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ÉVORA - Alentejo  - Portugal  - 1/2


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Catedral da Sé e a Fonte Giratória

ETIAS 2025 - Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido, a partir de 2025 mas ainda sem data para início do procedimento. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

 

A cidade de Évora fora fundada em 1166, mas sua história tinha registros de mais de cinco milênios, comprovados por monumentos megalíticos encontrados próximos à cidade e vestígios arqueológicos mais antigos, da época dos romanos, entre o século II a.C. e V d.C, com destaque para as ruínas do Templo Romano, do século I, ainda existente no centro da cidade. Depois dos romanos, houvera uma época de dominação muçulmana. Em 1166 houvera a reconquista cristã, quando Évora fora recuperada aos Mouros, época  oficial da fundação da cidade. Ficava a 137 km de Lisboa e era um dos principais passeios a partir da capital portuguesa. Havia opções de viajar de trem, de ônibus, carro alugado, ou ainda, através de tours, no esquema bate-volta.

De trem: A partida era no Terminal Lisboa Sete Rios, que  ligava com a Estação do Metrô Jardim Zoológico, da Linha Azul. A viagem durava 1.20h até a Estação de Évora e o valor emm 2019 era de 15 Euros;

De ônibus: A  Rede Expressos tinha linhas que partiam do Terminal Lisboa – Sete Rios. O tempo de viagem era de 1.30h e o preço por trecho era de 15 Euros.

De carro: Era  tranqüilo viajar de carro entre Lisboa e Évora, as rodovias eram duplicadas e seguras e o tempo de viagem era de pouco mais de 1 hora.

Onde estacionar

Se chegasse de carro, o estacionamento poderia ser um problema. Não era fácil arranjar estacionamento gratuito, no centro da cidade, e o mais recomendado era junto aos postos de combustível da GALP.

As referências históricas e turísticas

Aqueduto da Água de Prata

Era uma complexa e enorme obra de engenharia hidráulica, inaugurado no ano de 1537, que tinha como objetivo  abastecer de água toda a cidade. Tinha um total de 18 km de extensão e levava a água de nascentes de terrenos do Convento São Bento de Castris até a cidade. Era um dos poucos Aquedutos desta época que continuava a funcionar até os dias de hoje.

Anta do Zambujeiro –

A cidade era rodeada de importantes monumentos pré-históricos e este era o mais extraordinário. Era um dólmen com mais de 7 metros de altura, construído havia cerca de 6.000 anos, como local de sepultamento e com fins religiosos. Sete pedras enormes foram usadas para criar uma estrutura poligonal, que tinha uma passagem de 12 metros de comprimento e fora coberta com terra e pedras para parecer uma pequena colina. Mais antigas que as grandes pirâmides do Egito, esses tipos de construções eram comuns em toda a Europa Ocidental, particularmente na Grã-Bretanha, França e Portugal, e esta era a maior ainda existente no Continente. Alguns artefatos, como armas e jóias, foram encontrados em escavações arqueológicas no local, e poderiam ser vistos no Museu de Évora.  Ficava a 13 km fora de Évora, seguindo a estrada N-380. Não havia transporte público até o local.

Arco Romano de Dona Isabel

Era uma das portas da antiga muralha romana e tratava-se de uma estrutura militar, civil e pública, criada entre finais do século II e os inícios do século III d.C. Atualmente, já não apresentava as vigias originais que faziam parte da estrutura. Atravessar o vão rasgado na antiga muralha da cidade era como recuar no tempo.

Artesãos

Da cerâmica do Corval ao barro preto de Bisalhães, passando pelas tesouras de tosquiar do Jarmelo e para o projeto Rostos da Aldei, havia os candeeiros artesanais da  Luumi e as colheres de madeira do jovem André Panóias, vendidas sob a marca Mal Barbado. Quando visitar Évora preste atenção ao rico trabalho dos artesãos locais.

