Circuito - MADRID - BARCELONA e ANDALUZIA parte 1/2
Alicante
MADRID
Salamanca
A capital espanhola era uma cidade grande, dividida em 21 distritos que, por sua vez, estavam subdivididos em 128 bairros. A parte turística da cidade concentrava-se, principalmente, em dois dos distritos: o Centro e o Retiro. Os mapas turísticos de Madri, mostravam o distrito Centro praticamente na sua totalidade, partes dos distritos Retiro e Salamanca, e apenas as partes fronteiriças dos distritos Arganzuela, onde ficava a Estación de Atocha, e Moncloa-Aravaca, e onde estava a Plaza de España e o Templo de Debod, que ficava próxima da Estação de Metro da Plaza de Espanha.
Das atrações turísticas da cidade, as únicas que não se encontravam em nenhum dos distritos mencionados acima, eram o Estádio Santiago Bernabéu, que ficava no distrito de Chamartín, e o Museo Sorolla, situado no distrito de Chamberí. A parte central da cidade estava subdivida em bairros. A Puerta del Sol, era a região mais central de Madri, com muitas opções de compras, restaurantes e muito movimento durante todo o dia, assim como a região de Huertas e da Gran Vía, que rodeava uma das principais avenidas da cidade. La Latina era a região mais antiga e o bairro de Salamanca, era a região mais chique, refúgio dos ricos e famosos. Malasaña, era o reduto dos jovens e ofereci um ambiente alternativo e sua vizinha Chueca, era o território gay de Madri. Passeie pela Plaza Mayor, Palácio Real, Plaza de Oriente, Teatro da Ópera e pela Catedral de Almudena. Caminhe pela Gran Via, uma das principais e movimentadas ruas da cidade,vá até a Fonte das Cibeles e a Plaza de Espanha – onde se encontrava a estátua em homenagem ao escritor espanhol Miguel de Cervantes.
2º - dia - MADRID
Visite o Museu da Reina Sofia, que apresentava obras de Picasso, Miró e Salvador Dalí, passando pelo belíssimo Parque do Retiro e a Puerta del Sol, marco zero da cidade, onde se encontrava a escultura de bronze El Oso Madroño.
3º - dia – MADRID
Era imperdível uma visita ao Museu do Prado, um dos principais museus do mundo, com obras de El Greco, Velázquez, Ticiano e outros importantes mestres das artes.. Depois pegue um táxi e siga até o Palácio Real de Madrid, o maior Palácio da Europa, ocupando uma área de 135 mil metros quadrados. Apesar de não ser mais habitado pela Família Real, ainda acolhia recepções, cerimônias e atos oficiais. O interior da construção, era finamente decorado com mármore espanhol, mogno e elegante tapeçaria. A Real Armería era uma importante coleção de armas e armaduras pertencentes aos Reis da Espanha e outros membros da família Real e a Galería de Pinturas mostrava a coleção de obras de renomados artistas espanhóis.
Faziam parte do Palácio dois jardins: Um deles, denominado Campo del Moro, encontrava-se junto à fachada oeste e oferecia um ambiente romântico. O outro, denominado Jardins de Sabatini, encontra-se junto à fachada norte e possuia diversas fontes e estátuas de antigos Reis da Espanha. Horário de visitação: das 9.30 até as 17.00h. O Palácio ficava aberto para visitação até às 18.00h durante o verão. Valor da entrada: era de 10 Euros.
Todas as quartas-feiras, com exceção dos meses de julho a setembro, de eventos oficiais, ou de condições meteorológicas impróprias, era possível presenciar a Troca da Guarda, que ocorria a cada 30 minutos, das 11.00 às 14.00h ,na Puerta del Príncipe, com duração aproximada de 7 minutos, sendo que na primeira quarta-feira do mês era realizada a Troca Solene, às 12.00h, um grandioso evento que contava com a presença de mais de 400 homens e 100 cavalos, com duração de aproximadamente 40 minutos. Junto à fachada leste, entre o Palácio Real e o Teatro Real, encontrava-se a Plaza de Oriente, composta de jardins com estátuas de reis espanhóis e tinha no seu centro um monumento a Felipe IV.
