ALCOBAÇA - A terra de Dom Pedro e Inês de Castro Portugal
O Mosteiro de Alcobaça
ETIAS 2025 - Autorização para entrar na Europa
Anunciado em 2016, o European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir de 2025, ainda sem data para início dos procedimentos.. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.
As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta bonita e histórica cidade portuguesa. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...
Portugal ainda não era um Reino, e Dom Afonso Henriques ainda não era Rei, mas o jovem Príncipe queria as duas coisas e o mais rápido. Agia como se fosse um soberano independente, e por volta de 1140, recusou-se a prestar vassalagem ao Rei de Leão. As vitórias que somava sobre os mouros, davam-lhe projeção política e militar. Como bom diplomata que era, grande parte dos territórios conquistados foram para as Ordens Religiosas, uma forma inteligente de agradar à Igreja e de iniciar o povoamento de terras abandonadas. A Ordem de Cister recebeu 40 mil hectares, em Alcobaça. Pouco depois desta doação, o Papa Alexandre III legitima-o, como primeiro Monarca português.
O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, monumento fundador do gótico Cisterciense, em Portugal, começou a ser construído no século XII, depois da vitória de Santarém. A Igreja da Abadia segue o modelo de Pontigny, na França: uma arquitetura de rigor aplicada à nave central, com mais de cem imponentes metros de comprimento. O deambulatório, por onde os Monges se prostavam em orações, era sustentado por arcos botantes, primeiros exemplares em território português. Na ornamentação da Capela de São Bernardo, entraram mãos da terra: os barristas de Alcobaça criaram uma das suas mais expressivas obras, modelando as estátuas em terracota. E depois a cozinha e as soluções engenhosas que encontraram, para trazer água a um espaço amplo e com preocupações de higiene. Nos seis séculos seguintes, o espaço iria ser acrescentado ou remodelado, de acordo com os novos movimentos arquitetônicos e com a absoluta necessidade de cada Monarca deixar a sua marca real.
Na história deste Mosteiro, havia também uma vocação para o ensino básico; no século XVII chegara mesmo a ser a mais importante escola monástica do Reino, mas já antes eram ali preparados os noviços, e os monges reproduziam livros para as orações. O historiador Rui Rasquilho apresentava o monumento que estava ligado ao início da Monarquia portuguesa. Sejam bem-vindos ao Reino de Cister, onde estavam guardados os mais belos túmulos da escultura funerária gótica, que mantêm os restos dos imortais amantes, Dom Pedro e Dona Inês de Castro, a Rainha assassinada em Coimbra, por ordem de Dom Afonso IV. As arcas, veladas por anjos, anunciavam o dia da vingança
A Rua da Poetisa -
Esta parte histórica da cidade era um charme. Caminhe até a Rua Virginia Vitorino esquina com Rua Frei Fortunato, para encontrar a casa da poetisa mais lida em Portugal e no Brasil, no século XX. Virginia Vilanova de Souza Vitorino, nascida em Alcobaça, viveu nessa casa com seus pais até a adolescência. Além de professora do Conservatório Nacional, também era pioneira do Teatro Radiofônico, atuando na Rádio Nacional, sob o pseudônimo de Maria João do Vale.
As Chitas -
As chitas eram tecidos de algodões estampados, originários da Índia e trazidos para a Europa pelos navegadores portugueses. Aqui as chitas têm grande tradição, destacando-se pelos padrões coloridos dos estampados, muito diversificados, com pássaros frutas, flores e figuras humanas. A partir do século XVII e até meados do século XIX, Alcobaça era um importante centro de manufatura de fiação e tecelagem. Acolheu centros fabris importantes, quando das reformas do Marquês de Pombal e dada a sua proximidade com o mar, conseguia receber grandes quantidades de algodão procedentes da África, Brasil e Inglaterra, e era um dos centros que abastecia todo o país com seus tecidos.
Grutas de Mira de Aire e Grutas de Alvados -
Quando estiver circulando por esta região, aproveite para visitar as grutas de Mira de Aire ou de Alvados, que ficavam longe da cidade, localizadas sob as Serra de Aires e Candeeiros.
