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ABRANTES - Berço de Infantes lusos  - Portugal 

Praça Barão da Batalha

 

ETIAS 2026 - Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseará no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir  de 2026. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitarem os países membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, serviços médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para quem não precisar de Visto Consular para visitar a Europa.

Um pouco de sua história

​A origem de Abrantes era atribuída aos Celtas, pelos muitos vestígios destes povos que circulavam na área do atual município. Havia registros, que em 130 A.C. Décio Júnio Bruto, construíra aqui uma Fortificação primitiva. Foram os romanos que atribuíram o nome de Aurantes à povoação, porque  teriam encontrado ouro nas margens do Rio Tejo. Após a queda do Império romano do Ocidente, seguira-se o período de dominação árabe, por conta da chegada dos muçulmanos vindos do norte de África.

Dom Afonso Henriques, em 1148, conquistava o Castelo de Abrantes, aos Mouros. Os muçulmanos tentaram recuperá-lo, mas a forte resistência portuguesa obrigara o marroquino Abem Jacob, líder da Força muçulmana, a retirar-se, amargando pesadas baixas. O feito fizera com que Dom Afonso Henriques recompensasse Abrantes com o Primeiro Foral, em 1179. Também Dom Sancho II haveria de confirmar o Foral, em 1225, e posteriormente Dom Dinis ratificara-o, em 1279. Abrantes tivera um Paço Real, onde viveram por largo tempo Dom João II e Dom Manuel I, registrando-se aqui o nascimento de vários Infantes. Em 1663, Dom Afonso VI mandara reedificar as antigas Fortificações e desde então, até 1809, a cidadela tivera sempre um contingente militar em torno de 3.000 soldados, um número idêntico ao da população então residente.

Abrantes deixara seu nome gravado na história de Portugal em vários episódios, como a Batalha de Aljubarrota e as invasões francesas, comandadas pelo General Junot, a quem Napoleão concedera o título de Duque de Abrantes. Atualmente, o Concelho era constituído por 13 freguesias e a sua sede evoluíra para uma pacata cidade do centro do país. A nível econômico, a base assentava-se na indústria com ênfase para a metalúrgica e metalmecânica, dando destaque à Mitsubishi Motors, instalada no Tramagal, e a recentemente encerrada Central Termo Elétrica do Pego.

A indústria agro alimentícia tinha um grande peso na economia local. Havia ainda outras áreas em expansão, como a indústria da cortiça, madeira, azeite, vinho e culturas horto e agroindustriais. O município tem procurado desenvolver-se nos campos industriais e empresarias, dando apoio à criação de novas empresas. Exemplo disso a criação do Parque Tec­no­ló­gico do Vale do Tejo, ins­pi­rado no con­ceito de parque de ci­ência e tec­no­logia, que ma­te­ri­a­lizava uma das maiores apostas de di­fe­ren­ci­ação e al­cance es­tra­té­gico que o Mu­ni­cípio de Abrantes tem vindo a perseguir, no sen­tido de am­pliar a ca­pa­ci­dade de ino­vação e ge­ração de valor na eco­nomia local e re­gi­onal. O Parque Tec­no­ló­gico era ge­rido pela Ta­gus­ Valley e cons­tituía-se como um Com­plexo de ser­viços onde operavam várias empresas.

A nível de lazer e turismo, o Concelho era banhado pela Barragem de Castelo de Bode, onde predominavam as praias fluviais. Destaque para a Aldeia do Mato, onde praticavam algumas atividades aquáticas. No Rio Tejo, que banhava o Concelho, havia também a prática de desportos como a canoagem, no Açude que avizinhava a cidade. Abrantes situava-se no centro do país e, a nível de transportes, era servida por acessos rodo e ferroviário, que possibilitavam fácil chegada aos principais centros de produção, distribuição e consumo do país. Os TUA – Transportes Urbanos de Abrantes, que compreendiam três linhas, cobriam toda a zona urbana da cidade. Servida pela Auto Estrada A23, a cidade tinha ligação fácil a outras zonas do país, assim como a Espanha.

