo e ficando mais alta para proporcionar um maior alcance visual. Também já servira como uma prisão de mulheres, chamadas de Priest’s Whores, quando enclausurava mulheres acusadas de manter relações sexuais com homens da igreja. Num incêndio em 1405, a torre foi totalmente queimada e muito de sua estrutura foi destruída, as celas foram abandonadas e a partir de então o relógio foi instalado.

O Relógio Astronômico era  o monumento mais popular da cidade, e realmente muito interessante, podendo-se agendar um tour para visitar seu interior, conhecer sua história e seu incrível mecanismo, além de apreciar uma vista do centro histórico. O Tour pela torre custava 20 CHF, e o ponto de encontro para a visita, era na própria torre, as 14.30h. Era recomendado reservar a visita porque a demanda era muito grande. Era aqui que acontecia o Carnaval da cidade, com a libertação do Urso que estaria dormindo e trancado na torre. O animal, que dormia numa janelinha com um cadeado, era acordado com músicas carnavalescas, e aí que começava o Festival.

 

 

Curiosidades sobre a Suíça

1. A Suíça era composta de 26 Cantões, que funcionavam como Estados, que possuiam seu próprio Governo, Constituição e Legislação;​

​2. Existia quatro línguas oficiais no país: alemão (falado por 64% da população), o francês (20,4%), o italiano (6,5%) e ainda o Romanche (1%), falado em dois Cantões do país;​

3. Era na Suíça que estavam localizadas as fábricas dos relógios mais prestigiados do mundo: Rolex, Audemars Piguet, Baume et Mercier, Breitling, Chopard, Franck Muller, Jaeger-LeCoultre, Longines, IWC, Patek Philippe, Piaget, Rado, TAG Heuer, Tissot e Vacheron Constantin;

4. O país possuia uma das leis mais brandas do mundo quando o assunto era armas. Existiam cerca de 2/3 a 4/5 milhões de armas, para uma população de oito milhões de pessoas;​

5. Sete bilhões de barras de chocolate Toblerone,  eram fabricadas todo ano na cidade de Berna, a capital do país;

 

​6. Em 1963, o Governo teve a iniciativa de criar acomodações em bunkers anti-nucleares, para seus cidadãos, sendo um dos únicos países a ter abrigo para quase todos os seus habitantes. Havia mais de 7 mil sirenes na Suíça para alertar a população sobre possíveis emergências, e isso incluia acidentes nucleares;

 

7. A Suíça era um dos únicos países do mundo que possuiam Democracia Direta, onde qualquer cidadão podia propor modificações nas leis e na Constituição do país;

 

​8. Entretanto, o país não era tão liberal assim, as mulheres só conquistaram o direito de votar, nas eleições em 1971, um pouco atrasado comparado ao resto do mundo;

 

​9. Havia mais bancos na Suíça do que dentistas. A moeda oficial da Suíça, não era o Euro, até porque o país não fazia parte da União Européia. A moeda oficial do país era o Franco Suíço, que também era usada em outro país, Liechtenstein. A moeda suíça era uma das mais fortes e estáveis do mundo, assim como o Dólar e o Euro; 

 

​10. De acordo com o Código Penal de 1918, o suicídio não era crime na Suíça. Por ser um ato legal, esse podia ser um dos motivos do país possuir uma das maiores taxas de suicídio do mundo. Também era permitido o suicídio assistido, que ocorria quando uma pessoa não conseguia cometer o ato sozinha, e podia solicitar a ajuda de uma outra pessoa;

 

​11. Existia um partido político chamado de Anti-PowerPoint, que lutava contra o uso excessivo do software, em apresentações empresariais e do governo;

 

​12. Existiam nada menos do que 1.224 fontes d’água, em Zurich. Portanto, não seria necessário comprar agua para beber;

 

​13. Negar a existência do Holocausto era considerado crime;

 

​14. Em Berna, uma estátua com mais de 500 anos, de um homem comendo um bebê, chamava atenção dos turistas e moradores. Ninguém sabia o real motivo por terem colocado a estátua naquele local;

 

​15. Apesar do alto número de armas de fogo e da taxa de suicídio, a Suíça possuia uma das menores taxas de criminalidade entre todos os países desenvolvidos, além de ser considerado um dos países mais seguros do mundo e com uma das maiores expectativas de vida;

 

​16. Os cidadãos eram obrigados por lei, a ter um Plano de saúde, desde o nascimento. Além disso, se alguém de qualquer parte do mundo passar a viver no país, precisará providenciar a assinatura de um convênio médico,  em até três meses. Isso porque toda a rede assistencial era oferecida de forma privada. Quem visitar a Suíça precisará contratar um seguro saúde por dois motivos: Primeiro, por não haver nenhum tipo de atendimento gratuito — nem no caso de emergências. Segundo, porque o país era signatário do Acordo de Schengen, que determinava uma série de exigências aos turistas;

 

​17. Nunca entre na casa de um suíço calçando seus sapatos. No país, era comum retirar os sapatos, na hora de entrar em uma casa. A maioria dos suíços costumava ter um armário, ou um local específico na entrada de suas casas, para que os sapatos possam alí ser depositados;;

 

​18. A Suíça era um país cheio de invenções, e isso provava que uma nação pequena, poderia ser muito rica em criações. Confira algumas de suas criações: ​Chocolate ao leite pela Nestlé, chocolate branco, creme Bepantol, Fonte helvética, canivete suíço, papel alumínio, papel celofane, LSD, Velcro, Absinto, e Müsli, a famosa granola.

Melhor chocolate suíço

O melhor chocolate ao leite da Suíça, levando em conta os mais vendidos no país, fora uma grande surpresa. Segundo o júri de especialistas em 2023, o Alprose Vollmilch tinha bom equilíbrio entre leite e chocolate, sendo descrito com um sabor complexo, harmonioso e com nozes. Fabricado no cantão de Ticino, parte italiana da Suíça, o Alprose tivera nota final de 4,8. Além de saboroso, esta marca tinha um ótimo custo-benefício custando 2,50 CHF o tablete de 100 gramas.

 

Os demais classificados

  • Cailler

  • Choba Choba

  • Denner

  • Frey

  • Halba

  • Lindt

  • Milka

  • Migros Bio

  • Naturalplan

 

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