Jardim do Amor -
Aonde o Rio Baça deságuava no Alcoa, ficava este pequeno jardim que tinha uma estória própria: vivia na região um casal de namorados apaixonadíssimo, era a Baça e o Alcoa. O jovem de uma hora para outra se tornou ambicioso e abandonou a Baça. Ela chorou muito, mas tanto, que se converteu em um riacho. Quando Alcoa soube, também chorou muito e se transformou num rio. E nesse ponto de confluência, dentro do jardim, eles se reencontraram e Baça perdoou Alcoa, desaguando pelo lado esquerdo, pelo lado do seu coração. O jardim também abrigava obras de arte como dois grandes tronos que simbolizavam o amor de Inês e Pedro, que resistiu à morte, realizados por Thierry Ferreira e Renato Silva. O coração de aço simbolizava o slogan do lugar: Alcobaça: dê lugar ao amor. Também no jardim, poderá colocar seu kit de amor em algum dos cofres do jardim. Para os apaixonados o kit do amor era vendido nas lojinhas locais.
Lagoa de Pataias - Era a principal zona húmida, existente no Concelho de Alcobaça.
Mosteiro da Batalha -
Uma vez que a Aldeia de Coz ficava a meio caminho entre a Batalha e Alcobaça, poderá aproveitar a viagem para visitar o extraordinário Mosteiro da Batalha. Era um dos passeios mais recomendados de Portugal.
Mosteiro de Alcobaça -
O Rei D. Alfonso Henriques doou as terras para a construção do Mosteiro e fundou uma das mais importantes casas da Ordem Cisterciense, da Península Ibérica, coincidentemente as datas da fundação e doação das terras aconteceram em abril de 1153. Esse não era simplesmente um ato de fé, mas também político e econômico. Entre algumas das razões, era conquistar a amizade de um dos personagens mais influentes da época, Bernardo de Claraval, um abade francês que reformou a Ordem de Cister. Na Europa Medieval, as Ordens eram inúmeras. A de Cister, era famosa por ser austera e rigorosa. Seus monges viviam afastados do mundo exterior e sempre dedicados ao trabalho, à oração e ao retiro espiritual. Visitando o Mosteiro tinham-se a impressão de que fora construído para causar uma forte impressão de poder, a partir de sua fachada de 220 metros de extensão. Embora sua construção tivesse iniciado na Idade Média, a decoração de sua fachada remetia ao século XVIII e num estilo barroco.
A igreja era formada por três naves. Uma nave para os monges, que entravam diretamente do Claustro; Uma nave para os Conversos, que não eram Monges, mas trabalhavam no Convento e outra nave, onde entravam excepcionalmente pessoas de fora, mas porque estavam doentes e precisavam de acolhimento físico, espiritual e mental. Surpreendente era como chamavam a porta que dava acesso a essas pessoas: Porta dos Mortos. Curiosidade: até o século XVIII, não era permitida a entrada da população na igreja principal. O pessoal que formava parte da Ordem, assistia a missa em outra igreja que se encontrava na atual Sala dos Reis.
A nave central
A nave central era grandiosa, mas de aspecto simples e pouco ornamentada, mostrando uma evidência do despojamento da época medieval. Servia de contraste com a extravagância flamejante do vizinho Mosteiro da Batalha. Consagrada em 1252, a Igreja do Mosteiro de Alcobaça, constituia-se como o primeiro exemplar do gótico português. As suas dimensões e a notável elegância das proporções, aliadas à ausência de motivos decorativos, enfatizavam a perfeita simbiose entre pedra e luz. A iluminação difundia-se através de uma grande rosácea, dos vãos laterais da frontaria, das rosáceas e janelões, dos dois topos do transepto e dos altos janelões da cabeceira – em jogos de luzes maravilhosos. Era precisamente no transepto, no final da nave central, que se encontravam os túmulos de D. Pedro e de Dona Inês de Castro.