Os franceses

Em novembro de 1807, Abrantes fora ocupada e saqueada pelo General Junot, a quem Napoleão conferira o título de Duque de Abrantes. No dia 21 de agosto de 1808, Junot fora derrotado na Batalha do Vimieiro, o que o levara a retirar-se apressadamente de território português e retornar para sua França.

A cidade

A Câmara Municipal fizera o pedido formal de elevação da Vila à cidade, em 1914. No dia 22 de maio de 1916, era divulgada a notícia da aprovação pelo Congresso da República, da lei que elevaria Abrantes à categoria de cidade. A data de 14 de junho, que marcava o evento, que passara a ser feriado municipal. Se estiver por aqui aproveite as comemorações...

O Rei Justiceiro

O Castelo de Abrantes servira muitas vezes de alojamento de Reis, principalmente na primeira e segunda Dinastia, pois a Corte não tinha residência fixa. Fora numa dessas estadias do Rei Dom Pedro I, cujos cognomes eram O Justiceiro, e também O Cruel, que aconteceram os fatos que a história registrava e mostrava bem os métodos utilizados para exercer a justiça naqueles tempos. Contavam que um honrado Escudeiro, ao ser visitado em sua casa por um cobrador de impostos, achando-se injustiçado, agredira o funcionário e retirara-lhe a barba. O cobrador, sabendo que o Rei D. Pedro se encontrava em Abrantes, fora ao castelo fazer queixa do Escudeiro.

​O Rei desatara então em altos gritos, chamando pelo Corregedor da Corte:

– Acudi-me aqui, porque um homem me deu uma punhada e me depenou a barba!

O Corregedor e os demais que o ouviram, ficaram surpresos e confusos. Quem se atreveria a cometer tal afronta ao Rei? E logo trataram de ir buscar o pobre Escudeiro que, acreditavam eles, teria provocado essa encrenca toda.

Trazido à sua presença, o Rei, logo ali, o mandara degolar, dizendo:

​– Desde que este homem me dera uma punhada e me depenara a barba, sempre temi que me desse uma cutilada! Mas agora estou seguro que nunca o me dará!

O Corregedor e os demais que o ouviram, ficaram surpresos e confusos. Quem se atreveria a cometer tal afronta ao Rei? E logo trataram de ir buscar o pobre Escudeiro que, acreditavam eles, teria provocado essa encrenca toda.

Trazido à sua presença, o Rei, logo ali, o mandou degolar, dizendo:

​– Desde que este homem me deu uma punhada e me depenou a barba, sempre temi que me desse uma cutilada! Mas agora estou seguro que nunca me dará!

​Os locais a visitar

Comece o seu roteiro para visitar Abrantes pelo singular Castelo Fortaleza. Suba à Torre de Menagem pelas vistas 360º dum horizonte infinito onde o olhar se perdia pelas terras do Ribatejo, do Alentejo e da Beira. Percorra as muralhas e visite a lendária Igreja de Santa Maria do Castelo onde estava o Panteão dos Almeidas, uma joia extraordinária da arte tumular, em estilo gótico florido flamejante de Portugal.

Em Extramuros, continue a apreciar as vistas sobre a cidade e o Rio Tejo. Contorne o skatepark, passeie pelo relaxante Jardim do Castelo, onde se situava o Balanço de Abrantes, e desça ao Outeiro de São Pedro, onde o Rei de Portugal Dom João I e Dom Nuno Álvares Pereira acamparam com as suas tropas antes da vitoriosa Batalha de Aljubarrota, em 1385.

Caminhe ao Largo da Ferraria, centrado por um Cruzeiro dos Centenários, onde se encontrava a imponente Igreja de São Vicente, Monumento Nacional, cujo interior abrigava um riquíssimo espólio de arte sacra. Continuando pela Rua Ator Taborda, e se for do seu interesse, encontrará um largo onde havia um busto de homenagem ao Ator Taborda, nascido em Abrantes e considerado o mais aclamado e popular artista dramático do século XIX, em Portugal, o pórtico sobrevivente da igreja do Convento de Nossa Senhora da Esperança, e mais adiante poderá apreciar a fachada decorada com painel de azulejo setecentista da Capela de Sant’Ana.

