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ABRANTES - Berço de Infantes lusos  - Portugal 

Praça Barão da Batalha

 

As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta histórica cidade lusitana. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui..

ETIAS 2025 - Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir  de 2025, ainda sem data para início dos procedimentos.. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não erá um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

Um pouco de sua história

​A origem de Abrantes é atribuída aos Celtas, pelos muitos vestígios destes povos que circulavam na área do atual município. Há registros, que em 130 A.C. Décio Júnio Bruto, construiu aqui uma fortificação primitiva. Foram os romanos que atribuíram o nome de Aurantes à povoação, porque teriam  encontrado ouro nas margens do rio Tejo. Após a queda do Império romano do ocidente, seguiu-se o período de dominação árabe, por conta da chegada dos muçulmanos vindos do norte de África.

D. Afonso Henriques, em 1148, conquistava o Castelo de Abrantes, aos Mouros. Os muçulmanos tentaram recuperá-lo, mas a forte resistência portuguesa obrigou o marroquino Abem Jacob, líder da força muçulmana, a retirar-se, amargando pesadas baixas. O feito fez com que D. Afonso Henriques recompensasse Abrantes com o Primeiro Foral, em 1179. Também D. Sancho II haveria de confirmar o Foral, em 1225, e posteriormente D. Dinis ratificou-o em 1279. Abrantes teve um Paço Real, onde viveram por largo tempo D. João II e D. Manuel I, registrando-se aqui o nascimento de vários Infantes. Em 1663, D. Afonso VI mandou reedificar as antigas fortificações e desde então, até 1809 a cidadela teve sempre um contingente militar em torno de 3.000 soldados, um número idêntico ao da população então residente.

 

Os franceses

Em Novembro de 1807, Abrantes foi ocupada e saqueada pelo General Junot, a quem Napoleão conferiu o título de Duque de Abrantes. No dia 21 de Agosto de 1808, Junot fora derrotado na Batalha do Vimieiro, o que o levou a retirar-se apressadamente de território português e retornar para sua França.

 

A cidade

A Câmara Municipal fizera o pedido formal de elevação da vila à cidade, em 1914. No dia 22 de Maio de 1916, era divulgada a notícia da aprovação pelo Congresso da República, da lei que elevaria Abrantes à categoria de cidade. A data de 14 de Junho, que marcava o evento, que passou a ser feriado municipal. Se estiver por aqui aproveite as comemorações...

 

O Rei Justiceiro

O Castelo de Abrantes servia muitas vezes de alojamento de reis, principalmente na primeira e segunda dinastia, pois a Corte não tinha residência fixa. Foi numa dessas estadias do Rei D. Pedro I, cujos cognomes eram O Justiceiro e também O Cruel, que aconteceram os fatos que a história registrava e mostrava bem os métodos utilizados para exercer a justiça naqueles tempos. Contam que um honra Escudeiro ao ser visitado em sua casa por um cobrador de impostos, achando-se injustiçado, agrediu o funcionário e retirou-lhe a barba. O cobrador, sabendo que o Rei D. Pedro se encontrava em Abrantes, foi ao castelo fazer queixa do Escudeiro.

O Rei desatava então em altos gritos, chamando pelo Corregedor da Corte:

– Acudi-me aqui, porque um homem me deu uma punhada e me depenou a barba!

O Corregedor e os demais que o ouviram, ficaram surpresos e confusos. Quem se atreveria a cometer tal afronta ao Rei? E logo trataram de ir buscar o pobre Escudeiro que, acreditavam eles, teria provocado essa encrenca toda.

Trazido à sua presença, o Rei, logo ali, o mandou degolar, dizendo:

​– Desde que este homem me deu uma punhada e me depenou a barba, sempre temi que me desse uma cutilada! Mas agora estou seguro que nunca me dará!