As tumbas dos apaixonados
Esta estória de amor começou quando o Infante Dom Pedro, então casado com Dona Constança Manuel, apaixona-se por uma das damas de honra de sua esposa, a galega Inês de Castro. O romance corria solto e a esposa do Infante veio a falecer de parto. A seguir Dom Pedro chama Inês, que tinha sido exilada pelo Rei, ao Castelo de Albuquerque para evitar fofocas na Corte. O Rei ainda tenta convencer o Infante Pedro a aceitar um casamento arranjado, mas ele se recusa a aceitar. A coisa começava a esquentar quando chegaram os filhos, mas o que ninguém sabia era de que eles já tinham casado em segredo. O Rei, avisado por boatos de que o filho ilegítimo do Infante iria assumir o poder, mandou assassinar o filho legítimo, em 1355 mandou decapitar Dona Inês, quando ela se encontrava em Coimbra, com o propósito de afastar a influência maligna que ela representava junto com sua família.
Quando o Infante tornara-se D. Pedro I e chegou ao trono português, legalizou seu casamento secreto e legitimou seus filhos, firmando a vingança prometida pelo assassinato de sua amada Inês. Também mandou construir os belíssimos túmulos que se encontram frente a frente, no átrio da Igreja de Alcobaça, para que os amantes pudessem olhar-se nos olhos quando despertarem, no Dia da Ressurreição. Essas estórias todas, contadas por morador local, é pura emoção!
Túmulo de Dom Pedro
Quanto ao túmulo de D. Pedro, destaque visual para a rosácea gravada na cabeceira, com duas faixas circulares concêntricas, onde se encontravam representadas a Roda da Vida e a Roda da Fortuna. O restante da decoração era predominantemente preênchida por nichos, contendo passagens da vida de São Bartolomeu.
Tumulo de Dona Inês de Castro
Quase ao lado do túmulo de Dom Pedro encontrava-se o de Dona Inês de Castro, assentado em seis suportes cujas figurações remetiam para seres híbridos, com rostos humanos e corpos de animais. A decoração do túmulo exibia cenas figurativas do Novo Testamento – entre outras-, mas era provavelmente um escudo de Portugal que mais chama a atenção.
Capela do Relicário
Considerada uma das preciosidades do Mosteiro de Alcobaça, integrava a chamada Sacristia Nova. Era composta por uma estrutura de talha dourada, que ostentava uma delicada decoração barroca, com quase 90 esculturas recolhidas em nichos, e coroada por um teto de pedra lavrada. Eram diferentes salas, mas a que mais chamava a atenção e encantava era a Capela das Relíquias. Era uma capela barroca e como o nome dizia, conservava as relíquias apostólicas e espirituais, partes e objetos de santos, chegando a nada menos do que 71 bustos-relicários.
Capela do Desterro
Era um pequeno prédio retangular, datado do século XVIII, que apresentava uma fachada de retábulo barroco, com um portal ladeado por quatro colunas salomônicas. O tema principal era a Fuga e o Regresso do Egito, e episódios da vida de Cristo. A igreja abrigava também os túmulos de Dom Pedro I (não confundir com nosso Dom Pedro I) e sua amada, Inês de Castro. Este conjunto era coroado por uma edícula que albergava um grupo escultórico representando a Anunciação a São José. O altar-mor caracterizava-se pela profusa decoração em talha dourada, albergando os restos mortais de Dona Constança Virgem e Mártir.
Claustro de Dom Dinis
Era totalmente abobadado e o único claustro medieval do Mosteiro de Alcobaça, era o centro nevrálgico da Abadia, e passagem obrigatória de acesso a todas as demais dependências. A literatura oficial garantia ser este um dos mais belos claustros do gótico português.
Cozinha e Refeitório
Algo tão grandioso, num contexto de despojamento religioso era surpreendente e sendo o mínimo que se pode dizer da cozinha do Mosteiro de Alcobaça. Anexa ao refeitório, a cozinha tinha ao centro uma grande chaminé forrada com azulejos e, ao fundo, um tanque com água corrente proveniente da Levada. Destaque para o chamado Púlpito do Leitor, onde um Monge se encarregava da leitura sacra durante as refeições. Na frente do refeitório dos monges, se encontrava o lavabo, uma pia de pedra onde corria água para lavar as mãos. O refeitório era enorme e na sua entrada lia-se em latim: Considerai que comeis os pecados do povo. Certamente era apenas para lembrar que deviam ao menos entre eles, evitar o pecado da gula.
