ALENTEJO e ALGARVE - Roteiros opcionais


Aldeia de Santa Susana
Estes quatro pequenos roteiros são opcionais para quem estiver circulando por Lisboa e queira aproveitar para uma esticada rápida até o Alentejo ou ao Algarve.
Opcional UM
Saindo de Lisboa no caminho para Grândola, estava o vilarejo de Alcácer do Sal, onde se poderia visitar o Castelo Mouro. Depois, localize a estrada N/253 e vá até a Aldeia de Santa Susana, para se surpreender com este vilarejo do começo da década de 50, quando os trabalhadores agrícolas chegavam para trabalhar no Alentejo, e eram alojados na propriedade dos primos Henrique Fernandes e Manuel Louro. Anos depois, esses trabalhadores acabaram por trazer suas famílias e transformar o espaço numa aldeia, agora chamada Santa Susana. E assim, por acaso, nascera a aldeia mais bonita do Alentejo.
As casas eram todas parecidas, com apenas um piso e eram caiadas, apresentando uma barra azul nas janelas e nas portas. As moradias tinham chaminés iguais, e algumas das portas de entrada, tinham as iniciais dos primos Henrique e Manuel, juntamente com a data em que foram construídas. Em média, eram repintadas de dois em dois anos, pelos próprios moradores. Até aquelas que não estavam habitadas, eram pintadas pelos vizinhos, que tinham orgulho desta aldeia modelo da região.
Segundo o ultimo Censo, realizado em 2012, Santa Susana tinha 353 habitantes. A população estava envelhecida e não passava pela cabeça dos mais jovens desta região do País se mudar para lá. A única movimentação ocorria no verão, quando os turistas apareciam em visita, a caminho da praia da Comporta ou do Carvalhal. Era uma aldeia tão pequena, que só tinha seis ruas e nenhum tipo de comércio. Sempre que os moradores precisavam comprar alguma coisa, tinham de ir até Alcácer do Sal. Se quiser almoçar por aqui, existiam dois restaurantes e com menus parecidos. Destacavam-se as migas à alentejana com coelho frito, e o arroz de cabidela. Depois da visita retorne a Alcácer do Sal e siga para o
Opcional DOIS
Deixando Grândola, pegue as estradas N/281-2 e N/253 para visitar Sines, uma bela cidade à beira mar, rodeada por praias e aldeias pitorescas, e conhecida como a cidade natal do explorador português Vasco da Gama. Era importante Complexo Portuário industrial, situada na costa e inserida no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina, e um centro de pesca que convidava provar a rica gastronomia de pescados frescos e mariscos, aliada as iguarias típicas do Alentejo.
Nas terras deste Conselho, havia vestígios da época romana, dos Visigodos e Vândalos. No final do século XII, início do século XIII, as terras foram reconquistadas aos Mouros e, em 1217, foi confiada aos Cavaleiros da Ordem de Santiago, sediados em Santiago do Cacém. Registros históricos, era o que não falta nestas terras. Dê uma volta pela cidade para conhecer o Castelo de Sines, o Farol do Cabo e as praias Vasco da Gama e São Torpes. Depois retorne à estrada pelas vias N/393 3 N/120 até a cidade de Lagos.
Castelo de Monsaraz
Opcional TRÊS
Entre Beja e Évora existiam dois vilarejos históricos e charmosos que mereciam ser visitados: Reguengos de Monsaraz e Monsaraz. Reguengos, a sede de um Conselho marcadamente agrícola, enquadrado na magnífica planície alentejana. Era reconhecida, sobretudo pela qualidade dos vinhos produzidos na região, sendo brindada em 2015 com a Cidade Européia do Vinho, produzidos pela Cooperativa Carmin, que reunia mais de 10 Vinícolas.
Para conhecer Reguengos de Monsaraz e Monsaraz, antes de chegar em Évora pegue à direita uma estradinha que levava a Amieira e São Marcos do Campos. Esse trajeto encurtava o caminho em 45 km. A história de Reguengos de Monsaraz confundia-se com a de Monsaraz, uma das aldeias mais importantes da região, uma área de antiga ocupação humana, e nos seus limites encontravam-se inúmeros vestígios paleolíticos que confirmavam e existência de culturas de outros tempos. Posteriormente, por aqui habitavam romanos, visigodos e muçulmanos, tendo sido conquistada aos mouros, em 1167, pelo Rei D. Afonso Henriques. Sugestões para almoçar: Restaurantes Esporão, Casa do Forno e O Gato.
Opcional QUATRO
Se optar por não concluir o restante do roteiro, o retorno começaria aqui em Tavira, com nossa recomendação de que siga até a cidade de Beja para visitá-la e curtir sua gastronomia e o melhor dos vinhos do Alentejo.