​Referências históricas e turísticas 

​Aquapolis

Era conhecido como Parque Urbano e Ribeirinho de Abrantes, resultado da reabilitação das duas margens do Rio Tejo entre as duas pontes. Contemplava zonas peatonais, com espaços de lazer, parque de recreação, áreas poliesportivas, e um parque infantil. Havia restaurantes, bares e esplanadas que convidavam a uma  tranqüila caminhada.

Casa da Azenha 

Situada na margem esquerda do Rio Cávado, junto à Ponte Medieval de Barcelos, era um prédio do século XIX, ora transformada em museu, concentrando informações sobre os aparelhos de moagem e a ilustração do ciclo do pão, em imagens e textos. No piso superior, funcionava um Help Point de apoio aos peregrinos de Santiago, que ao penetrarem nos espaços do prédio e das suas dependências anexas usufruiam de uma bela vista sobre o Rio Cávado e a Vila de Barcelinhos. Inaugurada com o evento de apresentação das Festas das Cruzes, que serviam ao Turismo de Barcelos e à promoção turística do Caminho de Santiago. 

Castelo de Ourem

O Castelo já existia quando foi conquistado por Dom Afonso Henriques aos Mouros, em 1148. Na época era necessário criar uma linha defensiva junto ao Rio Tejo. Em 1173, o monarca doara o castelo à Ordem de Santiago de Espada. Foi submetido a grandes reformas, com Dom Afonso III e Dom Dinis, que mandou construir a Torre de Menagem e grande parte dos muros que a cercam. O castelo fora utilizado como palácio e serviraa como morada para os Condes de Abrantes. O acesso ao Castelo ainda era feito pelas Portas da Vila – as portas originais da cidade.

Centro Histórico  

O centro da cidade era a representação de uma herança cultural e histórica própria. Conhecida como a capital do artesanato e cidade berço da lenda do Galo de Barcelos, tinha em sua área urbana a marca indelével da história secular, ainda viva. Caminhe pelo centro e observe os espaços verdes e os jardins coloridos, ilustrados por flôres e arbustos e as varandas bem decoradas das residências antigas. 

​Coleção da Cavalaria Portuguesa -  Ave­nida de Al­ju­bar­rota -

No Re­gi­mento de Apoio Mi­litar de Emer­gência - RAME, ins­ta­lado no Quartel Mi­litar de Abrantes, era pos­sível vi­sitar a ex­po­sição per­ma­nente Me­mó­rias e Pers­pe­ctivas da Ca­va­laria Por­tu­guesa, fo­ca­li­zada na Arma de Ca­va­laria do Exér­cito.  Os con­teúdos or­ga­nizavam-se em treze ca­pí­tulos, dis­tri­buídos no es­paço e no tempo, se­gundo uma ordem cro­no­ló­gica que se iniciava na pré-his­tória e ter­minava na par­ti­ci­pação da ca­va­laria por­tu­guesa, em ope­ra­ções de paz in­ter­na­ci­o­nais. As visitas poderiam ser feitas  às sextas-feiras, fins-de-se­mana e fe­ri­ados e para vi­sitas gui­adas, era preciso reservar.

Conjunto Monumental

Era o ponto forte da visita a Barcelos, uma área que se situava próxima ao Rio Tejo e onde se destacava:

​Igreja Matriz de Santa Maria Maior – fora construída no século XIV;

Paço dos Condes de Barcelos – eram as ruínas de uma construção do século XV e onde se encontra um museu arqueológico;

  • Pelourinho – fora utilizado entre o final do século XV e início do século XVI;

  • Solar dos Pinheiros – era um belíssimo prédio datado de 1448;

  • ​Convento de São Salvador de Vilar de Frades - Lugar do Socorro - Areias de Vilar -   

O Mosteiro Beneditino de Vilar de Frades teria sido fundado em 566, pelo Bispo S. Martinho de Dume. Destruído pelas invasões muçulmanas, fora recuperado em 1070, por D. Godinho Viegas. Com as alterações sofridas no século XVI, transformara-se num grandioso exemplar da arquitetura conventual manuelina e maneirista, no norte de Portugal. O portal manuelino da fachada principal era também um dos mais notáveis deste estilo. Fora casa-mãe da Congregação de Lóios, era um dos mais imponentes Conventos da região minhota e recentemente passara por recuperação que lhe devolvera o esplendor dos velhos tempos.

