Aluguel de carro na Europa

Circular de carro pela Europa podera ser uma experiência incrível, ou frustrante — para isto basta acontecer uma das seguintes situações:

Receber uma multa, e estourar o seu orçamento;
Tomar várias multas, e só saber disto meses depois, ao ser surpreendido com débito no cartão de crédito;
Ralar o carro na viagem, ou ter o veículo danificado — sem ter contratado seguro para cobrir os custos;
Ver que gastou mais de estacionamento do que com alimentação;
Ser parado em uma fiscalização, sem a documentação em mãos;
Não ter considerado o custo de pedágio, em sua planilha de custos.

Vantagens do aluguel de carro

Não se preocupar com horários e ficar livre para ir e vir, conforme a sua conveniência;
Levar toda a bagagem, sem os limites impostos pelo avião ou o stress de entrar e sair com elas nos trens ou ônibus;
Escolher trafegar por estradas secundárias, passando em meio a cidades menores e a vilarejos, que jamais conheceria em outros meios de transporte;
A possibilidade de organizar livremente o seu dia, parando ao longo do caminho, onde lhe convir, ficando o tempo que quiser.

Documentação para dirigir na Europa

Em alguns países era possível alugar um carro, apenas com a sua Carta de Motorista, como por exemplo: Portugal e Espanha. Mas lembre-se: era preciso estar com o seu Passaporte o tempo inteiro!

Na França, era preciso que a Carta de Motorista esteja em francês: então seria adequado ter uma tradução juramentada da sua CNH. Neste caso, o mais fácil era emitir a PID — Permissão Internacional para Dirigir, que era aceita em todos os países e poderia ser pedida online aqui no Brasil. Inclusive, saiba que a PID tem a mesma validade da CNH.

Já em países como Alemanha, Áustria, Suíça, Bélgica e Holanda a PID era necessária. Sem ela, nada de locação de carro! Não custva contar que os países que assinaram o Tratado de Schengen, recomendavam seu uso. Por isso, para prevenir chateações e evitar problemas maiores, sobretudo em caso de qualquer acidente, recomendamos que sempre viagem a Europa com a sua PID, pois era um documento internacional e com foto. Era preciso que a CNH original, também esteja à disposição.

Qual carro alugar

Orçamento de viagem;

Número de viajantes;
Número de malas;
Motivo da viagem; tipo de viagem: duração e destinos, e número de diárias.

Algumas estradas da Europa eram simplesmente encantadoras. Separamos sugestões de regiões, que valem ser visitadas de carro:

Toscana, na Itália;
Rota Romântica, na Alemanha;
Região dos Vinhedos no Douro, norte de Portugal;
Andaluzia, sul da Espanha;
Borgonha, na França;
Flandres, na Bélgica;
Região dos castelos, no entorno de Copenhagen, Dinamarca;

Para as cidades que tinham estações ferroviárias centrais, o melhor era viajar de trem, porque era mais rápido, sairá mais barato e não terá que gastar com estacionamento ou se preocupar onde deixar o veículo. Alguns destinos que tinham a estação de trem perto das principais atrações turísticas:

Zurique e Lucerna, na Suíça;
Colonia e Dusseldorf, na Alemanha;
Paris e Reims, na França;
Amsterdam e Delft, nos Países Baixos;
Milão e Florença, na Italia.

Outros custos a considerar em seu orçamento, caso opte pelo aluguel de carro na Europa:

Seguro — era bom sempre conferir se terá algum desconto, comprando o seguro pelas ofertas do cartão de crédito;
Combustível: que era mais caro no Velho Mundo do que na América Latina, em geral;
Pedágios: caso opte por trafegar pelas estradas principais;
Custos de estacionamento: seja no hotel onde estiver hospedado ou deixar o veículo em um parking, nas cidades mais turísticas.

Considerações sobre os pedágios

Cada país europeu tinha o seu sistema. Em alguns, era preciso colar uma espécie de selo no para-brisa do carro alugado: poderia valer por dias, mês ou períodos maiores. Confira o que lhe for mais conveniente. Em algumas ocasiões, a locadora poderia lhe entregar o veículo com o sistema instalado. E na devolução, pagará pelo que usou. Em alguns países era preciso retirar um ticket ao entrar no trecho administrado pela empresa local e ao sair da estrada, apresentava o ticket e pagava o equivalente aos quilômetros percorridos. O pagamento poderia ser em espécie ou cartão de crédito ou débito. Mas lembre-se: era preciso ficar atento a qual guichê irá escolher. Há opção com atendimento pessoal (ideal para quem não tem prática) ou automático.

Multa de estacionamento

Na Europa, nas capitais e cidades mais importantes, estacionar em áreas públicas era algo complicado. Eram poucos os espaços públicos e muitos deles, eram demarcados para moradores. A saída, quase sempre, era deixar o carro alugado em um estacionamento fora da área central. Muitas vezes, eles ficavam junto a monumentos históricos, como castelos e palácios. Na prática, costumavamos deixar o carro antes da área urbana e pegavamos um bus ou tram em direção ao centro da cidade vice-versa. No problem...

Multa por excesso de velocidade

Em muitos trechos pelas estradas da Alemanha, não havia limite de velocidade. Neste caso, jamais trafegue na pista da esquerda, que era para os locais, que conheciam a região e dirigiam voando! Mas, na maioria dos países, havia limite de velocidade e, às vezes, dirigir pelas estradas menores poderia parecer uma gincana, mas é muito mais bonito e tranqüilo.

Dano ou defeito no carro alugado

Batida de carro

Na Europa quem causava o dano pagava toda a conta. Esteja preparado, pois a frota de carros era muito mais moderna e tem valores muito mais altos do que no Brasil.

Qual a marca de carro escolher

Nem todos os países europeus eram iguais. Então, principalmente se for fazer um giro de carro, por diversos países, informe ao funcionário da Locadora todos eles no momento da locação. De preferência deixe por escrito, junto a Locadora. Isso era importante, porque alguns países, tinham restrição de seguro, e não poderia ir até eles dirigindo com algumas marcas. As locadoras alemãs não cobriam eventuais danos, se atravessarmos a fronteira com carros da marca Volkswagen, Audi, BMW. Terá que locar um Renault, muito mais simples que o veículo inicialmente pretendido. Mas, pelo menos, com seguro total! E a sinalização rodoviária era tudo na língua tcheca.

Não confie cegamente em seu GPS

Em maio de 2018, saindo de Colmar, na França, marcamos para seguir em direção a Alemanha, para a cidade Schaffhausen. Eu já tinha dirigido por esse caminho, em duas outras oportunidades, e sabia que o percurso seria de no máximo duas horas.

Dirigindo por uma auto-estrada, notei que estávamos rodando quase umas três horas e chamei a atenção de meu filho, de que algo de errado deveria estar ocorrendo. Verificando no GPS, ali estava a indicação de Schaffhausen e, então, seguimos em frente até que o app afirmou que tínhamos chegado ao local pretendido.

Tratava-se de um vilarejo, com o mesmo nome da cidade onde iríamos pernoitar. Nem entramos na vila. Reprogramamos o GPS e depois de mais uma hora e meia chegamos na cidade de Schaffhausen. Se algo deixar de funcionar: pisca-pisca, som, alguma luz, ou GPS, era só ir até a filial mais próxima da locadora e trocar de veículo. Sempre tudo muito simples.