ANDORRA La Vella - Principado Independente
Abrigada entre a Espanha e a França, Andorra tinha conquistado admiradores do mundo todo, pelas belas paisagens e estilo de vida de seus moradores. Apesar de ser o sexto menor país da Europa, acumulava salários impressionantes. Com cerca de 80 mil habitantes, de acordo com o Banco Mundial, Andorra em 2020 estava entre os países com maior PIB per capita – US$ 42.137, ou R$ 209.138,57 na conversão. Além disso, a expectativa de vida dos habitantes era de 83,5 anos – o que demonstrava as boas condições que usufruiam. Turistas também se encantavam pela carga reduzida de impostos, em praticamente todos os produtos à venda na capital, Andorra La Vella. O centro comercial era a Avenida Meritxell, que atravessava a cidade e oferecia opções de roupas, bebidas, perfumes, acessórios, eletrônicos, jóias, entre outros. Valia destacar que era o único país que possuía a língua catalã como oficial, mas era comum ouvir francês, espanhol e o português – fato que chamava a atenção dos turistas brasileiros.
Aonde ir
O pequeno país, de apenas 468 km², estava situado entre as montanhas dos Pirineus. Por conta da topografia, era visado principalmente por suas Estações de Esqui. Uma que chamava atenção era a Grandvalira, que possuía aproximadamente 300 km de descida. Vallnord, que ficava mais próxima da capital, era outra Estação que conquistava turistas. Ela possuía um teleférico de 63 km, que conectava os setores Pal e Assinal. Era também um local muito visitado durante o verão, que se estendia de julho a setembro, quando o clima era mais acolhedor – em torno dos 20 °C. Outros pontos turísticos muito visitados eram a Casa de La Vall, Lago de Engolasters, as igrejas de Sant Joan de Caselles e a Saint Esteve.
A história de Andorra
Havia registros de ocupações humanas onde hoje se localizava o território andorrano, desde a Pré-História. Com o passar do tempo, a área esteve sob a influência de diversos povos estrangeiros, como romanos, visigodos, francos e muçulmanos. Andorra se tornara um Principado no ano de 1278, por meio de um Acordo assinado pelo Bispo de Urgell, na região da Catalunha, e o Conde de Foix, da França. Durante um extenso período, que durara até o século XX, o país permanecera sendo governado exclusivamente por dois Príncipes, o que fora o estabelecido pelo Acordo, sendo um representante da França, e o outro, o Bispo de Urgell. Uma nova Constituição fora elaborada no ano de 1993, dando lugar ao sistema de governo atual: o Co-Principado Parlamentarista. A partir de então, Andorra passara a ter um Parlamento ou Conselho Geral, responsável pelo Poder Legislativo do país.
Compras
Com uma carga reduzida de impostos – o Duty Free – praticamente todos os produtos à venda em Andorra La Vella eram mais baratos do que nos países vizinhos, tanto que muitos europeus iam à Andorra só para fazer compras – o limite era de € 900 por pessoa! O grande centro comercial era a Avenida Meritxell, que atravessava praticamente toda a cidade. Reunia dezenas de estabelecimentos, entre pequenas, médias e grandes lojas de departamentos e lojas de roupas, bebidas, eletrônicos, perfumes, óculos, jóias, relógios e muito mais.
Culinária
O país possuía uma culinária caprichada, com cogumelos, embutidos e carnes preparadas na brasa. Entre os pratos mais tradicionais, a escudella (guisado de frango, vitela, focinho de porco e legumes), trinxat (purê de batata com repolho e bacon) e cargols (caracóis) se destacavam.
Hospedagem
Com quase 300 hotéis em todo o país, Andorra adapta-se às necessidades e gostos de todo o tipo de turistas. Alojamentos urbanos, refúgios de montanha, hotéis com Spa, apartamentos turísticos, entre outros, que primavam pela qualidade das instalações e pelo tratamento personalizado do hóspede. Muitos eram alojamentos que abriam ao longo do ano. Outros concentravam a atividade numa das temporadas-chave: inverno ou verão. Por tudo isso, seja qual for a época do ano em que visitar, terá sempre uma cama à sua espera e um estabelecimento hoteleiro para lhe oferecer os melhores serviços.