Fortaleza  e Castelo - Rua Dom Francisco de Almeida -

A intrigante fusão de estilos arquitetônicos da Fortaleza era resultado das inúmeras ocupações militares que ocorreram no Distrito, entre 1173 e a segunda metade do século XX. Uma das características dominantes da estrutura era a sua Torre de Menagem, uma torre que oferecia vistas panorâmicas sobre as regiões do Ribatejo, Alentejo e Beira. O Castelo situado na margem direita do rio Tejo, era constituído por fortificações medievais e abaluartadas. O castelo sofrera reconstruções e alterações profundas ao longo dos séculos, principalmente nos séculos XVII e XIX. No século XVII, Dom Afonso V, temendo uma invasão de Espanha, ordenara a reedificação de antigas fortificações. Esta fortaleza era considerada a chave de defesa das Beiras e teve um papel importante durante as invasões francesas. A Igreja de Santa Maria sobrevivera às diversas alterações, conservando o altar-mor revestido a azulejos.

Igreja de Nossa Senhora do Terço - Avenida dos Combatrentes da Grande Guerra -

Constava que em 1707, o Bispo de Braga D. Rodrigo de Moura Teles, teria dado ordem para o lançamento da primeira pedra de um Convento de Freiras Beneditinas, obedecendo assim ao pedido do Rei D. João V, para cumprimento do desejo de seu pai D. Pedro II. Uma inscrição na parede ao lado do portal confirmava esse fato. O exterior da Igreja era muito sóbrio e simples e seu interior era um dos melhores exemplos do barroco português, com a harmoniosa combinação entre pintura, azulejos e talha. O teto de caixotões de madeira, e os painéis de azulejos que cobriam totalmente o corpo da igreja, pintados em 1713, pelo mestre Antônio de Oliveira Bernardes, mostravam uma iconografia riquíssima sobre a vida de São Bento. Na capela-mor, outro mestre azulejador barroco, assinava dois painéis contando a fundação do monumento e a entrada da primeira freira ao Convento.

Igreja de Santa Maria -  Rua Dom Francisco de Almeida -  

Era onde funcionava  o Museu Dom Lopo de Almeida, localizada junto ao Castelo de Abrantes. Desde 1994 passou a ser considerado o Museu Municipal. Expunha uma pequena exposição de arte sacra, com peças esculpidas em mármore ou calcário brando, entalhadas em madeira ou moldadas em terracota, que iamo desde a época romana até ao século XVIII. O funcionamento era das 10.00 às 13.00h e das 14.00 às 17.30h. Fechado às segundas-feiras.

A primitiva designação da paróquia fora Abade, ou melhor, Santa Maria do Abade, constituindo-se em uma das paróquias da terra ou Julgado Medieval de Neiva. As Inquirições de 1220 referiam-na, em latim, Abbade. A primeira edificação no local fora erguida em 1152, por iniciativa da Rainha Dona Mafalda de Saboia, esposa de D. Afonso Henriques que não chegara a ver a obra concluída,  em virtude de seu falecimento. Em 1220, a igreja já pertencia ao Padroado Real. Em 1301, foi doado por Don Dinis de Portugal, ao Mestre Martinho, físico do Rei e Cônego da Sé de Braga. Em 1310, o Arcebispo Don Martinho de Oliveira, a pedido de Mestre Martinho, institui na igreja uma Colegiada, composta de Reitor e três Capelães. Datavam possivelmente do século XIV, os começos da atual igreja, o que poderia relacionar-se com a doação do Padroado e a instituição da Colegiada. Fora cedido em 1410 a Don Afonso, futuro Duque de Bragança, em cuja casa se mantivera até 1833.

