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ARANJUEZ -  Aranjuez mon amour  - Espanha

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ETIAS – Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir de 2025 mas ainda sem data para início dos procedimentos. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete Euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

Como chegar a Aranjuez

Se não estiver com carro alugado, de Madri a Aranjuez as opções eram o trem e o ônibus.

Trem da Fresa -

Era uma viagem de Madrid a Aranjuez num comboio histórico, que reproduzia o primeiro trajeto ferroviário da Comunidade de Madrid. Na temporada de outono: o comboio circulava de 17 de setembro a 30 de outubro (sábados e domingos) e nos dias 12 e 13 de novembro, dentro da programação de oferta Fresas de Otoño. O trem que levava a Aranjuez era a linha C-3, que passava pela Estação de Atocha ou pela Estação de trens da Puerta del Sol, entre outros pontos que existiam na cidade. Informe-se sobre os horários. A viagem levava entre 40 minutos e 1 hora. A Estação de trem de Aranjuez ficava a menos de 10 minutos a pé do Palácio Real.

Estação de trens

Construida em estilo neo-mudéjar, era outro dos monumentos da cidade. Durante os meses de maio a outubro,  se poderia fazer uma viagem de volta no tempo pelo Trem do Morango, en uma velha composição de motor a vapor, que fazia a rota Madri-Aranjuez para transportar o morango. O passeio partia do Museu Ferroviário até a estação de Aranjuez. Durante a viagem, havia uma degustação de morangos, produto de exportação da cidade. O bilhete era adquirido no site da Renfe e incluia o ônibus para a área monumental, acesso ao Palácio de Aranjuez e um itinerário pela cidade.

 

Horários do trem - 

Madrid -  Aranjuez

Horarios de 07.13h – 09.29h - 13.10 - 14.32 - 21.28h – direto -37 minutos – Euros: 8,00

Aranjuez – Madrid

Horarios de 06.21 - 08.07 - 11.43 – 18.30 – 19.48h – 20.32h - – direto – 36 minutos – Euros 8,00.

 

Ônibus

A principal linha de ônibus intermunicipal que levava até Aranjuez era a número 423 Madrid-Aranjuez. As passagens eram compradas com o motorista no próprio ônibus. Não tente pagar com notas de maior valor, sendo que os motoristas só costumavam dar troco para notas pequenas, de 5€ ou 10€.

Chegando a Aranjuez, desça no ponto final, na Calle Infantas, que ficava a menos de 5 minutos a pé do Palácio. Ao sair da Estação, quando chegar à rua, dobre à esquerda e siga em frente.  A viagem de ônibus durava 60 minutos. Em Madri, o ponto inicial do ônibus ficava na Estación Sur de Autobuses, onde era possível chegar utilizando a linha 6 do Metrô, além de várias linhas dos trens metropolitanos (linhas C1, C5 e C10). Desça na Estação Méndez Álvaro.

Referências históricas e turísticas

O Real Sitio y Villa de Aranjuez era uma cidade da Comunidade Autônoma de Madri, situada a quase 50 km ao sul da capital espanhola. Uma de suas atrações mais importantes era o Palácio Real de Aranjuez, uma das residências históricas da Família Real espanhola, que hoje era administrada pelo Patrimônio Nacional. Sua construção teve início sob o Reinado de Filipe II. O mesmo ocorreu com o Real Sítio de San Lorenzo Del Escorial, projeto iniciado por Juan Bautista de Toledo, e continuado por Juan de Herrera.

A obra ficou paralisada durante quase todo o século XVII. Foi quando Filipe V deu continuidade ao projeto original, em 1715, que foi concluído em 1752 por Fernando VI. Em 1775, o Monarca Carlos III acrescentou duas alas ao Palácio. Então, não foi por falta de monarcas que o imponente prédio deixaria de ser concluído. Salientando sua importância na paisagem cultural de Aranjuez, em 2001 o Complexo foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO. Entre os muitos espaços que a percorrer durante a visita, dois se destacavam:

Casa do Trabalhador – Calle da Rainha – Jardim do Príncipe

Foi construída durante o reinado de Carlos IV, sobre a casa de modestos trabalhadores nos jardins do Palácio, às margens do rio Tejo. As obras foram realizadas por Juan de Villanueva e por seu assistente, Antonio López Aguado, enquanto o francês JD Dugourc era responsável pela decoração. Tinha três andares e era em estilo neoclássico. No interior havia mobiliário e decoração de diferentes períodos. Era uma mansão construída com base em uma fazenda, por ordem de Carlos IV. Estava localizada na extremidade do Jardins do Príncipe, possuia um plano quadrangular com duas alas laterais, que compunham um belo pátio. O Salão Maria Luisa, o salão de baile ou a sala de bilhar, eram alguns dos quartos mais bonitos, embora tudo neste palácio valia serem admirados.

Casa dos Infantes – Praça de Santo Antonio -

Foi construído por iniciativa de Carlos III, no século XVIII. O trabalho foi encomendado a Juan de Villanueva, mas foi finalmente realizado por Manuel Serrano. Este era um prédio civil, que servia como local de hospedagem para os Infantes Antonio Pascoal e Gabriel, que tinha o nome de Gabriel Antonio Francisco Javier Juan Nepomuceno José Serafín Pascual Salvador. O palácio foi concebido como parte integrante de uma praça. Os arcos uniformes e da austeridade do aspecto geral do prédio eram as características mais marcantes do exterior do Palácio.

Casa dos Ofícios e Cavaleiros – Praça de Santo Antonio -

Este prédio estava ligado ao Palácio Real, foi construído no século XVI, sob o reinado de Felipe II. O famoso arquiteto espanhol Juan de Herrera foi contratado para fazer o trabalho, seguindo os desenhos de Gómez de Mora. A casa, de dois pavimentos,  era estruturada em torno de dois pátios: o piso térreo do pátio tinha uma arcada ao redor, e no piso superior tinha uma varanda com o mesmo formato.

Concerto de Aranjuez 

Era uma famosa composição musical para violão clássico e orquestra,  do compositor espanhol Joaquin Rodrigo,  era seguramente o trabalho mais conhecido do compositor  e o seu êxito lhe proporcionou um reconhecimento internacional, como um dos principais a nível mundial no pós-guerra. Considerava-se esta obra musical espanhola como a mais interpretada em todo o mundo e, em particular, o seu adágio, que era singularmente popular, tendo sido cantado por múltiplas figuras da ópera e da canção popular. Escrita no princípio de 1939 em Paris, longe do ambiente tenso da Espanha, nas últimas etapas da Guerra Civil e na proximidade da agitação européia que precedeu a Segunda Guerra Mundial. Foi a primeira obra escrita de Joaquin  Rodrigo para guitarra e orquestra. A orquestração era única: raras vezes o som da guitarra se entrelaça com a música produzida por toda a orquestra.

Entretanto, a guitarra nunca ficava diluída ou diminuída, o que se podia ver nas partes de solo do instrumento, que o destacavam em todos os momentos. A sua estreia mundial foi em 9 de novembro de 1940, no Palácio da Música Catalã de Barcelona, com um programa que incluía obras de Dvorák, J. Rodrigo, Johan Sebastian Bach, Sors, F. Tárrega e A. Cassella. O solista era o guitarrista Regino Sáinz de la Maza, acompanhado pela Orquestra Filarmônica de Barcelona, dirigida por César Mendoza Lasalle, sendo o primeiro concerto para guitarra e orquestra da história da música. Não dá para esquecer a letra quando fala de Aranjuez mon amour.

Convento de São Pascual – Calle del Rei, 57 -

Foi construído sob o reinado de Carlos III, entre 1765 e 1770, para servir como um Convento Franciscano. O prédio projetado por Francisco Sabatini, tinha uma fachada neoclássica, coberto com duas torres. A característica mais notável era sua fachada com um arranjo interessante de colunas e pilares, para não mencionar o frontão grande que  ele coroava. Sua igreja também se destacava com seu plano latino-cruz. As capelas encontradas na nave principal e as dependências Conventuais, eram alguns dos seus elementos mais interessantes. No interior da igreja, pendurado acima do altar-mor, havia um retrato de Antonio Raphael Mengs,  famoso pintor neoclássico alemão. Era filho de outro pintor, e foi batizado com os nomes de dois grandes artistas do Renascença italiano, que seu pai admirava: Antonio Allegri, conhecido por Correggio, e Rafael.