Do Largo da Ferraria, tome a Travessa do Tem-te-Bem e a Rua Maria de Lourdes Pintassilgo, sinta o ambiente bairrista, aprecie o casario e esteja atento à placa indicativa da casa de Maria de Lurdes Pintassilgo, natural de Abrantes e única mulher que desempenhara o cargo de Primeira-Ministra em Portugal. A rua desembocava na Praça Raimundo José Soares Mendes, embelezada pela escultura da Fonte das Três Marias, onde se situava a Câmara Municipal e o Edifício Falcão.

Chegando ao coração do centro histórico de Abrantes, das praças graciosas, dos palacetes enobrecidos e da arte na rua. Prossiga pelo Largo João de Deus, morada da primeira casa a produzir a afamada Palha de Abrantes. Continue até ao Largo Doutor Ramiro Neves no qual salientava-se as obras do escultor Óscar Guimarães, a fonte e o Painel Histórico Cronológico de Abrantes.

 

Chegando à Praça Barão da Batalha, faça uma pausa para café e um docinho na Confeitaria Palha de Abrantes. Depois, rume ao Jardim da República que reunia o conjunto monumental de maior relevo da cidade: o Antigo Convento de São Domingos que albergava atualmente a Biblioteca António Botto e o MIAA – Museu Ibérico de Arqueologia e Arte, da Igreja da Misericórdia e antigo Hospital Salvador, e a imponente Igreja de São João Batista, de fachada maneirista e classificada Monumento Nacional. Um roteiro para visitar Abrantes não ficaria completo sem aprazível passeio no Aquápolis, o parque ribeirinho construído em ambas as margens do Rio Tejo. E muito menos sem uma incursão pela sua margem esquerda que lhe dará continuidade.

Atravesse o rio, adentre-se pelo casario castiço do Rossio ao Sul do Tejo, que assistira em tempos ao agito das embarcações de transporte e comércio de bens que, Tejo abaixo, Tejo acima, todos os dias aportavam no seu cais fluvial. Ainda sobrevivem os antigos Mourões da Ponte das Barcas que permitia a travessia do rio, e a agora restaurada Fonte dos Touros. A requalificação deste espaço verde compreendia ainda um snack bar com uma bela esplanada, um Hipódromo e o parque de merendas.

Referências históricas e turísticas

Albufeira de Castelo do Bode

Visite as praias fluviais em Fontes e em Aldeia do Mato, aventure-se no cable park e pratique wakeboard e, nas suas margens poderá percorrer na Grande Rota do Zêzere, um caminho com 54,7 km, com início na Matagosa.

Coleção da Cavalaria Portuguesa -  Ave­nida de Al­ju­bar­rota -

No Re­gi­mento de Apoio Mi­litar de Emer­gência - RAME, ins­ta­lado no Quartel Mi­litar de Abrantes, era pos­sível vi­sitar a ex­po­sição per­ma­nente Me­mó­rias e Pers­pe­ctivas da Ca­va­laria Por­tu­guesa, fo­ca­li­zada na Arma de Ca­va­laria do Exér­cito.  Os con­teúdos or­ga­nizavam-se em treze ca­pí­tulos, dis­tri­buídos no es­paço e no tempo, se­gundo uma ordem cro­no­ló­gica que se iniciava na pré-his­tória e ter­minava na par­ti­ci­pação da ca­va­laria por­tu­guesa, em ope­ra­ções de paz in­ter­na­ci­o­nais. As visita poderia ser  nas sextas-feiras, fins-de-se­mana e fe­ri­ados e para vi­sitas gui­adas, era preciso reservar.

 

Fortaleza  e o Castelo - Rua Dom Francisco de Almeida -

A intrigante fusão de estilos arquitetônicos da Fortaleza era resultado das inúmeras ocupações militares que ocorreram no Distrito, entre 1173 e a segunda metade do século XX. Uma das características dominantes da estrutura era a sua Torre de Menagem, uma torre que oferecia vistas panorâmicas sobre as regiões do Ribatejo, Alentejo e Beira. O Castelo situado na margem direita do rio Tejo, era constituído por fortificações medievais e abaluartadas.

