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ABRANTES - Berço de Infantes lusos  - Portugal 

Praça Barão da Batalha

 

As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta histórica cidade lusitana. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui..

Um pouco de sua história

A origem de Abrantes é atribuída aos Celtas, pelos muitos vestígios destes povos na área do atual município. Há registros, que em 130 A.C. Décio Júnio Bruto, construiu uma fortificação primitiva. Foram os romanos que atribuíram o nome de Aurantes à povoação, porque teriam  encontrado ouro nas margens do rio Tejo. Após a queda do império romano do ocidente, seguiu-se o período de dominação árabe, por conta da chegada dos povos muçulmanos do norte de África.

D. Afonso Henriques, em 1148, conquistou o Castelo de Abrantes, aos Mouros. Os muçulmanos tentaram recuperá-lo, mas a forte resistência portuguesa obrigou o marroquino Abem Jacob, líder da força muçulmana a retirar-se, registrando-se pesadas baixas. O feito fez com que D. Afonso Henriques recompensasse Abrantes com o Primeiro Foral, em 1179. Também D. Sancho II haveria de confirmar o Foral em 1225, e posteriormente D. Dinis ratificou em 1279. Abrantes teve um Paço Real, onde viveram largo tempo D. João II e D. Manuel I, registrando-se  aqui o nascimento de vários Infantes. Em 1663, D. Afonso VI mandou reedificar as antigas fortificações e desde então, até 1809 a cidadela teve sempre um contingente em torno de 3.000 soldados, um número idêntico ao da população então residente.

Os franceses

Em Novembro de 1807, Abrantes foi ocupada e saqueada pelo General Junot, a quem Napoleão conferiu o título de Duque de Abrantes. No dia 21 de Agosto de 1808, Junot foi derrotado na Batalha do Vimieiro, o que o levou a retirar-se apressadamente de território português.

 

A cidade

A Câmara Municipal fez o pedido formal de elevação da vila a cidade, em 1914. No dia 22 de Maio de 1916, é divulgada a notícia da aprovação pelo Congresso da República, da lei que elevaria Abrantes à categoria de cidade. A data de 14 de Junho, que marca o evento, que passou a ser feriado municipal.

 

O Rei Justiceiro

O Castelo de Abrantes servia muitas vezes de alojamento de reis, principalmente na primeira e segunda dinastia, pois a corte não tinha residência fixa. Foi numa dessas estadas do Rei D. Pedro I, cujos cognomes eram O Justiceiro e também O Cruel, que aconteceram os fatos que a história registra e mostra bem os métodos utilizados para exercer a justiça naqueles tempos. Contam que um honrado escudeiro ao ser visitado em sua casa por um cobrador de impostos, achando-se injustiçado, agrediu o funcionário e retirou-lhe a barba. O cobrador, sabendo que o Rei D. Pedro se encontrava em Abrantes, foi ao castelo fazer queixa do escudeiro.

 

O Rei desata então em altos gritos, chamando pelo Corregedor da Corte:

– Acudi-me aqui, porque um homem me deu uma punhada e me depenou a barba!

O Corregedor e os demais que o ouviram, ficaram surpresos e confusos. Quem se atreveria a cometer tal afronta ao Rei? E logo trataram de ir buscar o pobre escudeiro que, acreditavam eles, teria provocado essa encrenca toda.

Trazido à sua presença, o Rei, logo ali, o mandou degolar, dizendo:

Desde que este homem me deu uma punhada e me depenou a barba, sempre temi que me desse uma cutilada! Mas agora estou seguro que nunca me dará!

Referências históricas e turísticas 

Aquapolis

É conhecido como Parque Urbano e Ribeirinho de Abrantes, resultado da reabilitação das duas margens do Rio Tejo entre as duas pontes. Contempla zonas peatonais com espaços de lazer, parque de recreação, áreas poliesportivas, e um parque infantil. Há restaurantes, bares e esplanadas que convidam a uma  tranquila caminhada.