A cidade de BEJA era Influenciada pelo clima do mediterrâneo e do norte da África, e o Distrito cuja capital mantinha o mesmo nome, era normalmente quente e seco. A história local remontava os tempos em que os romanos mandavam por aqui, quando o Imperador Júlio César erguera a cidade, restando as ruínas de Pisões como testemunho da riqueza que vigorava pela região. Quando da invasão dos mouros no século VIII as ruas foram calçadas e inúmeros prédios construídos que ainda hoje poderiam ser observados. O Castelo de Beja, era um dos melhores exemplos e deveria ser visitado.
Ainda no Distrito de Beja, a Herdade da Malhadinha Nova, era uma visita obrigatória, famosa na Europa por ser chiquérrima e proporcionar a seus hóspedes um relaxamento no SPA e na piscina, além de sofisticado serviço de gastronomia. Possuia três suites e sete quartos abastecidos com acessórios assinados pelo designer Philipe Starck e amenities da Bvlgari. Tinha um excelente restaurante sob o comando de Chef alemão, dono de uma estrela do Guide Michelin. Poderia-se cavalgar em animais de raça criados na fazenda. Produzia vinhos a partir das castas Touriga Nacional, Verdelho, Aragonez e Shiraz. Confira: www. malhadinhanova.pt
Para retornar à capital portuguesa, siga pelas rodovias N262 / IP8 / A2 / IP 1 / E1 / para um total de 178 km, passando novamente perto de Grândola e Setubal.
Vinícolas do Alentejo
Adega Cartuxa -
Adquirida no século XIX pela família Eugénio de Almeida, a Adega Cartuxa passara por várias reformas e ampliações ao longo do tempo, conservando a riqueza da sua memória arquitetônica e histórica. Era hoje um dos centros de estágio dos vinhos produzidos pela Fundação Eugénio de Almeida. Num prédio secular, cercado por 15 hectares de vinha em processo de produção biológica, estagiavam vinhos como o emblemático Cartuxa, o mítico Pêra-Manca e os Scala Coeli. Era um conjunto enorme, e a Herdade abrigava desde 1598 o Mosteiro da Cartuxa, onde monges Cartuxos viviam em reclusão. Para a visitação, oferecia cinco tipos de roteiros com visita guiada e duração de 1 hora e meia. O pacote top custava 30 Euros e incluía a degustação de cinco tipos de vinhos, incluindo o famoso vinho Pêra Manca. Ficava na Estrada da Soeira, no Distrito de Évora. Confira em cartucha.pt –
Casa Relvas - Herdade da Pimenta - São Miguel de Machede –
A experiência vinícola começara em 2001, quando foram plantados os primeiros 10 hectares de vinha na Herdade de São Miguel. No ano seguinte, Nuno Franco, consultor de viticultura e enologia juntara-se ao projeto e foram plantados mais 25 hectares de vinha. Em 2003 foi construída a adega, com capacidade para produzir 500 toneladas de uvas. 2004 foi o ano de destaque da adega com as suas primeiras 26.000 garrafas de vinho tinto lançadas no mercado. Num curto espaço de tempo, a produção duplica de 500.000 garrafas para 1 milhão de garrafas vendidas.
A Casa Relvas nascera da vontade de dar continuidade à história da família Relvas, que vivia da terra há cinco gerações em dois continentes. O projeto familiar começara em 1997 quando Alexandre Relvas notara que a Herdade de São Miguel, em São Miguel de Machede – Redondo, tinha uma paisagem semelhante às suas raízes africanas. A paixão pelo Alentejo e o respeito pela sua natureza única e autêntica levaram ao primeiro passo neste projeto. Mas fora na vinha, uma cultura com mais de 2000 anos de história na região, que descobriu a sua verdadeira paixão.
Fitapreta Vinhos – Paço do Morgado de Oliveira – Nossa Senhora da Graça do Divor –
A Vinícola começara no início dos anos 2000, mas o palácio existente em suas propriedades era do século XIV. A Fita Preta Vinhos era a mistura perfeita de cultura e modernização. Ao longo do tempo, seu palácio passara por mudanças que lhes deram flexibilidade em procedimentos modernos, mas ao mesmo tempo também preservam seus toques tradicionais. Criada por um grupo de amigos apaixonados por vinhos, a tinha como objetivo criar rótulos que refletissem o terroir alentejano Cultivava as uvas em vinhas cuidadosamente selecionadas que apresentavam texturas ricas em xisto e minerais. Arinto, Antão Vaz, Roupeiro, Alicante Branco, Trincadeira das Pratas, Rabo de Ovelha, Terrum, Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Trincadeira, Castelão, Baga, Aragones, Moreto, Tinta Carvalha cresciam aqui com o melhor cuidado.
Tavira