O castelo sofrera reconstruções e alterações profundas ao longo dos séculos, principalmente nos séculos XVII e XIX. No século XVII, Dom Afonso V, temendo uma invasão de Espanha, ordenara a reedificação de antigas fortificações. Esta fortaleza era considerada a chave de defesa das Beiras e teve um papel importante durante as invasões francesas. A Igreja de Santa Maria sobrevivera às diversas alterações, conservando o altar-mor revestido a azulejos.

Quartel - Galeria Municipal de Arte – Largo de Santa Ana

Fora inau­gu­rada no dia 31 de agosto de 2013, no prédio do an­tigo Quartel Municipal dos Bom­beiros, com a função de di­vulgar a arte con­tem­po­rânea e os ar­tistas que a re­pre­sentam, nos mais va­ri­ados gê­neros ar­tís­ticos. Pro­movia re­gu­lar­mente o tra­balho de ar­tistas na­ci­o­nais e es­tran­geiros, ex­pondo tra­ba­lhos de pin­tura, es­cul­tura, ce­râ­mica, fo­to­grafia, car­toon, ta­pe­çaria, entre ou­tros. Abria para visitas de terça a sábado das 10.00  às 12.30h e das 14.30 às 19.00h.

Igreja da Misericórdia – Centro histórico

Construída no século XVI, em estilo maneirista, salientava o pórtico renascentista, de 1548, obra de Gaspar Dinis, azulejos azuis e brancos do século XIX na única nave, e os seis painéis renascentistas, pintados sobre tábua que se referiam à vida de Cristo. Para além das características maneiristas também poderia encontrar detalhes barrocos, como era o caso do retábulo em talha dourada. Formando um conjunto com a igreja encontrava-se o Lar-Hospital da Misericórdia onde se poderia observar o antigo claustro com cisterna e a sala do Definitório com interessante mobiliário setecentistas e painéis de azulejos do século XVIII.

Igreja de Santa Maria do Castelo -  Rua Dom Francisco de Almeida –

Parte integrante da Fortaleza de Abrantes, fora mandada construir por Dom Afonso II em 1215, altura em que a Ordem do Templo detinha a maioria do território junto ao Tejo. Depois de ter sido destruída por um terremoto, em 1429, fora reconstruída entre 1433 e 1451, por Dom Diogo Fernandes de Almeida, Alcaide-mor de Abrantes, que a transformara em Panteão da família. No exterior, apresentava uma fachada com um portal em arco ogival e uma torre sineira de grande sobriedade estilística, apesar de algumas surpresas no interior, como um púlpito em xisto e os túmulos dos Condes de Abrantes aqui sepultados.

Desde 1921 até 2021, este espaço acolhera também o Museu Regional Dom Lopo de Almeida (sexto museu a ser criado em Portugal), onde se expunha a sua vasta coleção de arte sacra, arqueologia e etnografia. O acervo passara, em dezembro de 2021, a integrar o Museu Ibérico de Arqueologia e Arte. Fora também neste ano que o templo fora valorizado com um projeto que viera elevar a sua função de Panteão dos Almeida. Aprecie os notáveis pormenores arquitetônicos do Gótico e do Manuelino e ainda a coleção de azulejos hispano-árabes do século XVI e a pintura a fresco.

 

Igreja de São João Batista  -  Adro de São João -

Fora fundada em 1300 pela Rainha Santa Isabel. Em 1326, fora elevada a condição de Igreja Paroquial por Dom Afonso IV e, em 1574, a igreja pertencente ao Padroado Real  integrava a Diocese da Guarda. Em 1584, o arquiteto Pedro Sanches assumira a obra da nova igreja. Em 1588, uma provisão de Filipe I ordenara a reconstrução da igreja; sendo em 1629 inscrita a data no fecho da abóbada superior do Coro, e em 1633 num dos fechos de uma das abóbadas.

 

​Igreja de São Vicente  - Adro de São Vicente – 

Fora fundada em 1149, depois da tomada do castelo da Vila de Abrantes, por Dom Afonso Henriques, sendo o seu orago dedicado ao mártir lisboeta. Em 1179, depois de um cerco do Exército mouro que arrasara a Vila, o templo, que era sede de Paróquia, seria reconstruído. Em 1565 o Bispo da Guarda, Dom João de Portugal, convocava Sínodo Provincial, e como quatro anos depois a primitiva igreja se encontrava em ruínas, Dom Sebastião ordenara ao Corregedor de Tomar que procedesse à sua reconstrução.