Gabinete Árabe -

Inspirado na Alhambra de Granada, o Gabinete era obra de Rafael Contreras, que dirigiu a restauração de La Alhambra. Não era permitido fotografar internamente. Programe aproximadamente uma hora para completar a visita pelo interior do Palácio, construído entre 1848 e 1850.

Gabinete de Porcelana -

Foi a primeira grande obra da Real Fábrica de Porcelana del Palacio del Buen Retiro, e serviria de inspiração para uma sala com o mesmo nome, no Palácio Real de Madri. Em uma sala com grandes espelhos, as paredes e teto estavam cobertos por coloridas peças de porcelanas, com motivos chineses. A sala era usada como escritório pelo Rei Carlos III, e como sala de música pela Rainha Isabel II. Foi concluído em 1765.

Horários e ingressos:

O Palácio Real de Aranjuez tinha dois horários diferenciados ao longo do ano:

De outubro a março: abria de terça a domingo das 10.00 as 18.00h. 

De abril a setembro: abria de terça a domingo de 10.00 as 20.00h.  

 

Hospital de São Carlos – Calle de La Concha s/n.

Construído por ordem de Carlos III, sob a direção de Manuel Serrano, no século XVIII,  foi ampliado na época da Rainha Isabel II. Era voltado para os empregados reais e os residentes, do Real Sitio de Aranjuez. Em sua fachada de tijolo se destacava o portal, com uma sobreposição de frontões curvos e triangulares, arrematado em um frontão triangular inscrito em um arco de volta perfeita. Atualmente era sede de algumas dependências da Prefeitura e do acervo do Arquivo Histórico.

Igreja de Santo Antonio – Carrer de Andalucía, 4 - 

A igreja foi concebida como uma Capela Real, construída em cima de um Oratório que pertenceu a Felipe IV. Foi projetada pelos arquitetos Isidro Velazquez Gonzalez e Santiago Bonavia. em 1752. Este espaço era organizado em um sistema de galerias, com um jogo interessante em curvas. Tinha uma planta circular, era coroado por uma cúpula extraordinária e tinha uma forte influência italiana. Foi construída em homenagem a Santo Antonio de Padua, por ordem de Fernando VI, e mais tarde fi expandido por Carlos III. Destacava sua galeria de arcos semicirculares, bem como sua bela fachada

Jardins da ilha do Príncipe -

Era o maior dos três jardins que cercavam o Palácio Real. Foi concluído na segunda metade do século XVIII. Uma imensa quantidade de árvores, várias vindas  da América, tornavam o local um belo jardim botânico. Entre os elementos decorativos destacava-se a Fonte Apollo, com uma escultura de Deus, feita na Itália no século XVII. Em seu interior  estava o lago chinês, do final do século XVIII. Os jardins tinham horários diferenciados ao longo do ano: Em janeiro e fevereiro, abriam de 8.00 as 18.30h; de 1 de março a 15 de março, abriam de 8.00 as 19.00h; de 16 de março até o último final de semana de março, abriam de 8.00s a 19.30h; do último final de semana de março a 15 de junho; abriam de 8.00  as 20.30h; de 16 de junho a 15 de agosto, abriam das 8.00 as 21.30h; de 16 de agosto a 30 de setembro, abriam de 8.00 as 20.30h; de 1 de outubro ao último final de semana de outubro, abriam de 8.00h as 19.30 h;  e do último final de semana de outubro a 31 de dezembro, abriam das 8.00 as 18.30h.

Jardím da ilha - 

Era chamado assim porque era cercado pelo Rio Tejo e por moinhos. Era a parte mais antiga dos jardins de Aranjuez, onde havia alamedas, canteiros de flores e fontes monumentais que lembravam o mundo dos heróis gregos ou da mitologia pré-cristã.