Centro Interativo de Arqueologia – Palácio do Vimioso -  Largo de D. Miguel de Portugal, 2 -

O Palácio do Vimioso era um notável prédio do século XVI, fora residência do Bispo D. Afonso, de Portugal (1485–1522) e de seus descendentes, os Condes de Vimioso. Fora alvo de grandes alterações ao longo dos tempos, as demolições do século XIX e as intervenções realizadas no final do século XX, que o adaptaram à nova utilização como pólo da Universidade de Évora. Na ala poente do palácio, das antigas cocheira e cavalariças estavam instalados os espaços do Departamento de Arqueologia e do Centro Interativo de Arqueologia, lugar privilegiado na relação com o pátio principal do palácio, ao lado da Sé de Évora. As visitas podiam ser agendadas de segundas a sextas-feiras pelo site visitas@uevora.pt.

Coleção de Carruagens – Largo Dr. Mário Chicó –

Localizada no antigo prédio do celeiro do Cabildo da Sé, reunia as atrelagens e utilitários de viagem datados entre a segunda metade do século XIX e os primeiros anos do século XX ao serviço da Casa Eugénio de Almeida, uma das mais poderosas e influentes famílias desse período em Portugal. Era também uma porta de entrada para o espaço do Castelo Velho de Évora, sede da Fundação e onde se encontrava o emblemático Paço de São Miguel, residência dos reis de Portugal durante a primeira Dinastia, que possuia um notável programa de pintura a fresco, de temática profana, do século XVI. Abria de terça a domingo  de junho a setembro das 10.00 as 13.00h e de  15.00 as 19.00h. De outubro a maio abre das 10.00 as 13.00 e das 14.00 as 18.00h.

Capela dos Ossos –

Instalada no Convento de São Francisco, era uma construção no século XVII, com paredes e colunas revestidas com ossos e crânios humanos. A intenção seria provocar a reflexão sobre a transitoriedade da vida humana e o conseqüente compromisso de uma permanente vivência cristã. No teto abobadado, destaque para um conjunto de frescos, com uma variedade de símbolos ilustrados por passagens bíblicas e outros com os instrumentos da Paixão de Cristo. Na entrada, uma frase que não deixaria de fazer sorrir o visitante: Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos. Abria das 9.00 as 18.30h durante o período em que vigora a hora legal de verão; e das 9.00 as 17.00 durante o inverno. A visita custava 10€ por pessoa, o mesmo preço do bilhete único para visitar todas as áreas de museus da cidade: Capela dos Ossos, Sala do Capítulo e Presépio Évora, Núcleo de Arte Sacra e a Sala da Tribuna Real, Sala Multimídia, Terraço da Galilé e a Coleção de Presépios Canha da Silva.

Catedral –

Oficialmente chamada de Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção, estava instalada em pleno Largo Marquês de Marialva, um local privilegiado do centro histórico. Para além da imponência do templo, de onde sobressaiam duas torres medievais, a característica arquitetônica mais emblemática de seu exterior era o Zimbório, a torre-lanterna do Cruzeiro das naves erguida no reinado de Don Dinis, que era o ex-libris da Catedral. Seu interior era composto por três naves muito amplas, com cerca de 80 metros de comprimento. O terraço da Catedral era o ponto mais alto da cidade. As visitas eram das 9.00 as 18.00h e o ingresso custava 8.00€ com acesso à Sé, ao Claustro e à vista panorâmica do terraço; ou 10.00€ se adicionasse a visita ao Museu.

Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida  - Largo do Conde de Vila Flor –

Era um espaço destinado às artes e à cultura, que abrira em julho de 2013, depois duma remodelação total do antigo Palácio da Inquisição. O prédio incluia também as Casas Pintadas e o Fórum Eugénio de Almeida. Em dois andares, apresentavam as exposições temporárias suas salas modernas ao longo de 1200 m2. No exterior do prédio, encontrava-se o Pátio de Honra, o Jardim Norte e o Jardim das Casas Pintadas. Este último possuia uma Galeria com uma pintura mural palaciana da segunda metade do século XVI e única no país.