Dormitório dos Monges
Não menos surpreendente era o dormitório onde os Monges pernoitavam. Localizado num piso superior e com acesso visual ao transepto da igreja, o dormitório tinha tanto de frugal quanto de despojado. À época, na ausência de celas individuais para os Monges, o espaço funcionava como uma verdadeira camarata. Segundo constava nos registros, os monges dormiam lado a lado, com a cabeça encostada à parede e o corpo na perpendicular.
Horários de visitas
Abria todos os dias das 9.00 as 18.00h nos meses de outubro a março; fechando uma hora mais tarde nos restantes meses. A bilheteria encerrava 30 minutos antes. Era fechado ao público nos dias 1º de janeiro, Domingo de Páscoa, 1º de maio, 20 de agosto e 25 de dezembro. O ingresso custava 6€ por pessoa. Existia um ingresso combo chamado Bilhete Patrimônio Mundial, que permitia o acesso ao Convento de Cristo, em Tomar, ao Mosteiro de Alcobaça e ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, em Batalha. O ingresso custava 15€ e era válido por 7 dias ininterruptos.
Mirante da cidade e do Mosteiro
Caminhe até o Castelo, onde parte era por uma estrada de terra. Alguns diziam que fora construído por Visigodos e outros afirmavam que teria sido pelos muçulmanos, por volta do século VII. Atualmente não sobrava muito para ver, onde também servia de residência de abades e uma prisão, mas era necessário subir para ter a melhor visão da cidade e conseguir ver o Mosteiro inteirinho.
Mosteiro de Santa Maria de Coz - Freguesia de União das Freguesias de Cós, Alpedriz e Montes -
Embora situado fora da cidade, integrava a Rota das Abadias Cistercienses européia, e, destacava-se pelo magistral cadeiral do Coro das Monjas, com os tetos revestidos de madeira, as paredes com painéis de azulejos e pela belíssima sacristia. Em Coz, era ainda fundamental visitar o Projeto Coz’ART, que objetivava revitalizar a arte tradicional de trabalhar o junco. Além dos lugares citados, havia uma série de atrativos que podiam e deviam ser visitados. Entre eles, destacva-se o Museu Raul da Bernanda - focado nas louça artística de Alcobaça.
O Percurso Pedro e Inês
Todo em cerâmica de Alcobaça era uma intervenção urbana que prestava homenagem à cerâmica artística da cidade. Nas palavras oficiais, tratava-se de uma interpretação do episódio de Inês de Castro, em Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões. As 10 fábricas participantes traduziram em cada peça o universo literário, identificável e simbólico do amor entre D. Pedro I e Inês de Castro. O conjunto incluia ainda sonetos de Camões e de Miguel Torga. O conjunto artístico foi colocado junto a Levada de Alcobaça, um sistema de abastecimento de água do Mosteiro, junto ao chamado Parque Verde, ao longo de uma artéria de pedestres que fazia a ligação entre a Nova Alcobaça e o Jardim do Obelisco.
Parlatório e Sala do Capítulo
Era o único lugar do Mosteiro onde os Monges podiam se expressar com interlocutores. Ao lado ficava a Sala do Capítulo, onde acontecia a eleição do Abade e a vida administrativa do Mosteiro. Na entrada, passava-se por sobre a lápide de um Abade, que fora enterrado no local como castigo, para que todos pisassem sobre ele, pela vida pouco exemplar que levara. Provavelmente, o tal monge era dado a uma balada!...ou algo parecido.
São Martinho do Porto -
Era a mais importante estância balneária do Concelho, e um lugar perfeito para curtir a praia nos meses mais quentes do ano. A de Nazaré era a que ficava mais próxima e era extraordinariamente famosa por suas ondas gigantes e por fazer parte do Circuito Mundial de Surfe.