4º - dia – MADRID
Saída cedo, em carro alugado, com destino Zaragoza, distante 330 km pela Auto Estrada. Hospedagem e visitas. Fundada pelo Imperador romano César Augusto, fora ocupada durante séculos, pelos árabes, que deixaram um rico legado histórico e artístico. Zaragoza era uma cidade moderna que preservava seu centro histórico repleto de construções seculares, pracinhas charmosas, ruazinhas estreitas e muita vida. Famosa pela silhueta inconfundível da Basílica del Pilar, um dos maiores e mais importantes templos marianos do mundo, contava também com três belos monumentos distinguidos como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO.
Considerando que neste roteiro, não teremos muito tempo para visitação, o recomendado era conhecer as atrações turísticas mais visitadas. Primeiro conheça a Catedral e o Museu de Tapeçarias. Depois será a vez da Basílica de Nuestra Señora del Pilar, sempre repleta de fiéis, em orações. Faça uma volta em torno da Basílica para conhecer as modernas esculturas instaladas, e depois localize o Museu do Teatro de Caesaraugusta, que era o primitivo nome de Zaragoza. Na gastronomia, a cidade também surpreendia com seus pratos típicos. Experimente as migas, farofas elaboradas com migalhas de pães e o ternasco, um prato a base de carne de cordeiro jovem. Sugerimos conhecer o La Republicana, que ficava na região do Tubo e experimente o prato patatas com mojo acompanhando de um vinho tinto da região.
5º - dia – ZARAGOZA
Pela manhã, caminhe pelo bairro que ficava ao lado da Estação de Trens, para conhecer a modernidade de Zaragoza, com prédios criados para a Expo 2008. Passeie pelo Parque e atravesse a ponte em formato de uma nave espacial, indo em direção ao Digital Water Pavillion, para se surpreender com o que eles faziam com a água. Após o almoço, continuação da viagem para Barcelona.
6º - dia - BARCELONA
Faça um passeio pela movimentada região de Las Ramblas, com seus calçadões cheios de vida, repletos de lojas, bares e restaurantes. À tarde, visite a Basílica da Sagrada Família, um templo monumental de formas, torres e curvas, uma das grandiosas obras de Gaudí que seguia inacabada e continuava em obras. Não se sabia exatamente quando estaria concluída, mas projeções indicavam que deverá ser em 2026.
O interior da Sagrada Família, lembrava formas estranhas, surrealistas, integradas a símbolos, ícones e detalhes religiosos em profusão. Turistas com câmeras em punho, registrando ângulos diferentes, famílias boquiabertas olhando para o teto, arquitetos deslumbrados com a criatividade daquele gênio, religiosos olhando com estranheza para imagem de Cristo, sob um guarda chuva amarelo, e também algumas pessoas dizendo que aquilo pode ser bonito, mas como igreja é algo meio estranho. Em abril de 2017 a Casa Vicens de Gaudi, foi reaberta ao público depois de ser adquirida em 2014, pelo Banco de Andorra - MoraBanc – e passado por uma grande reforma. Não deixe de conhecer o Mercat de Sant Josep de La Boqueria. Em seu interior, o maior da Ciutat Vella (com entrada principal para as Ramblas), estavam bancas de frutas, peixes, carnes, embutidos, frutas secas, doces, bebidas e ainda restaurantes e bares. Sua origem datava do século XIII, e através do tempo desempenhara várias funções até firmar-se como o principal e mais concorrido mercado de Barcelona, principalmente entre turistas que circulavam por suas estreitas ruelas.