Cromeleques dos Almendres -

Situado a pouco mais de 15 km da cidade de Évora, era um dos locais megalíticos mais extraordinários da Península Ibérica. Estimava-se que tenha sido erigido  entre o quinto e sexto milênio a.C., mas só fora descoberto havia pouco mais de 50 anos. Eram quase 100 menires, dispostos num círculo de pedras pré-histórico denominado cromeleque. Ao contrário das antas, cuja função funerária estava a muito estabelecida, ainda se discutia o significado e função destes grandes recintos megalíticos, apesar de se reconhecer o seu caráter simbólico e sagrado. A localização numa encosta suave, claramente dominante sobre o horizonte a nascente e a orientação equinocial, pareciam confirmar uma relação intencional com a movimentação cíclica do Sol e da Lua, era o texto que aparecia logo na entrada do recinto.

Évora Plaza - Rua Luís Adelino Fonseca, 2 -

Apresentava uma arquitetura moderna e oferecia uma oferta equilibrada de marcas de moda e lifestyle, lazer e gastronomia, era o primeiro e então único Centro Comercial da Região do Alentejo. Com mais de 80 lojas distribuídas em 16.200m2, oferecia estacionamento gratuito com 950 vagas e os únicos cinemas da cidade.

Igreja da Graça - Instalada no Convento de Nossa Senhora da Graça, era uma bela igreja em estilo renascentista fundada em 1511, situada no Largo da Graça, no centro histórico. Na fachada se encontrava-se algumas estátuas de atlantes, que o povo de Évora apelidara de Os Meninos da Graça, e no topo da torre havia três sinos aparentes.

Igreja de São Francisco - Constava que os primeiros Franciscanos teriam chegado a Évora em 1224, oriundos da Galiza. Do primitivo Convento, restavam apenas vestígios da igreja gótica e uma parte do claustro, edificado em 1376. O interesse dos Reis em instalar o Paço em Évora, numa parte do Convento, trouxera como contrapartida a reedificação de uma nova igreja sobre a antiga, de modo a conferir-lhe a dignidade e beleza consentâneas com o Palácio Real. Começadas as obras com D. Afonso V, tiveram especial desenvolvimento com D. João II, até alcançarem com D. Manuel, a magnificência arquitetônica e artística que hoje demonstrava.

Igreja de São João Evangelista – Era também conhecida como Igreja do Palácio Cadaval ou igreja do Lóios, situava-se ao lado do Palácio e em frente das ruínas do templo Romano. Fora fundada em 1485 sobre as ruínas de um castelo árabe e depois destruída em revoltas no século XIV. Entre 1957 e 1958 fora reconstruída pelo Duque de Cadaval, mantendo suas características originais. Possuia vários murais com belas coleções de azulejos em seu interior, datados de 1711.

Igreja de Santo Antão - Localizada na Praça do Giraldo, fora construída em 1557. Possuia duas torres de granito na área externa e belos ornamentos em seu interior. Era constituída por três naves de abóbadas, com colunas de granito, e três capelas instaladas atrás do altar-mor.

Igreja do Salvador do Mundo – Rua do Salvador, 2 - A Igreja e Convento do Salvador foram fundados neste local no princípio do século XVII, ocupando uma parte do Palácio dos Condes de Sortelha. O Convento fora parcialmente demolido em 1942, procedendo-se à abertura da Rua da Olivença e construção do prédio dos CTT. Subsistira apenas a torre da Cerca Velha e o Claustrim contíguo. A Igreja fora inaugurada em 1610 e tem no seu interior silhares de azulejo policromos, onde se salientavam os frontais de altar, do tipo indo-português, com origem em 1650.  Aberta a visitas de segunda a sexta das 9.30 as 12.30h e das 14.00 as 17.30h.