Igreja de São João Batista  -  Adro de São João -

Havia registros de que fora aqui que, em 1385, Dom João I - Mestre de Avis, ouvira missa imediatamente antes de rumar para Aljubarrota, para combater na mais célebre das batalha da história militar portuguesa.

Igreja de São Vicente  - Adro de São Vicente - 

Era considerado Monumento nacional, anterior ao século XIII, de grande beleza e imponência pela sua fachada principal. Em seu interior poderia-se observar dois painéis de azulejos, com a nau São Vicente, os diversos retabulos seiscentistas, várias peças de escultura sacra, alfaias litúrgicas de grande valor, um púlpito de base com cálice e uma varanda de balaústres.

​Igreja Velha de Manhente - município de Manhente -

Constituia-se em um Convento de modestas proporções, cuja data de fundação poderia remontar até a primeira metade do século X, e do qual restavam apenas, a chamada Torre Manhente e sua Igreja Matriz. O  Mosteiro fora fundado por D. Pedro Afonso Dorraes e sua esposa Dona Gotinha Oeris, tendo passado depois à sua filha Dona Teresa Pires, casada que era com Dom Ramiro Aires, nobre e rico personagem do Condado Portucalense e um dos primeiros a usar o nome de família Carpinteiros. O templo tinha feições românicas, era de arquitetura religiosa, gótica e barroca.

Jardim da República

Também chamado de Praça da República, recebera a sua atual designação em 1910, com a implantação da República em Portugal. Era onde se encontrava o Monumento aos Mortos da Grande Guerra (1914-1918), da autoria de Ruy Roque Gameiro. A escultura simbolizava todos os soldados, conhecidos e desconhecidos, que perderam a vida na Batalha de La Lys, no fatídico dia 9 de Abril de 1918.

Jardim do Castelo  - Rua São Pedro, 30 -

Era um ótimo local para desfrutar de tranqüilos momentos de lazer. Também conhecida por Cidade das Flores, a bonita cidade de Abrantes devia o seu nome a este jardim – um espaço encantador que ainda espelhava a beleza e charme do passado não tão distante.

Marinhas de Sal de Rio Maior

Eram salinas situadas na Serra de Candeeiros, rodeadas por árvores, vinhas e terras de cultivo geral. Situadas num espaço aberto que se assemelhava a uma aldeia, devido às suas passagens calcetadas e casas de madeira, as salinas encontravam-se a 30 km do mar. Havia muito tempo, a Serra fora inundada pelo Oceano, espalhando fósseis por toda a região. O sal era produzido entre os meses de Julho e Setembro. Ao longo dos anos, os métodos utilizados na produção de sal, em Rio Maior, sofreram poucas alterações, tornando-se particularmente único.

​Memorial à Forja -

Era um Me­mo­rial ao ar livre, mostrando os uten­sí­lios uti­li­zados na forja da Me­ta­lúr­gica Du­arte Fer­reira, fa­zendo a re­cons­ti­tuição da ofi­cina de Edu­ardo Du­arte Fer­reira. Im­por­tante marco que re­latava a his­tória da metalúrgica e, de certa forma, o de­sen­vol­vi­mento agrí­cola e in­dus­trial de Abrantes e do país luso. Ficava na Vila do Tra­magal, junto ao Jardim de In­fância S. João de Deus. Através das vi­draças que pro­tegiam o es­pólio e o mos­travam, se po­deria ver uten­sí­lios usados pelo fun­dador da Me­ta­lúr­gica. O Me­mo­rial fun­cionava também como uma justa ho­me­nagem aqueles que con­tri­buíram para o nas­ci­mento da Me­ta­lúr­gica Du­arte Fer­reira.

Mercado semanal -

Desde o século XIII, Barcelos abrigava às quintas-feiras, o tradicional Mercado Semanal, em um amplo espaço ao ar livre no Campo da República. A feira reunia centenas de barraquinhas, onde era possível comprar de tudo: desde comidas típicas a artesanatos.