Casa da Azenha 

Situada na margem esquerda do Rio Cávado, junto à Ponte Medieval de Barcelos, a Casa da Azenha é um prédio do século XIX, ora transformada em museu, concentrando informações sobre os aparelhos de moagem e a ilustração do ciclo do pão, em imagens e textos. No piso superior, funciona um Help Point de apoio aos peregrinos de Santiago, que ao penetrarem nos espaços do prédio e das suas dependências anexas usufruem de uma bela vista sobre o Rio Cávado e a Vila de Barcelinhos. Inaugurada com o evento de apresentação das Festas das Cruzes, que serve ao Turismo de Barcelos e à promoção turística do Caminho de Santiago.

 

Castelo de Ourem

O Castelo já existia quando foi conquistado por Dom Afonso Henriques aos Mouros, em 1148. Na época era necessário criar uma linha defensiva no Tejo. Em 1173, o monarca doou o castelo à Ordem de Santiago de Espada. Foi submetido a grandes reformas com Dom Afonso III e Dom Dinis, que mandou construir a Torre de Menagem e grande parte dos mouros que a cercam. O castelo foi utilizado como palácio e servia como morada para os condes de Abrantes. O acesso ao Castelo é feito pelas Portas da Vila – as portas originais da cidade.

 

Centro Histórico  

O centro da cidade é a representação de uma herança cultural e histórica própria. Conhecida como a capital do artesanato e cidade berço da lenda do Galo de Barcelos, tem em sua área urbana a marca indelével da história secular, ainda viva. A cor, vivacidade e alegria minhota, são indescritíveis. Caminhe pelo centro e vislumbre os espaços verdes e os jardins coloridos, ilustrados por flores e arbustos e as varandas decoradas das antigas residências. 

Coleção da Cavalaria Portuguesa -  Ave­nida de Al­ju­bar­rota -

No Re­gi­mento de Apoio Mi­litar de Emer­gência (RAME), ins­ta­lado no Quartel Mi­litar de Abrantes, é pos­sível vi­sitar a ex­po­sição per­ma­nente Me­mó­rias e Pers­pe­tivas da Ca­va­laria Por­tu­guesa, fo­ca­li­zada na Arma de Ca­va­laria do Exér­cito.  Os con­teúdos or­ga­nizam-se em treze ca­pí­tulos, dis­tri­buídos no es­paço e no tempo, se­gundo uma ordem cro­no­ló­gica que se inicia na pré-his­tória e ter­mina na par­ti­ci­pação da ca­va­laria por­tu­guesa, em ope­ra­ções de paz in­ter­na­ci­o­nais. As visitas podem ser feitas todos os dias. Às sextas-feiras, fins-de-se­mana e fe­ri­ados e para vi­sitas gui­adas, é preciso reservar.

Conjunto Monumental

É o ponto forte da visita a Barcelos, área que se situa próxima ao rio e onde se destaca:

Igreja Matriz de Santa Maria Maior – construída no século XIV;

Paço dos Condes de Barcelos – ruínas de uma construção do século XV e onde se encontra um museu arqueológico.

Pelourinhoutilizado entre o final do século XV e início do século XVI; e,

Solar dos Pinheiros – um belíssimo prédio  datado de 1448.

Convento de São Salvador de Vilar de Frades - Lugar do Socorro - Areias de Vilar -   

O Mosteiro Beneditino de Vilar de Frades teria sido fundado em 566, pelo Bispo S. Martinho de Dume. Destruído pelas invasões muçulmanas, foi recuperado em 1070, por D. Godinho Viegas. Com as alterações sofridas no século XVI, transformou-se num grandioso exemplar da arquitetura conventual manuelina e maneirista, no norte de Portugal. O portal manuelino da fachada principal, é também um dos mais notáveis deste estilo. Foi casa-mãe da Congregação de Lóios é um dos mais imponentes conventos da região minhota e recentemente passou por recuperação que lhe devolveu o esplendor dos velhos tempos.

Fortaleza  e Castelo - Rua Dom Francisco de Almeida -

A intrigante fusão de estilos arquitetônicos da Fortaleza é resultado das inúmeras ocupações militares que ocorreram no Distrito, entre 1173 e a segunda metade do século XX. Uma das características dominantes da estrutura é a sua Torre de Menagem, uma torre que oferece vistas panorâmicas sobre as regiões do Ribatejo, Alentejo e Beira. O Castelo situado na margem direita do rio Tejo, é constituído por fortificações medievais e abaluartadas. Este castelo sofreu reconstruções e alterações profundas ao longo dos séculos, nomeadamente nos séculos XVII e XIX. No século XVII, Dom Afonso V, temendo uma invasão de Espanha, ordenou a reedificação de antigas fortificações. Esta fortaleza era considerada a chave de defesa das Beiras e teve um papel importante durante as invasões francesas. Mantém a torre de menagem e alguns panos de muralha com torreões redondos. Merecem destaque os espaços abobadados com tijoleira. A igreja de Santa Maria sobreviveu às diversas alterações, conservando o altar-mor revestido a azulejos.