Igreja dos Lóios - Com vista privilegiada para o Templo Romano desde a sua entrada, também chamada de Igreja de São João Evangelista, guardava um dos maiores tesouros da cidade. Quem descia pelos poucos degraus até ao portal de inspiração gótico-flamejante, não fazia idéia dos pormenores que guardava o interior desta pequena igreja pertencente à Casa de Cadaval. Sua nave tinha painéis de azulejos brancos e azuis, do século XVIII até ao teto, que retratam episódios da vida de São Lourenço. Destaque para a Sacristia e para a Sala do Capítulo.

Além das igrejas ora mencionadas, tinha ainda a Igreja da Misericórdia, Igreja do Senhor Jesus da Pobreza, Igreja do Hospital do Espírito Santo, Igreja de São Tiago, Igreja do Convento do Salvador, Igreja de São Mamede, e a Igreja de Santa Clara.

 

 

 

 

Vinícola Cartuxa

Jardim de Diana -

Era uma praça localizada numa área de grande interesse cultural da cidade. Seu jardim com flores complementava um belo cenário com o Templo Romano ao fundo. Logo ao lado ficava o Palácio Cadaval e a Igreja de São João Evangelista. Na ponta do Jardim havia um Mirante que proporcionava bela imagem de parte da cidade.

Jardim Público -

Um dos espaços verdes mais apreciados, era este pequeno jardim que reproduzia o ideário romântico de jardins, muito em voga na segunda metade do século XIX, caracterizado pelo traçado orgânico, com lagos, repuxos e quedas de água. Dispunha de um Coreto em ferro forjado, onde a Banda Filarmônica da cidade costumava realizar os seus concertos dominicais. No local estavam os restos da muralha medieval, o Palácio de D. Manuel e as Ruínas Fingidas. 

Mercado Municipal – Praça 1º de Maio –

Era então bastante simples e acanhado, o que causava certa frustração aos visitantes. Tinha um pequeno Café, que era procurado para o café matinal. Abria de terça a domingos das 7.00 as 18.00h.

Miradouro do Jardim Diana – Rua do Menino Jesus, 45 –

Ficava numa pequena pracinha meio escondida, mas muito bonita e agradável. Um pequeno Mirante servia para proporcionar uma boa visão da cidade.

Muralhas de Évora

Serviam para proteção contra eventuais invasões nas batalhas, e foram mandado construir pelo Rei Afonso IV, de Portugal, no século XIV. Havia torres de observação e as Portas de Aviz. 

Palácio de Dom Manuel  - Paços de Évora – Rua 24 de Julho –

Era também conhecido como Palácio Real de São Francisco ou Paço Real de Évora era um dos prédios mais bonitos e repletos de história do patrimônio local.  O que restava do grande conjunto palaciano de São Francisco, fora a partir do Convento de São Francisco que se desenvolvera o novo e grandioso Paço Real de Évora, que passara a alojar a Corte e onde se realizara o casamento do Infante Dom Pedro, filho de Dom João II, e Dona Constança Manuel.  O Rei D. Manuel I - o Venturoso, que subira ao trono em 1495 e que imprimira ao conjunto monumental a grandiosidade e a beleza arquitetônica que ostentava. O monumento era também conhecido como Galeria das Damas, estava situado no interior do Jardim Público de Évora, fora mandado construir por D. Afonso V, por volta de 1468 e século mais tarde foi mandado destruir por iniciativa de Filipe III. Apenas a galeria quinhentista o Paço das Damas, datada da primeira metade do século XVI e integrada no ciclo manuelino-mudéjar, fora a única salva da destruição, e depois utilizada como armazém de guerra nas lutas da independência. Em Março de 1916 fora destruído por um incêndio, tendo permanecido até 1943, quando foi recuperado pelos Monumentos Nacionais, que restauraram o imóvel e salvaram as partes essenciais do antigo pavilhão.