7º - dia – BARCELONA
Muitos interessados em arte e arquitetura vinham a Barcelona com a finalidade principal de conhecer suas obras, principalmente as de Gaudí. Além da Sagrada Familia, diversas outras obras do artista Catalão poderiam ser apreciadas na cidade, muitas delas na avenida Passeig de Gràcia. Entre as mais procuradas estavam a Casa Batló (Passeig de Gràcia 43), La Pedrera, Casa Milá, - ( Passeig de Gracia 92), Casa Calvet (Carrer de Casp 48), Casa Vicens (Carrer de les Carolines 24), Bellesguard (Casa Figueres, Sarrià-Sant Gervasi). Algumas estavam abertas à visitação, o que podia ser percebido de longe devido às longas filas em frente, enquanto outras pertenciam a particulares e tinhm acesso restrito.
Destaque também entre as obras de Gaudí era Park Guell, um parque situado em El Carmel, no bairro Graci. O parque incorporava diversos elementos arquitetônicos, formas inusitadas, símbolos multicoloridos, dragões e salamandras de coloridos mosaicos multifacetados, pilares retorcidos, e um pouco de magia em cada recanto que surpreendia o visitante. Durante o Passeig de Gràcia, mesmo para quem não estava à procura das obras de Gaudí, não deixe de percorrer as charmosas alamedas desta movimentada Via. Ao longo de um quilômetro e pouco de extensão, estavam lojas de grife, restaurantes, bares com mesas nas calçadas, e muita gente, com câmeras fotografando tudo que encontrasse pela frente. O Passeig de Gràcia, era uma belíssima vitrine da cidade, e uma amostra da vida e do dinamismo do povo de Barcelona.
Uma opção para ver Barcelona do alto era o Transbordador Aeri del Port', um teleférico inaugurado em 1929, para a Exposição Mundial que Barcelona sediara naquele ano. O local de partida ficava na Barceloneta, próximo à praia. O trajeto de 15 minutos ligando Barceloneta até a colina de Montjuic fornecia um visual belíssimo. Os bilhetes eram comprados no guichê situado na base da Torre Sant Sebastia. Depois, vinha o embarque num elevador até o alto da torre, onde era feito o embarque nos bondinhos vermelhos, com capacidade para 19 pessoas. Sente ao lado direito do bondinho para melhor apreciar a Marina e o centro da cidade. No meio do trajeto o bondinho atravessava a Torre Jaume, seguindo depois até a estação terminal de Montjuic.
8º - dia - BARCELONA
Início da viagem com destino a Andaluzia. Saída no rumo de Tarragona para visitar a Rambla Nova, a Rua Pillon`s, a Praia Milagan, o Anfiteatro Romano, a Placa del Sedassos, Los Castellers, o bairro antigo, a Basílica Metropolitana, a Ponte do Diabo e o Circo de Roma. Sugerimos almoçar no restaurante Raco de Làbat, que ficava na Carrer del Làbat, 2 um ambiente típico e acolhedor e muito bem atendido pelo casal proprietário Julio e Eugenia. Oferecia comida típica e mediterrânea. Continuação de viagem para Valência.
9º - dia - VALÊNCIA
Com as primeiras caminhadas admirando os prédios antigos que rodeavam as pequenas ruas da cidade antiga, já dava para se ter uma idéia da cidade. Visite o centro histórico onde poderá encontrar lugares interessantes como as Serrano's Towers, o Mercado Central, La Lonja de la Seda e o Barrio del Carmen. A cidade podia ser considerada a cara da Espanha. Era antiga e charmosa, bonita, cultural e cheia de atrações que encantavam os visitantes. A seguir as atrações mais recomendadas:
Andando pelo Centro Histórico, também conhecido como Barrio Del Carmen, conheça a Catedral de Valencia, construída no século XIII, uma mistura de estilo gótico, barroco e neo clássico. Tinha tours de hora em hora, que levavam para conhecer todos os seus segredos, inclusive a torre que proporcionava uma bonita vista da cidade. Continue o passeio para o Sítio Arquelógico L`Almoina, próximo da Catedral, onde era possível conhecer a influência romana sobre a história de Valência e várias ruínas bem conservadas. Depois, faça pit stop para um lanche matutino e experimentar uma Horchata, a bebida famosa de Valência, feita de chufas (um tipo de nozes) com farton, uma espécie de pão doce. Um dos bares mais frequentados, o Horchatería El Siglo, que ficava quase ao lado da Catedral.