Os museus e afins
Casa Museu Vieira Natividade - Praça 25 de Abril, 20 -
Instalado na casa onde viveu Manuel Vieira Natividade, arqueólogo local, seus familiares doaram ao município o espólio de Natividade, que consta de uma valiosa coleção de elementos que vão da arqueologia à etnografia, passando pelas artes plásticas, cerâmica, fotografias e têxteis. A casa que também fazia parte da doação, foi criada em 1914 por Raul Lino, consagrado arquiteto do lugar.
Centro de Visitas Atlantis - Casa da Areia - Cos -
Da importância do trabalho de fabrico do cristal, surgiu um espaço industrial e museológico que tirava partido das tradições do fabrico de vidro da zona da Marinha Grande, mais concretamente relacionada com empresa Atlantis. O Centro possibilitava aos interessados pela temática do vidro, conhecer todo o processo produtivo e a história da empresa e seu museu. As visitas eram facilitadas de segunda a sexta-feira das 10.30, 11.30, 14.30 e 15.30h e o ingresso custava 5 Euros.
Mosteiro de Santa Maria da Coz – Rua de Santa Rita - Cos -
Localizado no município de Coz, a 10 km de Alcobaça, uma das antigas povoações dos Coutos de Alcobaça, rodeada de férteis campos agrícolas e de antigas florestas. As mulheres devotas que auxiliavam nas múltiplas tarefas necessárias ao bom funcionamento do Mosteiro, permaneceram até a extinção das Ordens Religiosas, na primeira metade do século XIX. No século XVI, tornou-se num dos mais ricos mosteiros femininos cisterciense, em Portugal. A igreja apresentava uma arquitetura exterior bastante austera, com linhas muito sóbrias e ao lado sul, destacavam-se as estátuas de São Bento e de São Bernardo. As naves eram divididas por uma grade de clausura de madeira lavrada e revestida a ouro. A igreja era um santuário barroco, onde se destacavam os altares de talha dourada e o quadro O Purgatório, de Josefa de Óbidos. Abia de terça a sexta-feira das 9.30 as 12.30h e das 14.00 as 18.00h. Aos sábados, das 14.00 as 18.00h.
Museu da Faiança – Galeria Conventual -
Criado em 2013 em homenagem a Maria do Céu e Luís Pereira de Sampaio, estava instalado na Galeria Conventual com um acervo de mais de mil peças, percorrendo a história desta arte cerâmica desde 1875 até a atualidade. Sendo uma coleção da família Pereira Sampaio, podiam ser vistas peças de várias produtoras locais como a Fábrica de Faiança de José dos Reis, a Olaria de Alcobaça, a Vestal, a Estatuária Artística de Alcobaça, a Raul da Bernarda, a Elias e Paiva, Pereiras, a Mário Tanqueiro, as Cerâmicas São Bernardo, a Pombo Almeida e Ribeiro, as Faianças Neves e a Arfai/ IGM.
Museu do Vinho - Rua do Olival Fechado -
Era considerado um dos melhores museus ligados ao vinho em Portugal. O município garantia que seu museu dispunha do acervo museológico mais completo do país, na temática vitivinícola, com mais de 10.000 itens relacionados ao processo de produção do vinho. Estava instalado na antiga adega da Quinta do Olival Fechado, datada do século XIX e criada pelo ilustre alcobacense José Eduardo Raposo Magalhães, um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento da vitivinicultura na região de Alcobaça, aplicando na construção da adega a tecnologia mais avançada disponível à época, fato evidente na racionalidade dos espaços, na qualidade dos materiais e até na preocupação com as condições de higiene. Abria de terça-feira a domingo de hora em hora a partir das 10.00 até as 17.00h.
Museu Monográfico do Bárrio – Ed. da Junta da Freguesia do Bárrio -
Inaugurado em novembro de 1981 abordava a diversidade das atividades dos habitantes desta Freguesia, que vão desde a agricultura, à pecuária e a pesca. Para além destas temáticas o Museu Monográfico do Bárrio apresentava também uma abordagem à Vila Romana de Parreiras, testemunha da passagem da civilização romana pela região e o núcleo expositivo Os Romanos em Alcobaça. A descoberta da passagem dos romanos devia-se as escavações arqueológicas e aos diversos estudos de que aquela Vila fora sendo alvo a partir dos anos 80 do século passado e o resultado desse trabalho arqueológico podia ser conhecido neste espaço. Abria à visitação de segunda a sexta-feira as 10.00, 12.30, 14.00 e as 16.30h. O ingresso era gratuito.