Palácio dos Duques de Cadaval -

Ao visitá-lo, era sentir de perto também a história da terra portuguesa. Era berço e propriedade da família dos Duques de Cadaval, e desde a sua fundação no século XIV, até aos dias de hoje, o Palácio nascera sobre as ruínas de um Castelo Mouro, no coração da cidade de Évora, e soubera prolongar-se no tempo em toda a sua essência através de programas de intervenção cuidadosos. Situado em frente ao Templo Romano, era um exemplo singular no patrimônio arquitetônico do país, resultando da fusão dos estilos mudéjar, gótico e manuelino. O corpo do prédio integrava uma vasta área residencial de vários pisos, dois jardins interiores e uma igreja que era também panteão de todas as gerações da família Cadaval. A igreja constituia uma referência nacional por seus grandiosos interiores, onde imperavam painéis de azulejos assinados e datados do início do século XVIII. Fora Martim Afonso de Melo, fidalgo Servidor do Mestre de Aviz e descendente da Família Real Portuguesa, quem mandara erguer o prédio, designado como Palácio da Torre das Cinco Quinas, tendo sido residência temporária dos monarcas Dom João II,  Dom João IV e Dom João V. Fora também neste Palácio que estivera prisioneiro Dom Fernando II, Duque de Bragança, acusado de conspiração contra o Rei Dom João II e depois decapitado na Praça do Giraldo, em 1483.

Atualmente permanecia como a residência dos Duques de Cadaval, embora a igreja e parte das salas estivessem abertas ao público ao longo de todo o ano, exibindo uma coleção de peças históricas e contemporâneas da família, como livros, forais, armarias, pinturas, esculturas, mobiliário, porcelanas e retratos. A Igreja do Palácio Cadaval, propriedade privada com culto religioso, era também conhecida e referida em livros e guias como Igreja de São João Evangelista ou como Igreja dos Lóios, por ter feito parte do Convento da Ordem de Santo Eloi, Lóios, por deturpação portuguesa. Fundada em 1485, fora construída sobre as ruínas de um castelo árabe, destruído pelas revoltas do Mestre de Aviz no século XIV. Restaurada em 1957 e 1958, por Dom Jaime Álvares Pereira de Melo, 10º Duque de Cadaval, foi-lhe então restituída toda a sua beleza e esplendor original, preservando-se cuidadosamente as suas mais emblemáticas características e que faziam desta igreja um dos templos religiosos privados mais bonitos de Portugal.

A Igreja apresentava-se com um pórtico gótico de grande nobreza, do último terço do século XV, e integrava uma lápide em forma de baldaquino, com a inscrição da data da sua fundação e com o brasão do seu fundador, Dom Rodrigo de Melo, 1º  Conde de Olivença. A nave estava ornamentada com nervuras góticas e revestida com uma esplendorosa coleção de painéis de azulejos do pintor Antônio de Oliveira, assinados pelo autor e datados de 1711, que representavam cenas da vida do Patriarca de Veneza, São Lourenço Justiniano, fundador da Ordem de Santo Eloi. No chão da igreja encontravam-se túmulos das várias gerações de Duques de Cadaval e seus ascendentes, desde o século XV, e uma cripta com Ossário, atribuído a frades da Ordem de Santo Eloi. Na nave central era possível admirar uma cisterna árabe e numa das paredes laterais, com ligação direta ao Palácio, havia uma tribuna do século XVII.

O altar da capela-mor da Igreja era em talha dourada, ao estilo maneirista do período de transição da renascença para o barroco e as suas imagens representavam São João Evangelista, fundador da congregação do mesmo nome e São Lourenço Justiniano, fundador da Ordem de Santo Eloi. As paredes estavam revestidas com azulejos do século XVII, poli cromados, ao estilo tapete. No chão encontravam-se dois originais túmulos de mármore desenhados e gravados – um retratava as figuras de Dom Rodrigo de Melo, 1º Conde de Olivença, fundador da igreja e de sua mulher, a Condessa Dona Isabel de Meneses, o outro representando as figuras de Dom Álvaro de Bragança e de sua mulher, Dona Filipa de Melo, Condessa de Olivença. A capela do Santíssimo destacava-se com o altar dourado do século XVIII. Numa das paredes laterais estava o túmulo renascentista do século XVI, de Dom Francisco de Melo, grande latinista e Conselheiro do Rei Dom João III. Abria de terça a domingos das 10.00 as 17.00h. O ingresso custava 10 Euros.