Museu Arqueológico - Ficava no Paço dos Condes -

Era constituído pelas ruínas do que fora o Palácio dos Condes de Barcelos e Duques de Bragança, numa extremidade da ponte do século XIV, sobre o Rio Cávado. O palácio fora destruído durante o terremoto de 1755,  funcionando com o que restara, fora agora transformado em museu arqueológico ao ar livre.​

Museu de Metalurgia Duarte Ferreira - Rua Comendador Eduardo Duarte Ferreira nº 116 - Tramagal

Criado pelo desejo da população e de parceria entre a Câmara Municipal de Abrantes, a Junta de Freguesia de Tramagal e o Grupo Diorama, proprietário do antigo escritório da fábrica, era onde estava implantado o museu e também uma grande parte do seu espólio. Fora inaugurado a 01 de maio de 2017, com um investimento de cerca de meio milhão de Euros, cujo componente do fundo comunitário do Proder representava apenas uma pequena parcela de cerca de noventa mil Euros. Era um projeto que envolvera grande parte da comunidade - seja na doação de espólios, na partilha de estórias, na colaboração e identificação do acervo, seja de outras variadas formas. Em maio de 2018, o Museu MDF recebera o Prêmio de Melhor Museu Português do Ano, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia. Funcionava de terças a sábado das 9.00 às 12.30h e das 14.00 às 17.30h. Aos domingos, abria somente à tarde.

​Museu de Olaria - Rua Cónego Joaquim Gaiolas -

Ocupava o prédio da antiga Casa dos Mendanhas Benevides Cyrne, em pleno centro histórico. Fora criado em 1963 e aberto ao público em 1995. Seu acervo que contava atualmente com cerca de 9.000 peças, era constituído essencialmente por coleções de cerâmica portuguesa fôscas e vidradas (de norte ao sul) e estrangeiras, oriundas de Angola, Argélia, Brasil, Timor, Chile, Espanha e Cabo Verde. Tinha como missão a aquisição, a investigação e a divulgação desse importante patrimônio artesanal, bem como a sua preservação. O visitante poderia apreciar peças de louça preta, louça vermelha fôsca, louça vermelha vidrada e figuradas.  

Museu Ibérico de Arqueologia e Arte - MIAA - Rua Jardim da República, 2200 - 

Fora inaugurado em julho de 2021, com uma exposição de obras de arte que faziam parte da coleção de Arte Contemporânea do Estado Português. Abrantes desenvolvera uma estratégia para a integração na Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, criada pelo Mistério da Cultura, em abril de 2021, e concretizada através de entendimento entre a Câmara e a Direção-Geral do Patrimônio Cultural Português. Ocupava o be­lís­simo es­paço do Con­vento de São ​Domingos, par­ci­al­mente re­cu­pe­rado para a ins­ta­lação da Bi­bli­o­teca Mu­ni­cipal An­tônio Botto. Abrigava a co­leção de ar­que­o­logia e arte mu­ni­cipal, guar­dada e va­lo­ri­zada atu­al­mente no Museu Lopo de Al­meida. A esta co­leção juntava-se, o es­pólio de pin­tura con­tem­po­rânea da pin­tora Maria Lu­cília Moita e parte da Co­leção Ar­que­o­ló­gica Es­trada, de pro­pri­e­dade da Fun­dação Er­nesto Lou­renço Es­trada e Fi­lhos.

Museu Regional e Etnográfico de Alvito São Pedro - Rua Daniel Lopes Miranda, 62 - 

Criado para preservar o patrimônio cultural da cidade, pelo histórico Conselho de Barcelos, tinha uma coleção de peças, muitas vezes subestimadas. Cada peça da coleção tinha um documento com uma descrição e seu doador. Vale uma visita, por quem apreciasse a arte e a  cultura em geral.