Igreja de Nossa Senhora do Terço - Avenida dos Combatrentes da Grande Guerra -

Em 1707, o Bispo de Braga D. Rodrigo de Moura Teles, deu ordem para o lançamento da primeira pedra de um Convento de Freiras Beneditinas, obedecendo assim ao pedido do Rei D. João V, para cumprimento do desejo de seu pai D. Pedro II. Uma inscrição na parede ao lado do portal, confirma o fato. O exterior da Igreja é muito sóbrio e simples mas o interior releva-se um dos melhores exemplos do barroco português, com a harmoniosa combinação entre pintura, azulejos e talha. O teto de caixotões de madeira, e os painéis de azulejos que cobrem totalmente o corpo da igreja, pintados em 1713, pelo mestre Antônio de Oliveira Bernardes, mostram uma iconografia riquíssima sobre a vida de São Bento. Na capela-mor, outro mestre azulejador barroco, assina dois painéis contando a fundação do monumento e a entrada da primeira freira no Convento.

Igreja de Santa Maria / Museu Dom Lopo de Almeida -  Rua Dom Francisco de Almeida -  

É onde funciona  o Museu Dom Lopo de Almeida, localizada junto ao Castelo de Abrantes. Desde 1994 passou a ser considerado o Museu Municipal. Expõe uma pequena exposição de arte sacra, com peças esculpidas em mármore ou calcário brando, entalhadas em madeira ou moldadas em terracota, que vão desde a época romana até ao século XVIII. O funcionamento é das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h30, encerrando à segunda-feira.

 

A primitiva designação da paróquia era Abade, ou melhor, Santa Maria do Abade, constituindo-se em uma das paróquias da “terra” ou julgado medieval de Neiva. As Inquirições de 1220 referem-na, em latim, Abbade. A primeira edificação no local foi erguida em 1152, por iniciativa da Rainha Dona Mafalda de Saboia, esposa de D. Afonso Henriques que não chegou a ver a obra concluída,  em virtude de seu falecimento. Em 1220, a igreja já pertencia ao Padroado Real. Em 1301, foi doada por Dinis de Portugal, a Mestre Martinho, físico do Rei e Cônego da Sé de Braga. Em 1310, o Arcebispo Don Martinho de Oliveira, a pedido de Mestre Martinho, institui nesta igreja uma Colegiada, composta de Reitor e três Capelães. Datam possivelmente do século XIV, os começos da atual igreja, o que poderia relacionar-se com a doação do Padroado e a instituição da Colegiada. Foi cedida em 1410 a Don Afonso, futuro Duque de Bragança, em cuja casa se manteve até 1833.

Igreja de São João Batista  -  Adro de São João -

Há registros de que foi aqui que em 1385, Dom João I - Mestre de Avis, ouviu missa imediatamente antes de rumar para Aljubarrota, para combater na mais célebre das batalha da história militar portuguesa

Igreja de São Vicente  - Adro de São Vicente - 

É considerado Monumento nacional, anterior ao século XIII, de grande beleza e imponência pela sua fachada principal. Em seu interior pode-se observar dois painéis de azulejos, com a nau São Vicente, diversos retabulos seiscentistas, várias peças de escultura sacra, alfaias litúrgicas de grande valor, um púlpito de base com cálice e uma varanda de balaústres.

 

Igreja Matriz e Capela Dólmen - Praça da Matriz - 

Monumento do século XIV, é dedicada a Santa Maria Maior, mantendo a robustez medieval na aparência, embelezada por alguns elementos decorativos e arquitetônicos, que revelam a imposição do estilo gótico, sobre uma estrutura românica. A iniciativa da sua construção é creditada a D. Pedro, 3º Conde de Barcelos, que deixou sua assinatura através do brasão de armas que se pode ver nas arqui-voltas do portal principal. No interior, os capitéis historiados românicos afirmam o ambiente medieval contrastando com os painéis de azulejo de 1721, com cenas da vida de Nossa Senhora. Nas várias capelas laterais se destaca a decoração barroca, em particular os altares de talha dourada. Na capela mor encontram-se ainda algumas telas maneiristas representando a Anunciação e a Adoração dos Pastores.