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Glaner Hotel Café
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Hotel Jaume I -
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Hotel Marfany
Outros alojamentos
Apesar de a maioria dos hotéis em Andorra serem globais e poderem ser usados por qualquer turista, existiam alguns que tinham uma classificação especial e se adaptavam a um tipo específico de hóspede, em função das suas instalações e serviços. Os chamados hotéis gastronômicos eram um bom exemplo: tratava-se de alojamentos que tinham um restaurante de prestígio e que disponibilizavam desta forma uma oferta completa de jantar + quarto.
Na temporada de verão destacavam-se outros exemplos de alojamentos especiais: os hotéis para ciclistas, uma das atividades favoritas de quem visitava o Principado nesta época do ano. Como poderia consultar no Guia de Cicloturismo de Andorra, eram alojamentos que se adaptavam às necessidades destes hóspedes, com horários de pequeno-almoço e almoço mais alongados, menus energéticos e um espaço para guardar a bicicleta em segurança durante a noite. Também ofereciam pequenos serviços de oficina, onde se poderia calibrar a pressão dos pneus e fazer pequenos arranjos nas bicicletas. Os caminhantes de alto nível tinham à disposição uma opção exclusiva para dormir em Andorra: os refúgios não guardados, situados em zonas de alta montanha e sem Recepção ou outros serviços hoteleiros, e que representavam um refúgio ideal em excursões pelos Pireneus. Mas na época de inverno, com a paisagem coberta por um belo manto branco de neve, poderia reservar em hotéis ao pé da pista em Andorra, ou ao lado das instalações das Estações de Esqui.
Como chegar de carro
Era fácil chegar a Andorra de carro. As estradas tanto na Espanha como em Andorra eram muito boas e costumavam estar em ótimo estado de conservação. O tempo aproximado de viagem entre Barcelona e Andorra era de duas horas e meia, sem contar com a possível demora na Alfândega, causada pela fila de veículos aguardando a fiscalização.
A melhor rota para ir de Barcelona para Andorra era:
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Sair de Barcelona pela C-16, próximo do Tibidabo;
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Continuar pela C-16 por aproximadamente 110 km;
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Saindo do Túnel del Cadí, tomar a LP-4033 na direção de Bellver de Cerdanya e La Seu d’Urgel;
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Chegando a La Seu d’Urgell, a cidade espanhola mais próxima de Andorra, era seguir a sinalização até Andorra pela N-145.
De ônibus
Viajar de Barcelona para Andorra de ônibus era outra forma mais cômoda para chegar ao Principado. O trajeto poderia durar entre 3 e 4 horas em função da hora de saída;
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Na Estação Norte de Barcelona saiam três linhas de ônibus para Andorra. Uma passava por Ponts, outra por Solsona e a terceira pelo Túnel do Cadi, mas todas chegavam até Andorra La Vella. No site da empresa de ônibus Alsa, era possível comprar as passagens e escolher o dia e a hora;
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Desde o Aeroporto de Barcelona (El Prat) saiam regularmente duas linhas de ônibus para Andorra: uma desde o Aeroporto (T1 e T2) até Andorra com a empresa de transporte Novatel, e a segunda do Aeroporto (T1 e T2) passando pela Estação de Sants, em Barcelona até Andorra, com o serviço da Autocarros Nadal.
De trem
Viajar de trem desde a cidade de Barcelona até Andorra, apesar de ser um meio de transporte muito cômodo, não era a melhor opção já que o Principado não dispunha de Estação de Trem própria e deveria pegar um ônibus ou um táxi para chegar. Se escolher o trem, deveria pegar a linha R3 da Renfe, que ia de Barcelona até Puigcerdà (Girona) e depois pegar um ônibus para Seu d' Urgell - Andorra.
As referências turísticas
Espaço Columba - Carrer Verge del Remei, 19 - Santa Colomba
Esse era o nome dado a uma exposição em Santa Colomba que construía uma história a partir das pinturas murais da urbanização e sua própria história, que permitia descobrir o estilo românico dos Vales da região. Para isso, utilizava também diversos objetos litúrgicos do país e a visita era complementada pela Igreja de Santa Colomba, uma das mais antigas do país e que continha pinturas, iniciada na década de 30, do século passado. Uma particularidade deste museu era que no interior do templo existia uma projeção de vídeo-mapa, que permitia ver o interior original da igreja, mostrando o seu aspecto aproximado do século XII e transportando mentalmente o visitante para essa época.