A obra da nova igreja fora iniciada em 1569, empregando oficiais dos Estaleiros do Convento de Cristo de Tomar, como foram os casos de Francisco Lopes e Pedro Antunes, responsáveis pela edificação das capelas laterais. Em 1595 a obra ficaria a cargo do arquiteto militar Mateus Fernandes, que só terminaria o projeto do novo templo em 1605, data em que a sede de Paróquia, que desde 1569 transitara, primeiro, para a Ermida de Santa Catarina, hoje com a invocação de São Lourenço, e depois para a Ermida de Santa Iria, finalmente retornava para São Vicente e a nova igreja abria para o culto.

Jardim da República

Também chamado de Praça da República, recebera a sua atual designação em 1910, com a implantação da República em Portugal. Era onde se encontrava o Monumento aos Mortos da Grande Guerra (1914-1918), da autoria de Ruy Roque Gameiro. A escultura simbolizava todos os soldados, conhecidos e desconhecidos, que perderam a vida na Batalha de La Lys, no fatídico dia 9 de abril de 1918.

Jardim do Castelo  - Rua São Pedro, 30 -

Era um ótimo local para desfrutar de tranquilos momentos de lazer. Também conhecida por Cidade das Flores, a bonita cidade de Abrantes devia o seu nome a este jardim – um espaço encantador que ainda espelhava a beleza e charme do passado não tão distante.

Marinhas de Sal de Rio Maior

Eram salinas situadas na Serra de Candeeiros, rodeadas por árvores, vinhas e terras de cultivo geral. Situadas num espaço aberto que se assemelhava a uma aldeia, devido às suas passagens calcetadas e casas de madeira, as salinas encontravam-se a 30 km do mar. Havia muito tempo, a Serra fora inundada pelo Oceano, espalhando fósseis por toda a região. O sal era produzido entre os meses de julho e setembro. Ao longo dos anos, os métodos utilizados na produção de sal, em Rio Maior, sofreram poucas alterações, tornando-se particularmente único.

​​Mercado semanal –

O Mercado Grossista e Retalhista de Abrantes, mais conhecido por Mercado Semanal, passara a realizar-se no espaço da Tapada da Fontinha. O mercado decorria às segundas-feiras, entre as 8.00 e as 18.00h, o que obrigava a algumas alterações no trânsito e estacionamento.

​Museu Ibérico de Arqueologia e Arte - MIAA - Rua Jardim da República, 2200 - 

Fora inaugurado em julho de 2021, com uma exposição de obras de arte que faziam parte da coleção de Arte Contemporânea do Estado Português. Abrantes desenvolvera uma estratégia para a integração na Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, criada pelo Mistério da Cultura, em abril de 2021, e concretizada através de entendimento entre a Câmara e a Direção-Geral do Patrimônio Cultural Português.

 

Ocupava o be­lís­simo es­paço do Con­vento de São ​Domingos, par­ci­al­mente re­cu­pe­rado para a ins­ta­lação da Bi­bli­o­teca Mu­ni­cipal An­tônio Botto. Abrigava a co­leção de ar­que­o­logia e arte mu­ni­cipal, guar­dada e va­lo­ri­zada atu­al­mente no Museu Lopo de Al­meida. A esta co­leção juntava-se, o es­pólio de pin­tura con­tem­po­rânea da pin­tora Maria Lu­cília Moita e parte da Co­leção Ar­que­o­ló­gica Es­trada, de pro­pri­e­dade da Fun­dação Er­nesto Lou­renço Es­trada e Fi­lhos.

Museu Metalúrgico Duarte Ferreira – Rua Comendador Eduardo Duarte Ferreira, 116 –

Em 1897, Duarte Ferreira criara a primeira forja na aldeia do Tramagal, a 5 km de Abrantes. Este seria o início de uma fábrica metalúrgica com o nome do seu fundador, que empreendera uma verdadeira revolução social. Este produtor icónico dos caminhões Berliet-Tramagal chegara a empregar mil trabalhadores, sendo um exemplo notável de empreendedorismo com preocupações sociais.