Igreja Velha de Manhente - município de Manhente -

Constituiu-se em um Convento de modestas proporções, cuja data de fundação poderá remontar até à primeira metade do século X, e do qual restam apenas, a chamada Torre de Manhente e a Igreja Matriz de Manhente. O  Mosteiro foi fundado por D. Pedro Afonso Dorraes e sua esposa D. Gotinha Oeris, tendo passado depois à sua filha D. Teresa Pires, casada que foi com D. Ramiro Aires, nobre e rico-homem do Condado Portucalense e um dos primeiros a usar o nome de família Carpinteiros. O templo tem feições românicas, é de arquitetura religiosa, gótica e barroca. A antiga igreja monacal românica, é constituída por uma planta longitudinal, com nave única, capela-mor e acrescida lateralmente por estreita sineira e sacristia. 

Jardim da República

Também chamada de Praça da República, adquiriu a sua atual designação em 1910, com a implantação da República em Portugal. É onde se encontra o Monumento aos Mortos da Grande Guerra (1914-1918), da autoria de Ruy Roque Gameiro. A escultura simboliza todos os soldados, conhecidos e desconhecidos, que perderam a vida na Batalha de La Lys, no fatídico dia 9 de Abril de 1918.

 

Jardim do Castelo  - Rua São Pedro, 30 -

Trata-se de um ótimo local para desfrutar de tranquilos momentos de lazer. Também conhecida por “Cidade das Flores”, a bonita cidade de Abrantes deve o seu nome a este jardim – um espaço encantador que ainda espelha a beleza e charme do passado.

Marinhas de Sal de Rio Maior

São salinas situadas na Serra de Candeeiros, rodeadas por árvores, vinhas e terras de cultivo geral. Situadas num espaço aberto que se assemelha a uma aldeia, devido às suas passagens calcetadas e casas de madeira, as salinas encontram-se a 30 km do mar. Há muito tempo, a Serra foi inundada pelo Oceano, espalhando fósseis por toda a zona. O sal é produzido entre os meses de Julho e Setembro. Ao longo dos anos, os métodos utilizados na produção de sal em Rio Maior, sofreram poucas alterações, tornando-o particularmente único.

Memorial à Forja

É um Me­mo­rial ao ar livre mostrando os uten­sí­lios uti­li­zados na forja da Me­ta­lúr­gica Du­arte Fer­reira, fa­zendo a re­cons­ti­tuição da ofi­cina de Edu­ardo Du­arte Fer­reira. Im­por­tante marco que re­lata a his­tória da metalúrgica e, de certa forma, o de­sen­vol­vi­mento agrí­cola e in­dus­trial de Abrantes e do país luso. Fica na Vila do Tra­magal, junto ao Jardim de In­fância S. João de Deus. Através das vi­draças que pro­tegem o es­pólio e o mos­tram, se po­de ver uten­sí­lios usados pelo fun­dador da Me­ta­lúr­gica. O Me­mo­rial fun­ciona também como uma justa ho­me­nagem aqueles que con­tri­buíram para o nas­ci­mento da Me­ta­lúr­gica Du­arte Fer­reira.

 

Mercado semanal

Desde o século XIII, Barcelos abriga às quintas-feiras, o tradicional Mercado Semanal, em um amplo espaço ao ar livre no Campo da República. A feira reúne centenas de barraquinhas, onde é possível comprar de tudo: desde comidas típicas e artesanato.

Museu Arqueológico - Fica no Paço dos Condes

É constituído pelas ruínas do que foi outrora o palácio dos Condes de Barcelos e Duques de Bragança, numa extremidade da ponte do século XIV, sobre o rio Cávado. Este palácio foi destruído durante o terremoto de 1755,  funcionando com o que restou é agora transformado em museu arqueológico ao ar livre.