10º - dia – VALÊNCIA
Aproveite sua passagem por Valência, para visitar o Museu das Artes e da Ciência, que tinha o salão de apresentações Hemisférico, o maior de Espanha, com uma tela de 900 m2. com demonstrações relacionadas a evolução da vida, da ciência e da tecnologia. Conheça o maior Aquário da Europa, com capacidade para acolher cerca de 45.000 mil seres vivos de 500 espécies diferentes. Era formado por vários prédios, com representação dos eco-sistemas dos mares e oceanos do planeta. O lema do museu: è proibido não tocar, não sentir e não pensar. Tudo que você gostaria de saber sobre Valência encontraria no link destinos, deste site.
11º - dia - ALICANTE
Salida muy temprano, para conhecer outra encantadora cidade. Em Aliante, comece pela Esplanada, o primeiro grande paseo construído no século XIX aproveitando a derrubada de antigas muralhas. Seu piso era todo em mármore em três cores, destacando-se o denominado vermelho Alicante. A seguir vinha a Rambla Mendez Nuñez, que marcava a separação entre a parte antiga e o centro histórico, por um rio seco que somente se transformava quando chovia. Prosseguindo em direção a Avenida Alfonso X conheça o Mercado Central, construído em homenagem ao Rei que conquistara a cidade aos muçulmanos que aqui viviam no século XIII. Esta era a principal zona de comércio e a mais movimentada de Alicante.
Um prédio que chamava a atenção era o Teatro Municipal, construído no século XIX e caracterizado como a afirmação de uma classe social ascendente de comerciante que deixaram para a cidade a obra social mais importante daquele século. Era um exemplo de teatros que se construíam em todo o país na época, típico exemplar da arquitetura italiana construído sob a forma de ferradura. Caminhando pela Avenida Alfonso, que terminava na Plaza dos Luceros, uma das mais importantes da cidade, havia um Fonte construído no começo do século XX, e referenciava a ordenação urbana para a construção de prédios e criação de novas avenidas.
Plaza Gabriel Miró - No local existiam muralhas de proteção da cidade e também algumas pequenas construções que foram derrubas para permitir a criação de mais uma obra de inspiração da classe dominante da época. A fonte aqui instalada, era homenagem a chegada da água, em 1898, trazida desde um povoado das imediações em razão de grande falta de água no município.
Paseo Playa Postiguet - Esta era a única praia urbana que podia ser visitada, e de onde se podia observar o Castelo de Santa Bárbara. A cidade tinha várias outras praias, destacando-se a de San Juan, a alguns km ao norte do centro urbano, sendo bem servida pelo Tram ( bonde elétrico ) e ônibus. Contava com vários bares, restaurantes e lojas.
Casa Carbonell - Antes de sua construção, o lugar servira como o Mercado, por se encontrar próximo ao porto. Sua construção, no começo do século XX, era o reflexo das aspirações da então burguesia dominante da cidade. Hoje era considerado um dos melhores prédio e o que proporcionava a melhor vista. A área maior de gastronomia e lazer ficava junto a Avenida da Constitución, a partir do crescimento da cidade e da instalação de dois dos mais importantes prédios da época: a Casa de Socorro e o Cine Ideal, que sobrevivera ao tempo e ainda hoje podia ser admirado. Prosseguimento para Murcia e Cartagena, onde será o próximo pit stop de viagem.
12º - 13º - dias – CARTAGENA
No sudeste da Espanha, no Mar Mediterrâneo, estava um porto cercado por cinco montanhas, era o porto de Cartagena., que fora a principal cidade dos cartagineses espanhóis, que assim a nomearam em homenagem à sua capital. O porto era rico de história, antiga e marítima. A cidade era murada, o porto era defendido por Fortes e era o mais antigo e principal porto da Espanha. Cartagena se tornara a sede do Departamento Marítimo da Marinha Espanhola, durante o século XVIII após a chegada do Rei Bourbon. Localizada no sudeste de Espanha na Província de Murcia, Cartagena era uma cidade fundada em III A.C. pelos cartagineses do General Aníbal.