O trabalho de Eduardo Duarte Ferreira, era exemplo do denominado capitalismo paternalista. Os grandes industriais tinham preocupações sociais acerca dos trabalhadores, providenciando habitação, escolas, infantários e seguros sociais. A metalúrgica produzia diversos artefatos agrícolas e os emblemáticos veículos Berliet-Tramagal. Inaugurado em 2017  o Museu honrava a visão e o projeto inspirador do seu fundador, filho de um barqueiro do Tejo. Mas também prestava homenagem a diversas gerações de trabalhadores que foram a pedra de toque desta fábrica pioneira. Abria para visitas de quarta a domingo das 9.30 às 13.00 e das 14.00 às 17.30. Aos domingos abria das 9.30 até as 12.30h.

 

Paços do Concelho 

O prédio era resultado de uma série de anexações, reformas e acréscimos a partir do núcleo dos velhos Paços do Concelho, quando a grande remodelação e ampliação iniciada em 1849, procurara criar uma unidade. Reunia o antigo Hospital do Espírito Santo, que servira de posto de assistência dos peregrinos a Santiago de Compostela e a antiga Capela de Santa Maria, ambos do século XIV.  A Torre e Casa da Câmara, eram do século XV e a Igreja da Misericórdia, datava do século XVI. Todas as faces da história destes prédios, foram recuperadas recentemente. 

 

Panteão dos Almeida - Ficava na Câ­mara Mu­ni­cipal - Praça Rai­mundo So­ares -

Criado em 1921, para subs­tituir o Museu Dom Lopo de Al­meida, como museu re­gi­onal, na Igreja de Santa Maria do Cas­telo. Entre as muitas per­so­na­li­dades que con­tri­buíram para a glória por­tu­guesa, dos sé­culos XV e XVI, estavam o mem­bros da Casa dos Al­meida de Abrantes, muitos deles se­pul­tados na igreja de Santa Maria do Cas­telo: Dom Diogo de Al­meida e de seu filho, Dom Lopo de Al­meida, 1.º Conde de Abrantes, ambos em es­tilo gó­tico fla­me­jante; Don João de Al­meida, com in­fluên­cias ma­nu­e­linas; Dom An­tônio de Al­meida e sua es­posa, Dona Joana de Me­neses e ainda do seu filho, Dom João de Al­meida, com can­taria clás­sica e li­nhas mais só­brias.  Funcionava de terças a domingos, das 10.00 às 12.30h e da 14.00 às 17.30h.

 

Parque de São Lourenço –

Localizado na mata de São Lourenço proporcionava uma variedade de atrativos para bons momentos de convívio e lazer em família. Ao redor de um belo lago tinha espaço para caminhadas, áreas para ginástica, parede de escalada, parque infantil, bicicletário. Minikarts, Cafeteria, bar e restaurante. Era um bom lugar para piquenique.

Parque do Alto de Santo Antônio –

Recentemente passara por uma profunda reforma urbanística que possibilitara criar um Núcleo de Cultura em ferro ao ar livre. Proporcionava conhecer os trabalhos resultantes do I e II Simpósio de Escultura em Ferro, realizado na cidade. Nas proximidades ficava a Torre Hertziana, responsável pela distribuição do sinal radiofônico e televisivo.

 

Parque Tejo – Turismo, Ciência e  Lazer -

Junto a margem sul do Aquá­polis, em Rossio, ao sul do Tejo, tinha uma in­fra­es­tru­tura que re­sultava da re­qua­li­fi­cação e va­lo­ri­zação am­bi­ental do Rio Tejo, e que visava o de­sen­vol­vi­mento de um con­junto de ini­ci­a­tivas que con­tri­buíssem, para  di­vul­gação do velho rio. O es­paço dispõe de um Centro de In­ter­pre­tação do Tejo (CIT) com­posto por equi­pa­mentos mul­ti­mídia, que proporcionavam uma ex­plo­ração in­te­ra­tiva. Destaque para o Si­mu­lador in­te­ra­tivo que per­mitia re­criar um voo vir­tual em Ze­pelin, ao longo do Rio Tejo, no per­curso pelo Conselho de Abrantes e por uma pa­rede vir­tual que pos­si­bi­litava aceder a in­for­mação te­má­tica sobre di­versos pontos de in­te­resse do rio, com con­teúdos in­for­ma­tivos fo­cados na na­tu­reza, his­tória e cul­tura do Rio Tejo. Abria à visitação no horário das 8.00 às 20.00h.