Portas de Moura –

Era a segunda maior e  já abrigara as famílias mais ricas da cidade e era cercada por detalhes arquitetônicos interessantes. Para chegar era preciso descer a ladeira junto à Sé Catedral, na Rua de São Manços, que terminava na residência quinhentista do poeta Garcia de Resende. O prédio conservava uma bela janela de mármore e granito dos anos quinhentos, de estilo manuelino. Caminhe até a Fonte Esférica no centro da praça, que datava de 1556 e fora projetada pelo arquiteto do Aqueduto da cidade, cuja água chegava até aqui.

Praça do Giraldo -

Era a principal praça da cidade, onde outrora estariam os Paços do Conselho e acontecia um importante mercado regional, uma Feira Anual e Corridas de Touros. O Chafariz constituira-se ao longo do século, uma das mais importantes estruturas de abastecimento de água à população.

Rua Cinco de Outubro -

Algumas ruas eram tradicionais pontos de comércio e passagem obrigatória de turistas, em seu roteiro pela cidade. Passeando pela Rua 5 de Outubro dava para conhecer o artesanato e os melhores produtos locais.

Sé de Nossa Senhora da Assunção -

Era a maior Catedral medieval de Portugal. O início da sua construção toda em granito e em estilo gótico românico, fora no ano de 1156, e só fora concluída no ano de 1250. Destaque para as estátuas dos apóstolos na porta principal.

Templo Romano -

Era também conhecido como Templo de Diana, era um dos mais bem preservados templos romanos da Península Ibérica. Ficava no coração do centro histórico – que a UNESCO incluira na lista do patrimônio mundial português desde 1986 – e era naturalmente, o ex-libris da cidade. Em termos arquitetônicos, era de referir que sobre a base retangular do templo romano assentavam-se várias das suas colunas originais com bases de formato circular, esculpidas em mármore branco de Estremoz.

Universidade -

Era uma das mais antigas da Europa e a segunda Universidade fundada em Portugal, no ano de 1559, depois da Universidade de Coimbra.  Atualmente contava com cerca de 8 mil alunos, sendo 1.500 estudantes estrangeiros. Oferecia 40 opções de cursos de licenciatura, 55 mestrados e 31 doutorados. Quatros escolas da Universidade de Évora eram nas áreas de Artes, Ciências Sociais, Ciências e Tecnologia e Enfermagem e também  contava com um Hospital Veterinário. 

Os Museus

Évora era carinhosamente chamada de cidade-museu, porque museu era o que não faltava na capital alentejana!

Museu da Misericórdia  -

A Santa Casa da Misericórdia fora criada em Dezembro de 1499 e  sua primitiva sede localizava-se na Capela de São Joãozinho, na Igreja de São Francisco. A atual igreja fora fundada em meados do século XVI e sua construção era de estilo maneirista, portal rococó, decorado pelas armas reais de Portugal. A nave, de planta retangular, tinha recheio suntuário e ornamental de estilo barroco e as paredes eram forradas de azulejos. Tinha um imponente retábulo na capela-mor, de talha poli cromada e colunata salomônica, de estilo barroco. Em março de 2022 inaugurara seu museu onde o visitante encontraria seis salas expositivas e culminaria a visita na nave da Igreja. Durante o percurso, através das obras de arte expostas e da narrativa associada, o visitante conheceria as razões da sua fundação, o compromisso que a regia e a sua ligação com a cidade que a acolhera.