Cartago, era uma região da Tunísia, do outro lado do Mediterrâneo. Os grandes rivais na época, eram os romanos, que acabaram dominando a cidade que passara a viver sua época de maior esplendor. Esta cidade também fora dominada pelos árabes e cristãos. Os cartagineses resolveram criar muralhas na cidade, como forma de protegê-la de invasões. Uma maneira confortável e prática de visitar a cidade antiga, em primeiro lugar, era comprar um ticket daqueles ônibus de dois andares. Eram ônibus modernos e equipados com guias de áudio, em várias línguas, e que fazia um percurso ao redor da cidade, passando pela antiga e a moderna, durante uma hora e meia. Os romanos fizeram dela, um importante centro comercial e existiam muitas ruínas romanas que ainda podiam ser vistas, incluindo as muralhas Púnica e o Augusteum.
O Teatro Romano de Cartagena, fora construído pelo Imperador Augusto e foi dedicado a Lúcio e César Gaio, os jovens príncipes e netos de Otávio Augusto, cujos nomes aparecem em duas grandes vergas de mármore cinza, localizadas na entrada leste e oeste do teatro. O Teatro Romano, datado do fim do século I A.C foi descoberto em 1987, no subsolo de um bairro pobre de pescadores. Até a velha Catedral da cidade se sobrepunha parcialmente a este antigo teatro, que tinha capacidade para 6.000 pessoas. O Teatro – com ruínas praticamente intactas – era considerado a jóia da coroa do Museu Romano e era a última peça à mostra. O Teatro englobava um museu muito bem organizado. Percorrendo as salas, conhecia-se a história do teatro, as escavações que descobriram o teatro, e partes resgatadas das colunas da época.
Roman Augusteum – Um dos melhores sítios arqueológicos na cidade era o Augusteum - após o Imperador Augusto. Composto de restos de dois prédios públicos da cidade romana de Carthago Nova, as datas Augusteum, do século I D.C, era usado para encontros importantes. A mostra de artefatos, encontrados durante o processo de escavação, incluiam moedas, tigelas de cerâmica, potes e fragmentos diversos.
O Surpreendente Anfiteatro Romano fora descoberto por acaso, em 1987. Afirmavam ter sido construído no final do século I A.C, um período de máximo desenvolvimento na colônia romana. As filas de bancos foram construídas no lado norte do Monte Concepción. As Muralhas bizantinas, foram descobertas próximas ao teatro romano. Em meados do século VI, os bizantinos governavam a cidade e parte dos fundamentos de suas muralhas davam acesso ao recinto do anfiteatro. Várias e encantadoras ruas cobriam a área central, como a Calle Mayor, a rua comercial da cidade, cheia de butiques e bares com os típicos tapas, a Rua Carmen, e o Murcia Puertas. A Igreja Caridade, era uma das igrejas mais importantes de Cartagena, templo da padroeira da cidade e seu interior era dominado por uma cúpula, semelhante ao Panteão romano de Agripa.
Chamava a atenção a grande quantidade de prédios art nouveau, do início do século XX, quando a burguesia se estabelecera na cidade, devido ao crescimento da indústria de mineração local. Destaque para a beleza da Câmara Municipal, o Grand Hotel, o Cassino. A Estação Ferroviária que tinha algumas portas de ferro pendentes e colunas na fachada e no interior ainda podiam ser vistas no escritório da bilheteria. Outros prédios modernistas ou casas ecléticas, incluiam a Casa Clarissas, o Palácio Aguirre (que abrigava o Museu Regional de Arte Moderna), a Casa Cervantes, a Casa Llagostera, o Palácio Pedreño, a Casa Dorda, Câmara Zapata e a da Empresa Casa de Expansão Urbana.