Museu de Metalurgia Duarte Ferreira - Rua Comendador Eduardo Duarte Ferreira nº 116 -  Tramagal

Criado pelo desejo da população e de parceria entre a Câmara Municipal de Abrantes, a Junta de Freguesia de Tramagal e o Grupo Diorama, proprietário do antigo escritório da fábrica, onde está implantado o museu e também de grande parte do seu espólio. Foi inaugurado a 01 de maio de 2017, com um investimento de cerca de meio milhão de euros, cuja componente do fundo comunitário do Proder representa apenas uma pequena parcela de cerca de noventa mil euros. É um projeto que envolveu grande parte da comunidade - seja na doação de espólio, na partilha de estórias, na colaboração e identificação do acervo, seja de outras variadas formas. Em maio de 2018 o Museu MDF recebeu o Prêmio de Melhor Museu Português do Ano, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia. Funciona de terças a sábado das 9 às 12.30 e das 14 às 17.30. Aos domingos, abre somente à tarde.

Museu de Olaria - Rua Cónego Joaquim Gaiolas -

Ocupa o prédio da antiga Casa dos Mendanhas Benevides Cyrne, em pleno centro histórico. Foi criado em 1963 e aberto ao público em 1995, integra a Rede Portuguesa de Museus desde o ano 2000. Seu acervo que conta atualmente com cerca de 9.000 peças, é constituído essencialmente por coleções de cerâmica portuguesa fosca e vidrada (de norte a sul) e estrangeira, oriundas de Angola, Argélia, Brasil, Timor, Chile, Espanha e Cabo Verde. Tem como missão a aquisição, a investigação e a divulgação desse importante patrimônio artesanal, bem como a sua preservação.  Aqui poderá apreciar peças de louça preta, louça vermelha fosca, louça vermelha vidrada e figuradas 

 

Museu Ibérico de Arqueologia e Arte - MIAA - Rua Jardim da República, 2200 - 

Foi inaugurado no mês de julho de 2021, com uma exposição inaugural de obras de arte que fazem parte da coleção de Arte Contemporânea do Estado Português. Abrantes desenvolveu uma estratégia para à integração na Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, criada pelo Mistério da Cultura, em abril de 2021, e concretizada através de um memorando de entendimento entre a Câmara e a Direção-Geral do Patrimônio Cultural Português. 

 

Ocupa o be­lís­simo es­paço do Con­vento de São ​Domingos, par­ci­al­mente re­cu­pe­rado para a ins­ta­lação da Bi­bli­o­teca Mu­ni­cipal An­tônio Botto. Irá al­bergar a co­leção de ar­que­o­logia e arte mu­ni­cipal, guar­dada e va­lo­ri­zada atu­al­mente no Museu Lopo de Al­meida. A esta co­leção Irá ajuntar-se, o es­pólio de pin­tura con­tem­po­rânea da pin­tora Maria Lu­cília Moita e parte da Co­leção Ar­que­o­ló­gica Es­trada, de pro­pri­e­dade da Fun­dação Er­nesto Lou­renço Es­trada e Fi­lhos.

Museu Regional e Etnográfico de Alvito São Pedro - Rua Daniel Lopes Miranda, 62 - 

Criado para preservar o patrimônio cultural da cidade, pelo histórico Concelho de Barcelos tem uma coleção de peças, muitas vezes subestimado. Cada peça da coleção tem um documento com uma descrição e seu doador. Vale uma visita por quem aprecia a arte e a  cultura.

Panteão dos Almeida - Fica na Câ­mara Mu­ni­cipal - Praça Rai­mundo So­ares

Criado em 1921 para subs­tituir o Museu Don Lopo de Al­meida, como museu re­gi­onal, na Igreja de Santa Maria do Cas­telo. Entre as muitas per­so­na­li­dades que con­tri­buíram para a glória por­tu­guesa dos sé­culos XV e XVI, estão mem­bros da Casa dos Al­meida de Abrantes, muitos deles se­pul­tados na igreja de Santa Maria do Cas­telo: Don Diogo de Al­meida e de seu filho, Don Lopo de Al­meida, 1.º Conde de Abrantes, ambos em es­tilo gó­tico fla­me­jante; Don João de Al­meida, com in­fluên­cias ma­nu­e­linas; Don An­tónio de Al­meida e sua es­posa, Dona Joana de Me­neses e ainda do seu filho, Don João de Al­meida, com can­taria clás­sica e li­nhas mais só­brias.  Funciona de terças a domingos, das 10 às 12.30 e da 14 às 17.30.