Panteão dos Almeida - Ficava na Câ­mara Mu­ni­cipal - Praça Rai­mundo So­ares -

Criado em 1921, para subs­tituir o Museu Don Lopo de Al­meida, como museu re­gi­onal, na Igreja de Santa Maria do Cas­telo. Entre as muitas per­so­na­li­dades que con­tri­buíram para a glória por­tu­guesa, dos sé­culos XV e XVI, estavamo mem­bros da Casa dos Al­meida de Abrantes, muitos deles se­pul­tados na igreja de Santa Maria do Cas­telo: Don Diogo de Al­meida e de seu filho, Don Lopo de Al­meida, 1.º Conde de Abrantes, ambos em es­tilo gó­tico fla­me­jante; Don João de Al­meida, com in­fluên­cias ma­nu­e­linas; Don An­tónio de Al­meida e sua es­posa, Dona Joana de Me­neses e ainda do seu filho, Don João de Al­meida, com can­taria clás­sica e li­nhas mais só­brias.  Funcionava de terças a domingos, das 10.00 às 12.30h e da 14.00 às 17.30h.

Parque Tejo – Turismo, Ciência e  Lazer -

Junto a margem sul do Aqua­polis, em Rossio, ao sul do Tejo, tinha uma in­fra ­es­tru­tura que re­sultava da re­qua­li­fi­cação e va­lo­ri­zação am­bi­ental do Rio Tejo, e que visava o de­sen­vol­vi­mento de um con­junto de ini­ci­a­tivas que con­tri­buissem para  pro­moção e di­vul­gação do velho rio. O es­paço dispõe de um Centro de In­ter­pre­tação do Tejo (CIT) com­posto por equi­pa­mentos mul­ti­mídia, que proporcionavam uma ex­plo­ração in­te­ra­tiva. Destaque para o Si­mu­lador in­te­ra­tivo que per­mitia re­criar um vôo vir­tual em Ze­pelin, ao longo do Rio Tejo, no per­curso pelo Conselho de Abrantes e por uma pa­rede vir­tual que pos­si­bi­litava aceder a in­for­mação te­má­tica sobre di­versos pontos de in­te­resse do rio, com con­teúdos in­for­ma­tivos fo­cados na na­tu­reza, his­tória e cul­tura do Rio Tejo. Abria à visitação no horário das 8.00 às 20.00h.

Paços do Concelho 

O prédio era resultado de uma série de anexações, reformas e acréscimos a partir do núcleo dos velhos Paços do Concelho, quando a grande remodelação e ampliação iniciada em 1849, procurara criar uma unidade. Reunia o antigo Hospital do Espírito Santo, que servira de posto de assistência dos peregrinos a Santiago de Compostela e a antiga Capela de Santa Maria, ambos do século XIV.  A Torre e Casa da Câmara, eram do século XV e a Igreja da Misericórdia, datava do século XVI. Todas as faces da história destes prédios, foram recuperadas recentemente. 

Praça Barão da Batalha -

Esta praça era um dos locais mais famosos de Abrantes e tornara-se um importante ponto de encontro entre os visitantes, graças ao seu comércio dinâmico e constante animação – aspectos que tornavam este local um dos seus pontos mais atrativos da cidade​

Santuário da Nossa Senhora da Aparecida -

A pequena Paróquia de Balugães, em Barcelos, fora na primeira metade do século XVIII um poderoso centro de atração católica para todos os portugueses, particularmente para os fiéis da região de Entre-Douro e Minho. Era onde acorriam diariamente piedosas romarias de peregrinos, para venerar o local onde a Mãe de Deus se dignara aparecer. A falta de imprensa periódica, para confirmar e defender este fato sobrenatural, e o arrefecimento da fé cristã, ocasionado entre os locais, no final daquele século e na primeira metade do seguinte, pela penetração dos intensos erros maçônico liberais, na classe secular e eclesiástica, prejudicaram a crença na aparição de Balugães.  