Entre as atrações estava a Catedral de Santa Maria, construída no século XIII. O prédio sacro estava em ruínas, desde 1939, quando fora atingido pelos bombardeios das tropas do ditador Francisco Franco, durante a Guerra Civil Espanhola. Cartagena mantinha um Museu das Carruagens e Carros, datados do século XVII, até os dias de hoje, e ainda uma das maiores coleções de motocicletas de toda a Espanha. Para mergulhar um pouco da história local, conheça o Porto de Culturas de Cartagena, onde estavam os sítios históricos. Entre estes, destaque para a parede Púnica, com restos de uma muralha construída em 227 A.C. Na mesma região, ficava o Castillo de la Concepción, do século XIII, assim como o abrigo e o Museu da Guerra Civil Espanhola.
Encontramos em Cartagena, o Mar Menor, uma lagoa salgada separada do mar Mediterrâneo por uma barra de areia de 22 km de comprimento e uma largura variável de 100 a 1.200 m. Tinha uma superfície de cerca de 170 km², uma extensão costeira de 70 km, e quente com água clara, alta salinidade, que não excedeia7m de profundidade. Pertencia a quatro municípios, incluindo Cartagena. Em 1994, fora incluído na lista da Convenção Ramsar, para a conservação e utilização sustentável das zonas úmidas. Era também uma das Áreas Protegidas especialmente do Mediterrâneo e pelas Nações Unidas.
14º dia – ALMERIA
Era uma Província ao sul de Espanha, cuja área era considerada com uma das mais áridas da Europa, e no seu interior havia anualmente cerca de 3.000 horas de sol, sendo uma área com muito pouca vegetação, criando uma paisagem desértica. Seu nome tinha origem na ocupação árabe, altura em que a Província era conhecida por Al-Mariyya, que significava o Espelho. A capital com o mesmo nome, fora uma praça forte árabe e o principal porto da região. O Castelo Alcazaba, era o segundo em tamanho em Espanha depois da Alhambra de Granada. Almeria era uma cidade moderna e vibrante e culturalmente era uma cidade muito espanhola. A partir daqui se poderia apanhar um Ferry até ao norte de África. A bela região de Alpujarras, que compunha o Parque Nacional da Sierra Nevada, chegava à Província de Almeria, onde se localizava a Alpujarra Almeriense. Uma terra de vilas brancas antigas, de florestas ainda em estado puro, Vales e cumes cobertos de neves.
Deserto de Tabernas, era uma Província com o único deserto da Europa e uma paisagem árida e seca, provavelmente famosa por ter servido de local para as filmagens de vários Western Espaguete, dirigidos por Sergio Leone. Aqui David Lean filmara algumas cenas do seu filme Lawrence da Arábia. Na vila se poderia visitar os locais das filmagens e as ruínas de um antigo castelo mourisco.
Quando chegar, escolha um tour para conhecer as principais atrações e descobrir porque os romanos conquistaram esta cidade. Visitação do Wall Púnica, a Casa Romana da Fortune, a Casa Romana de Cartagena, com pinturas maravilhosas e uma grande reprodução do estilo de vida romano. Durante o império romano, a cidade era um porto estratégico, o que dava para vê-lo de fora da área no castelo, utilizando-se o elevador que levava ao castelo. A próxima visita, seria ao Teatro Romano, descoberto recentemente, e seu museu especialmente desenhado por Rafael Moneo. A seguir, uma caminhada pelo centro para saborear uns tapas e admirar a impressionante e modernista Câmara Municipal. Poderá almoçar por aqui e a seguir saindo em direção a Granada, situada aos pés da Sierra Nevada.
15º - dia - GRANADA
Era a cidade que teve a maior influência árabe na Espanha, e onde se encontrava a famosa Alhambra, um dos mais conhecidos monumentos de todo país, considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em 1984. Era um Complexo Arquitetônico surpreendente.