 

Parque Tejo – Turismo, Ciência e  Lazer

Junto a margem sul do Aqua­polis, em Rossio ao sul do Tejo, en­con­tra-se o Par­que­ Tejo – Tu­rismo, Ci­ência e Lazer, uma in­fra­es­tru­tura que re­sulta da re­qua­li­fi­cação e va­lo­ri­zação am­bi­ental do Rio Tejo, e que visa o de­sen­vol­vi­mento de um con­junto de ini­ci­a­tivas que con­tri­buam para a pro­moção e di­vul­gação do velho rio. O es­paço dispõe de um Centro de In­ter­pre­tação do Tejo (CIT) com­posto por equi­pa­mentos mul­ti­midia, que proporcionam uma ex­plo­ração in­te­ra­tiva. Destaque para o Si­mu­lador in­te­ra­tivo que per­mite re­criar um voo vir­tual em Ze­pelin, ao longo do Rio Tejo, no per­curso pelo Conscelho de Abrantes e por uma pa­rede vir­tual que pos­si­bi­lita aceder a in­for­mação te­má­tica sobre di­versos pontos de in­te­resse do rio, com con­teúdos in­for­ma­tivos fo­cados na na­tu­reza, his­tória e Cul­tura do Rio Tejo. Aberto à visitação no horário das 8 às 20 horas.

Paços do Concelho 

O prédio é resultado de uma série de anexações, reformas e acréscimos  a partir do núcleo dos velhos Paços do Concelho, quando a grande remodelação e ampliação iniciada em 1849, procurou dar uma certa unidade. Concentra o antigo Hospital do Espírito Santo, que serviu de posto de assistência dos peregrinos a Santiago de Compostela e a antiga Capela de Santa Maria, ambos do século XIV.  A Torre e Casa da Câmara, são do século XV e a Igreja da Misericórdia, data do século XVI. Todas as faces da história destes prédios, foram-lhes  devolvidas já nos nossos dias, através de uma ação de reabilitação e valorização. 

 

Paço dos Condes

Quando se chega a Barcelos pela ponte sobre o Rio Cávado, logo encontra-se um espaço ajardinado onde as ruínas do antigo Palácio dos Condes de Barcelos testemunha o passado histórico medieval. É o que resta de uma construção de inícios do séc. XV devida a D. Afonso, 8º Conde de Barcelos e 1º Duque de Bragança e um dos monumentos mais emblemáticos da cidade. Com uma aparência de palácio-castelo foi no seu tempo um prédio nobre, que revelava o poder e riqueza crescentes do proprietário, bastardo do Rei D. João I, impondo-se na paisagem urbana com as suas altas chaminés em formato tubular

 

Manteve-se como residência dos Condes até ao século XVII, época em que começou a cair em ruína, acelerada pelo terremoto de 1755. O que restou serviu, muito apropriadamente, de cenário para um Museu Arqueológico ao ar livre, que aí podemos visitar. No museu encontram-se peças que testemunham o povoamento da região, desde a Pré-História. Os sarcófagos medievais, símbolos heráldicos, marcos da Casa de Bragança, vários elementos arquitetônicos vindos de igrejas e Conventos desmantelados, e pedras brasonadas de antigas casas nobres, já desaparecidas, completam o espólio arqueológico em exposição. Destaque especial para o Cruzeiro do Senhor do Galo, proveniente de Barcelinhos, uma das freguesias de Barcelos, situada do outro lado do rio, datado de inícios do século XVIII e que conta em baixo-relevo a antiga lenda do ex-libris da cidade. 

Praça Barão da Batalha

Esta praça é um dos locais mais famosos de Abrantes e tornou-se um importante ponto de encontro entre os visitantes graças ao seu comércio dinâmico e constante animação – aspectos que tornam este local um dos mais atrativos da cidade.