Cal Pal de La Cortinada - Carrer de Pal, 1 - La Cortinada -
Este espaço rural propunha promover a reflexão sobre a identidade, as origens e o patrimônio natural e cultural de Andorra. O prédio era um Solar documentado desde o século XIV, quando ainda era a Pousada da Clivagem. A casa estava localizada na Cortinada (Ordino), junto ao caminho que ia da alavanca do Vilar à Ponte Sobirà.
Era uma das construções mais representativas da arquitetura vernácula de Andorra. O prédio fora restaurado em outubro de 2018 e fora reinaugurado como um espaço sociocultural para acolher exposições temporárias. A entrada era gratuita e o horário do museu era de setembro a junho, sábados de 10.00 às 14.0h e de 15.00 às 19.00h, e aos domingos de 10.00 às 14.00h, enquanto nos demais meses as primeiras horas eram estendidas, de terças a sábados.
Casa do Vale - Calle de la Vall s/n - Andorra-a-Velha -
O Parlamento de Andorra, fundado em 1419, era um dos mais antigos da Europa. A Casa de la Vall fora sede parlamentar de 1702 a 2011, ano em que entrara em funcionamento o novo prédio do Conselho Geral, ao lado do prédio histórico. Desde então, tem sido utilizado para a realização de atos formais, como patrimônio cultural andorrano e como museu histórico. A visita guiada pelo interior da casa permitia conhecer a história do prédio, ligada à história do país. A casa, de finais do século XVI, pertencera à família Busquets, que pouco mais de um século depois a vendera ao Conselho Geral. As visitas poderiam ser feitas de Maio a Outubro das 10.00 às 14.00h e das 15.00 às 18.00h. Fechado aos domingos pela tarde e às segundas-feiras. De Novembro a Abril abria das 10.00 às 14.00 e das 15.00 às 18.00h. Fechado aos domingos e segundas-feiras. De 15 de julho a 15 de setembro, abria diariamente das 10.00 às 19.00 horas.
Os museus e Galerias
Centro de Artes de Escaldes-Engordany - CAEE - Av. de les Escoles, 2- Escaldes-Engordany -
Era uma instituição cultural onde se preservava a coleção de modelos da arte românica e a coleção de esculturas de Josep Viladomat. Também tinha um salão de exposições temporárias onde se veria amostras de artistas internacionais e locais, exposições de temas históricos e civilizações antigas. O CAEE era um espaço dinâmico e com uma ampla programação cultural, com atividades para todos os tipos de públicos. A entrada era gratuita e funcionava das 9.30 às 13.30h e das 15.00 às 19.00h todos os dias em julho e agosto e de setembro a junho, fechando aos domingos.
Albergava o Museu Viladomat, a coleção de maquetes de arte românica e exposições temporais. O prédio era um exemplo da denominada arquitetura do granito de Andorra. Era obra do arquiteto catalão Celestí Gusí e fora construído entre 1932 e 1934, a pedido dos frades de Montserrat, para poder albergar o parque de estacionamento do Hotel Valira e a antiga escola de Escaldes-Engordany. Com o tempo, tornara-se o primeiro cinema do país, o Cinema Valira. Promovia visitas guiadas, com duração de 45 minutos, nas línguas: catalão, espanhol, francês e inglês. Capacidade limitada. Espaço adaptado para pessoas com mobilidade reduzida. O horário de abertura era de segunda-feira a sábado das 9.30 às 13.30h e das 15.00 às 19.00h. Durante os meses de julho e agosto, também abria ao domingo pela manhã, das 9.30 às 13.30h.
Museu Carmen Thyssen - Av. Carlemany, 37 - Escaldes-Engordany -
Era um museu artístico de pintura, embora não fosse único. O prédio abrigava a Coleção Carmen Thyssen-Bornemisza, uma das mais importantes coleções particulares de arte do mundo. A coleção pertencera à Baronesa Carmen Thyssen ou Carmen Cervera, que sempre expressara seu amor pela arte, bem como a necessidade de compartilhar neste caso com o Principado de Andorra. O acervo do museu era constituído principalmente por obras dos séculos XIX e XX, com pinturas icônicas como a Mata Mua, de Paul Gauguin, também continha obras do século XVI até os dias atuais. Graças às exposições temporárias anuais, os visitantes poderiam desfrutar de novas obras, o que tornava uma visita cultural anual obrigatória no Principado.