Contudo, a fama dos fatos sobrenaturais de Balugães deveriam ser algo estrondoso, para que chegasse aos ouvidos do apreciado escritor mariano do século XVIII, Frei Agostinho de Santa Maria, o qual, entre muitas outras obras, publicou o Santuário Mariano, ou a História das imagens milagrosas da Santíssima Virgem, que residia em Lisboa, no seu Convento da Senhora da Boa- Hora, se não no de Évora, em que fora Prior e subissem os ecos da aparição à Corte de D. Pedro II, com tal clarividência, que movessem a sua real piedade, perpetuada na coroa de prata que mandou à Senhora. E tudo isto naquele tempo em que  Lisboa ficava distante de Balugães, quatro ou cinco dias de viagem.

​Templo do Bom Jesus da Cruz  - Largo da Porta Nova, 14 -

Era também uma atração cuja história se confundia com a da cidade. A igreja fora construída durante o século XVI após um dos misteriosos episódios de Barcelos. Rezava a lenda que uma cruz feita de terra negra surgira misteriosamente no chão de uma localidade conhecida como Campo da Feira. As autoridades, então, decidiram construir uma pequena capela no local para celebrar o milagre. Dois séculos depois, nos primeiros anos do século XVIII, os governantes locais decidiram erguer uma grande igreja no mesmo local em que estava a capela. A construção tinha planta octogonal e paredes grossas o suficiente para sustentar o peso de uma robusta cúpula de granito. No interior do templo, os altares de talha dourada protegiam uma imagem do Senhor da Cruz, produzida no século XVI, que motivava a ida de milhares de peregrinos ao templo, todos os anos, na chamada Festa das Cruzes. Se visitar Barcelos entre abril e maio, conheça a igreja e veja de perto o belo trabalho de tapetes coloridos de pétalas, que ornavam as ruas nos arredores da construção durante o período do evento.

Torre da Porta Nova -

Constava que D. Afonso mandara construir uma muralha que cercava e protegia Barcelos, entre 1401 e 1461. A entrada para a cidade era feita através de 3 torres, sendo que apenas uma dela ainda permanecia em pé. Por sua robustez, a torre da época medieval já servira como prisão. Atualmente, após passar por uma renovação, era um espaço dedicado ao artesanato e produtos regionais. A entrada na torre era gratuita, e onde encontraria artesanatos relacionados ao Galo de Barcelos e a cultura da cidade. Era possível chegar até o topo da torre, onde havia um mirante com uma vista panorâmica da cidade.

​Torre do Cimo da Vila -

Ainda que tenha florescido durante a Idade Média, Barcelos nunca chegara a ter seu próprio castelo. Por conta disso, o Conde local decidira reforçar a segurança do município, em meados do século XV. Para isso, ordenara que as muralhas da cidade fossem incrementadas com imensas torres quadradas, feitas de granito, para defender a área. Uma dessas torres sobrevivera ao tempo e chegara a ser utilizada até a década de 1930, como presídio. Hoje, a construção abrigava um centro cultural e estava aberta à visitação: ra possível subir de elevador até o seu ponto mais alto, para contemplar uma vista da cidade e seus arredores.

​​Onde dormir

Hotel Bagoeira - $$$ - Avenida Dr. Sidônio Pais, 495 -

Os quartos eram decorados de forma acolhedora, com móveis modernos e ar-condicionado, TV via satélite, frigobar e banheiro com chuveiro e banheira. Dispunha do Pelouro Bar, com vista para a cidade, além de um restaurante espaçoso com salas de jantar separadas.  Tinha estacionamento.​

Luna Hotel de Turismo – $$$$ -  Largo de Santo Antonio – 5 km do centro -

Oferecia bons e modernos quartos,  café da manhã, wi-fi,  meia pensão disponível,  bar/lounge, restaurante e estacionamento.