Praça Barão da Batalha -

Era um dos locais mais famosos da cidade e tornara-se um importante ponto de encontro entre os visitantes, graças ao seu comércio dinâmico e constante animação – aspectos que tornavam este local um dos seus pontos mais atrativos da cidade​. Era a antiga Praça da Palha de Baixo onde no passado acontecia o mercado da palha para os animais. Depois das reformas dos finais do século XX, passara a ser uma área peatonal, acolhendo um grupo de esculturas de bronze da autoria de Óscar Guimarães, que propunha simbolizar o espaço de lazer e convívio de várias gerações da cidade.

 

​Gastronomia

A gastronomia do Concelho sofrera as influências ribeirinhas da Beira Baixa e do Alto Alentejo. Da ementa destacavam-se os pratos típicos como a sopa de couve com feijão, o cabrito guisado ou assado no forno, os pratos de peixes do rio, o bacalhau assado com migas; as carnes de caça e a buchada. Acompanhe com o vinho produzido na região. Destaque ainda para pro­dutos re­gi­o­nais como o mel, os li­cores, os queijos e os embutidos feitos de modo tra­di­ci­onal, em char­cu­ta­rias fa­mi­li­ares cen­te­ná­rias. 

A destacada doceria regional de Abrantes tivera a sua origem nos Conventos femininos da região, especialmente no Convento de Nossa Senhora da Graça. Os Conventos em Portugal eram verdadeiros laboratórios de criação gastronômica. Os doces mais importantes eram a Palha de Abrantes, as tigeladas, as broas de mel, as limas, as castanhas doces ou os mulatos. No entanto, a Palha de Abrantes era um símbolo da cidade. O nome palha transportava aos tempos longínquos dos denominados mercado da palha, que aconteciam nas principais praças da cidade. Esta delícia era feita amêndoa, gemas de ovo, cobertas por fios de ovos, ligeiramente tostados num forno bem quente. Este doce regional poderia ser degustado em qualquer Pastelaria da cidade, assumindo um papel de destaque na Feira Nacional de Doçaria Tradicional.

​​​Onde dormir

Hotel Bagoeira - $$$ - Avenida Dr. Sidonio Pais, 495 -

Os quartos eram decorados de forma acolhedora, com móveis modernos e ar-condicionado, TV via satélite, frigobar e banheiro com chuveiro e banheira. Dispunha do Pelouro Bar, com vista para a cidade, além de um restaurante espaçoso com salas de jantar separadas.  Tinha estacionamento.​

Luna Hotel de Turismo – $$$$ -  Largo de Santo Antônio – 5 km do centro -

Oferecia bons e modernos quartos com café da manhã, wi-fi,  meia pensão disponível,  bar/lounge, restaurante e estacionamento.

​Vale de Ferreiros - $$$ - Rua da Cabeça Alta, 329 – Ficava em Pego, a 5 km de Abrantes

Era um conceito inovador de turismo rural, ideal para quem procurasse contato com a natureza, com privacidade e conforto. As Casas da Aldeia eram duas casas térreas de arquitetura tradicional e uma outra casa com cinco quartos, a Casa das Janelas Verdes. Tinha um Centro Equestre para treinar, competir, e passear a cavalo, pelas margens do Rio Tejo. Tinha apenas sete quartos suítes, quitinetes e quartos familiares  equipados com ar condicionado, Wi-Fi e banho completo. Servia um ótimo café da manhã e tinha estacionamento e um piscina. 

Onde comer

 

​O Ramiro – Rua 1º de Maio, 5 – Centro -

Era um espaço amplo e muito agradável, com acesso facilitado a cadeirantes e estacionamento privativo. O cardápio era variado e os pratos eram muito bem preparados e saborosos. Caprichava na comida europeia e, principalmente, na cozinha portuguesa. Como sobremesa peça a Serradura, um doce crocante, leve e muito gostoso.