Esta dinâmica favorecia para que o museu estivesse em constante renovação e fossem acrescentadas novidades periódicas, como o conteúdo dos ecrãs de consulta digital, o áudio-guias (incluído no preço do bilhete) e o design da sala expositiva, que também mudava a cada exposição. O Museu encontrava-se no térreo do Hostal Valira, aonde fora inaugurado em 2017. Os blocos de granito da fachada, dispostos em estrutura de favo de mel, eram um diferencial da cultura Andorrana, visto que o prédio estava enquadrado na chamada arquitetura granítica, característica do Principado. A Galeria de Arte fora nomeada como o melhor museu de novelas européias do ano 2018 pela UNESCO e fora colocada entre os vinte museus do mundo a visitar, de acordo com a revista The Guardian. Uma experiência para desfrutar por apenas 10 €. Os menores tinham entrada gratuita. O horário era das 10.00 às 19.00h exceto domingos, das 10.00 às 14.00h.
Museu Casa Areny Plandolit – Carrer Major – Ordino -
Era um dos museus mais emblemáticos do país, o Solar datava do século XVII e a maior parte das estruturas do prédio datavam de meados do século XIX, época de grande expansão econômica da família, graças à figura de D. Guillem de Areny-Plandolit, terceiro Barão de Senaller e Gramenet. As salas de jantar, a sala nobre, a sala de música, os elementos de defesa, a Caves, a biblioteca e a capela, refletiam as diferenças com o restante da sociedade andorrana.
Situada no coração de Ordino, era a única mansão de Andorra que se mantinha intacta até hoje. Entre 1600 e 1900, a Casa Areny fora uma das casas mais importantes de Andorra. As alianças familiares, a pecuária e a indústria siderúrgica – uma das mais importantes do século XVIII – juntamente com a mineração e as forjas, bem como as relações internacionais, eram em grande parte as razões da importância e relevância desta família.
A sua ascensão na sociedade refletia-se na casa – um prédio que remontava ao século XVII – O percurso pelas diferentes divisões da casa permitia ao visitante descobrir um grande número de peças únicas e exclusivas pertencentes à família – a única com título nobre no Principado – numa época em que em Andorra não se encontravam luxos e confortos. Os jardins e o que era hoje o Auditório Nacional de Andorra, situado ao lado, também faziam parte do conjunto patrimonial.
Museu Casa de Rull - Calle Major, s/n.
Continuando ao longo da rota La Massana antes de ir aos museus de Canillo, e seguindo o tema do museu anterior, na cidade andorrana de Sispony, estava a Casa Rull, um museu onde se podia conhecer sobre como uma rica família de agricultores vivera até o início do século XX, percorrendo todos os cantos da casa principal e descobrindo que papel estava reservado para cada membro da família. Nas sociedades tradicionais dos Pireneus, como a de Andorra, a casa era o elemento principal, pois o patrimônio e a família prevaleciam sobre a pessoa. Cada um ficava por conta da casa, tinha que cuidar do patrimônio e os casamentos eram acertados entre famílias pensando em alianças benéficas. Embora a casa dos Rull fosse rica, não espere encontrar grandes luxos, pelo menos como os entendemos hoje. O preço do bilhete era de 6 €, sendo o bilhete reduzido de 3 € e algumas pessoas tinham entrada gratuita. O horário normal do museu era das 10.00 às 14.00h e das 15.00 às 18.00h, encerrando aos domingos à tarde e às segundas-feiras.
Museu da Eletricidade - Av. das Bartra s/n, Carretera CG, 2 - Encamp -
Seguindo a estrada que saia de Andorra la Vella e Escaldes-Engordany em direção a Encamp, encontrava-se o Museu da Eletricidade. Esta instituição proporcionava uma viagem para descobrir o que era a energia e a evolução histórica da produção de eletricidade em Andorra. Poderia também experimentar e verificar várias leis da eletricidade, com divertidos experimentos didáticos e ver a sala onde se encontravam os geradores que produziam a eletricidade andorrana. O preço do bilhete era de 6 €, enquanto o do bilhete reduzido era de 3 €. A entrada era gratuita para algumas pessoas e menores de 10 anos, e a entrada incluía uma visita à rodovia hidrelétrica Engolasters. O horário era de terça a sábado das 9.30 às 13.30h e das 15.00 às 18.30h e aos domingos das 10.00 às 14.00h.