Santuário da Nossa Senhora da Aparecida 

A pequena paróquia de Balugães, em Barcelos, foi na primeira metade do século XVIII um poderoso centro de atração católica para todos os portugueses, particularmente para os fiéis da região de Entre-Douro e Minho. Ali acorriam diariamente piedosas romarias de peregrinos, para venerar o local onde a Mãe de Deus se dignara aparecer. A falta de imprensa periódica para confirmar e defender este fato sobrenatural, e o arrefecimento da fé cristã, ocasionado entre os locais, no final daquele século e na primeira metade do seguinte, pela penetração dos intensos erros maçônico liberais, na classe secular e eclesiástica, conturbaram a aparição de Balugães. 

 

Contudo, a fama dos fatos sobrenaturais de Balugães deveriam ser algo estrondoso, para que chegassem aos ouvidos do apreciado escritor mariano do século XVIII, Frei Agostinho de Santa Maria, o qual, entre muitas outras obras, publicou o Santuário Mariano, ou a História das imagens milagrosas da Santíssima Virgem, que residia em Lisboa, no seu, Convento da Senhora da Boa- Hora, se não no de Évora, em que fora Prior e subissem os ecos da aparição à Corte de D. Pedro II, com tal clarividência, que movessem a sua real piedade, perpetuada na coroa de prata que mandou à Senhora. E tudo isto naquele tempo em que  Lisboa ficava distante de Balugães, quatro ou cinco dias de viagem, nem havia imprensa periódica para registrar e espalhar esta graça divina.

Templo do Bom Jesus da Cruz  - Largo da Porta Nova, 14 - 

É uma atração cuja história se confunde com a da cidade. A igreja foi construída durante o século XVI após um dos misteriosos episódios de Barcelos. Reza a lenda que uma cruz feita de terra negra surgiu misteriosamente no chão de uma localidade conhecida como Campo da Feira. As autoridades, então, decidiram construir uma pequena capela no local para celebrar o milagre. Dois séculos depois, nos primeiros anos do século XVIII, os governantes locais decidiram erguer uma grande igreja no mesmo local em que estava a capela. A construção tem planta octogonal e paredes grossas o suficiente para sustentar o peso de uma robusta cúpula de granito. No interior do templo, os altares de talha dourada protegem uma imagem do Senhor da Cruz, produzida no século XVI, que motiva a ida de milhares de peregrinos ao templo todos os anos, na chamada Festa das Cruzes. Se visitar Barcelos entre abril e maio, conheça a igreja e veja de perto o belo trabalho de tapetes coloridos de pétalas, que ornam as ruas nos arredores da construção durante o período.

 

Torre da Porta Nova

Consta que D. Afonso mandou construir uma muralha que cercava e protegia Barcelos, entre 1401 e 1461. A entrada para a cidade era feita através de 3 torres, sendo que apenas uma dela ainda permanece em pé. Por sua robustez, a torre da época medieval já serviu como prisão. Atualmente, após passar por uma renovação, é um espaço dedicado ao artesanato e produtos regionais. A entrada na torre é gratuita, e onde encontrará artesanatos relacionados ao Galo de Barcelos e a cultura da cidade. É possível chegar até o topo da torre, onde se tem um mirante com uma vista panorâmica da cidade.

Torre do Cimo da Vila

Ainda que tenha florescido durante a Idade Média, Barcelos nunca chegou a ter seu próprio castelo. Por conta disso, o Conde local decidiu reforçar a segurança do município, em meados do século XV. Para isso, o governante ordenou que as muralhas da cidade fossem incrementadas com imensas torres quadradas feitas de granito, para defender o perímetro. Uma dessas torres sobreviveu à passagem do tempo e chegou a ser utilizada até a década de 1930, como presídio. Hoje, a construção abriga um centro cultural e está aberta à visitação: é possível subir de elevador até o seu ponto mais alto para contemplar uma vista da cidade e seus arredores.

​Onde dormir

Hotel Bagoeira - $$$ - Avenida Dr. Sidônio Pais, 495

Os quartos são decorados de forma acolhedora, com móveis modernos e ar-condicionado, TV via satélite, frigobar e banheiro com chuveiro e banheira. Dispõe do Pelouro Bar, com vista para a cidade, além de um restaurante espaçoso com salas de jantar separadas  Tem estacionamento.

Luna Hotel de Turismo – $$$$ -  Largo de Santo Antonio – 5 km do centro

Bons e modernos quartos,  café da manhã, wi-fi,  meia pensão disponível,  bar/lounge, restaurante e estacionamento.