Museu Raul da Bernarda - Ponte Dom Elias Apartado, 39 -
Era dividido em duas exposições: Os Trajes do Rancho do Alcoa, alusivos à louça de Alcobaça e Coleção de Cerâmica de Raul da Bernarda. A exposição dos trajes do rancho do Alcoa marcava a reabertura do Museu, cujo espaço fora adquirido pela Câmara Municipal de Alcobaça e que desde 20 de agosto de 2010 estava aberto ao público. O Rancho do Alcoa, cuja primeira atuação remontava a agosto de 1939, espelhava a exaltação dos valores, costumes e tradições regionais durante cerca de trinta anos de incessante e profícua atividade.
A fábrica de louça mais antiga de Alcobaça, fundada em 1875 por José dos Reis, um artífice oriundo de Coimbra, esta pequena indústria viria a introduzir na Vila a louça utilitária na tradição e gosto da produção local. A visita à exposição permanente da coleção da antiga Fábrica Raul da Bernarda, reportava à louça artística de Alcobaça de finais do século XIX aos anos 50 do século XX. Na exposição podia ainda ser visto a belíssima coleção do antigo Rancho do Alcoa onde constavam os magníficos vestidos do grupo cênico do rancho, pintados à mão pelos pintores da fábrica. As visitas podiam ser realizadas as 10.00, 13.00, 14.000 e 17.00h. todas as quartas e sextas-feiras. Aos sábados e domingos, das 14.00 as 18.00h.
Onde comer
Granja de Cister – Rua de Leiria –
Era um projeto da Cooperativa Agrícola de Alcobaça, que tinha como proposta promover e divulgar o que de melhor era produzido na região. A loja era muito organizada e contava com uma boa variedade de produtos locais, que podiam ser consumidos durante a sua viagem ou mesmo para levar como lembrança ao Brasil, como vinhos, azeites, licores, a Ginja de Alcobaça, bolachinhas, geléias, queijos, flor de sal, além da maçã colhida na região. Funcionava todos os dias das 9.00 as 20.00h.
Pastelaria Alcôa – Praça 25 de Abril, 44 – e Rua Garret, 37 -
Era uma das grandes e antigas pastelarias de Portugal, criada em Alcobaça em 1957. Seus produtos eram os doces conventuais, que já ganharam vários de prêmios e entre os mais vendido estava a Cornucópia, mas tinha doce para todos os gostos. A loja ficava na frente do Mosteiro e os preços também eram bons. Abria diariamente, das 8.00 as 19.30h. Em Lisboa tinha uma filial, no bairro do Chiado.
Restaurante Antonio Padeiro – Rua Dr. Maur Cocheril, 27 -
Funcionava desde 1938 como uma padaria, depois virou uma cervejaria e por ultimo foi transformado num belo e bom restaurante, tanto é que recebeu uma estrela do Guia Michelin. O que se respirvaa em seu interior era o ambiente de uma casa dos anos 50, com seus televisores antigos, pedaços de manchetes de jornais enquadrados, cristaleiras com fotografias familiares. Serviam em uma tábua de entradas, e os pratos mais famosos: frango e perdiz na púcara e o polvo assado com batata doce.
Onde dormir
Não faltavam bons hotéis em Alcobaça, com excelente relação custo/benefício. Desde logo, o tradicional Hotel Santa Maria, de três estrelas, que cumpria bem a função e tinha uma localização muito central. O mesmo se podia dizer do Hostel Roccio Alcobaça, um alojamento barato voltado para viajantes de espírito jovem.
Mais luxuosos e requintados eram os quartos do belo Challet Fonte Nova, uma excelente opção de hospedagem caso possa – e queira – gastar um pouco mais. Fora da cidade, mas não menos recomendável, havia o Your Hotel & SPA Alcobaça - antigo Hotel Termas da Piedade, que oferecia amenidades próprias de um grande hotel com quartos amplos, piscinas e campo de golfe.