 

Pastelaria Tágide Gourmet –

O Chef Fernando Correia, representante da Palha de Abrantes e Embaixador da Doçaria Regional e Conventual Portuguesa. Depois expie o pecado da gula na Igreja Matriz, logo ao lado.

 

Restaurante A Velha –

Situado no centro, com uma vista panorâmica sobre a cidade, o restaurante A Velha era conduzido pela criatividade do Chef Rodrigo Castelo, distinguido Bib Gourmand 2020 e 2021 pelo Guia Michelin, tendo vencido também o Portugal Trophy 2018. A sua cozinha constituía-se num encontro perfeito entre tradição e contemporaneidade, oferecendo uma experiência gastronômica profundamente diversificada.

Restaurante Casa Chef Victor Felisberto - Rua Cana Verde 8, - Alferrarede-

Descubra a visão especial de cozinha regional partilhada pelo Chef Victor Felisberto, um Chef português com muita experiência, que se formara em Paris e que trabalhara em Londres, Barcelona e Andorra. Especializara-se em carnes elaboradas em forno de lenha, especialmente porco e vitela, cozinhadas muito lentamente, de forma a obter texturas macias e sabores intensos. Este prestigiado Chef recuperara o receituário tradicional e até o pão era um segredo caseiro!

 

Restaurante Santa Isabel – Rua Santa Isabel, 12 – Centro -

Era antigo e muito conceituado pela qualidade das comidas preparadas pela família proprietária, proporcionando almoços e jantares de qualidade, onde se destacavam os filés de polvo empanados, a telha de porco preto, acompanhada de batatas fritas, esparregado ( guisadinho de ervas picadas ) e migas,  um prato típico português feito de pão amolecido, cozinhado depois numa gordura, geralmente de porco e o polvo com arroz de feijão. As sobremesas eram tentadoras, e o pijaminha era  uma das recomendadas. Tinha uma boa carta de vinhos.

Sabores da Cascata – Rua de São Domingos, 336 – Centro -

Especialista em massas, risotos, pescados e grelhados. Tinha um espaço amplo e agradável, com uma vista espetacular. Experimente a sopinha de feijão com hortaliças como entrada e o tradicional bacalhau com batatas aos murros, acompanhado de migas de couve. De sobremesa tinha duas opções: o pudim de Abade ou o toucinho do céu. Finalize com um cafezinho acompanhado de leite de creme queimado na hora.

Pratos Típicos 

  • Achigã grelhado

  • Açorda de ovas

  • Açorda de sável

  • Arroz de lampreia

  • Cabrito guisado ou assado no forno

  • Ensopado de Enguias

  • Entrecosto com migas carvoeiras

  • Fritada de peixe do rio

  • Javali estufado

  • Migas de couve com feijão vermelho

  • Pombo bravo estufado

  • Sopa de couve com feijão

 

Palha - Era um doce de ovos coberto com fios de ovos queimados, em forma de ouriço, com cerca de quatro cm de diâmetro. O doce era colocado sobre obreia e apresentado em formas de papel frisado. Os doces levam ovos e açúcar e eram embalados em dúzias, em caixas de papelão.

 

​​Tigeladas - Apresentava a forma de um disco com 2cm de espessura e 10 a 12cm de diâmetro. Tinha cor amarelo-torrada e uma textura de pudim. A sua parte inferior era alveolada devido à alta temperatura que a tigela atingia no forno, antes da junção da mistura. As Tigeladas eram feitas com ovos, leite, farinha sem fermento, açúcar, limão e sal. Não deixe de experimentar.

As datas comemorativas

  • Dia da Cidade: 14 de maio; 

  • Feira Anual de São Matias: de 24 de fevereiro ao 1º domingo de março;

  • Feira da Ladra Numismática: primeiro sábado do mês

  • Feira Nacional de Doçaria Tradicional: último fim de semana de outubro;

  • FESTA – Festival de Tunas Mistas: organizado pela EstaTuna, a tuna da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes.

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