Museu da Bíblia –
A cidade tinha uma das maiores coleções de Bíblias do mundo, reunindo mais de 1.600 volumes que Pere Roquet coletara e doara ao Arcipreste de Andorra, formando a coleção de Bíblias mais extensa do mundo, com cópias em 1.203 idiomas. O museu estava instalado dentro do Santuário Meritxel, de devoção e culto do povo andorrano pela padroeira do mesmo: a Virgem de Meritxell.
Museu da Miniatura – Edificio Maragda – Ordino -
Um dos museus andorranos particulares e interessantes era o Museu da Miniatura de Ordino, passando por La Massana. Abrigava uma exposição permanente da coleção do miniaturista ucraniano Mikola Siadristyi, considerado o gênio mundial da miniatura. Seu trabalho de 14 peças, único no mundo, tinha que ser observado ao microscópio e representava oito anos de trabalho. As obras apresentavam temas históricos, culturais, filosóficos, plásticos e variados. Feita com ouro, platina e materiais naturais, cada criação apresentava um problema técnico diferente e perfeitamente resolvido pela artista. O museu também apresentava a obra do artista chinês Liu Shouben, detentor do título de Grão-Mestre de Pequim. A coleção era composta por pequenas garrafas chinesas chamadas garrafas de rapé, de 5 cm, pintadas no interior com motivos sobre Andorra onde se poderia ver alguns dos principais personagens, paisagens e monumentos de Andorra.
O museu completava sua oferta com uma magnífica coleção de bonecas russas tradicionais chamadas matrioskas de encantadora beleza plástica e uma amostra de caixas de papel machê, das principais escolas do anel de ouro de Moscou. O preço do ingresso geral era de 8 €, o reduzido era de 5 €, e o horário de visitas das 9.30 às 19.00h de segunda a sábado e das 9.30 às 13.30h aos domingos e feriados.
Museu da Motocicleta - Telecabina de Canillo - Canillo -
Duas rodas e o cheiro inconfundível e pungente de gasolina, eram reproduzidos ao longo da história desde que Sylvester Howard Roper idealizara a primeira motocicleta a vapor, em 1867, uma máquina a vapor de dois cilindros, movida a carvão. A partir deste espécime original, a invenção apenas progredira. A sua evolução, marcada por avanços tecnológicos e tendências de design em todos os tempos, era paralela às vicissitudes da humanidade e acompanhou-a no trabalho, no lazer, no desporto, na guerra e na vida. No Museu Canillo Motorcycle, o visitante poderia desfrutar e relembrar a evolução da motocicleta com mais de dois séculos de história (1896-2013) num espaço de 700 m² e com 150 exemplares das marcas mais icônicas. O museu propunha homenagear este simpático veículo, que sem dúvida merecia um lugar nas páginas da nossa história. O museu funciona apenas de quarta a domingo, das 10.00 às 13.30h e das 15.00 às 19.00h.
Museu do Tabaco - Carrer Casa Comuna - Sant Julià de Lòria -
Começando pelo único museu localizado em Sant Julià de Lòria, a freguesia adjacente à fronteira de Andorra com a Espanha, este museu mostrava como funcionava uma antiga fábrica de tabaco em Andorra, a Reig Factory. O prédio que albergava o museu era emblemático, do início do século XX, visto que a fábrica funcionara de 1909 a 1957, época em que o cultivo e o fabrico do tabaco eram fundamentais na vida dos povos andorranos. Por meio de um sistema multimídia, o visitante era guiado no tour pela fábrica e eram explicados os diferentes processos de trabalho com o fumo, a fabricação dos produtos e sua comercialização. O museu abrigava ferramentas, aparelhos, máquinas, móveis e aromas que foram usados nas fábricas de tabaco durante a primeira metade do século XX. O museu tinha bengaleiro, loja, cafeteria e uma bela esplanada. O ingresso custava 8 € a tarifa normal, 5 € a tarifa reduzida (estudantes, jovens, grupos superiores a 20 pessoas, aposentados) e entrada para menores de 8 anos e as escolas nacionais eram gratuitas. Entre setembro e junho funcionava das 9.00 às 18.00h nos dias de semana, fechando às 20.00h aos sábados e abrindo apenas pela manhã aos domingos. Nos meses de julho e agosto, durante a semana, fechava sempre às 20.00h.