 

Jardim Elizabeth II -

Ao lado da Praça da Mariblanca, ficava o bonito Jardim Elizabeth II, integrado à área urbana. Foi construído no século XIX, quando Elizabeth II ainda era criança, e em terras que antes serviam como depósito de lixo e paragem de carros e gado. No centro, havia uma estátua de bronze em homenagem a Rainha.

 

​Jardim Parterre -

O Palácio Real estava rodeado por uma série de jardins, através dos quais se podia caminhar tranquilamente. O Jardim de Parterre ou o Pequeno Versailles, estava localizado na parte oriental e era inspirado no barroco classicista francês. Possuia várias fontes e uma palmeira chilena única.

Museu das barcaças Reais -  Calle da Rainha

Estava situado no Jardim do Príncipe perto do Embarcadero Real e seus pavilhões e rememoravam as viagens marítimas de Carlos IV e Fernando VII. Contava com uma das coleções mais espetaculares de embarcações de recreio dos reis de Espanha. No percurso pelo Museu podiam ser apreciadas as pinturas referentes à esquadra espanhola do século XIX, assim como diferentes objetos que foram utilizados para a navegação da época.

Zona Histórica

Era declarada como Conjunto Histórico-Artístico, por se tratar de uma singular amostra de urbanismo barroco. Concebida em 1747 por Giacomo Bonavia, desde o momento do seu surgimento como vila Aranjuez foi criada como um espaço da nobreza, onde teriam lugar prédios de digna construção. Grandes casas com pátios, cúpulas, palacetes, conventos, balcões, praças, ruas espaçosas, todas foram testemunhos de quatro séculos de história.

 

Onde comer

Asador EL Corral de la Abuela Calle de La Reina, 2 –

Considerado o segundo melhor restaurante da cidade, pela excelência no atendimento e riqueza de seus pratos, onde se destacava o leitão. Do lado de fora até parecia um restaurante simples, mas era em seu interior que o visitante se surpreendia com a amabilidade dos proprietários, o serviço, a comida e a excelente carta de vinhos.


Casa José – Calle de Abastos, 32 – cozinha espanhola e mediterrânea

Era um excelente restaurante perto do Mercado de Aranjuez. Era elegante, simples, mas chique: este era o lugar para curtir a dois ou com amigos. Uma excelente carta de vinhos, uma comida maravilhosa, serviços gentis e ofertas surpreendentes levarão o visitante a uma das mais agradáveis jornadas gastronômicas desta região.

 

El Rana Verde – Calle Reina, 1 – Plaza Santiago Ruiseñol  -

Com excelente localização frente ao rio, tinha um ambiente agradável e muito bonito que surpreendia o visitante, tanto pela qualidade das comidas quanto pelo atendimento impecável. Tinha uma ótima relação custo/benefício. Melhor recomendação da cidade!.

 

Onde dormir

Hostal Castilla - $$  - Antigua Carretera de Andaluci­a, 98 –

Situado no centro da cidade era uma das recomendações econômicas, mas ainda assim com conforto, qualidade e excelente atendimento. Dispunha de uma pequena cafeteria que atendia as necessidades básicas para um lanche ou uma bebida.

 

Hotel Jardín de Aranjuez - $$$ - Calle del Principe, 26 -

Ficava a menos de 5 minutos a pé dos jardins do Palácio Real. Os quartos eram equipados com ar condicionado, televisão por satélite, acesso gratuito à Internet e banho privativo. Oferecia um bar-restaurante de tema irlandês. O café da manhã era no tradicional estilo espanhol, com bastantes frituras. Excelente atendimento.

 

NH Collection Palacio de Aranjuez  - $$$$ - Calle San Antonio, 22 –

Situado no centro histórico de Aranjuez, ficava em frente ao Palácio Real. Ocupava um prédio do século XVIII e disponibilizava quartos com camas amplas e modernas, acesso Wi-Fi gratuito, ar condicionado, TV HD de 103 cm com acesso via satélite, cafeteira, chaleira elétrica e banho privativo. Servia um excelente buffet continental no café da manhã, enquanto o bar-cafeteria dispunha bebidas até as 23 horas. Havia vários e bons restaurantes nas proximidades.

Palácio Real

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Palácio Real de Aranjuez

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