​Vale de Ferreiros - $$$ - Rua da Cabeça Alta, 329 – Fica em Pego, a 5 km de Abrantes -

Era um conceito inovador de turismo rural, ideal para quem procurasse contato com a natureza, com privacidade e conforto. As Casas da Aldeia são duas casas térreas de arquitetura tradicional e outra casa com cinco quartos, a Casa das Janelas Verdes. Tinha um Centro Eqüestre para treinar, competir, e passear a cavalo, pelas margens do Rio Tejo. Tem apenas sete quartos suítes, quitinetes e quartos familiares,  equipados com ar condicionado, Wi-Fi cortesia e banho completo. Servia um ótimo café da manhã e tinha estacionamento e piscina. 

Onde comer

​O Ramiro – Rua 1º de Maio, 5 – Centro -

Era um espaço amplo e muito agradável, com acesso facilitado a cadeirantes e estacionamento privativo. O cardápio era variado e os pratos eram muito bem preparados e saborosos. Caprichava na comida européia e, principalmente, na cozinha portuguesa. Como sobremesa peça a Serradura, um doce crocante, leve e muito gostoso.

Restaurante Santa Isabel – Rua Santa Isabel, 12 – Centro -

Era antigo e muito conceituado pela qualidade das comidas preparadas pela família proprietária, proporcionando almoços e jantares de qualidade, onde se destacavam os filés de polvo empanados, a telha de porco preto, acompanhada de batatas fritas, esparregado ( guisadinho de ervas picadas ) e migas,  um prato típico português feito de pão amolecido, cozinhado depois numa gordura, geralmente de porco e o polvo com arroz de feijão. As sobremesas eram tentadoras, e o pijaminha era  uma das recomendadas. Tinha um boa carta de vinhos.

Sabores da Cascata – Rua de São Domingos, 336 – Centro -

Especialista em massas, risotos, pescados e grelhados. Tinha um espaço amplo e agradável, com uma vista espetacular. Experimente a sopinha de feijão com hortaliças como entrada e o tradicional bacalhau com batatas aos murros, acompanhado de migas de couve. De sobremesa tinha duas opções: o pudim de Abade ou o toucinho do céu. Finalize com um cafezinho acompanhado de leite de creme queimado na hora.

A gastronomia 

A influência das Províncias de Beira Baixa e do Alto Alentejo assim como das zonas ribeirinhas do Ribatejo, fazia de Abrantes uma cidade com uma riqueza gastronômica considerável. Destacavam-se os pratos típicos cujas receitas tinham passado de geração em geração e tinham como base os produtos mais disponíveis na região. O azeite produzido no Concelho tinha merecido prêmios que certificavam a sua qualidade, assim como o bom vinho regional. Finalmente, os doces de origem conventual tinham uma expressão significativa. Destacavam-se, por exemplo, a Palha de Abrantes, as Tigeladas, as Broas de Mel, a Lampreia de Ovos, as Limas, as Castanhas doces e os Mulatos.

Pratos Típicos 

  • Achigã grelhado

  • Açorda de ovas

  • Açorda de sável

  • Arroz de lampreia

  • Cabrito guisado ou assado no forno

  • Ensopado de Enguias

  • Entrecosto com migas carvoeiras

  • Fritada de peixe do rio

  • Javali estufado

  • Migas de couve com feijão vermelho

  • Pombo bravo estufado

  • Sopa de couve com feijão

 

Palha 

Era um doce de ovos coberto com fios de ovos queimados, em forma de ouriço, com cerca de quatro cm de diâmetro. O doce era colocado sobre obreia e apresentado em formas de papel frisado. Os doces levam ovos e açúcar e eram embalados em dúzias, em caixas de papelão.

Tigeladas 

Apresentava a forma de um disco com 2cm de espessura e 10 a 12cm de diâmetro. Tinha cor amarelo-torrada e uma textura de pudim. A sua parte inferior era alveolada devido à alta temperatura que a tigela atingia no forno, antes da junção da mistura. As Tigeladas eram feitas com ovos, leite, farinha sem fermento, açúcar, limão e sal. Não deixe de experimentar.

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