Museu de Évora -

Tinha mais de 100 anos e expunha permanentemente uma coleção de arqueologia, além de exposições temporárias sobre diversos temas. Entre seus destaques estava o conjunto de 13 painéis que representavam a Vida da Virgem, além de seis painéis menores sobre a Paixão de Cristo, pintados em meados do século XV. Abria de terça a domingo, das 10.00 às 18.00h e o ingresso custava 6 Euros.

Centro de Arte e Cultura Eugênio de Almeida – Largo do Conde de Vila Flor -

Este centro de cultura oferecia exposições temporárias. O prédio do Palácio da Inquisição, onde se encontrava, também proporciona belos exemplos de arquitetura. Abria de terça a domingo, das 10.00 às 18.00h e o ingresso custa 5 Euros.

Museu da Arte Sacra da Catedral -

Localizado em dois pisos da casa contigua da Catedral da Sé, expunha uma das melhores coleções de Arte Sacra de Portugal. Abria de terça a domingo, das 9.00 às 17.00h no verão e das 9.00 as 12.30h e das 14.00 as 17.00h no inverno. O ingresso custava 6 Euros.

Museu do Artesanato e do Design – MADE – Praça 1º de Maio, 3 –

Sua criação fora o resultado de uma parceria, entre a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo, o Município de Évora e o colecionador Paulo Parra. Abria ao público desde Novembro de 2011, era um espaço que apostava na ligação estreita entre artesanato e design, associando a componente da identidade, com uma zona expositiva de artesanato, à nova importância do design. O MADE abrigava a coleção do antigo Centro de Artes Tradicionais e promovia a memória dos ofícios tradicionais do Alentejo, através do programa de exposições temporárias. Abria de terça a domingo de abril a novembro, das 9.30 as 13.00h e das 14.00 as 18.30h. De novembro a março abria das 9.30 as 13.00 e das 14.00 as 18.00h.

Museu do Convento dos Remédios – Avenida de São Sebastião –

Fora fundado pelo Arcebispo de Évora em 1606 e hoje  possuia uma vertente cultural muito forte, e o prédio também acomodava o Conservatório Regional Ebora e Música. Era no Convento que ficava a exposição Megalithica Ebora, onde os visitantes poderiam entrar em contato com a época do Megalitismo e a época romana. O museu abria de segunda a sexta das 9.30 as 12.30h e das 14.00 as 17. 30h. A entrada era gratuita.

Museu das Carruagens – Pátio de São Miguel -

O Museu expunha veículos que foram utilizados nos séculos XVIII e XIX, nas ruas de Évora. havia diversos tipos de carruagens acompanhados de seus apetrechos. Abria diariamente, das 10.00 as 13.00h e das 15.00 as 19.00h no verão, e das 10.00 as 12.30h e das 13.30 as 18.00h no inverno. A entrada custava 4 Euros.

Museu do Brinquedo – Jardim Público -

Este museu expunha um acervo da década de 40 e 50, incluindo brinquedos musicais, tradicionais, militares e de meios de transporte. Abria de segunda a sexta, das 10.00 as 12.30h e das 14.00 as 17.30h. A entrada custava 3 Euros.

Museu do Relógio – Rua de Serpa Pinto, 6 -

Era uma filial do Museu do Relógio de Serpa e expunha mais de 2.300 exemplares fabricados desde 1630 até os dias de atuais. O acervo incluia relógios de bolso, sala, pulso, além de objetos relacionados a atividade relojoeira. Abria de terça a sexta 14.00 as 17.30h e aos feriados e finais de semana, das 10.00 as 12.30h e das 14.00 as 17.30h. A entrada custava 5 Euros.

Museu da Metrologia – Casa da Balança – Largo do Chão das Covas, 15 -

Reunia peças relacionadas à metrologia fabricadas entre o século XV e XX. A coleção tinha um acervo de antigos instrumentos de medição de peso, distância, e outros. Abria de segunda a sexta, das 9.30 as 12.30h e das 14.000 as 17.30h. A entrada era livre.

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