Museu Etnográfico Casa Cristo - Carrer dels Cavallers, 2 - Encamp -
Proporcionava oportunidade única de descobrir o modo de vida do autêntico e humilde povo andorrano, do final do século XIX e início do século XX. Dividida em um térreo e dois pavimentos, era muito mais do que uma simples casa-museu: era uma verdadeira viagem no tempo, que transportava o visitante, mostrando-lhe o humilde estrato da sociedade da época, uma família de agricultores. Esta casa geminada de três andares fora construída no final do século XVIII, mas tanto a planta quanto os elementos originais foram mantidos intactos, como um verdadeiro testemunho em primeira mão.
Uma pilha de bitúcas de cigarro, um armário de linho completo e um vestido de batismo centenário, estavam entre os muitos pequenos detalhes espalhados pela casa. Embora a construção fosse estreita, possuía uma adega, um armazém para guardar as ferramentas do campo e a sala em nível superior, com um caráter mais social e festivo. A entrada normal era de 6 €, e a reduzida de 3 € e era gratuita para algumas pessoas. De setembro a junho: abria das 9.30 às 13.00h e das 14.30 às 18.00h. aos domingos e segundas-feiras era fechado. De Julho e agosto abria das 9.00 às 19.00h e aos domingos das 10.00 às 14.00h.
Museu La Massana Comic - Joan Pieras – Place dos Fontetes -
Administrado pela Associação Andorrana de Banda Desenhada, Ilustração e Animação, visava preservar e divulgar o importante acervo gráfico e bibliográfico de que dispunha, bem como organizar exposições temporárias, workshops e atividades de banda desenhada, ilustração e animação. Recebera exposições de Alfonso Font, Ana Miralles, Jan, Joan Mundet, Carlos Ezquerra, Jordi Planellas e Paco Roca, entre tantos outros e desde 2019 tinha um espaço para consulta do acervo bibliográfico, composto por mais de mil exemplares de banda desenhada de referência de todas as épocas e gêneros, filmes em VHS e DVD e livros de arte sobre filmes. A entrada era gratuita e os horários eram terça, quinta e sexta-feira das 15.00 às 19.00h; quarta-feira das 10.00 às 14.00h e aos sábados das 10.00 às 14.00 e das 15.00 às 19.00h.
Museu Nacional do Automóvel - Avenida de Joan Martí, 64 - Encamp -
Aqui poderá descobrir as origens e a evolução dos automóveis, desde os motores a vapor, como o Pinette, de 1885, aos veículos esportivos dos anos 80, numa viagem de um século pela história do motor. Os oitenta veículos em exibição mostravam a evolução da estética e da mecânica para atender às necessidades de cada época e como os limites de velocidade e as potências foram excedidos. O museu também abrigava uma centena de bicicletas, testemunho dos desafios que a evolução da tecnologia alcançara ao transformar uma widget desajeitada, desconfortável e perigosa, em uma máquina estilosa, confiável e prática. A coleção, majoritariamente composta por peças de várias coleções privadas, era considerada uma das mais importantes da Europa ao nível do automóvel e uma referência mundial ao nível das bicicletas. A entrada era de € 6, ficando em € 3 a reduzida e sendo gratuita para um determinado grupo de pessoas e menores de 10 anos.
Museu Postal
Era um pequeno e completo museu onde se aprenderia a fazer um selo e como funcionava o serviço dos Correios em Andorra, que utilizava os Correios espanhóis e franceses. A história da comunicação em Andorra, começava com as primeiras mensagens transmitidas à pé e à cavalo ao Carteiro de Soldeu, que viajava e esquiava pela neve para entregar as correspondências. O preço era de 6 €, o reduzido é de 3 €, existe a opção de entrada gratuita para algumas pessoas e suplemento de áudio guia custava 2 €.
Rossell Farga Museu – La Massana -
Os Vales de Andorra foram uma área produtora de ferro entre os séculos XVII e XIX. Deste passado de ferro e aço, o Farga Rossell era um dos testemunhos mais bem preservados dos Pireneus. Neste museu poderia descobrir como era feito o ferro, já que no século atual fora reconstruído e reaberto como centro de interpretação, explicando o processo de transformação do minério de ferro em lingotes e a sua posterior comercialização nos mercados catalães. Um show envolvente e diversos audiovisuais apresentavam ao visitante o mundo do ferro e, além disso, também poderia desfrutar de uma demonstração de como o martelo funcionava.