Vale de Ferreiros - $$$ - Rua da Cabeça Alta, 329 – Fica em Pego a 5 km de Abrantes.

É um conceito inovador de turismo rural, ideal para quem procura contato com a natureza, com privacidade e conforto. As Casas da Aldeia são duas casas térreas de arquitetura tradicional e uma outra casa com 5 quartos, a Casa das Janelas Verdes. A VDF tem um Centro Equestre, para treinar, competir, e passear a cavalo, pelas margens do Rio Tejo. Tem apenas 7 quartos suítes, quiitinetes e quartos familiares,  equipados com ar condicionado, Wi-Fi cortesia e banho completo. Serve um ótimo café da manhã e tem estacionamento e piscina. 

  

Onde comer

O Ramiro – Rua 1º de Maio, 5 – Centro -

 

É um espaço amplo e muito agradável,  com acesso à cadeira de rodas e estacionamento privativo. O cardápio é variado e os pratos são muito bem preparados e saborosos. Capricha na comida europeia e, principalmente, na portuguesa. Uma refeição completa que inclui a entrada, o prato principal, um refrigerante, a sobremesa e o cafezinho, saia por 15 euros por pessoa. Como sobremesa peça a Serradura, um doce crocante, leve e muito gostoso.

 

Restaurante Santa Isabel – Rua Santa Isabel, 12 – Centro -

 

Antigo e muito conceituado pela qualidade das comidas preparadas pela família proprietária, proporciona almoços ou jantares de qualidade, onde se destacam os filés de polvo empanados, a telha de porco preto acompanhada de batatas fritas, esparregado ( guisadinho de ervas picadas ) e migas (é um prato típico português feito de pão amolecido, cozinhado depois numa gordura, geralmente de porco e o polvo com arroz de feijão. As sobremesas são tentadoras, e o pijaminha é  uma das recomendadas. A carta de vinhos também é convidativa.

 

Sabores da Cascata Rua de São Domingos, 336 – Centro -

 

Especialista em massas, risotos, pescados e grelhados. Tem um espaço amplo e agradável, com uma vista espetacular. Experimente a sopinha de feijão com hortaliças como entrada e o tradicional bacalhau com batatas aos murros, acompanhado de migas de couve. De sobremesa tem duas opções: o pudim de abade ou o toucinho do céu. Finalize com um cafezinho acompanhado de leite de creme queimado na hora.


A gastronomia

 

A influência das províncias da Beira Baixa e Alto Alentejo, assim como das zonas ribeirinhas do Ribatejo, fazem de Abrantes uma cidade com uma riqueza gastronômica considerável. Destacam-se os pratos típicos cujas receitas têm passado de geração em geração e têm como base os produtos mais disponíveis na região. O azeite produzido no Concelho tem merecido prêmios que certificam a sua qualidade, assim como o bom vinho regional. Finalmente, os doces de origem conventual tem uma expressão significativa. Destacam-se, por exemplo, a Palha de Abrantes, as Tigeladas, as Broas de Mel, a Lampreia de Ovos, as Limas, as Castanhas doces e os Mulatos.

 

Pratos Típicos

 

  • Achigã grelhado

  • Açorda de ovas

  • Açorda de sável

  • Arroz de lampreia

  • Cabrito guisado ou assado no forno

  • Ensopado de enguias

  • Entrecosto com migas carvoeiras

  • Fritada de Peixe do rio

  • Javali estufado

  • Migas de couve com feijão vermelho

  • Pombo bravo estufado

  • Sopa de couve com feijão

Palha 

É um doce de ovos coberto com fios de ovos queimados, em forma de ouriço, com cerca de 4 cm de diâmetro. O doce é colocado sobre obreia e apresentado em formas de papel frisado. O doce leva ovos e açúcar. São embalados à dúzia, em caixas de cartão.

Tigeladas 

Tem a forma de um disco com 2 cm de espessura e 10 a 12 cm de diâmetro. Apresenta cor amarelo-torrada e uma textura apudinada. A sua parte inferior é alveolada devido à alta temperatura que a tigela atinge no forno antes da junção da mistura. As Tigeladas são feitas com ovos, leite, farinha sem fermento, açúcar, limão e sal.

 

 

 

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